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Processual Penal Depen

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Aula 06
Bizu Estratégico p/ DEPEN (Agente
Federal de Execução Penal) - Pós-Edital
Autores:
 Willian Henrique Daronch,
Coordenação, Diogo Times Alves,
Késia Vieira Ramos de Oliveira,
Leonardo Mathias, Marcela Neves
Suonski, Rafael Rocha (Caverna) ,
Vinícius Peron Fineto
Aula 06
29 de Junho de 2020
04155405342 - Francisca Larissa Sobreira Dantas Nóbrega de Figueirêdo
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 BIZU ESTRATÉGICO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL (DEPEN) 
Olá, prezado aluno. Tudo certo? 
Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal para o 
concurso do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) - Cargo: Agente Federal de Execução Penal. 
O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio de tópicos 
que possuem as maiores chances de incidência em prova. 
Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase bem final de revisão (que já 
estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam revisar por algum 
material bem curto e objetivo). 
 
 
 Késia Oliveira Leonardo Mathias 
@kesiaramosoliveira @profleomathias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Willian Henrique Daronch, Coordenação, Diogo Times Alves, Késia Vieira Ramos de Oliveira, Leonardo Mathias, Marcela Neves Suonski, Rafael Rocha (Caverna) , Vinícius Peron Fineto
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ANÁLISE ESTATÍSTICA 
 
Pessoal, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos pela Banca CEBRASPE 
(CESPE), no âmbito da disciplina de Direito Processual Penal. 
 
 
* Análise realizada em provas aplicadas entre os anos de 2013 e 2020. 
 
 
Com essa análise, podemos verificar quais são os temas mais exigidos pela banca CEBRASPE (CESPE) 
e, através disso, focaremos nos principais pontos em nossa revisão! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Processual Penal (Foram encontradas 628 questões) 
Assunto Quantidade de questões % de cobrança 
Aplicação da lei processual no tempo, no espaço e 
em relação às pessoas. Disposições preliminares do 
CPP. Disposições constitucionais 
125 19,90% 
Inquérito Policial 172 27,39% 
Ação Penal 116 18,47% 
Prisões, liberdade provisória e fiança 135 21,50% 
Processo e julgamento dos crimes de 
responsabilidade dos funcionários públicos 
42 6,69% 
O habeas corpus e seu processo 38 6,05% 
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Direito Processual Penal – DEPEN 
Assunto Bizus Caderno de Questões 
Aplicação da lei processual no 
tempo, no espaço e em 
relação às pessoas. 
Disposições preliminares do CPP. 
Disposições constitucionais 
1 a 6 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/5d6b6ee6-3c6f-42e1-9f99-c1624f8f509e 
Inquérito Policial 7 a 11 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/41ce6acf-f207-470c-9c61-b0cd478ec22c 
Ação Penal 12 a 19 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/538bdbfc-cb63-42be-8c7b-d4300e595ead 
Prisões, liberdade provisória e 
fiança 
20 a 27 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/9a0b1dd8-83ba-4ea3-acb2-d7a318e3cf5e 
Processo e julgamento dos crimes 
de responsabilidade 
dos funcionários públicos 
28 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/f46b3f85-875f-4143-8f14-493aeccdf8ad 
O habeas corpus e seu processo 29 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/27788f58-a9cb-45ca-954e-0fadded44670 
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Apresentação 
 
Antes de começarmos, gostaria de me apresentar. Meu nome é Késia Oliveira e sou natural do Rio 
de Janeiro. Sou graduada em Direito e Pós-Graduada em Direito Administrativo e Contratos. 
Atualmente, exerço o cargo de Auditora de Controle Interno no Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Também fui aprovada no 7 º Concurso para Analista do MPU 
- Especialidade: Direito - e no VII Concurso para Analista do TRF 1 - Especialidade: Oficial de Justiça 
Avaliador Federal (2° lugar – Subseção Judiciária de Poços de Caldas - MG). 
Serei a responsável pelo Bizu Estratégico de Direito Processual Penal e, com ele, pretendo abordar 
os tópicos mais cobrados nessa disciplina, de maneira concisa e objetiva, por meio de uma linguagem bem 
clara! 
Espero que gostem! 
Um grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Processual Penal 
 
1. Princípios processuais penais 
 
 Inércia - O Juiz não pode dar início ao processo penal, pois isto implicaria e violação da sua 
imparcialidade. 
Este princípio não impede que o Juiz determine a realização de diligências que entender 
necessárias para elucidar questão relevante para o deslinde do processo. 
 Devido Processo Legal - Base principal do Direito Processual brasileiro. Trata-se da obediência ao 
rito previsto na Lei Processual (seja o rito ordinário ou outro), bem como às demais regras 
estabelecidas para o processo. 
 Presunção de não culpabilidade ou Presunção de inocência - Maior pilar de um Estado 
Democrático de Direito. Nenhuma pessoa pode ser considerada culpada (e sofrer as 
consequências disto) antes do trânsito em julgado se sentença penal condenatória. 
A existência de prisões provisórias (prisões decretadas no curso do processo) não ofende a 
presunção de inocência. 
 Obrigatoriedade da fundamentação das decisões judiciais - Quando o Juiz indefere uma prova 
requerida, ou prolata a sentença, deve fundamentar seu ato, o que é determinado pela própria 
Constituição. 
 Publicidade - Os atos processuais e as decisões judiciais serão públicos. Essa publicidade NÃO É 
ABSOLUTA, podendo sofrer restrição, quando a intimidade das partes ou interesse público exigir 
(publicidade restrita). 
 Isonomia Processual (“par conditio” ou “paridade de armas”) - As pessoas são iguais perante a 
lei, sendo vedadas práticas discriminatórias. 
 Duplo grau de jurisdição - As decisões judiciais devem estar sujeitas à revisão por outro órgão do 
Judiciário. Tem previsão expressa no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana de 
Direitos Humanos), ratificado pelo Brasil. 
 Juiz Natural - Toda pessoa tem direito de ser julgada por um órgão do Poder Judiciário brasileiro. 
Sendo assim, é vedada a formação de Tribunal ou Juízo de exceção. 
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 Vedação às provas ilícitas- A Doutrina dominante admite a utilização de provas ilícitas quando 
esta for a única forma de se obter a absolvição do réu. Veda-se, também, a utilização de provas 
ilícitas por derivação (teoria dos frutos da árvore envenenada). 
 Vedação à autoincriminação - O ônus da prova incumbe à acusação, não ao réu. Conhecido como 
nemo tenetur se detegere. É extraído da conjugação de três dispositivos constitucionais: 
✓ Direito ao silêncio; 
✓ Direito à ampla defesa; 
✓ Presunção de inocência. 
 Non bis in idem - Uma pessoa não pode ser punida, nem processada duplamente pelo mesmo 
fato. 
✓ vedação à dupla condenação pelo mesmo fato; 
✓ vedação ao duplo processo pelo mesmo fato; 
✓ vedação à dupla consideração do mesmo fato/condição/circunstância na dosimetria da pena. 
 
2. Aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às pessoas 
 
 Aplicação da lei processual no espaço 
 O CPP adotou, como regra, o princípio da territorialidade. Esse princípio determina que a lei 
produzirá seus efeitos dentro do território nacional. 
 Exceções: 
✓ Tratados, convenções e regras de Direito Internacional – a aplicação do CPP pode ser afastada 
em razão de alguma norma específica prevista em tratado ou convenção internacional. 
✓ Jurisdição política – Prerrogativas constitucionais - Presidente da República, Ministros de 
Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República e Ministros do STF, nos crimes 
de responsabilidade. 
✓ Processos de competência da Justiça Eleitoral – Regra: Código Eleitoral – Subsidiariamente: 
CPP. 
✓ Processos de competência da Justiça Militar – Regra: Código de Processo Penal Militar – 
Subsidiariamente: CPP. 
✓ Legislação especial – Regra: segue o rito específico previsto na legislação especial – 
Subsidiariamente: CPP. 
 
 Aplicação da lei processual no tempo 
 
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 Art. 2º do CPP. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos 
realizados sob a vigência da lei anterior. 
✓ Princípio do tempus regit actum - Princípio do efeito imediato ou aplicação imediata da lei 
processual. 
 A lei nova não pode retroagir para alcançar atos processuais já praticados, mas se aplica aos atos 
futuros dos processos em curso. 
 ATENÇÃO! No que se refere às normas relativas à execução, a Doutrina diverge quanto à sua 
natureza. O STF e o STJ entendem que se trata de norma de direito material. 
 
3. Sistemas processuais penais 
 
 
 
 
 
 
 Súmulas e jurisprudência do STF e STJ: 
 
✓ Súmula 704 do STF - "Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido 
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por 
prerrogativa de função de um dos denunciados." (juiz natural) 
✓ Súmula 64 do STJ – “Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, 
provocado pela defesa”. (devido processo legal) 
✓ Súmula nº 444 do STJ – “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso 
para agravar a pena-base”. (presunção de inocência) 
✓ Súmula 522 do STJ – “A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é 
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa”. 
✓ Súmula 533 do STJ – “Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da 
execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do 
SISTEMA INQUISITORIAL
Nao ha separagao das fun^oes de acusar, defender e julgar - Juiz INQUISIDOR
Acusado nao e sujeito de direitos, sendo tratado como mero objeto do processo
Juiz inquisidor e dotado de ampla iniciativa acusatoria e probatoria, pode determinar de offcio a colheita e
provas.
SISTEMA ACUSATORIO (sistema adotado pelo CPP)
Separa$ao das fungoes de acusar, defender e julgar- Juiz IMPARCIAL
Acusado e sujeito de direitos, devendo a prova ser produzida com fiel observancia ao contraditorio e a ampla
defesa.
Produ^ao de provas a cargo das partes. Juiz so de forma residual na fase do processo.
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estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado 
constituído ou defensor público nomeado”. 
✓ STF - HC 93782– Possibilidade de regressão de regime em razão da prática de novo crime. 
Desnecessidade de trânsito em julgado. STF entendeu não haver ofensa ao princípio da 
presunção de inocência. 
 
4. Disposições constitucionais relevantes 
 
 Direitos constitucionais do preso 
 
 Tribunal do júri 
 
✓ Art. 5º, inciso XXXVIII da CF/88: é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der 
a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
 Menoridade Penal 
✓ Art. 228 da CF/88: São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas 
da legislação especial. 
 
 Disposições referentes à execução penal 
 
 
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO PRESO 
ADMISSIBILIDADE DA PRISÃO DEPOIS DE EFETUADA A PRISÃO PARA EVITAR A PRISÃO 
 
 
- Flagrante delito (sem 
necessidade de ordem judicial). 
- Por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos 
casos de transgressão militar ou 
crime propriamente militar, 
definidos em lei. 
 
- Comunicação da prisão e do 
local em que se encontra o 
preso IMEDIATAMENTE ao juiz 
competente e à família do preso 
ou à pessoa por ele indicada. 
- Informação ao preso sobre seus 
direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da 
família e de advogado. 
- Identificação dos responsáveis 
pela prisão e/ou interrogatório 
policial. 
- Relaxamento da prisão que seja 
ilegal. 
- Direito de ser colocado em 
liberdade, se estiverem presentes os 
requisitos para concessão da 
liberdade provisória. 
 
- Liberdade provisória 
(quando presentes os 
requisitos) 
- Habeas corpus, no caso de 
ilegalidade ou abuso de 
poder. 
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✓ Art. 5º da CF/88 (...) 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a 
idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos 
durante o período de amamentação; 
 
 Outras disposições constitucionais referentes ao processo penal 
 
✓ Art. 5º da CF/88 (...) 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que 
a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipótesesprevistas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do 
tempo fixado na sentença; 
 
5. Interpretação e Integração da Lei Processual Penal 
 
 A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o 
suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
✓ Interpretação extensiva – a lei disse menos do que deveria dizer. Por consequência, para que se 
possa conhecer a exata amplitude da lei, o interprete necessita ampliar o seu campo de 
incidência. 
✓ Aplicação analógica – decorre da analogia e somente será utilizada quando não houver norma 
disciplinando determinando caso. 
CUIDADO! - O CPP admite aplicação analógica. O CÓDIGO PENAL não admite a aplicação 
analógica (salvo se for em benefício do réu). 
 
6. Juiz das garantias 
 
 A figura do Juiz das Garantias está prevista nos artigos 3º-A a 3º-F do CPP. Estes artigos foram 
incluídos pela Lei 13.964/19 e tiveram a eficácia suspensa pelo STF em decisão liminar na ADI 6298 
(Decisão do Relator, Min. Luiz Fux). No entanto, ainda que estejam temporariamente com eficácia 
suspensa, sugerimos que leiam esses artigos, pois estarão preparados caso alguma questão cobre 
conhecimento sobre a existência do instituto e eventual decisão do STF. 
 
