Buscar

Sistema Respiratório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
TÓRAX: 
 Pontos anatômicos; 
 Linhas torácicas; 
 Regiões anatômicas; 
Importância: indispensável para manobras semiológicas 
e descrição dos sinais clínicos 
PONTOS ANATÔMICOS: 
Os principais pontos de referência anatômicas são: 
 As costelas; 
 Os espaços intercostais: Ao total temos 12 pares 
de costelas e 10 espaços intercostais. O 
primeiro espaço intercostal é praticamente 
impossível de palpar, pois a clavícula está logo 
acima. Abaixo da clavícula, está o 2º EIC e, na 
linha do mamilo, está o 5º EIC; 
 O ângulo de Louis, que corresponde à linha 
transversal traçada no nível da junção do 
manúbrio com o corpo do esterno e que se 
apresenta como uma leve elevação facilmente 
reconhecível pelo tato; 
 A 4ª vértebra torácica, que se encontra na 
mesma altura do ângulo esternomanubrial ou 
ângulo de Louis; 
 A 7ª vértebra cervical, também denominada 
proeminente; 
 As clavículas; 
 A articulação xifoesternal; 
 A incisura supraesternal; 
 O ângulo de Charpy ou infraesternal: ângulo 
formado entre as últimas costelas e o apêndice 
xifoide; transição do tórax pro abdome; 
OBS: Para o reconhecimento da 2ª costela, toma-se 
como ponto de referência o ângulo de Louis. Após 
identificá-lo, o examinador desliza os dedos médio e 
indicador abertos, no sentido de dentro para fora, de 
modo a deixar entre eles a extremidade anterior do 2º 
arco costal. A partir de então, torna-se fácil identificar 
as demais costelas e os respectivos espaços 
intercostais. 
 
LINHAS TORÁCICAS: 
 Face ventral do tórax: 
 Linha medioesternal: passa pelo queixo, esterno 
e vai até o umbigo; 
 Linha esternal; 
 Linha hemiclavicular ou medioclavicular: as que 
se originam no meio das clavículas, dividindo-
as em duas partes iguais; 
 Linha axilar anterior: descende pela borda do 
músculo peitoral maior. Também é vista na face 
lateral; 
 
 Face dorsal do tórax: 
 Linha médioespinhal ou espondiléia: no meio de 
toda a coluna espinhal; 
 Linha escapular: passa pela protuberância da 
escápula, em ambos os lados; 
 
 
 Face lateral do tórax (axilar): 
 
2 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 Linha axilar anterior: descende pela borda do 
músculo peitoral maior. Divide a face lateral da 
face anterior; 
 Linha axilar média: divide a lateral do tórax em 
uma parte anterior e outra posterior; 
 Linha axilar posterior: divide a região lateral da 
região dorsal (transição das costas para axila); 
 
 
 
 
REGIÕES TORÁCICAS: 
Formadas pela junção das linhas torácicas; 
 PAREDE ANTERIOR: 
1. Região supraclavicular; 
2. Região clavicular; 
3. Região infraclavicular; 
4. Região mamária; 
5. Região inframamária ou 
hipocôndrio; 
6. Região supraesternal; 
7. Região esternal superior; 
8. Região esternal inferior; 
 
 
 PAREDE LATERAL: 
1. Região axilar; 
2. Região infra-axilar; 
 
 
 
 
 
 
 PAREDE POSTERIOR: 
Se baseia na posição da escápula. 
1. Região supraescapular; 
2. Região supraespinhosa; 
3. Região infraespinhosa; 
4. Região inter-escapulo-vertebral; 
5. Região infra-escapular; 
OBS: linha inter-escapulo-vertebral é muito importante 
para a ausculta; 
RX DE TÓRAX: 
 
PROJEÇÃO DOS PULMÕES: 
 O pulmão direito possui 3 lobos (lobo superior, 
lobo médio e lobo inferior) e o esquerdo apenas 
2 (lobo superior e lobo inferior). 
 
 Nas projeções do pulmão direito, é perceptível 
que na vista anterior, o lobo inferior quase não 
é percebido. Já na vista posterior, temos o 
predomínio do lobo inferior. 
 Na projeção anterior do pulmão esquerdo, o 
lobo superior é o mais visto, enquanto na 
projeção posterior, há o predomínio do lobo 
inferior. 
 
3 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 Os lobos inferiores dos pulmões (roxo e rosa) 
são bem posteriorizados, ou seja, a ausculta 
deles é feita examinado-se o dorso do paciente. 
Já os lobos superiores (verde e amarelo) e o 
lobo médio (laranja) projetam-se mais para a 
parte anterior. Isso tem repercussão no exame 
físico, pois permite auscultar possíveis 
alterações pulmonares em certas localidades. 
 
