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Resumo Saúde do idoso

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1 
ENVELHECIMENTO E SAÚDE DA PESSOA IDOSA 
 
A política nacional do idoso (PNI), Lei nº8. 842, de 4 
de janeiro de 1994, e o Estatuto do Idoso, Lei nº 
10.741,de 1º de outubro de 2003, define Idoso : 
 pessoas com 60 anos ou mais. 
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2002) 
define o idoso a partir da idade cronológica, 
portanto: 
 idosa é aquela pessoa com 60 anos ou 
mais, em países em desenvolvimento e com 65 
anos ou mais em países desenvolvidos. 
É importante reconhecer que a idade cronológica 
não é um marcador preciso para as mudanças 
que acompanham o envelhecimento. Existem 
diferenças significativas relacionadas ao estado de 
saúde, participação e níveis de independência 
entre pessoas que possuem a mesma idade (Brasil, 
2005). 
 
• O envelhecimento populacional é uma 
resposta à mudança de alguns indicadores de 
saúde: 
❑ fecundidade 
❑ mortalidade 
❑ aumento da expectativa de vida. 
 
• A Organização Pan-Americana de Saúde 
(OPAS) define envelhecimento como: 
 “um processo sequencial, individual, 
acumulativo, irreversível, universal, não patológico, 
de deterioração de um organismo maduro, próprio 
a todos os membros de uma espécie, de maneira 
que o tempo o torne menos capaz de fazer frente 
ao estresse do meio-ambiente e, portanto, 
aumente sua possibilidade de morte”. 
 
❑ DCNT- doenças crônicas não-transmissíveis 
 podem afetar a funcionalidade das 
pessoas idosas. 
❑ AVD - atividades de vida diária, tende a 
diminuir cerca de 5% na faixa etária de 60 
anos e cerca de 50% entre os com 90 ou 
mais anos. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA DA PESSOA IDOSA 
 Idoso ≥ 60 anos, 
 mais idosos ≥ 70 anos , 
 muito idosos anos ou idosos em velhice 
avançada ≥ 80 anos, corresponde a 12,8% 
da população idosa e 1,1% da população 
total. 
SENILIDADE X SENESCÊNCIA 
 
 Senescência é o conjunto de 
manifestações orgânicas decorrentes do 
processo natural de envelhecimento. 
 
 Senilidade é o conjunto de manifestações 
decorrentes de situação de doença que 
pode acompanhar o indivíduo ao longo do 
envelhecimento – prejuízo à autonomia e 
independência do indivíduo 
 
SAÚDE DO IDOSO 
 
Define-se saúde como uma medida da 
capacidade de realização de aspirações e da 
satisfação das necessidades e não simplesmente 
como a ausência de doenças. 
A maioria dos idosos é portadora de doenças ou 
disfunções orgânicas que, na maioria das vezes, 
não estão associadas à limitação das atividades 
ou à restrição da participação social. 
Assim, mesmo com doenças, o idoso pode 
continuar desempenhando os papéis sociais. O 
foco da saúde está estritamente relacionado à 
funcionalidade global do indivíduo, definida como 
a capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de 
si mesmo. 
A pessoa é considerada saudável quando é capaz 
de realizar suas atividades sozinha, de forma 
independente e autônoma, mesmo que tenha 
doenças (MORAES, 2009). 
 
Bem-estar e funcionalidade são equivalentes. 
Representam a presença de autonomia 
(capacidade individual de decisão e comando 
sobre as ações, estabelecendo e seguindo as 
próprias regras) e independência (capacidade de 
2 
realizar algo com os próprios meios), permitindo 
que o indivíduo cuide de si e de sua vida. 
A própria portaria que institui a Política Nacional de 
Saúde da Pessoa Idosa considera que “o conceito 
de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais 
pela sua condição de autonomia e independência 
que pela presença ou ausência de doença 
orgânica” (BRASIL, 2006). 
 
FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO 
 
ENVELHECIMENTO 
•É um processo biológico, progressivo e 
irreversível no qual ocorrem modificações 
físicas e fisiológicas resultantes da ação do 
tempo”. 
•Estas mudanças não são produzidas por 
doenças e variam de indivíduo para 
indivíduo. Característica – 
heterogeneidade. 
Com a evolução natural do 
envelhecimento, a percentagem corporal 
de água decresce, passando de 70% no 
adulto jovem para 50% no idoso. 
 