 
 
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7. Inquérito Policial 
 
 Conceito do IP: Procedimento administrativo, conduzido por uma autoridade policial, que visa 
apurar um delito e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO 
INQUÉRITO POLICIAL 
 
ADMINISTRATIVO 
 
INQUISITIVO 
 
OFICIOSIDADE 
 
OFICIALIDADE 
 
ESCRITO 
 
SIGILOSO 
 
DISCRICIONARIEDADE 
 
DISPENSABILIDADE 
 
INDISPONIBILIDADE 
 
É procedimento 
administrativo. 
 
Não há contraditório e ampla 
defesa. Não há acusação. 
Instaurado e conduzido pela 
AUTORIDADE POLICIAL (juiz não 
instaura e nem conduz IP). 
Dever de a autoridade policial 
instaurar o IP, de ofício, quando a 
ação for pública incondicionada. 
Os atos deverão ser escritos 
e reduzidos a termo os orais. 
Formalidade. 
 
A autoridade policial não 
pode arquivar o IP. 
O IP é dispensável, não 
obrigatório. Caráter meramente 
informativo. 
A autoridade policial pode 
conduzir da forma que 
entender mais frutífera. 
Porém sem arbitrariedades. 
Exceção: em relação aos 
envolvidos, salvo decretação 
de sigilo a determinadas 
peças. Vide S.V. 14 do STF. 
 
O IP é conduzido por um órgão 
oficial do Estado. 
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8. Formas de Instauração 
 
 Notitia criminis: É o conhecimento do crime. 
 Formas de instauração do IP: 
✓ Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada: 
o De ofício pela autoridade policial. 
o Requisição do Juiz ou MP. 
o Requerimento do ofendido ou do seu representante legal - se houver recusa, o ofendido 
pode recorrer para chefe de polícia - Recurso inominado. 
o Auto de prisão em flagrante. 
o Delatio criminis - comunicação feita à autoridade policial por qualquer do povo. 
✓ Crimes de Ação Penal Pública Condicionada: 
o Depende de representação do ofendido ou do seu representante legal. 
o Requisição do MP, porém com representação da vítima. 
o Requisição do Ministro da Justiça. 
o Auto de prisão em flagrante. 
o Prazo de 06 meses! 
o A contar da ciência da autoria delitiva. 
o Sob pena de decadência. 
✓ Crimes de Ação Penal Privada 
o Depende de requerimento do ofendido ou do seu representante legal. 
o Lavratura de APF (Auto de Prisão em Flagrante), desde que a vítima manifeste seu interesse 
na instauração. 
o Sucessores (C.A.D.I.) 
o Prazo de 06 meses! 
o A contar da ciência da autoria delitiva. 
o Sob pena de decadência 
 
9. Diligências investigatórias 
 
 Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
✓ Se dirigir ao local do crime. 
✓ Apreender objetos que tiverem relação com o fato. 
✓ Colher todas as provas. 
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✓ Ouvir o ofendido. 
✓ Ouvir o indiciado. 
✓ Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações. 
✓ Determinar exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias. 
✓ Ordenar a identificação e juntar aos autos sua folha de antecedentes. 
✓ Averiguar a vida pregressa do indiciado. 
✓ Colher informações sobre a existência de filhos. 
 
 Reprodução simulada dos fatos: Para verificar a possibilidade de haver a infração ter sido praticada 
de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, 
desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Atenção! É uma faculdade! 
“poderá”. 
 
 Em se tratando de determinados crimes, a autoridade policial ou o MP poderão requisitar, de 
quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados ou informações 
cadastrais da vítima ou de suspeitos (art. 13-A) 
✓ Sequestro ou cárcere privado; 
✓ Redução à condição análoga à de escravo; 
✓ Tráfico de pessoas; 
✓ Extorsão mediante restrição da liberdade (“sequestro relâmpago”); 
✓ Extorsão mediante sequestro; 
✓ Facilitação de envio de criança ou adolescente ao exterior (art. 239 do ECA). 
 
 Em relação ao Tráfico de Pessoas (art. 13-B) - MP e Delegado de Polícia podem requisitar às 
empresas de telefonia, através de autorização judicial, sinais que permitam localização da vítima 
ou suspeito. 
✓ Se o juiz não se manifestar em até 12h, MP ou Delegado poderão requisitar diretamente às 
empresas de telefonia. 
✓ O IP deverá ser instaurado em até 72h após a ocorrência. 
 
 O Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito para fundamentar sua decisão. O que o Juiz NÃO 
PODE é fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante o inquérito. 
 
10. Prazo para conclusão do IP 
 
 Justiça Estadual: 
✓ INDICIADO PRESO: 10 dias: Contados do dia da prisão em flagrante e, se preventiva, do dia em 
que foi executada. 
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✓ INDICIADO SOLTO: 30 dias. 
 Justiça Federal: 
✓ INDICIADO PRESO: 15 dias prorrogáveis por mais 15. 
✓ INDICIADO SOLTO: 30 dias. 
 Lei de Drogas: 
✓ INDICIADO PRESO: 30 dias, pode ser duplicado. 
✓ INDICIADO SOLTO: 90 dias, pode ser duplicado. 
 
11. Arquivamento do IP 
 
 Caso o MP entenda que não é o caso de oferecer denúncia, irá requerer arquivamento do IP ao 
juiz. 
 Caso o Juiz discorde, remeteráos autos do IP ao PGJ que decidirá se mantém ou não aposição de 
arquivamento (art. 28, CPP). 
 O Juiz está obrigado a acatar a decisão do PGJ (Chefe do MP). 
 Arquivamento Implícito 
✓ Objetivo: Quando o MP oferecer denúncia apenas em relação a alguns fatos investigados, 
silenciando quanto a outros. 
✓ Subjetivo: Quando o MP oferecer denúncia apenas em relação a alguns investigados, 
silenciando quanto a outros. 
✓ Não é aceito pelo STF! Eis que MP tem que se manifestar acerca do pedido de arquivamento. 
 
