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Fluidos nos sistemas biológicos · DIFUSÃO · Segunda lei da termodinâmica: “De onde tem mais para onde tem menos” · Gradiente de concentração/transporte passivo · Acontece em meios: gasosos, líquidos ou sólidos (em velocidades diferentes) · Serve tanto para o soluto quanto para o solvente · O soluto passa da solução mais concentrada (hipertônica) para a menos concentrada (hipotônica). · Isso ocorre com o objetivo delas se tornarem iguais (isotônica). · O processo de difusão está relacionado com o movimento aleatório individual de cada molécula. Exemplos de difusão dos fluidos: 1. Dispersão de uma gota de tinta na água 2. Passagem de moléculas de água e de substâncias dissolvidas no sangue através das membranas capilares nos tecidos · OSMOSE · O solvente é transportado do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. · TONICIDADE DAS SOLUÇÕES · A tonicidade das soluções é constatada pelo efeito do fluido sobre o volume das células. · Uma solução hipertônica faz a célula perder água, diminuindo seu volume, portando, ela “murcha” ou fica “crenada.” · Uma solução hipotônica é aquela que faz a célula aumentar de volume, ou seja, ela "incha”, podendo mesmo ocorrer a lise da célula (animal). · Uma solução isotônica não causa mudança no volume da célula. · FENÔMENOS DE SUPERFÍCIE · Tensão superficial · Todo líquido posto em contato com gás, forma uma “membrana” (limite da água) elástica na interface líquido-gás. Essas “membranas” funcionam como redes elásticas, tensas e resistentes. · A molécula de água próxima a superfície faz ligação com as moléculas vizinhas mais internas e gera uma força resultante que puxa ela para o interior do líquido. As moléculas de ar fora da água também geram uma força, porém menor. Isso faz com que haja a tensão superficial. · A tensão superficial é uma força que une compactamente a camada monomolecuar da superfície de um líquido, tendo dois efeitos no pulmão: 1. Barreira de difusão · Quanto maior a tensão superficial da fina camada líquida que recobre os alvéolos, mais difícil se torna a penetração de oxigênio, pois a camada monomolecular de líquido é uma barreira. · Nos pulmões, moléculas tensoativas (surfactantes) diminuem a tensão superficial. · A baixa do surfactante é um estado patológico que necessita de atenção imediata. 2. Fechamento dos alvéolos · CAPILARIDADE · Diferentemente dos sólidos, os líquidos podem fluir. Suas partículas se movem quase independentemente umas das outras, mas não tão livremente como as partículas de gás. · As forças de coesão entre as moléculas de mercúrio são muito maiores do que entre as de água e a força de adesão da água é muito maior do que a do mercúrio, por isso o contato do mercúrio com a parede do recipiente é diminuído. · Forças de coesão: agem entre as partículas do líquido. · Forças de adesão: agem entre as partículas de um líquido e as do material em que estão encostados. O efeito resultante das forças de adesão e coesão produzem a capilaridade. · VISCOSIDADE · No movimento de um líquido existe atrito entre as moléculas e que é traduzido por uma grandeza denominada viscosidade. · A viscosidade depende de: - Atrito das camadas líquidas entre si e com as paredes do recipiente; -Temperatura (quanto mais alta, mais energia é oferecida ao sistema, mais as moléculas ficam agitadas e o atrito é reduzido, diminuindo a viscosidade) · PRESSÃO · Agente físico capaz de romper a inércia de um fluido, o qual, quando submetido a uma aceleração, entra em movimento. · Pressão (P) é a relação entre força (F) aplicada sobre a área (A) de atuação desta força. · Fluídos (gases ou líquidos) – partículas independentes e baixo grau de ordem (intrínseca) – com inércia rompida, entra em movimento (fluidodinâmica). Exemplo: circulação do sangue nos vasos e ar nos pulmões. O que faz com que o ar entre e saia dos pulmões é a diferença da pressão que é gerada quando se inspira e expira (aumento e diminuição da caixa torácica). · SISTEMA COMPOSTO POR FLUIDOS · Circuito (continente) é qualquer estrutura que contenha fluidos em movimento. · Fluido e seu continente formam o sistema. · Fluido em movimento em função de um continente recebe o nome de circuito, e pode ser de dois tipos: 1. Circuito aberto: o fluido contido nesse sistema estabelece contato direto com outros sistemas, mesmo que temporário, o fluído deixa o sistema. Ex: sistema respiratório. 2. Circuito fechado: fluido circula sem o contato direto com outros sistemas. Ex: sistema circulatório. · APLICANDO O CONCEITO DE PRESSÃO · Seringa – agulha – medicamento – veia · Apertar o êmbolo (romper a inércia) – aceleração para fora da seringa; · Puxar o êmbolo – aspirar o sangue; · Fisicamente ocorrem duas situações: 1. Apertando o êmbolo a pressão no seu interior ficou maior do que a pressão sanguínea e o medicamento acelerou (foi expulso do êmbolo). 2. Puxando o êmbolo a pressão no interior da seringa ficou menor do que a pressão sanguínea e o sangue foi aspirado. Em relação ao gás: inspiração e expiração. · Lei fundamental da fluido dinâmica · Só ocorrerá aceleração de um fluido se houver diferença de pressão entre dois pontos do circuito. · Após ter sua inércia rompida pela diferença de pressão, o movimento do fluido em velocidade constante é mantido pela própria inércia. Exemplo: quando o coração bate mais rápido e com mais força, acelera o sangue e aumenta o fluxo. · A aceleração de um fluido ocorre do ponto do circuito de maior pressão para o ponto de menor pressão. · Aumenta o volume do continente – pressão interna diminui – pressão negativa. Exemplo: inspirar diminui a pressão interna dos pulmões. · Diminui o volume do continente – pressão interna aumenta – pressão positiva. Exemplo: expirar aumenta a pressão interna dos pulmões. · Coração (sístole e diástole) · Sístole (contração) – a cavidade dos ventrículos diminui e a pressão interior aumenta = coração ejeta sangue para os vasos. · Diástole (relaxamento) – a cavidade dos ventrículos aumenta gerando pressão negativa = coração aspira o sangue de volta. · Sistema fechado: o mesmo volume que é ejetado volta (débito cardíaco). · O coração consegue manter o débito cardíaco através da ramificação e aumento do número de capilares, o que permite o fluxo de um volume grande. · A pressão que atua na rede capilar é a mesma que atua em um único capilar (nos capilares a pressão é menor) · Fluxo laminar · O fluxo no centro dos vasos é muito maior do que próximo as paredes devido ao atrito do fluido com a parede. · Fluxo turbulento · O sangue flui não somente na direção longitudinal, mas também perpendicular, igualmente formando redemoinhos (correnteza). · É causado por estreitamento, dilatação ou obstrução). · Isso causa resistência ao fluxo devido ao aumento de atrito com o vaso. · Fatores que influenciam a resistência ao fluxo · Esfíncter (altera o raio, a resistência e, assim, a pressão no sistema) · Resistência do continente · Viscosidade do fluido (quanto mais viscoso, maior o atrito entre o fluido) · Raio do vaso (quanto maior o raio, menor a resistência e maior será o fluxo) – Lei da quarta potência · Comprimento do raio (quanto maior a extensão, maior o atrito, maior a resistência). O fluxo de um vaso é diretamente proporcional à quarta potência de seu raio. Importância: mínimas alterações no calibre de um vaso geram grandes alterações no fluxo de seu conteúdo.
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