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS 
• Temperatura, altitude, alimentação, 
exercício.... 
• O organismo está em constante 
desequilíbrio com o meio externo e 
necessita de adaptação do meio interno e 
as necessidades das células. 
SENILIDADE – ENVELHECIMENTO PATOLÓGICO 
• Envelhecimento na presença de traumas e 
doenças e alteram para baixo a curva de 
autonomia e independência 
▫ Diabetes por obesidade 
▫ Hipertensão por hipercolestorolemia 
▫ Osteoporose e osteoartrose por 
dietas atividades físicas 
equivocadas 
Hábito + genética = Patologia 
Patologia + Envelhecimento= Senilidade 
 
 
 
SENESCÊNCIA – ENVELHECIMENTO NORMAL 
• Corpo 
• Pele e pelos 
• Sistema ósseo e articular 
• Sistema muscular 
• Sistema cardiovascular 
• Sistema respiratório e digestivo 
• Sistema urinário e reprodutor 
• Sistema nervosa 
 
PELE E PELOS 
 
• Perda de elastina e colágeno– rugas, 
achatamento das papilas dérmicas 
• Perda da capacidade de sustentação – bolsas 
orbitais e sulcos labiais 
• Diminuição das glândulas- pele seca e aspera e 
poros dilatados 
• Perda de aproximadamente 20% da espessura 
da derme. 
• Perda de pelos (50 a 100 p/dia) 
• Perda da pigmentação com alteração na cor 
 
Pele 
• Colágeno mais estável 
 aumenta a rigidez e perda da elasticidade 
do tecido conjuntivo. 
 
 
 
• Diminui a atividade enzimática dos fibroblastos 
 redução cicatrização. 
 
 
 
• Foto envelhecimento são as mudanças na 
aparência e função da pele após a 
contínua exposição aos raios ultravioleta do 
sol. 
 
 
 
3 
 
• Alteração nos melanócitos e alças capilares – 
manchas senis 
• Unhas frágeis 
 
Sono e Repouso 
Diminuição dos períodos de sono e aumento dos 
despertares 
 
ENVELHECIMENTO SENSORIAL – OLHOS 
• Achatamento da superfície da córnea 
• Alterações no cristalino 
• Perda de elementos da retina e sistema de 
processamento neuronal 
 
• Catarata 
Catarata é uma opacidade parcial ou total do cristalino. 
O cristalino é uma lente biconvexa natural do olho 
localizado atrás da pupila. Ele colabora na convergência 
dos raios luminosos para formação da imagem na 
retina, 
 
 
 
 
• Degeneração da mácula 
A mácula é uma pequena área 
da retina responsável pela visão de detalhes. A 
visão fica borrada ou distorcida, além de 
causar a percepção de uma mancha escura 
na visão central. 
 
 
• Glaucoma 
É uma doença que atinge o nervo óptico e 
envolve a perda de células da retina responsáveis 
por enviar os impulsos nervosos ao cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
ENVELHECIMENTO SENSORIAL – AUDIÇÃO 
 
• Perda da elasticidade da membrana 
basilar 
• Perda de receptores sensoriais 
• Perda de neurônios do 8º nervo 
 
http://www.lotteneyes.com.br/glossario-cristalino/
4 
 
PALADAR 
• Aumento da viscuosidade da saliva 
• Aumento do pH salivar 
• Diminuição da capacidade de diferenciar 
gosto 
• Diminuição das papilas gustativas 
 
 
OLFATO 
• Perda crescente dos receptores do epitelio 
nasal 
• O tamanho e a forma do nariz alteram-se 
pelo enfraquecimento das cartilagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TATO – SOMESTESIA 
 
• Redução dos terminais e receptores 
 
 
 
MÚSCULO ESQUELÉTICO 
• Redução em número e extensão, das fibras 
musculares 
• Redução da irrigação sanguínea 
• Redução da absorção de cálcio 
 
• ESTATURA 
 Diminui 1cm/década acentuação após 70 anos 
 Modificações: 
5 
 Coluna vertebral 
 Caixa torá
 
 
SISTEMA MUSCULAR 
 
• Diminuição da massa muscular em volume 
e extensão. 
 