 Coisa julgada do arquivamento 
 
✓ Coisa Julgada Formal - O IP pode ser reaberto se surgirem provas novas. 
Súmula 524 do STF: Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do 
Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
✓ Coisa Julgada Material - É verificada nas situações nas quais não será possível retomar as 
investigações. Impede a rediscussão do caso penal nas seguintes situações: 
o Atipicidade do fato: Conduta irrelevante para Direito Penal. (STJ e STF) 
o Excludente da ilicitude: O STJ entende dessa forma. Já o STF, não!!! A excludente de 
ilicitude não faz coisa julgada material para STF. 
o Extinção da punibilidade: Art. 107 do CP. Mas se houve Certidão de óbito falsa, é possível 
reabrir as investigações!!!(STJ e STF) 
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 Súmulas e jurisprudência do STF e STJ: 
 
✓ Súmula vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio 
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, 
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal 
do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem 
prejuízo de responsabilidade civil do Estado. 
✓ Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
✓ Súmula 524 do STF - Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do 
Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
✓ Súmula nº 444 do STJ - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para 
agravar a pena-base. 
✓ STJ - HC 304.274/RJ – O STJ firmou entendimento no sentido de que, estando o indiciado solto, é 
possível a prorrogação do prazo para conclusão do IP, por se tratar de prazo impróprio. 
✓ STF - HC 104356/RJ – O STF firmou entendimento no sentido de que é incabível a figura do 
arquivamento implícito. 
✓ STF - INQ 3114/PR – O STF firmou entendimento no sentido de que o arquivamento do IP em razão 
do reconhecimento da atipicidade da conduta faz coisa julgada material. 
✓ STJ - RESP 998.249/RS – O STJ, seguindo o entendimento do STF, decidiu que o MP tem 
legitimidade para investigar. 
✓ STJ - INQ 967/DF – O STJ, seguindo a linha do STF, entendeu que, nos casos de competência 
originária do STF ou do STJ, não se aplica o disposto no art. 28 do CPP, pois quem atua perante o 
STJ ou o STF é o próprio PGR ou um Subprocurador-Geral da República por delegação do PGR, de 
maneira que não seria cabível reapreciação do pedido de arquivamento pelo próprio PGR. 
 
12. Ação Penal 
 
 Ação Penal é o direito público subjetivo de pedir ao Estado-Juiz a aplicação das normas de direito 
penal ao caso concreto. 
 Condições genéricas da ação penal: Possibilidade jurídica do pedido; Interesse de agir; Legitimidade 
da parte; Justa causa. 
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 Condições específicas da ação penal: Representação do Ofendido; Requisição do Ministro da 
Justiça; 
 O sujeito ativo do crime (infrator) será, no processo penal, o sujeito passivo na relação processual. 
 
 
13. Classificação das Ações Penais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. Ação penal pública incondicionada 
 
 É a regra no ordenamento processual penal brasileiro. 
 Não se admite mais a chamada “ação penal ex officio”. 
 Sua titularidade pertence ao Ministério Público, de forma privativa. 
 Prazo para o MP oferecer a denúncia: 05 dias no caso de réu preso e 15 dias no caso de réu solto. 
✓ O oferecimento em momento posterior não implica nulidade da denúncia, que pode ser 
oferecida enquanto não estiver extinta a punibilidade do delito. 
 Independentemente de qual seja o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou 
interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 
 Princípios regem a ação penal pública incondicionada: 
✓ Obrigatoriedade – Havendo indícios de autoria e prova da materialidade do delito, o membro do 
MP deve oferecer a denúncia, não podendo deixar de fazê-lo, pois não pode dispor da ação penal. 
 
AÇÃO PENAL 
 
PRIVADA 
 
PÚBLICA 
 
CONDICIONADA 
 
INCONDICIONADA 
 
Requisição do 
Ministro da Justiça 
 
Representação do 
ofendido 
 
PERSONALÍSSIMA 
 
EXCLUSIVA 
 
SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA 
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✓ Indisponibilidade – Uma vez ajuizada a ação penal pública, não pode seu titular dela desistir ou 
transigir. 
✓ Oficialidade – A ação penal pública será ajuizada por um órgão oficial, no caso, o MP. 
✓ Divisibilidade – Havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP ajuizar a demanda 
somente em face um ou alguns deles, reservando para os outros, o ajuizamento em momento 
posterior. É um princípio que, por si só, pulveriza a tese de arquivamento implícito. Inclusive essa 
é a orientação firmada pelo próprio STJ. 
 
15. Ação penal pública condicionada (à representação do ofendido e à requisição do Ministro da Justiça) 
 
 Em regra, a ação penal é pública e incondicionada. Somente será condicionada se a lei 
expressamente dispuser neste sentido. 
 Aplica-se a esta espécie de ação penal tudo o que foi dito a respeito da ação penal pública, havendo, 
no entanto, alguns pontos especiais. 
 Aqui, para que o MP (titular da ação penal) possa exercer legitimamente o seu direito de ajuizar a 
ação penal pública, deverá estar presente uma condição de procedibilidade, que é a representação 
do ofendido ou a requisição do Ministro da Justiça, a depender do caso. 
 
A representação admite retratação, mas somente até 
O OFERECIMENTO da denúncia! 
(Cuidado! Costumam colocar em provas de concurso 
que a retratação pode ocorrer até o recebimento da 
denúncia. É uma pegadinha!) 
 
 Admite-se, ainda, a retratação da retratação. 
 Caso ajuizada a ação penal sem a representação, esta nulidade processual pode ser sanada 
posteriormente, caso a vítima a apresente em Juízo. 
 A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se representa em face de 
todos eles, ou não há representação. 
 A legitimidade para oferecer a representação é do ofendido.✓ Maior de 18 anos e capaz. 
 Prazo para representação: SEIS MESES - contados da data em que a vítima veio a saber quem é o 
autor do delito. 
 Se o ofendido for menor de idade, o prazo, para ele, só começa a fluir quando completar 18 anos. 
All Nt,AQ
DECORE!
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 A representação pode ser oferecida perante o MP, a autoridade policial ou mesmo perante o Juiz. 
 Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça 
✓ Prevista apenas para determinados crimes, nos quais existe um juízo político acerca da 
conveniência em vê-los apurados ou não. 
✓ Não há prazo decadencial para o oferecimento da requisição. 
✓ A maioria da Doutrina entende que não cabe retratação dessa requisição. 
✓ O MP não está vinculado à requisição, podendo deixar de ajuizar a ação penal. 
 
16. Ação penal privada exclusiva 
 
 É a modalidade de ação penal privada clássica. 
 Princípios regem a ação penal privada: 
✓ Oportunidade - Na ação penal privada compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder 
à análise da conveniência do ajuizamento da ação. 
✓ Disponibilidade – Aqui o titular da ação penal (ofendido) pode desistir da ação penal proposta. 
✓ Indivisibilidade - O ofendido não é obrigado a ajuizar a queixa, mas se o fizer, deve ajuizar a 
queixa em face de todos os agentes que cometeram o crime, sob pena de se caracterizar a 
RENÚNCIA em relação àqueles que não foram incluídos no polo passivo da ação. 
 O prazo para ajuizamento da ação penal privada (queixa) é decadencial de SEIS MESES. 
 A queixa pode ser oferecida pessoalmente ou por procurador, desde que se trate de procuração 
com poderes especiais. 
 Se o ofendido vier a falecer, poderão ajuizar a ação penal: 
✓ Cônjuge 
✓ Ascendente 
✓ Descendente 
✓ Irmão 
✓ Deve ser respeitada esta ordem. 
 