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS: 
 Inspeção; 
 Palpação; 
 Percussão; 
 Ausculta; 
INSPEÇÃO: 
Divide-se a inspeção torácica em estática e dinâmica: 
 INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
 Paciente parado, sentado ou pé, para ver toda a 
circunferência do tórax; 
 Compreende a forma do tórax e a presença ou 
não de abaulamentos e depressões na 
superfície; 
 FORMA: formato do tórax; pode ser normal (plano) ou 
patológico. 
 PARTES MOLES E ÓSSEAS: Cicatrizes, abaulamentos, 
enfisema subcutâneo, retrações, circulação colateral, 
etc. 
ATENÇÃO! É necessário sempre fazer a exposição do 
tórax do paciente. 
FORMAS PATÓLOGICAS DO TÓRAX: 
 Tórax chato: tórax mais brevilineo, diâmetro 
antero-posterior encurtado. Além do 
achatamento, neste tipo de tórax as escápulas 
sobressaem claramente no relevo torácico. 
- Comum em: longilíneos e não tem significado 
patológico. 
 
 Tórax globoso (tonel/barril): Visto melhor na 
visão lateral. Apresenta diâmetro ântero-
posterior aumentado. 
 
- Comum em: enfisema pulmonar, fumantes crônicos; no 
entanto, pode surgir em pessoas idosas livres de 
qualquer doença pulmonar. 
 
 
 Tórax escavado, infundibuliforme (pectus 
excavatum): Caracteriza-se pela presença de 
uma depressão acentuada no nível do terço 
inferior do esterno. Pode ser congênito ou 
adquirido. 
- Comum em: O raquitismo constitui a causa mais 
importante desse tipo de tórax. Quando muito 
acentuado pode produzir distúrbio pulmonar 
restritivo. 
 
 Tórax cariniforme (pectus carinatum): Nota-se, 
no nível do esterno, uma saliência em forma de 
 
4 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
peito de pombo ou de quilha de navio. Pode ser 
congênito ou adquirido. 
- Comum em: O raquitismo infantil é também a 
principal causa deste tipo de tórax, o qual não 
compromete a ventilação pulmonar. Típico de 
pacientes asmáticos. 
 
 Tórax escoliótico: O tórax torna-se assimétrico 
em consequência do desvio lateral do segmento 
torácico da coluna vertebral. A causa mais 
comum é anomalia congênita. A coluna forma 
um “S”. 
 
 Tórax cifótico: É decorrente do encurvamento 
posterior da coluna torácica, seja por defeito de 
postura ou por lesão de vértebras torácicas 
(tuberculose, osteomielite, neoplasias ou 
anomalias congênitas). 
 
 Tórax cifoescoliótico: Decorre da combinação de 
uma alteração cifótica com a escoliose. Pode 
ser congênito ou secundário às mesmas 
enfermidades referidas no item anterior. A 
cifoescoliose pode produzir restrição grave da 
expansão torácica, causando insuficiência 
respiratória. 
 Tórax em sino ou piriforme: A porção inferior 
torna-se alargada como a boca de um sino, 
lembrando um cone de base inferior. Surge nas 
grandes hepatoesplenomegalias e na ascite 
volumosa. 
...Ou seja, para gerar um formato patológico, basta 
apenas possuir alguma alteração do arcabouço 
ósseo. 
 
 INSPEÇÃO DINÂMICA: 
Tórax em movimento. Analisa-se: 
 frequência; 
 tipo respiratório; 
 o ritmo e amplitude dos movimentos 
respiratórios; 
 a presença ou não de tiragem; 
 
 FREQUENCIA RESPIRATÓRIA: 
 Para a análise do ritmo da respiração, é 
necessário observar quantas incursões 
respiratórias são feitas em um minuto. 
 
 De acordo com as alterações podem estar 
taquipneico (↑) ou bradipneico (↓). Dentros 
dos valores normais, são pacienteseupneicos. Além disso, o paciente pode 
apresentar dispnéia, que é o desconforto 
respiratório. 
 
 TIPOS RESPIRATÓRIOS: 
 Para o reconhecimento do tipo respiratório, 
observa-se atentamente a movimentação 
do tórax e do abdome, com o objetivo de 
reconhecer em que regiões os movimentos 
são mais amplos. 
 
5 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 Em condições normais, observam-se dois 
tipos de respiração: 
 COSTAL SUPERIOR OU TORÁCICO: Observada, 
principalmente, no sexo feminino, deve-se ao 
predomínio da ação dos músculos escaleno e 
esternocleidomastóideo, os quais deslocam a 
parte superior do tórax para cima e para a 
frente; 
 TORACOABDOMINAL: Predominante no sexo 
masculino, a musculatura diafragmática 
apresenta grande importância. Este tipo de 
respiração é comum em crianças de ambos os 
sexos. 
 Em decúbito dorsal, em ambos os sexos, a 
respiração é predominantemente diafragmática, 
prevalecendo a movimentação da metade 
inferior do tórax e da parte superior do abdome. 
 
 RITMOS RESPIRATÓRIOS: 
 
 RITMO REGULAR: cíclica, paciente em repouso. 
 DISPNÉIA: desconforto respiratório. 
 