 
 
ESQUELÉTICO 
• Osso poroso e delgado - sujeito a fraturas 
 
ÓSSOS E CARTILAGENS 
• Desgastes nas articulações 
• Maior risco de fraturas espontâneas 
 
SISTEMA NERVOSO 
• Diminuição do peso do cérebro (após 45 
anos redução de 20%.) 
• Diminuição das sinapses neuronais- 
respostas reflexas diminuídas 
• Redução progressiva dos neurônios 
cerebrais 
• Aparecimento de placas senise 
degeneração neurofibrilar 
• Comprometimento da neurotransmissão 
dopaminérgica e colinérgica 
• Fluxo sanguíneo cerebral alterado 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
• Rigidez na parede dos vasos e depósito de 
placas de lipídeos – hipertensão sistólica 
 
• Diminuição da resposta vascular às 
mudanças de posição, diminuição da 
elasticidade do vaso – maior susceptibilidade 
à hipotensão postural 
 
6 
• Calcificação – depósito de tecido adiposo 
 
• Vasos Periféricos 
Perda de elasticidade, obstruções, disfução das 
válvulas = Varizes 
 
 
SISTEMA CARDÍACO 
Perda gradual de fibras marca-passo 
Valvas tornam-se mais rígidas 
Espessamento da parede ventricular 
Perda de função, mas não Insuficiência cardíaca 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
• Rigidez da parede torácica e perda da 
elasticidade pulmonar 
• Diminuição da potência motora e muscular 
por perda de massa 
• Aumento do volume residual 
• Diminuição da quantidade de alvéolos 
 menor reserva funcional 
Pior desempenho físico 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
• Alterações da motilidade e função 
secretória 
• Lentificação do trânsito levando a 
plenitude e constipação 
• Diminuição da absorção de nutrientes 
específicos como exemplo a vit b12, vit. D, 
ácido fólico 
• Diminuição do paladar- inapetência 
• Desgaste dentário com perda dos dentes 
 
SISTEMA URINÁRIO 
• Perda da função renal em média de 1% 
para cada ano de vida a partir dos 40 
anos. 
• Redução do número de néfrons. 
• Redução de vascularização 
• Perda do equilíbrio muscular da bexiga - 
capacidade de armazenamento 
comprometida. 
• Aumento da próstata (75%). 
SISTEMA REPRODUTOR 
• Atrofia dos órgãos (ovários, útero) 
• Atrofia da mucosa vaginal 
• Perda da elasticidade uterina 
• Diminuição de pelos pubianos 
• Tecido fibroso substituindo tecido mamário 
• Diminuição da produção de gametas 
• Diminuição dos hormônios 
• Aumento da próstata 
 
DEZ MANDAMENTOS DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL 
 
 Faça atividades físicas 
 Alimente-se bem 
 Evite hábitos nocivos com álcool e fumo 
 Procure dormir bem 
 Faça atividades que te dão prazer. Ria. 
 Evite as tensões e o “stress” 
 Fuja do isolamento, mantenha relações 
afetivas 
 Exercite sua memória. Ler, assistir filmes, 
cantar 
 Desenvolva a espiritualidade 
 Não fique ocioso 
 
 
AVALIAÇÃO DA PESSOA IDOSA 
 
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA 
IDOSA 
Representa uma avaliação rápida que pode ser 
utilizado para identificar problemas de saúde 
condicionantes de declínio funcional em pessoas 
idosas. 
AVALIAÇÃO VISUAL 
 
• Para avaliar essa função, pergunte ao idoso 
sobre a dificuldade sentida para ler, assistir 
televisão, dirigir ou desenvolver para executar 
qualquer outra atividade da vida cotidiana. 
• As respostas afirmativas devem ser avaliadas 
com o uso do cartão de Jaeger a uma 
distância de 35cm com o uso de seus óculos ou 
lentes habituais. Façam o teste com cada olho 
individualmente e em seguida, em conjunto. 
 Resultado no nível 20/40 serão 
considerados sem disfunção. 
7 
 
AVALIAÇÃO AUDITIVA 
“TESTE DO SUSSURRO” 
A uma distância de aproximadamente 33 cm, fora 
do campo visual do paciente, sussurre uma frase 
simples como “qual é o seu nome?” Faça isso em 
ambos os ouvidos separadamente. 
 Caso o paciente não responda, examine o 
conduto auditivo para verificar a presença 
de obstáculos. 
 