 No caso de já ter se iniciado o prazo decadencial de seis meses, com a morte do ofendido esse prazo 
recomeça do zero? Não. Os sucessores, neste caso, terão como prazo aquele que faltava para o 
ofendido. 
 Renúncia, perdão e perempção 
 Renúncia 
✓ Só pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda; 
✓ Pode ser expressa ou tácita; 
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- Expressa: O querelante expressamente informa que não pretende ajuizar queixa-crime contra 
o infrator. 
- Tácita: Prática de ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa. 
 Perdão 
✓ Pode ser expresso ou tácito; 
- Expresso: decorre de manifestação expressa do querelante no sentido de que perdoa o 
infrator. 
- Tácito: Decorre da prática de algum ato incompatível com a intenção de processar o infrator. 
✓ O perdão pode ser: 
- Judicial (processual) 
- Extrajudicial (extraprocessual) 
✓ É bilateral; 
✓ O perdão oferecido a um dos infratores se estende aos demais; 
✓ O perdão pode ser aceito pessoalmente (pelo ofendido ou seu representante legal) ou por 
procurador com poderes especiais. 
 Perempção 
✓ É a perda do direito de prosseguir na ação como punição ao querelante que foi inerte ou 
negligente no processo. Ocorre quando: 
• Quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 
30 dias seguidos; 
• Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, 
para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a 
quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
• Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do 
processo que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas 
alegações finais; 
• Quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
 
17. Ação penal privada subsidiária da pública 
 
 
 Trata-se de hipótese na qual a ação penal é, na verdade, pública, ou seja, o seu titular é o MP. 
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 Diante da inércia do MP em oferecer a denúncia no prazo legal (em regra, 15 dias se indiciado solto, 
ou 05 dias se indiciado preso), a lei confere ao ofendido o direito de ajuizar uma ação penal privada 
(queixa-crime) no lugar da ação penal pública. 
 O ofendido tem um prazo de seis meses para oferecer a ação penal privada, que começa a correr 
no dia em que se esgota o prazo do MP para oferecer a denúncia. 
 CUIDADO! Ao final do prazo de seis meses, a vítima perde o direito de ajuizar a queixa-crime 
subsidiária, ocorrendo a decadência do direito. Todavia, o MP continua podendo ajuizar a ação 
penal pública. 
 O MP pode, especificamente no caso da ação penal privada subsidiária da pública: 
✓ Aditar a queixa; 
✓ Repudiar a queixa; 
✓ Retomar a ação como parte principal; 
 
18. Ação penal personalíssima 
 
 Trata-se de modalidade de ação penal privada exclusiva, cuja única diferença é que, nesta hipótese, 
somente o ofendido poderá ajuizar a ação. 
 Se o ofendido falecer a legitimidade não se estende aos sucessores. 
 
19. Acordo de não persecução penal 
 
 A lei 13.964/19 (chamado “pacote anticrime”) incluiu o art. 28-A e seus §§ ao CPP, criando a figura 
do “acordo de não persecução penal”, uma espécie de transação entre MP e suposto infrator, a fim 
de evitar o ajuizamento da denúncia. 
 Os pressupostos para a proposição pelo MP do acordo de não-persecução penal são: 
✓ Tratar-se de infração penal (crimes ou contravenções penais, portanto), sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, e com pena MÍNIMA inferior a quatro anos (se for igual a 04 anos, não será 
cabível); 
✓ O acordo deve se mostrar necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime; 
 Realizado o acordo, podendo ser fixadas as seguintes condições (cumulativamente ou 
alternativamente): 
✓ Reparação do dano à vítima (salvo impossibilidade de fazê-lo); 
✓ Renúncia voluntária a bens e direitos que sejam instrumentos, produtos ou proveitos do crime; 
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✓ Prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena 
mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços; 
✓ Pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do CP, a entidade pública ou de 
interesse social; 
✓ Cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que 
proporcional e compatível com a infração penal imputada. 
 Em se tratando de infração de menor potencial ofensivo, e sendo cabível a transação penal, não 
será cabível o acordo de não-persecução penal. 
 O acordo deverá ser homologado pelo Juiz. o Juiz pode NÃO homologar nos seguintes casos. 
✓ O acordo não atende os requisitoslegais; ou 
✓ Sejam inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições acordadas. 
 A celebração do acordo não constará de certidão de antecedentes criminais, exceto para impedir 
nova concessão do benefício pelos próximos 05 anos; 
 Caso o MP não ofereça proposta de acordo, o investigado poderá requerer a remessa dos autos ao 
órgão superior do MP, para que seja revisada a decisão. 
 
 Súmulas e jurisprudência do STF e STJ: 
 
 
✓ Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do 
Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
✓ Súmula 594 do STF: “Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, 
independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal. 
✓ Súmula 609 do STF: É pública incondicionada a ação penal por crime de sonegação fiscal. 
✓ Súmula 714 do STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa e do Ministério 
Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de 
servidor público em razão do exercício de suas funções. 
✓ Súmula 542 do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência 
doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
✓ STJ - AgRg no REsp 1218726/RJ: Consolida o entendimento do STJ no sentido de que, em se tratando 
de ação penal privada, aquele que restar vencido deverá arcar com os ônus de sucumbência. 
✓ STJ - HC 85.039/SP: Consolida o entendimento do STJ no sentido de que o MP pode acrescentar ao 
processo elementos que influenciem na fixação da pena, quando no exercício da função de custos 
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legis na ação penal privada. Não pode o MP, contudo, incluir novos sujeitos (supostos coautores ou 
partícipes) nem inovar quanto aos fatos descritos na queixa-crime. 
✓ STJ - RHC 55.142/MG: Consolida o entendimento do STJ no sentido de que a renúncia só ocorre 
quando há omissão voluntária, ou seja, o querelante, propositalmente, deixa de incluir algum dos 
infratores na ação penal. Se o querelante apenas se esqueceu de incluir algum dos infratores, não 
há renúncia. 
✓ STJ - RHC 55.142/MG: O STJ consolidou entendimento no sentido de que o ajuizamento da queixa 
dentro do prazo legal interrompe o curso do prazo decadencial de seis meses, ainda quando ajuizada 
perante juízo incompetente, pois não teria havido inércia do ofendido. 
✓ STJ - HC 103.774/PB: O STJ consolidou entendimento no sentido de que o prazo para o oferecimento 
da denúncia é impróprio, ou seja, pode sofrer dilação, quando houver justificativa para tal, não 
havendo que se falar em nulidade. Isso não impede, contudo, o ajuizamento da ação penal privada 
subsidiária. 
✓ STJ - HC 103.774/PB: O STJ decidiu que o fato de a vítima procurar a Defensoria Pública e solicita 
assistência jurídica em favor do infrator (seu filho) não implica retratação da representação 
anteriormente formulada. O STJ entendeu que nada impede que alguém pretenda que o infrator 
responda pelo crime praticado, mas, ao mesmo tempo, deseje que seja satisfatoriamente 
defendido. 
 
