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Composição básica: MATRIZ ORGÂNICA: é a porção mais frágil da resina composta e é formada basicamente por monômeros e são isolados, a matriz orgânica só melhora quando ela é foto polimerizada, é como se cada monômero reagisse entre si e formasse uma cadeia, se ligando e formando um POLÍMERO - o polímero possui resistência-, lembrando que para isso ocorrer, é necessário resistência, no caso da resina composta a fonte da energia é a luz, então toda resina é composta por monômeros. Toda vez que a resina é convertida de monômeros a polímeros ela faz uma CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO, devido essa contração há uma diminuição do volume de material. Ex de matriz orgânica: BIS-GMA, UDMA, BIS-HEMA, TEGDMA- são monômeros metacrilatos- por que há vários monômeros? Cada monômero reage de uma forma a reação de polimerização, há monômeros de baixo peso molecular que contrai muito, há monômeros de alto peso molecular que contrai pouco e a resina é mais dura e difícil de esculpir. Os fabricantes investem no material para tentar alcançar uma contração de polimerização intermediaria e de consistência agradável. Em uma mesma resina é possível visualizar monômeros de alto e baixo peso molecular para buscar um produto intermediário. A desvantagem da resina composta é a contração que ela sofre e nada é possível para mudar a propriedade do material, o que podemos fazer é diminuir os efeitos da tensão gerada por essa contração, que veremos a seguir. Quando a resina é depositada na cavidade ela SEMPRE deve ser fotopolimerizada para dar resistência, em outras palavras, ela deve ser fotopolimerizada de pouquinho em pouquinho para poder ser resistente e a luz sensibilizar tudo para virar polímero e evitar degradação, existe uma quantidade padrão para que a luz do fotopolimerizador seja capaz de produzir monômeros em polímeros. CARGA INORGÂNICA: é um material que confere a resina composta resistência a compressão, exemplos: QUARTZO, VIDRO E SÍLICA. Estrôncio e bário são responsáveis por dar a característica de radiopacidade. O formato e o tamanho das cargas são utilizadas para classificar a resina composta. Há resinas micro híbridas: 0,5 mícron de formato inespecífico foram as primeiras resinas usadas em dentes posteriores. Atualmente utilizamos partículas manométricas-partículas menores ainda, são mais resistentes porque quanto menor as partículas, vou conseguir colocar um volume maior em uma mesma massa de resina, são melhores em termos de resistência e polimento. Atualmente padronizaram o formato, deixou de ser irregular e passou a ser esférico, devido as esferas deslizarem melhor, o acomodamento da resina, a manipulação e a consistência são melhores formadas por esferas do que formada por partículas irregulares. A maioria das nano são de quartzo –cerâmica- e sílica. AGENTE DE UNIÃO- SILANO: matriz e carga inorgânica não são substancias que tem adesão uma outra, por isso é necessário um agente de união. Se não houvesse o agente de união, na hora que fosse depositado a resina em um dente posterior, as cargas iriam se soltar/degradar com o tempo, para isso é necessário o agente de união que é o silano. O silano também é utilizado para cimentar coroa, laminado. SISTEMA INICIADOR- ACELERADOR- CANFOROQUINONA: Absorve a energia luminosa para que haja a reação de polimerização, a polimerização da resina é física e é proveniente da luz e quem é responsável pela absorção da luz é a substancia chamada CANFOROQUINONA, para que os monômeros se transformem em polímeros. Observação importante: a adição de carga inorgânica, diminui a quantidade de matriz orgânica. Isso é bom, pois a matriz orgânica contrai menos. Dependendo do formato da carga, pode haver alteração na consistência da resina composta. TÉCNICAS DE PREPARO E RESTAURAÇÃO DE CAVIDADES DE CLASSE I Paredes circundantes de preferência convergentes para a oclusal Ângulos internos arredondados Parede pulpar plana Ângulo cavossuperficial não é biselado. INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS: Pontas diamantadas esféricas; Recortador de margem gengival Caneta de alta rotação Caneta de baixa rotação OBS.: SEMPRE QUE O TECIDO ESTIVER DURO, USAR PONTA DIAMANTADA, TECIDO AMOLECIDO VOLTA PARA BROCA CARBIDE OBS.: COM RELAÇÃO A RESISTENCIA E RETENÇÃO DA CAVIDADE, TEMOS QUE DAR PRIORIDADE EM TRABALHAR COM ¼ DA CAVIDADE ENTRE A DISTANCIA ENTRE AS CÚSPIDES, PORÉM QUEM DETERMINA ISSO NA VIDA REAL É A CÁRIE, TENTAMOS COMPENSAR ESSA PERDA DE RESISTENCIA E RETENÇÃO, FAZENDO CONDICIONAMENTO ÁCIDO. OBS.: O MOVIMENTO COM A BROCA NÃO PODE SER INETERRUPTO –COLOCAR A BROCA E RETIRAR-, PARA EVITAR SUPERAQUECER O DENTE. DEPOIS DE REALIZADA A CAVIDADE: EM DETERMINADAS SITUAÇÕES, A PAREDE PULPAR NÃO FICOU PLANA E NÃO TEM MAIS TECIDO CARIADO, ENTÃO NÃO É NECESSÁRIO DESGASTAR APENAS PARA PLANIFICAR, ENTÃO