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TBL PNEUMOLOGIA DPOC Definição → Doença pulmonar obstrutiva crônica Diagnóstico →É baseado em três pilares: Diagnóstico clínico com tosse crônica e/ou dispneia; histórico de exposição à fatores de risco como o tabagismo; avaliação funcional através da espirometria → Vários pacientes apresentam sintomas típicos da DPOC, contudo, alguns fatores como a similaridade com outras doenças, a não busca ativa por parte dos médicos, sintomas atípicos, acabam confundindo e dificultando o diagnóstico. E isso reflete no retardo da conduta → DPOC é a terceira causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis → É esperado que com o aumento da expectativa devida, um maior número de pessoas estejam expostas aos fatores de risco para DPOC por um maior período de tempo, com isto a prevalência e a mortalidade da doença tendem a aumentar SUSPEITA CLÍNICA → É considerado suspeito em todo paciente > 40 anos, exposto a fatores de risco (tabagismo, poeiras ou vapores ocupacionais, combustíveis de biomassa), com a presença ou não de sintomas respiratórios da doença → Os principais sintomas são: Tosse crônica – Intermitente ou não, produtiva ou não Dispneia a esforços – Progressiva, pior com exercícios. Persistente Produção de catarro – Qualquer padrão de expectoração crônica pode indicar DPOC Exposição à fatores de risco – Tabagismo (qualquer tipo), poeiras ou vapores ocupacionais, combustíveis de biomassa, combustível para aquecimento HF de DPOC ou fatores na infância – Infecções respiratórias na infância SE QUALQUER INDIVÍDUO +40 ANOS APRESENTAR ALGUM DESSES SINTOMAS, DEVE CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO COM ESPIROMETRIA → Em relação a duração, intensidade, continuidade da exposição , em relação ao tabaco, utilizamos o cálculo do ÍNDICE DE ANOS-MAÇO: ÍNDICE = Nº MÉDIO CIGARRO/DIA X ANOS 20 índice > 10 anos-maço ALTO RISCO PARA DPOC → Também pode ser feito o de número de horas-ano de exposição à fumaça de lenha ÍNDICE = Nº HORAS COZINHANDO X ANOS EXERCENDO ESSA ATIVIDADE índice > 200 horas-ano ou 10 anos ALTO RISCO PARA DPOC SINTOMATOLOGIA Dispneia, tosse e produção de catarro são os sintomas mais frequentes e procedem anos antes às alterações espirométricas. A dispneia a esforços, crônica e progressiva é a mais característica. A questão é que o indivíduo acaba achando que é normal com o passar dos anos ter isso. Então ele vai se adaptando a esse quadro, deixa de se exercitar como antes, até chegar ao ponto de não fazer atividades do dia a dia em casa, por exemplo. E isso tudo leva a um descondicionamento que agrava a dispneia. Pode levar o indivíduo a ter ansiedade, depressão por conta dessa piora na qualidade de vida Mesmo no estágio inicial, a DPOC compromete cerca de 30-40% da qualidade de vida A tosse crônica é frequentemente o primeiro sinal: - Persistente ou episódica; Período matutino com ou não expectoração - Que faz o indivíduo acreditar ser normal, por conta do hábito de fumar - O aumento do volume e a purulência da expectoração são úteis na identificação dos episódios de exacerbações da doença. Sibilância (assobio agudo durante a respiração) e aperto no peito Fadiga e emagrecimento (já sugerindo um grau mais grave) → Sintomas referentes a presença de comorbidades ou para diagnóstico diferencial de outras doenças respiratórias devem ser avaliados EXAME FÍSICO → Nas fases iniciais usualmente não se identificam alterações no exame físico. Com a progressão da doença podem aparecer manifestações como hipersonoridade à precussão, frêmito toracovocal reduzido difusamente, estertores finos teleinspiratórios. Roncos e sibilos também podem ser percebidos em alguns casos. Taquipneia, respiração com lábios semicerrados e uso de musculatura acessória podem estar presentes variando em função do grau de severidade da doença. PAPEL DAS PROVAS DE FUNÇÃO PULMONAR NO DIAGNÓSTICO ESPIROMETRIA PRINCIPAL CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF) → Maior volume de ar mobilizado em uma expiração forçada até o volume residual (VR) VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1) → Volume