 RITMO DE CHEYNE-STOKES: também chamada 
dispneia periódica, uma vez que o paciente 
apresenta, de modo cíclico, incursões 
respiratórias que vão se tornando cada vez 
mais profundas até atingirem uma amplitude 
máxima; neste momento, os movimentos 
começam a diminuir gradativamente, podendo 
ocorrer apneia (repete-se a mesma sequência). 
 
- Em condições patológicas, surge na insuficiência 
cardíaca grave, nos acidentes vasculares cerebrais, nos 
traumatismos cranioencefálicos, nas intoxicações por 
morfina ou barbitúricos. 
 
 RITMO DE BIOT: Caracteriza-se pela ocorrência 
de períodos de apneia que interrompem a 
sequência das incursões respiratórias. Há 
também nítidas variações na amplitude dos 
movimentos torácicos, observando-se uma 
verdadeira arritmia respiratória. Irregularidade 
imprevisível, pode ser superficial ou profunda, 
apresenta períodos de apneia por períodos 
curtos. 
- É comum na meningite, em processos expansivos 
(neoplasias) e hematoma extradural. 
 
 RITMO DE KUSSMAUL: Amplas e rápidas 
inspirações interrompidas por curtos períodos 
de apneia (platô respiratório) após as quais 
ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, 
por sua vez, são sucedidas por pequenas 
pausas de apneia. 
- É observada em casos de cetoacidose diabética, 
insuficiência renal com uremia e outras acidoses. 
 
 RITMO RUIDOSO: É aquele na qual, vez por outra, 
interrompendo a sequência regular das 
incursões respiratórias, surge uma inspiração 
mais profunda seguida de uma expiração mais 
demorada. Em outras palavras, suspiros 
passam a interromper o ritmo respiratório 
normal. 
 
6 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 
 
 TIRAGEM INTERCOSTAL (TIC): 
 Nas regiões axilares e infra-axilares, os 
espaços intercostais apresentam ligeira 
depressão durante a inspiração → É um 
fenômeno fisiológico. 
 Quando há obstáculo em uma via respiratória, 
dificultando ou impedindo a penetração do ar, a 
parte correspondente do pulmão não se 
expande. A pressão atmosférica, ao atuar sobre 
a área correspondente da parede torácica, 
provoca uma leve depressão/retração dos 
espaços intercostais → tiragem. 
 A tiragem intercostal é quando conseguimos ver 
a musculatura intercostal adentrando nos 
espaços intercostais durante a respiração do 
paciente; como se as costelas tivessem se 
mexendo; 
 
 Sua localização depende da altura da obstrução: 
 Tiragem em um hemitórax indica: 
oclusão de um brônquio principal – 
direito ou esquerdo – por exsudato 
espesso (tampão mucoso), neoplasia ou 
corpo estranho. 
 Tiragem bilateral: quando o obstáculo 
está acima da bifurcação traqueal, 
como ocorre na angina diftérica 
(crupe), na laringite estridulosa, por 
corpo estranho ou quando há 
compressão extrínseca da traqueia por 
tumores mediastinais. Nos 
estreitamentos generalizados dos 
pequenos brônquios, fato que se 
observa na asma brônquica e no 
enfisema pulmonar, surgem também 
retrações inspiratórias bilaterais. 
PALPAÇÃO: 
Durante a palpação, investigam-se três parâmetros: 
 estrutura da parede torácica: palpação 
propriamente dita – analisar partes moles, 
musculatura, ossos, presença ou ausência de 
dor; 
 expansibilidade ou mobilidade: ver se o tórax ta 
expandindo de forma correta; 
 frêmito toracovocal (FTV); analisar 
reverberação; 
Deve-se palpar todas as regiões torácicas. 
 ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA: 
 A parede torácica inclui a pele, o tecido celular 
subcutâneo, os músculos, as cartilagens e os 
ossos. Deve-se palpar todas a parede torácica 
por completo, checando toda superfície anterior, 
lateral e posterior em busca de alguma 
alteração. A palpação deve ser feita com 
movimentos circulares dos dedos ou 
dedilhando. 
 
 EXPANSIBILIDADE OU MOBILIDADE: 
 Faz a manobra de Rault, a qual vai permitir o 
examinador observar a expansibilidade através 
da movimentação das mãos. Desse modo, ao 
pedir para o paciente respirar fundo, é possível 
averiguar se a expansibilidade está presente e 
se é simétrica. 
 Os polegares devem estar bem próximos para 
tornar o movimento das mãos mais visível no 
movimento respiratório do paciente → vão se 
afastar quando a expansibilidade está normal. O 
deslocamento deve ser o mesmo nos dois lados 
para ser simétrico. 
 Faz-se a manobra nas regiões superior, médio e 
inferior (anterior e posterior). 
 
 
7 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 
Outra manobra utilizada é a mostrada na imagem 
abaixo, a qual também permite avaliar a expansibilidade 
do paciente. 
 
 FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV): 
 As vibrações percebidas na parede torácica 
pela mão do examinador quando o paciente 
emite algum som denominam-se frêmito 
toracovocal. 
 Semiotécnica: O examinador pousa a mão sobre 
as regiões do tórax, ao mesmo tempo que o 
paciente pronuncia, seguidamente, as palavras 
“trinta e três” (som que faça a parede torácica 
vibrar). À medida que ele fala, o examinador 
desloca sua mão de modo a percorrer toda a 
extensão da parede torácica (face anterior, 
faces laterais e face posterior), completando o 
exame com o estudo comparado das regiões 
homólogas. 
 As mãos vão palpando o terço superior, médio e 
inferior do paciente. Cada vez que muda a 
posição das mãos, pede para o paciente falar 
“trinta e três” mais uma vez. Normalmente, é 
feita em 6 posições → faz um “zigue zague”. 
 
OBS: Aumenta em ambientes sólidos (pneumonia, 
secreções) e diminui em ambiente gasoso ou líquido 
(pneumotórax, derrame pleural); 
PERCUSSÃO: 
 Percussão é uma manobra na qual se utiliza os 
dedos das mãos para tentar tirar sons da caixa 
torácica (ao bater os dedos no tórax do 
paciente, ouve-se o retorno do som). 
 Cada região do tórax tem um som de percussão 
específico, de acordo com as estruturas que 
estiverem logo abaixo da área percutida. 
 SONS NORMAIS: 
 Som claro pulmonar; 
 Macicez hepática (5º EID); 
 Macicez cardíaca (3º EIE) - face anterior do 
tórax; 
 Timpânico - espaço traube (6º EIE). Nesse 
espaço é onde encontramos o estômago, órgão 
que está cheio de ar, provocando esse tipo de 
som bem audível. Som semelhante ao obtido 
quando se percute um tambor; 
 
 SONS ANORMAIS: 
 Hipersonoridade pulmonar: som mais alto que o 
claro pulmonar e mais baixo do que o timpânico. 
Indica aumento de ar nos alvéolos pulmonares. 
Pulmão com mais ar que o normal, como 
aqueles acometidos com enfisema pulmonar 
(ex: pacientes tabagistas) ou asma.8 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 Maciço: Por exemplo, se fizermos a percussão 
no 3º EID, onde há pulmão, e encontramos um 
som maciço, indica que algo está errado, uma 
vez que a alteração está deixando a região mais 
densa, como uma pneumonia, um tumor, um 
derrame pleural (enche de líquido gerando o 
som maciço). As causas mais comuns de 
submacicez e macicez são os derrames ou 
espessamentos pleurais, a condensação 
pulmonar (pneumonias, tuberculose, infarto 
pulmonar e neoplasias). 
 
- No caso do derrame pleural, começa na base e vai 
subindo até o ápice pulmonar. 
 
 Timpânico: Indica ar aprisionado no espaço 
pleural (pneumotórax) ou em uma grande 
cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa, 
por exemplo). Por exemplo, se fizermos a 
percussão no 3º EID, onde há pulmão, e 
encontramos um som timpânico, indica que há 
muito ar na região percutida, como no caso do 
pneumotórax. No RX essa região com “mais ar” 
fica hipodensa. 
 
- Na caverna tuberculosa encontrada no terço superior 
direito, o parênquima pulmonar foi destruído pela 
tuberculose e gerou uma caverna, um oco, cheio de ar, 
provocando um som timpânico. 
ATENÇÃO! 
 Para a percussão das faces anterior e laterais, 
o paciente pode estar sentado ou deitado. Já a 
percussão da face posterior é possível apenas 
quando o paciente está sentado. 
 Quando se percutem as faces laterais, o 
paciente deve colocar suas mãos na cabeça. 
 A força do golpe precisa ser a mesma quando 
se percutem regiões simétricas. No entanto, 
para a percussão de áreas não homólogas é 
necessário aplicar golpes de diferentes 
intensidades. 
 Na área de projeção do coração, do fígado e do 
baço obtém-se, à percussão, som maciço ou 
submaciço: 
- Determina-se a macicez hepática 
percutindo o hemitórax direito, de cima 
para baixo, seguindo o trajeto da linha 
hemiclavicular, sempre com o paciente 
em decúbito dorsal. 
- Percebe-se a macicez cardíaca 
percutindo a face anterior do tórax, de 
cima para baixo, primeiro junto à borda 
esternal esquerda e, em seguida, 
percorrendo linhas paralelas à borda 
esternal, distantes uma da outra mais 
ou menos dois centímetros, até atingir 
a linha hemiclavicular esquerda. 
- Com o paciente em decúbito lateral 
direito e com a mão esquerda na 
cabeça, a submacicez esplênica é 
demarcada pela percussão da face 
lateral esquerda do tórax, de cima para 
baixo, seguindo as três linhas da região 
axilar. O limite superior da submacicez 
esplênica encontra-se, habitualmente, 
no nível do 11o espaço intercostal. 
AUSCULTA: 
 A ausculta constitui o método semiótico por 
excelência, o mais importante da exploração 
clínica do tórax, tanto para o exame dos 
pulmões como do coração. 
 Para se realizar a ausculta do tórax, o paciente 
deve estar, preferencialmente, sentado, com o 
tórax total ou parcialmente 
descoberto. 
 Não se deve, em hipótese alguma, colocar o 
receptor do estetoscópio sobre qualquer tipo de 
roupa. 
 