20. Prisão em flagrante 
 
 Tem como fundamento a prática de um fato com aparência de fato típico. 
 Possui natureza administrativa. 
 Sujeito ativo 
✓ Qualquer do povo (facultativamente). 
✓ A autoridade policial e seus agentes (obrigatoriamente). 
 Modalidades 
✓ Flagrante próprio - Será considerado flagrante próprio, ou propriamente dito, a situação do 
indivíduo que está cometendo o fato criminoso ou que acaba de cometer este fato. Também 
chamado de flagrante real, verdadeiro ou propriamente dito. 
✓ Flagrante impróprio - É perseguido e capturado logo após a prática da infração. Também chamado 
de imperfeito, irreal ou “quase flagrante”. 
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✓ Flagrante presumido - É encontrado, logo, depois, com armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser o infrator. Também chamado de flagrante ficto ou assimilado. 
✓ Flagrante Esperado - Espera-se a situação flagrancial. 
✓ Flagrante Postergado - Retarda a operação para identificar maior número de criminosos. 
✓ Flagrante Forjado - É aquele armado para incriminar um inocente. É ilegal. 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE X SITUAÇÕES ESPECIAIS 
HIPÓTESE SITUAÇÃO 
MENORES DE 18 ANOS 
Menores de 12 anos (crianças) não podem sofrer privação da 
liberdade, devendo ser encaminhadas ao Conselho Tutelar. 
Maiores de 12 e menores de 18 anos (adolescentes) podem 
ser apreendidos, mas não presos (arts. 101, 105 e 171 do ECA). 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Não está sujeito à prisão em flagrante, pois só pode ser preso 
pela prática de crime comum após sentença condenatória, nos 
termos do art. 86, § 3° da Constituição. 
JUÍZES E MEMBROS DO MP 
Só podem ser presos em flagrante pela prática de crime 
INAFIANÇÁVEL. 
PARLAMENTARES DO CONGRESSO 
NACIONAL 
Só podem ser presos em flagrante de crime INAFIANÇÁVEL 
(art. 53, § 2° da CF/88). Aplica-se o mesmo aos Deputados 
Estaduais e Distritais (art. 27, § 1° da CF). 
DIPLOMATAS ESTRANGEIROS E 
CHEFES DE ESTADOS 
ESTRANGEIROS 
Não podem ser presos em flagrante (art. 1°, I do CPP). 
INFRATOR QUE 
ESPONTANEAMENTE SE 
APRESENTA 
Não pode ser preso em flagrante, pois a sua apresentação 
espontânea à autoridade impede a caracterização do 
flagrante (nos termos do art. 304 do CPP). 
AUTOR DE INFRAÇÃO DE MENOR 
POTENCIAL 
OFENSIVO (JECRIM) 
Em regra, não está sujeito à determinação de prisão em 
flagrante. No entanto, o art. 69, § único da Lei 9.099/95 
estabelece que se aquele que pratica infração de menor 
potencial ofensivo (IMPO) se recusar a comparecer ao Juizado 
ou se negar a assumir compromisso de comparecer ao Juizado 
após a lavratura do Termo Circunstanciado (TC), poderá ser 
decretada sua prisão em flagrante. 
PESSOA FLAGRADA NA POSSE DE 
ENTORPECENTE PARA USO 
PRÓPRIO (ART. 28 DA LEI DE 
DROGAS) 
Não cabe a decretação de sua prisão em flagrante (art. 48, § 
2° da Lei 11.343/06), comprometendo-se o infrator, OU NÃO, 
a comparecer ao Juizado. CUIDADO COM ISSO! 
 
 
 
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PRISÃO EM FLAGRANTE X DETERMINADOS DELITOS 
NATUREZA DO DELITO SITUAÇÃO 
CRIMES HABITUAIS 
Não cabe prisão em flagrante, pois o crime não se consuma em 
apenas um ato, exigindo-se uma sequência de atos isolados para 
que o fato seja típico (maioria da Doutrina e da Jurisprudência). 
Parte minoritária, no entanto, entende possível, se quando a 
autoridade policial surpreender o infrator praticando um dos atos, 
já se tenha prova inequívoca da realização dos outros atos 
necessários à caracterização do fato típico (Minoritário). Há 
decisões jurisprudenciais nesse último sentido (possível, desde que 
haja prova da habitualidade). 
CRIME PERMANENTE 
O flagrante pode ser realizado em qualquer momento durante a 
execução do crime, logo após ou logo depois. 
CRIME CONTINUADO 
Por se tratar de um conjunto de crimes quesão tratados como um 
só para efeito de aplicação da pena, pode haver flagrante quando 
da ocorrência de qualquer dos delitos. 
 