de ar expirado durante o primeiro segundo da manobra forçada RELAÇÃO ENTRE VEF1/CVF → QUANTIDADE DE AR QUE FOI EXPIRADO NO PRIMEIRO SEGUNDO EM RELAÇÃO A TODO AR EXPIRADO DURANTE A MANOBRA CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DA ESPIROMETRIA 1- ESPIROMETRIA NORMAL 2- DISTÚRBIO VENTILATÓRIO RESTRITIVO 3- DISTÚRBIO VENTILATÓRIO INESPECÍFICO 4- DISTÚRBIO VENTILATÓRIO OBSTRUTIVO 5- DISTÚRBIO VENTILATÓRIO OBSTRUTIVO COM CVF REDUZIDA 6- DISTÚRBIO VENTILATÓRIO MISTO OU COMBINADO ENTÃO VAMOS ANALISAR AS POSSÍVEIS CLASSIFICAÇÕES º SE A RELAÇÃO VEF1/CVF → > OU IGUAL A 70% VOCÊ AGORA AVALIA A CVF INDIVIDUALMENTE > 80% < ou igual a 80% DRV ESPIROMETRIA NORMAL OBS: CASO DÊ DRV VOCÊ IRÁ CLASSIFICAR DE ACORDO COM O GRAU QUE PODE SER LEVE, MODERADO E GRAVE (OLHAR TABELA) º SE A RELAÇÃO VEF1/CVF → < 70% VOCÊ AVALIA INDIVIDUALMENTE TANTO VEF1 QUANTO CVF º VEF1 < 80% e CVF > OU IGUAL A 80% º VEF1 < 80% e CVF < 80% DPO CVF – VEF1 (SUBTRAI) 12 13 MISTO DVO COM CFV DIMINUÍDO OSCILOMETRIA DE IMPULSO (iOS) E PLETISMOGRAFIA OSCILOMETRIA DE IMPULSO (iOS) → Na DPOC as pequenas vias aéreas sofrem obstrução antes de qualquer alteração espirométrica possa ser detectada. O teste de IOS, através de ondas sonoras sobrepostas à respiração normal, de forma não invasiva e com pequena cooperação do paciente. E nesse estudo foi comprovado que teve prevalência da disfunção das pequenas vias aéreas de 74% em pacientes com DPOC estável e essa prevalência era maior conforme o quadro do paciente fosse pior (gravidade) PLETISMOGRAFIA → É um teste de função pulmonar usado para avaliar os volumes pulmonares, de uma forma mais detalhada que a espirometria. A medida desses volumes fornece informações essenciais para a caracterização dos distúrbios presentes nas doenças respiratórias. → É realizada num pletismógrafo, que é uma cabine totalmente fechada onde o paciente permanece durante a realização do exame e permite determinar os volumes pulmonares e a resistência das vias aéreas. O exame tem duração de 30 minutos em média e é aplicado por técnico de espirometria, com experiência adequada, sob supervisão do médico responsável pelo laboratório de função pulmonar, sendo este também responsável pelo laudo final do exame. A IMAGEM NO DIAGNÓSTICO DE DPOC → Na maioria das vezes, o exame de imagem não é recomendado e ele pode até atrapalhar/retardar o diagnóstico do paciente. As vezes, dependendo do biotipo, pode apresentar um padrão de hiperinsuflação pulmonar e na realidade não existir doença. Como também pacientes com níveis avançados apresentar, principalmente o radiograma de tórax, normal. → Os achados em um paciente com DPOC incluem: - SINAIS SUGESTIVOS DE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR (DECORRENTE DO APRISIONAMENTO AÉREO COMO PERDA OU REDUÇÃO DA CURVATURA DIAFRAGMÁTICA) - AUMENTO DO ESPAÇO RETROESTERNAL - DIMINUIÇÃO DA EXPRESSÃO DAS MARCAS VASCULARES → Só que esse achados podem estar presentes ou não RADIOGRAMA DE TÓRAX → Apesar de não ser recomendado para diagnóstico, é eficiente na exclusão e achados de comorbidades TOMOGRAFIA DE TÓRAX → Também não é recomendada na avaliação de pacientes com DPOC. Porém também é usada para exclusão e achados de outras patologias e presença de comorbidades → A tomografia tem valor especial adicional por poder demonstrar a extensão de acometimento do parênquima através da avaliação da presença em maior ou menor grau de enfisema pulmonar. → Enfisema centrolobular: consequente à dilataçãoou destruição dos bronquíolos respiratórios, predomina nos lobos superiores e está associado principalmente ao tabagismo → Enfisema panacinar: dilatação e destruição dos ácinos pulmonares. Usualmente predomina nos lobos inferiores e se associa principalmente a portadores de DPOC com deficiência de alfa 1 antitripsina. → Enfisema parasseptal: ocorre na periferia dos pulmões, a nível justapleural e ao longo septos interlobulares. Associa-se também com o tabagismo. Sua localização determina possibilidade de desenvolvimento do pneumotórax espontâneo secundário.
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