9 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 Além disso, é importante solicitar ao paciente 
que respire um pouco mais profundamente com 
os lábios entreabertos. 
 Quando o paciente está impossibilitado de se 
sentar, faz o exame nos decúbitos dorsal e 
lateral. 
 No exame físico: presença ou ausência de MV, 
presença ou ausência de RA, RV (ressonância 
vocal) aumentada, diminuída ou normal; 
 LOCAIS OU PONTOS DE AUSCULTA: 
 
 Em cada ponto, o paciente deve fazer uma 
inspiração e uma expiração. 
 Auscultar através do estetoscópio a região 
anterior, posterior e laterais. 
 Região anterior: 6 pontos 
1. Traqueia; 
2. Supra-clavicular direita; 
3. Supra-clavicular esquerda; 
4. Áreas paraesternal D e E; 
 Forma um J: A ausculta é feita ao redor da 
mama, não em cima, uma vez que nesse local a 
parede torácica é mais espessa, o que iria 
dificultar a ausculta. 
 Região posterior: 7 pontos 
 Faz uma movimentação semelhante à 
da região anterior, formando um J. 
 É feita ao redor da escápula, pois 
colocando em cima dela, também iria 
dificultar a ausculta. 
 Os pontos de ausculta são na região 
inter-escápulo-vertebral. 
 O paciente deve “se abraçar” (colocar 
os braços em cima dos ombros de 
forma cruzada), pois ao realizar esse 
movimento, as escápulas vão se afastar 
e vai aumentar o espaço de ausculta 
(entre a coluna e a escápula). 
 Outra possibilidade, caso o indivíduo 
não consiga colocar as mãos nos 
ombros, é sentar e cruzar as mãos nos 
joelhos. 
 Lembrar sempre de realizar uma 
ausculta simétrica → fazer o “zigue 
zague”. 
 Região lateral: 4 pontos 
 SONS NORMAIS: 
Com a boca entreaberta (pede para o paciente respirar): 
 REGIÃO ANTERIOR: 
 Traqueal: região anterior do pescoço, na 
traquéia (T); 
 Bronquial: regiões paraesternais D e E, abaixo 
da clavícula, no segundo espaço intercostal (B); 
 Murmúrio-vesicular: periferia do tórax, 
passagem do ar pelas V-A (MV); 
 Broncovesicular: região supraclavicular 
D e E (BV); 
 
 REGIÃO POSTERIOR: 
 Broncovesicular: Na região 
supraescapular; 
 Murmúrio vesicular: Todo o restante da 
área dorsal; 
OBS: Murmúrio vesicular: 
 Ausculta-se o murmúrio vesicular em 
quase todo o tórax, com exceção apenas 
das regiões esternal superior, 
interescapulovertebral direita e no nível da 
3 a e 4 a vértebras dorsais. Nestas áreas, 
ouve-se a respiração broncovesicular. 
 O murmúrio vesicular não tem intensidade 
homogênea em todo o tórax – é mais forte 
na parte ântero-superior, nas axilas e nas 
 
10 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
regiões infra-escapulares. Além disso, 
sofre variações em sua intensidade na 
dependência da espessura da parede 
torácica, sendo mais débil nas pessoas 
musculosas ou obesas. 
 SONS ANORMAIS (RUIDOS ADVENTÍVIOS –RA): 
1. SONS OU RUÍDOS ANORMAIS CONTÍNUOS: de 
caráter musical, maior 250ms de duração. 
Ocorrem devido a passagem de ar por vias 
aéreas bem estreitas, o que provoca a vibração 
das paredes, como por exemplo, edema, 
secreção e espasmo. Sons fugazes, que estão 
presentes na inspiração e na expiração. 
 Mecanismo: Originam-se nas vibrações das 
paredes brônquicas e do conteúdo gasoso 
quando há estreitamento desses ductos, seja 
por espasmo ou edema da parede ou presença 
de secreção aderida a ela, como ocorre na 
asma brônquica. São fugazes e ocorrem na 
inspiração e na expiração. 
 RONCO: São constituídos por sons 
graves, portanto, de baixa 
frequência. O som pode indicar 
presença de secreção e é 
provocado pela mobilização dessa 
secreção durante os movimentos 
respiratórios. Presente na asma 
brônquica, nas bronquites, nas 
bronquiectasias e nas obstruções 
localizadas. Ocorrem tanto na 
inspiração quanto na expiração, na 
qual predominam. São fugazes, 
mutáveis, surgindo e 
desaparecendo em curto período 
de tempo; 
 SIBILOS: São sons agudos de alta 
frequência, semelhante ao assobio 
ou chiado. É ouvido quando o ar 
está passando com dificuldade 
pelas vias aéreas que se 
encontram estreitadas. São 
múltiplos e disseminados por todo 
o tórax quando provocados por 
enfermidades que comprometem a 
árvore brônquica toda, como 
acontece na asma e na bronquite. 
Quando os sibilos são localizados 
em uma determinada região, 
indicam a presença de uma 
obstrução por neoplasia ou corpo 
estranho; 
 ESTRIDOR: É um ruído basicamente 
inspiratório produzido pela 
obstrução da laringe ou da 
traqueia, fato que pode ser 
provocado por difteria, laringite 
aguda, câncer da laringe e 
estenose da traqueia (ex: paciente 
após intubação prolongada). 
 