 
21. Lavratura do Auto de Prisão em Flagrante- APF 
 
 
 Apresentado o preso, a autoridade policial deverá: 
✓ Ouvir o condutor, colher sua assinatura e entregar recibo. 
✓ Ouvir testemunha. 
✓ Interrogar o acusado. 
 A falta de testemunha do delito não impedirá o APF. 
✓ Nesse caso, deverão assinar duas testemunhas que tenham testemunhado a apresentação do 
preso à autoridade. 
 Pertinência temática do art. 305 CPP: Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer 
pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. 
 Comunicação da lavratura do IP imediata 
✓ Juiz; 
✓ Ministério Público; 
✓ Família do preso ou pessoa indicada por ele. 
 Remessa do APF em 24h 
✓ Juiz; 
✓ Defensoria Pública (caso o preso não indique advogado). 
 O Juiz, ao receber o APF, poderá: 
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✓ Relaxar prisão ilegal. 
✓ Converter prisão em flagrante em preventiva. 
✓ Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
 
22. Prisão preventiva 
 
 Pode chamar de prisão cautelar por excelência, pois é aquela que é determinada pelo Juiz no bojo 
do processo criminal ou da investigação policial. 
 Cabimento 
✓ Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos. 
✓ Reincidente em crime doloso! Se o infrator tiver o sido condenado por outro crime doloso, em 
sentença transitada em julgado (desde que tenha ultrapassado menos de cinco anos desde a 
extinção da punibilidade). 
✓ Violência doméstica e familiar contra vulnerável! Se o crime envolver violência doméstica e 
familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para 
garantir a execução das medidas protetivas de urgência. 
✓ Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer 
elementos suficientes para esclarecer a dúvida, devendo o preso ser colocado imediatamente 
em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da prisão. 
 Pressupostos 
✓ Prova da materialidade do delito (existência do crime) 
✓ Indícios suficientes de autoria 
 O simples fato de “ser investigado” ou de ser “réu” não é fundamento para, por si só, decretar-se a 
prisão preventiva de alguém. 
 Momento para a decretação 
✓ Investigação = não cabe “de oficio” 
✓ Processo = Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a 
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou 
do assistente, ou por representação da autoridade policial. (Redação dada pela Lei 13.964/19) 
Não cabe mais decretação da prisão preventiva EX OFFICIO pelo Juiz! 
 Princípio da precariedade ou da provisionalidade 
✓ Pode ser revogada quando desaparecer as circunstâncias que a motivaram. 
 
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 Fundamentos 
✓ Garantia da ordem pública 
✓ Garantia da Ordem Econômica 
✓ Conveniência da Instrução Criminal 
✓ Segurança na aplicação da Lei penal 
✓ Descumprimento de medida cautelar 
 Vedação - A prisão preventiva em nenhum caso poderá decretada se o juiz verificar, pelas provas 
constantes dos autos, ter o agente praticado o crime amparado por excludente de ilicitude. 
 A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e 
fundamentada. (Redação dada pela Lei 13.694/19) 
 O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da 
investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente 
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei 13.694/19) 
 A cada 90 dias deverá o órgão prolator da decisão revisar a necessidade de manutenção da prisão, 
de forma fundamentada. 
 
23. Prisão temporária 
 
 Crimes específicos (rol taxativo) 
✓ Crimes do Art. 1º, III, da Lei nº 7.960/89. 
✓ Crimes hediondos ou equiparados. 
 Deve ser imprescindível para as investigações do inquérito policial. 
 O indiciado não tem residência fixa ou não fornece elementos necessários ao esclarecimento de sua 
identidade. 
 Prazo certo 
✓ Regra: 05 dias + 05 dias. 
✓ Crimes hediondos ou equiparados: 30 dias + 30 dias. 
 Só cabe durante a investigação. 
 Se for representação do Delegado, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o MP. 
 Juiz não pode decretar “de ofício”. 
 Presos temporários devem ficar separados dos demais detentos. 
 
 
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25. Prisão especial 
 
 Algumas pessoas, por sua condição, possuem direito a serem recolhidas a estabelecimento 
prisional especial: 
✓ os ministros de Estado; 
✓ os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus 
respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; 
✓ os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias 
Legislativas dos Estados; 
✓ os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; 
✓ os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
✓ os magistrados; 
✓ os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; 
✓ os ministros de confissão religiosa; 
✓ os ministros do Tribunal de Contas; 
✓ os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da 
lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; 
✓ os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. 
 
 Caso não haja estabelecimento distinto, a prisão se fará em CELA DISTINTA. 
 O militar, caso preso EM FLAGRANTE DELITO, será recolhido ao quartel da Instituição à qual 
pertencer. 
26. Prisão domiciliar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medida cautelar substitutiva da prisao preventiva.
Consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em
sua residencia, so podendo dela ausentar-se com
autorizaqao judicial
NATUREZA
Agente maior de 80 (oitenta) anos
PRISAO
DOMICILIAR Agente estiver extremamente debilitado por motivo de
doenga grave
Agente for imprescindivel aos cuidados especiais de pessoa
menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiencia
CABIMENTO
Agente for gestante
Agente for mulher com filho de ate 12 (doze) anos de
idade incompletos
Agente for homem,caso seja o unico responsavel pelos cuidados
do filho de ate 12 (doze) anos de idade incompletos
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27. Fiança e liberdade provisória 
 
 
 Fiança - medida cautelar diversa da prisão. 
✓ Não é cabível nos crimes inafiançáveis. 
✓ Pode ser em dinheiro, pedras ou metais preciosos e títulos de dívida pública. 
✓ A depender da situação financeira do preso: 
• Pode ser dispensada. 
• Pode ser aumentada em até 1.000 vezes. 
• Pode ser reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços). 
✓ A perda da totalidade do valor da fiança ocorrerá caso o réu, condenado DEFINITIVAMENTE, não 
se apresentar para cumprimento da pena. 
✓ Tanto no caso de perda total quanto no caso de perda parcial do valor da fiança, o saldo (após 
recolhidas as custas processuais e demais encargos aos quais esteja obrigado o acusado) será 
recolhido ao FUNDO PENITENCIÁRIO. 
 A liberdade provisória pode ser concedida SEM FIANÇA (a regra), ou COM FIANÇA. 
 Em todos os crimes é admissível a liberdade provisória, ainda que ele seja inafiançável. 
 
Sempre que for afiancavelJuiz
Concessao
Crimes cuja pena maxima nao seja superior
a 04 anos
Autoridade
polia'al
Nos crimes de racismo
FIAN£A Nos crimes de tortura, trafico ilicito de entorpecentes e drogas
afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos
Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democratico
L Impossibilidade -
Aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fianga
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer
das obriga<;6es a que se referem os arts. 327 e 328 do CPP
Em caso de prisao civil ou militar
Quando presentes os motivos que autorizam a decreta<;ao da
prisao preventiva
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 Súmulas e jurisprudência do STF e STJ: 
 