 
AVALIAÇÃO COGNITIVA 
 
MEEM – Mini Exame do Estado Mental 
Uma forma de avaliação mais simples e rápida, 
derivada do MEEM consiste em dizer o nome de 
três objetos à pessoa idosa, solicitar que ela os 
repita imediatamente e três minutos depois. A 
incapacidade de relembrar os nomes indica a 
necessidade de realização do teste completo. 
 Pontuação total = 30 pontos. 
As notas de corte sugeridas são: 
✓ Analfabetos = 19 
✓ 1 a 3 anos de escolaridade = 23 
✓ 4 a 7 anos de escolaridade = 24 
✓ > 7 anos de escolaridade = 28 
 
• Como complementação, pode-se utilizar a 
teste do relógio e de teste de fluência 
verbal (nomeação de animais). 
Caso, ao final dos testes, ainda haja dúvidas 
acerca do diagnóstico, a pessoa idosa deverá ser 
encaminhada para testes neuropsicológicos mais 
elaborados. 
A combinação do MEEM com o questionário de 
Pfeffer indicam uma maior especificidade para a 
medida de declínio cognitivo mais grave. Ainda 
considerando o viés produzido pela baixa 
escolaridade nos resultados do MEEM parece ser 
adequada a associação do QPAF para se obter a 
confirmação do declínio cognitivo acompanhado 
de limitações funcionais sugerindo a presença de 
demência ou outros transtornos associados 
QUESTIONÁRIO DE PFEFFER 
 
 
1. (PESSOA IDOSA) é capaz de cuidar do seu 
próprio dinheiro? 
2. (PESSOA IDOSA) é capaz de fazer as compras 
sozinho (por exemplo de comida e roupa)? 
3. (PESSOA IDOSA) é capaz de esquentar água 
para café ou chá e apagar o fogo? 
4. (PESSOA IDOSA) é capaz de preparar comida? 
5. (PESSOA IDOSA) é capaz de manter-se a par 
dos acontecimentos e do que se passa na 
vizinhança? 
6. (PESSOA IDOSA) é capaz de prestar atenção, 
entender e discutir um programa de rádio, 
televisão ou um artigo do jornal? 
8 
7. (PESSOA IDOSA) é capaz de lembrar de 
compromissos e acontecimentos familiares? 
8. (PESSOA IDOSA) é capaz de cuidar de seus 
próprios medicamentos? 
9. (PESSOA IDOSA) é capaz de andar pela 
vizinhança e encontrar o caminho de volta 
para casa? 
10. (PESSOA IDOSA) é capaz de cumprimentar seus 
amigos adequadamente? 
(PESSOA IDOSA) é capaz de ficar sozinho(a) em 
casa sem problemas? 
 Pontuação: Some as respostas de acordo 
com o indicado no cartão. A pontuação 
máxima é 33 pontos. A soma de seis ou mais 
pontos sugere declínio cognitivo. 
 
AVALIAÇÃO DO HUMOR 
 
O uso da pergunta “O(a) Sr(a) se sente triste ou 
desanimado frequentemente (com ênfase no 
frequentemente)?” parece ser capaz de detectar 
a maioria dos casos de DEPRESSÃO. 
• Uma resposta afirmativa a essa questão 
deve ser avaliada com a Escala de 
Depressão Geriátrica onde um escore de 
cinco ou mais pontos sugere depressão de 
significância clínica. 
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA ABREVIADA 
GERIATRIC DEPRESSION SCALE – GDS 
(versão de 15 questões) 
 
• Trata-se de um questionário de 15 perguntas 
com respostas dicotômicas (sim ou não) a 
respeito de como a pessoa idosa tem se 
sentido durante a última semana. 
• A Escada de Depressão Geriátrica não é um 
substituto para uma entrevista diagnóstica 
realizada por profissionais da área de saúde 
mental. É uma ferramenta útil de 
rastreamento para facilitar a avaliação da 
depressão em idosos. 
 
 Uma pontuação entre 0 e 5 se considera 
normal, 6 a 10 indica depressão leve e 11 a 15 
depressão severa. 
FUNÇÃO DE MMSS 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE EQUEILIBRIO E MARCHA 
➢ Realizado através de protocolo de Mary 
Tinneti proposto em 1986. 
 
 Quanto menor a pontuação maior o problema. 
Pontuação menor que 19 indica risco 5 vezes 
maior de quedas 
 
➢ Para avaliação do equilíbrio a pessoa idosa 
deve estar sentada em uma cadeira sem 
braços. 
 