2. SONS OU RUIDOS ANORMAIS DESCONTÍNUOS: 
sem caráter musical, menor que 20ms de 
duração. São representados pelos estertores ou 
creptos, que podem ser audíveis na inspiraçãoou na expiração, superpondo-se aos sons 
respiratórios normais. Podem ser finos ou 
grossos. 
 Mecanismo: Reabertura súbita e sucessiva de 
pequenas vias aéreas durante a inspiração com 
rápida equalização da pressão, causando ondas 
sonoras explosivas, ou seja, os bronquíolos e 
alvéolos ficam abrindo e fechando rapidamente, 
formando esses sons descontínuos. 
 ESTERTORES FINOS: ocorrem no final 
da inspiração, têm frequência alta – ou 
seja, são agudos – e duração curta; não 
se modificam com a tosse e são 
tradicionalmente comparados ao som 
percebido ao se fechar ou abrir um 
fecho tipo velcro e ao atritar de cabelos 
perto do ouvido. São ouvidos, 
principalmente, nas zonas pulmonares 
influenciadas pela força da gravidade 
(bases pulmonares). Podem estar 
presentes na pneumonia, congestão 
pulmonar da insuficiência ventricular 
esquerda, doenças intersticiais 
pulmonares. 
 ESTERTORES GROSSOS/BOLHOSOS: são 
graves, mais intensos e possuem 
duração maior que os finos. Sofrem 
nítida alteração com a tosse (podem 
sumir, mudar a característica, etc) e 
podem ser ouvidos em todas as regiões 
do tórax. São audíveis no início da 
inspiração e durante toda a expiração. 
Podem ser confundidos com roncos, 
 
11 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
mas são mais curtos, como se fossem 
“bolhas estourando em um copo com 
água”; presentes no edema agudo de 
pulmão, pneumonia; 
o Estertores estão presentes em quadros de 
doenças pulmonares, que acometem o 
parenquima pulmonar. Já os sons contínuos 
estão presentes em quadros de afecções de 
vias aéreas. 
 
 Atrito pleural: Som anormal de origem pleural, 
devido a fricção entre os dois folhetos 
inflamados durante o movimento respiratório. 
Em condições normais, os folhetos visceral e 
parietal da pleura deslizam um sobre o outro 
durante os movimentos respiratórios sem 
produzir qualquer ruído. Nos casos de pleurite, 
por se recobrirem de exsudato, passam a 
produzir um ruído irregular, descontínuo, mais 
intenso na inspiração. Representa um som de 
duração maior e frequência baixa, de tom grave. 
São ouvidos na inspiração e expiração. O som 
se assemelha ao de uma lixa ou do atritar das 
mãos com forte pressão. Podem ser ouvidos em 
qualquer região do tórax, mas a sede mais 
comum do atrito pleural são as regiões axilares 
inferiores, em que os pulmões realizam 
movimentação mais ampla. Sua causa principal 
é a pleurite seca. A instalação de derrame 
pleural determina seu desaparecimento. 
OBS: em pcts com COVID-19 escuta-se sons de ronco e 
estertores. 
 AUSCULTA DA VOZ (RESSONANCIA VOCAL- RC): 
 É a ausculta do FTV, porém, nesse momento o 
paciente irá falar “trinta e tres” e o examinador 
irá auscultar → Ressonância vocal (sons 
produzidos pela voz e ouvidos na parede 
torácica). 
 É realizada nos mesmos pontos de ausculta. Em 
cada local, pede para o paciente falar 33. 
 Normalmente, quando o FTV está alterado a 
ressonância também está. São exames 
correlacionados. 
❖ RV NORMAL: som abafado, 
incompreensíveis, isto é, não se 
distinguem as sílabas que formam as 
palavras “trinta e três”. Isso porque o 
parênquima pulmonar normal absorve 
muitos componentes sonoros. 
- Presente em todo o tórax, 
exceto nas áreas de projeção 
do coração e do fígado; 
- Mais intensa nas regiões 
interescapulovertebrais e 
esternal superior; 
- Mais forte em homens do que 
em mulheres e crianças; 
❖ RV AUMENTADA: O som “33” torna-se 
eloquente na ausculta. Consolidação 
(aumento da densidade do pulmão por 
alguma alteração) → Quando está 
consolidado (pneumonia, infarto 
pulmonar), a transmissão é facilitada e 
as palavras ficam nítidas. 
- Quando ocorre condensação 
pulmonar-inflamatória, 
neoplásica ou pericavitária –, 
sucede aumento da 
ressonância vocal ou 
broncofonia; 
- Pectorilóquia fônica – nitidez 
da voz falada – sinônimo de 
FTV aumentado 
- Pectorilóquia afônica – nitidez 
da voz cochichada 
- Pneumonia; 
- Infarto pulmonar; 
- Neoplasia pulmonar; 
 