EU ACRESCENTO IONOMERO DE VIDRO PARA PLANIFICAR, AO INVÉS DE DESGASTAR TECIDO SADIO. PROTOCOLO RESTAURADOR: Condicionamento ácido do esmalte e dentina: com ácido fosfórico com a concentração de 35%, o correto é aplicar na margem externa –esmalte- da cavidade e depois colocar dentro da cavidade –dentina- Tempo do condicionamento em esmalte: 30 segundos; Tempo do condicionamento em dentina: 15 segundos. Esse tempo deve ser controlado para evitar que o ácido desmineralize em excesso e abra túbulos dentinários de forma profunda e o adesivo não consegue penetrar da mesma forma como o ácido penetrou, tendo uma área vazia dentro do dente que não foi preenchida pelo sistema adesivo e no momento em que o paciente utilizar forças mastigatórias nesse dente ele vai sentir sensibilidade. Por que? Porque dentro do túbulo dentinário tem um líquido e prolongamento odontoblástico, então na área vazia vai ocorrer movimentação de fluido do túbulo e isso causa sensibilidade pós operatória. Outra condição problemática que ocorre é quando há cavidades muito profundas que está próxima a polpa, se esse tempo de condicionamento não for controlado, esse ácido pode desmineralizar e chegar ao tecido pulpar, causando uma pulpite irreversível. Função do condicionamento ácido: Remove smear layer; Desmineraliza esmalte e dentina; Cria microporosidades; Aumenta a área de superfície; Aumenta a energia livre de superfície. – O dente molha menos. COMO OCORRE A ADESÃO EM ESMALTE? O ESMALTE PÓS CONDICIONAMENTO SE TORNA MAIS POROSO – MICROPOROSIDADES-, REMOVE-SE A SMEAR LAYER E HÁ UM AUMENTO DA ÁREA DE SUPERFÍCIE LIVRE PARA QUE ELE SEJA INFILTRADO NO SISTEMA ADESIVO. O que penetra no dente não é efetivamente a resina composta comercializada em tubinho, o que penetra no dente é o sistema adesivo, o sistema adesivo é resina porém não é a mesma consistência da resina comercializada em tubinho. Do que é composto o sistema adesivo? Monômeros, carga inorgânica, sistema foto iniciador... só a consistência é diferente, o adesivo é mais fluido para facilitar a infiltração nas áreas desmineralizadas e dessa forma o dente fica pronto para receber a resina composta que é mais consistente. Lembrando que não é a quantidade de adesivo que faz a resina ficar colada e sim homogênea espalhada bem com o microbrush, depois fotopolimeriza. O ácido abre caminhos ´para infiltração do adesivo, para que haja união entre dente e material restaurador resina composta. Dessa forma, a resina composta não entra em contato diretamente com o dente, ela entra em contato com a camada híbrida –camada onde tem adesivo e dente-. Após o condicionamento ácido, é importante lembrar que a resina contrai, por isso não é interessante colocar qualquer quantidade de resina, no máximo 2mm de espessura de material. TÉCNICA INCREMENTAL: inserir a resina composta. NÃO POSSO COLOCAR MUITA RESINA NA CAVIDADE, porque o volume de material é tão grande que a luz do fotopolimerizador não vai ser capaz desensibilizar para transformar monômeros em polímeros, tornando-se portanto uma resina com baixas propriedades mecânicas, com pouca resistência; quanto mais volume de material, mais contração. A tendência é se unir todas as paredes de material, corre o risco de alguma parede desadaptar, não dando longevidade para a restauração portanto. Além disso, há mais risco de recidiva de cárie. Erros na técnica e pulo de etapas e tempo errado há mais chances de não ser uma boa restauração e pouca longevidade. Como funciona essa técnica? Colocar incrementos oblíquos/inclinados para não unir paredes opostas e contrair menos. Unimos no máximo duas paredes: pulpar e uma circundante. Essa técnica também ajuda esculpir melhor a anatomia, cada incremento deverá ser fotopolimerizado. Quando a resina contrai, há tensão, por isso é importante haver área livre do material entre um incremento e outro, até fechar a cavidade. Que disposição dos incrementos deve ser evitada? Colocação de incrementos horizontais que unem as porções vestibulares e linguais podem criar algum tipo de estresse durante e após a polimerização FATOR DE CONFIGURAÇÃO CAVITÁRIA: NO de paredes aderidas/ no de superfícies livres. Esse fator determina se a resina contrai mais ou menos, se a resina toca em muitas paredes o estresse de tensão é maior. Quanto maior o fator, mais estresse tensional. Quanto menor o fator, menos estresse tensional, menos chance de descolamento de material restaurador da cavidade. Quanto mais faces livres, é melhor. OBSERVAÇÃO: A GRANDE VANTAGEM DA RESINA COMPOSTA É QUE VOCE DITA A HORA DE FOTOPOLIMERIZAR, O ACABAMENTO É PARA UM EXCESSO CABÍVEL. OBSERVAÇÃO: ANTES DE FAZER A RESTAURAÇÃO, CHECAR OS CONTATOS OCLUSAIS, QUANDO TERMINAR TAMBÉM CHECAR NOVAMENTE. COM O INTUITO DE EVITAR INTERFERENCIA OCLUSAL OU TRAUMA OCLUSAL. PARA ACABAMENTO: PONTAS DIAMANTADAS F e FF
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