➢ A avaliação da macha a pessoa idosa 
deve estar em pé, caminhar pelo corredor 
ou pela sala no passo normal, depois voltar 
com passos rápidos, mas com segurança 
(usando o suporte habitual (bengala, 
andador) 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
Avaliar peso e altura e calcular o Índice de Massa 
Corporal que constitui um bom indicador para 
reconhecer obesidade ou desnutrição. 
 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
 
➢ Index de Independência em Atividades de 
Vida Diária - KATZ 
9 
A- Independente em comer, controle esfincteriano, 
transferências, ir ao toalete, vestir-se e tomar 
banho 
B -independente em todas exceto uma 
C- Independente em todas exceto banho e uma 
atividade adicional 
D - Independente em todas exceto banho, vestir-
se, e uma atividade adicional 
E - Independente emtodas exceto banho, vestir-
se, ir ao toalete e uma atividade adicional 
F-Independente em todas exceto banho, vestir-se, 
ir ao toalete, transferências e uma atividade 
adicional 
G - Dependente nas seis funções outros - 
dependente em pelo menos duas atividades mas, 
não se classifica em C,D,E ou F 
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL MIF 
 
➢ DOMÍNIOS DE AVALIAÇÃO 
 
• Alimentação 
• Higiene pessoal 
• Banho 
• Vestir-se acima da cintura 
• Vestir-se abaixo da cintura 
• Uso do vaso sanitário 
• Controle da urina 
• Controle das fezes 
• Transferência vaso sanitário 
• Transferência leito, cadeira, cadeira de rodas 
• Transferência chuveiro 
• Locomoção 
• Escadas 
• Compreensão 
• Expressão 
• Interação social 
• Resolução de problemas 
• Memória 
 
➢ Sem ajuda 
7. Independência Completa 
6. Independência Modificada 
➢ Com ajuda: Dependência Modificada 
5. Supervisão 
4.Assistência Mínima 
3. Assistência Moderada 
➢ Dependência Completa 
2. Assistência Máxima 
1. Assistência Total 
 
AVALIAÇÃO DE VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS 
CONTRA A PESSOA IDOSA 
 
➢ Instrumento desenvolvido em Porto Rico para 
avaliar possíveis situações de violência contra 
as pessoas idosas. Deve ser aplicado junto à 
pessoa idosa sozinha evitando-se situações 
constrangedoras. 
➢ Objetivo: identificar situações de violência 
 
➢ Avaliações dos resultados: respostas afirmativas 
em qualquer questão sugere situação de 
violência que deverá ser minuciosamente 
avaliada. 
➢ Providências com os achados/resultados: Na 
confirmação da situação de violência, fazer a 
notificação e encaminhar aos órgãos 
competentes de cada região, 
RESUMO DE ATIVIDADES 
Visão - Jaeger 
 
AUDIÇÃO - Teste do sussurro 
 
FUNÇÃO DOS MMSS - Teste de Pinça 
 
FUNÇÃO DOS MMII- Teste de equilíbrio e marcha 
de Mary Tinneti e Timed Up and Go (TUG) 
10 
 
ESTADO MENTAL (cognitiva) – MEEM e Pfeffer 
 
HUMOR- Escala de depressão geriátrica 
 
DOMICILIO- Avaliação de risco 
 
ATIVIDADES DIÁRIAS 
Index de Independência em Atividades de Vida 
Diária - KATZ 
Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária – 
Lawton e Brody 
 
POLIFARMÁCIA E RISCO DE QUEDAS PARA IDOSO 
 
Iatrogenia refere-se aos efeitos adversos ou as 
complicações causadas pela intervenção médica, 
seja um medicamento, um exame complementar 
ou uma terapia de reabilitação. A reação adversa 
a droga e a iatrogenia mais comum. 
 