❖ RV DIMINUIDA: Obstruções brônquicas 
ou síndromes de barreira (obstrução 
líquida ou barreira gasosa). 
- Espessamento pleural; 
- Derrame pleural; 
- Atelectasia por oclusão 
brônquica; 
- Pneumotórax; 
 
12 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
- Enfisema pulmonar; 
- DPOC, Asma; 
EXAME FÍSICO NORMAL: 
 
GRANDES SÍNDROMES 
RESPIRATÓRIAS: 
Síndromes das vias aéreas: Hiperinsuflação 
 Asma; 
 Bronquite; 
 Enfisema; 
 Bronquiectasias; 
Síndrome do parênquima pulmonar/de consolidação: 
Pulmão torna-se mais denso. Ocorre aumento da RV. 
 Pneumonia; 
 Atelectasia; 
 Doença pulmonar intersticial; 
 Enfisema; 
Síndromes pleurais/de barreira: 
 Pneumotórax (barreira aérea); 
 Derrame pleural (barreira líquida); 
 Ausculta abolida, o que diferencia os dois é a 
percussão; 
SÍNDROMES PLEURAIS: 
 DERRAME PLEURAL: 
- Acúmulo de líquido no espaço pleural; 
- Aumento na formação de líquido ou redução na 
absorção; 
- Causas: insuficiência cardíaca, pneumonia, 
neoplasia, tuberculose e embolia pulmonar; 
- Sinais e sintomas: dispneia, tosse e dor 
torácica. 
 
 
 Inspeção estática: normal e sem alterações da 
superfície; 
 Inspeção dinâmica: dispnéia (acima de 20 irm ↑ 
FR), ritmo regular e sincrônico com os 
movimentos abdominais. TIC (que é sinal de 
esforço respiratório); 
 Palpação: palpação normal, expansibilidade 
diminuída no hemitórax E (HTE) e FTV diminuído 
no HTE; 
 Percussão: macicez no HTE (presença de 
líquido); 
 Ausculta: MV abolido no HTE, ausculta da voz 
diminuída no HTE; 
 
 PNEUMOTÓRAX: 
- Acumulo de ar na cavidade pleural 
- Ar penetra-se através de lesão traumática, 
ruptura de bolha subpleural, ou em 
determinadas patologias como Tuberculose, 
pneumoconiose e neoplasias. 
- Sinais e sintomas: Dor no hemitórax 
comprometido, tosse seca e dispneia 
 
 
13 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 Inspeção estática: normal ou abaulamento dos 
espaços intercostais quando a quantidade de ar 
é grande; 
 Inspeção dinâmica: taquipneico; 
 Palpação: Expansibilidade reduzida em HTE. FTV 
reduzido em HTE 
 Percussão: timpânico; 
 Ausculta: MV abolido em HTE. Sem RA. RV 
diminuída em HTE. 
SÍNDROME DAS V-A: HIPERINSUFLAÇÃO 
 DPOC: 
 
 
 
 É uma doença que pode ser por: 
- BRONQUITE: inflamação crônica dos brônquios; 
lesão pulmonar de brônquios e bronquíolos + 
secreção (essa secreção não se condensa, 
muitas vezes é expelida, e fica dentro dos 
brônquios, dificultando a passagem do ar  por 
isso FTV diminui); no RX os pulmões ficam mais 
claros que no enfisematoso; na clínica é um 
paciente mais cianótico; 
- ENFISEMA: lesão mais ao nível alveolar 
(retenção de ar nos alvéolos); também é um 
paciente que produz muita secreção; no RX os 
pulmões ficam mais escuros porque o ar fica 
retido; 
 Geralmente acomete pessoas de mais idade, 
tabagistas crônicos; 
 Causa mais frequente de descompensação de 
um pct com DPOC: pneumonia!  por isso 
mesmo sem sinais de infecção, inicia 
tratamento com antibiótico. 
 A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é 
uma doença caracterizada por um 
desenvolvimento progessivo da limitação do 
fluxo aéreo não totalmente reversível. 
 A limitação está diretamente associada à 
inalação de gases e partículas nocivas. (Fumaça 
de cigarro, poeira ocupacional, poluição). 
 Em 75% dos casos de DPOC, além da tosse o 
paciente apresenta dispnéia. 
 DPOC mata cerca de 40 mil pessoas por ano. 
 