 
✓ Súmula 345 do STJ: O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão. 
✓ Súmula 145 do STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível 
a consumação. 
✓ STJ - RHC 44.207-DF: O STJ entendeu que a prática anterior de ATOS INFRACIONAIS é apta a 
justificar a prisão preventiva para a garantia da ordem pública. 
✓ STJ - RHC 42.615/PI: O STJ entende que eventual ilegalidade da prisão cautelar por excesso de 
prazo na conclusão da instrução processual deve ser analisada à luz do princípio da razoabilidade, 
sendo permitida ao juízo, excepcionalmente, a extrapolação dos prazos previstos na lei processual 
penal. 
✓ STJ - HC 134.340-SP: Conforme entendimento pacífico do STF e do STJ, a mera gravidade abstrata 
do delito não é capaz de fundamentar a segregação cautelar. 
✓ STJ - RHC 51.510/BA: O STJ entende que a superveniência de sentença condenatória torna 
superada a alegação de excesso de prazo na prisão preventiva (na mesma linha do que estabelece 
a súmula 21 do STJ) 
✓ STJ - RHC 46.269/SP: O STJ entende que a gravidade EM CONCRETO do crime, como decorrência 
de seu modus operandi, é fundamento idôneo para a decretação da prisão cautelar, como garantia 
da ordem pública. 
✓ STJ - HC 75.459/SP: O STJ entende que a possibilidade, de acordo com a análise do caso concreto, 
de reiteração criminosa e a participação em organização criminosa são motivos idôneos para a 
manutenção da custódia cautelar. 
 
28. Processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos 
 
 Procedimento é o previsto pelo CPP para a apuração dos crimes praticados por funcionário público 
contra a administração pública. Tratam-se dos crimes funcionais. 
 Crime funcional TÍPICO: O tipo penal EXIGE a condição de funcionário público. 
 Crime funcional ATÍPICO: É o crime praticado por funcionário público em razão de suas funções, 
mas que poderia ter sido praticado por um particular. 
✓ O STF possui entendimento no sentido de que somente os crimes funcionais TÍPICOS devem 
seguir este rito especial. 
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 Procedimento para os crimes inafiançáveis: o rito previsto é praticamente idêntico ao rito comum 
ordinário, com a única diferença de que a queixa ou a denúncia com documento ou justificação que 
faça presumir a existência do crime ou “declaração fundamentada da impossibilidade de 
apresentação destas provas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Jurisprudência do STF e STJ: 
✓ STJ - AgRg no REsp 1459388/DF: O STJ entendeu que a inobservância do procedimento específico 
dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos (basicamente, intimação para resposta 
preliminar) gera nulidade apenas relativa. 
✓ STF - RHC 117209: O STF consolidou entendimento no sentido de que somente os crimes 
funcionais TÍPICOS (sejam eles próprios ou impróprios) devem seguir este rito especial previsto no 
art. 514 e seguintes do CPP. 
 
29. O habeas corpus e seu processo 
 
 É uma ação autônoma de impugnação. 
 
 
PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE
DOS FUNCIONARIOS PUBLICOS (AFIANgAVEIS)
Oferecida a denuncia
Juiz rejeita liminarmente
(hipoteses do art. 395 do
CPP)
Juiz nao rejeita liminarmente
Manda autuar e notificar o
acusado para oferecer defesa
escrita, no prazo de 15 dias
Juiz se convence da
inexistencia de crime ou
improcedencia da agao
Juiz nao se convence da
inexistencia de crime ou
improcedencia da a$ao
Rejeita a denuncia Manda citar o reu
Processo segue de acordo
com o rito ordinario
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 Pode ser: 
✓ Repressivo (ou liberatório) – Quando visa a devolver a liberdade a alguma pessoa que se 
encontra presa. 
✓ Preventivo – Aqui o HC é utilizado quando a pessoa se encontra ameaçada em sua liberdade de 
locomoção. 
 O STF só admite o manejo de HC para impugnar decisões judiciais no bojo do processo relativo a 
crime punido com PRIVAÇÃO DA LIBERDADE. 
 O HC possui três sujeitos: 
✓ Impetrante – É aquele que ajuíza o HC. 
✓ Paciente – É aquela pessoa em favor da qual se impetra o HC. Atenção! A pessoa jurídica, por 
não possuir liberdade de locomoção, não pode ser paciente do HC. 
✓ Coator – É a autoridade (ou o particular) que privou a liberdade de locomoção da pessoa ou 
que está ameaçando privar a liberdade da pessoa. 
 A Doutrina e a Jurisprudência NÃO admitem mais a utilização do HC como substituto Recursal. 
 A Jurisprudência não tem admitido a impetração de HC contra ato de indeferimento de liminar em 
HC, salvo em casos de flagrante ilegalidade ou teratologia da decisão que indefere a liminar. 
 O Assistente de acusação não pode intervir no HC. 
 O HC não comporta dilação probatória, ou seja, o impetrante deve provar, DE PLANO, a ilegalidade 
da coação. 
 É possível a impetração de HC para evitar que o paciente seja algemado, ou para que cesse o ato, 
quando esta medida seja ilegal. 
 É incabível a utilização do HC para atacar ato de punição disciplinar militar (prisão do militar), salvo 
se a prisão foi determinada de maneira ilegal. 
 O STJ entende ser cabível a impetração de HC para discutir aplicação de prisão domiciliar. 
 Não é cabível o manejo de HC para discutira aplicação de pena acessória de perda de cargo público. 
 O HC é cabível tanto para reexame do regime inicial de cumprimento de pena quanto para reexame 
de dosimetria da pena, pois em ambos os casos há interferência na liberdade de locomoção do 
indivíduo. 
 O HC é cabível tanto para revogar a prisão preventiva quanto para revogação de fiança arbitrada, 
pois neste último caso também há interferência direta na liberdade de locomoção do agente. 
 
 
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 Súmulas e Jurisprudência do STF e STJ: 
✓ Súmula 695 do STF: Não é cabível Habeas Corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. 
✓ Súmula 693 do STF "Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória à pena de multa, ou 
relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada." 
✓ Súmula 691 do STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus 
impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, 
indefere a liminar. 
✓ Súmula 606 do STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de 
Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso. 
✓ STJ - RHC 31.062/DF: O STJ firmou entendimento no sentido de que, embora cabível, o 
trancamento de inquérito policial (que pode ser requerido mediante HC) é medida excepcional, 
só sendo admitido quando restar comprovada, de plano (sem necessidade de dilação 
probatória), a ausência de justa causa, a atipicidade do fato ou a extinção da punibilidade 
 
Vamos ficando por aqui. 
Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu! 
Bons estudos! 
 
 
"Existem coisas melhores adiante do que qualquer outra que deixamos para trás." 
- C.S. Lewis 
 
 
 Késia Oliveira Leonardo Mathias 
@kesiaramosoliveira @profleomathias 
 
 
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