- No RX: SINAIS DE HIPERINSUFLAÇÃO: coração em gota, 
costelas retificadas (maior distancias entre elas), 
cupulas diafragmáticas retificadas, hiperpenetração 
(pulmãomais preto tem mais ar); 
 Inspeção estática: tórax globoso, pode ter um 
tórax abaulado; 
 Inspeção dinâmica: dispnéia (acima de 20 irm ↑ 
FR), ritmo regular e sincrônico com os 
movimentos abdominais. Geralmente, não 
tem TIC; 
 Palpação: sensibilidade conservada, 
ausência de contraturas ou atrofias 
musculares, ausência de enfisemas 
subcutâneos ou calos ósseos, expansibilidade 
diminuída dos dois lados e FTV diminuído. 
 Percussão: Hipersonoridade; 
 Ausculta: MV diminuído com ruídos adventícios 
(RA) - sibilos disseminados. Ausculta da voz 
diminuída; 
 
 ASMA: 
o Doença inflamatória crônica das vias aéreas 
o Estreitamento das vias aéreas, resultando em 
limitação do fluxo aéreo e sintomas da doença 
o Manifesta-se de forma clínica por episódios 
recorrentes de dispneia, sibilância, constrição 
torácica e tosse, particularmente à noite e pela 
manhã ao despertar 
o Muito comum na população pediátrica 
 
 
14 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
 
 Inspeção: dispneia, utilização de músculos 
acessórios, tórax em posição de inspiração 
profunda e tiragem; 
- Toráx chato ou cariniforme; 
 Palpação: frêmito toracovocal normal ou 
diminuído, expansibilidade diminuída; 
 Percussão: normal ou hipersonoridade; 
 Ausculta: diminuição do murmúrio vesicular 
com expiração prolongada, sibilos e roncos em 
ambos os campos pulmonares; diminuição da 
ausculta da voz; 
 O paciente asmático, quando não está em crise, 
tende a ter aspectos “normais”; 
 
SÍNDROME DO PARENQUIMA PULMONAR: 
 PNEUMONIA: 
 
- Na clínica, é um paciente com tosse cheia, 
produtiva, secreção amarela ou marrom, febre; 
- Pectorilóquia fônica: voz aumentada quando 
auscultada; 
- Consegue tratar 95% sem exame complementar 
 tem que começar o tratamento o quanto 
antes; 
- Condensação da secreção FORA dos brônquios 
(no parênquima pulmonar)  por isso aparece 
no RX; 
- Infecção do parênquima pulmonar 
- Os bronquíolos e alvéolos são preenchidos por 
exsudato inflamatório, comprometendo a função 
de troca gasosa 
- O desenvolvimento do quadro depende de: 
patogenicidade do agente, mecanismo de 
defesa, capacidade de resposta do hospedeiro 
- Quadro clínico: tosse, febre alta 39-40 graus, 
dor pleurítica, dispnéia 
- Diagnóstico clínico e radiológico 
 
 No RX: consolidação na base pulmonar D. 
 Inspeção estática: normal e sem abaulamentos; 
 Inspeção dinâmica: ↑ FR, ritmo regular e 
sincrônico, TIC; 
 Palpação: palpação normal, com expansividade 
reduzida na base pulmonar D, ↑ FTV no HTD; 
 Percussão: macicez no HTD; 
 Ausculta: MV diminuído na região inframamária 
com estertores finos nessa localização (típico 
de pneumonia; pode haver ronco também), 
ausculta da voz aumentada no HTD; 
 ATELECTASIA: 
o colapso, total ou parcial, mas reversível do 
tecido pulmonar com perda de volume; 
o pode causar hipoxemia sintomática, mas 
quaisquer outros sintomas são decorrentes da 
causa ou de uma pneumonia sobreposta; 
o o diagnóstico é por radiografia de tórax, mas se 
a causa não for clinicamente aparente, pode ser 
necessária uma broncoscopia ou TC do tórax; 
o o tratamento é de baixa ou até ausente eficácia, 
mas algumas medidas incluem fisioterapia 
pulmonar, e incentivo das técnicas de expansão 
pulmonar. 
o Pode ser causada por: 
 Obstrução das vias respiratórias; 
 Compressão das vias respiratórias; 
 Supressão da respiração ou tosse; 
 Posicionamento em decúbito dorsal 
(obesos\cardiomegalia); 
 Compressão ou colapso do parênquima 
pulmonar; 
 Cirurgias torácicas e abdominais; 
 Um tubo endotraqueal mal posicionado 
ao ocluir um brônquio-fonte. 
 
 
15 Semiologia Geral | Stephany Galvão 
ANÁLISE DE UM RX 
 
 
O QUE ANALISAR? 
Sempre ver se cada estrutura está na sua 
devida densidade: 
Densidade de água: coração, 
fígado, estomago... 
Densidade de Cálcio: todas as 
estruturas ósseas: costelas, 
traqueia, etc. 
Densidade de ar: dentro dos 
pulmões 
Densidade de gordura: nas 
laterais do tórax e nas mamas 
(quando mulher); 
VER ALTERAÇÕES NA SEGUINTE ORDEM: 
1. PULMÃO: densidade, consolidação, 
desvio, etc; 
2. SEIOS COSTOFRENICOS: apagados, retos, 
curvos demais? 
3. DIAFRAGMA: posição, retificado ou 
curvo, penetração de alguma estrutura? 
4. COSTELAS: quantidade (12), fratura, 
desvio, densidade, etc; 
5. TAMANHO DO CORAÇÃO: deve ser +- a 
metade do pulmão; ver desvios e 
densidade;

Continue navegando