VÁRIAS DOENÇAS CRÔNICAS 
 Os idosos frequentemente são portadores 
de múltiplas doenças crônicas, para as 
quais são prescritas muitas medicações, 
sendo também tratados por vários médicos 
especialistas simultaneamente. 
 Essas comorbidades, associadas ao 
envelhecimento fisiológico, fazem dos 
idosos indivíduos particularmente 
susceptíveis aos efeitos adversos das drogas 
e interações medicamentosas. 
 Há ainda o hábito de auto medicação. 
 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 As mudanças fisiológicas que 
acompanham o envelhecimento afetam a 
farmacocinética, ou seja, o processo 
farmacológico de absorção, distribuição, 
metabolismo e eliminação das drogas. 
 Observa-se a redução da secreção de 
acido gástrico (hipocloridria), assim como a 
redução do tempo de esvaziamento 
gástrico, aumentando a degradação da 
droga, podendo até determinar a 
inativação de algumas, como a Levodopa. 
 As alterações intestinais da idade podem 
levar a redução da absorção de 
medicações, devido a aceleração no 
trânsito intestinal, ou o oposto, um aumento 
da absorção por lentificação do trânsito. 
MASSA MUSCULAR E LÍQUIDOS CORPÓREOS 
 Soma-se, ainda, mudança na composição 
corporal dos idosos, caracterizada por 
redução da massa muscular, aumento do 
tecido adiposo e redução da água 
corporal. Em idosos frágeis também 
acontece redução da albumina sérica. 
Esses aspectos trazem como consequência 
aumento da meia vida de drogas lipofílicas 
(exemplo: benzodiazepinicos), redução do 
volume de distribuição das hidrossolúveis 
(exemplo: digoxina) e aumento da fração 
livre das que se ligam a albumina (exemplo: 
fenitoina). 
 
FUNÇÃO HEPÁTICA 
 
 Observa-se a redução da capacidade 
hepática para inativar substâncias em ate 
40%, havendo redução da massa e fluxo 
sanguíneo hepático. 
 Portanto, a fase I do metabolismo 
(oxidação e redução) é reduzida nos 
idosos. Importantes medicações são 
afetadas pelo efeito de primeira passagem 
como propanolol, verapamil e nifedipina. 
 
FUNÇÃO RENAL 
 Outra característica relevante é o declínio 
da função renal relacionado ao 
envelhecimento. Verifica-se a redução da 
filtração glomerular em 35% a 50%, redução 
do número de néfrons, aumento do tecido 
conectivo intersticial, da hialinização 
glomerular, espessamento da membrana 
basal e a redução do fluxo plasmático 
renal. 
 Somadas, essas alterações do 
envelhecimento produzem uma redução 
da excreção renal e aumento do tempo de 
ação das drogas no organismo. 
11 
POLIFARMÁCIA 
• É o termo que descreve o uso de vários 
medicamentos pelo mesmo paciente, 
situação que aumenta a ocorrência das 
reações adversas e interações 
medicamentosas, podendo haver sinergismo 
ou antagonismo. Para os idosos, a 
polifarmácia comumente é a regra, e não a 
exceção. 
 
• Os efeitos adversos das drogas muitas vezes 
não são reconhecidos, pois as manifestações 
são inespecíficas ou mimetizam outras 
doenças. Então, outra droga é prescrita para 
tratar esses sintomas, levando a polifarmácia 
e aumentando o risco de outros eventos 
adversos 
 
• As interações medicamentosas são comuns 
na população geriátrica. Os fatores de risco 
para isso são: polifarmácia, comorbidades, 
efeitos adversos prévios, demência, maior 
número de médicos tratando o paciente, o 
uso simultâneo de drogas que causem 
hipotensão, sedação ou efeitos 
anticolinérgicos. 
 
• O risco de interação medicamentosa 
aumenta com o número de medicações 
usadas, ocorrendo em 13% dos pacientes em 
uso de duas medicações e em 82% dos que 
usam mais de seis. 
HEMORRAGIAS 
 
Varfarina. A idade avançada parece ser fator de 
risco independentemente para hemorragia 
induzida por anticoagulante. Algumas variáveis 
que influenciam o risco de sangramento em idosos 
incluem o aumento da sensibilidade a varfarina, o 
uso simultâneo de drogas que interagem com a 
varfarina ou aumentam o risco de sangramento e 
comorbidades que aumentam o risco de 
hemorragia 
EFEITOS CENTRAIS 
 A toxicidade anticolinérgica é comum nos 
idosos que usam com frequência 
medicações com esses efeitos. 
 As manifestações clínicas associadas aos 
efeitos centrais são: inquietude, agitação, 
confusão mental, desorientação, 
alucinação, tremor, convulsões, sedação e 
coma. 
 Os efeitos anticolinérgicos periféricos são: 
taquicardia, hipertensão, midríase, 
anidrose, ressecamento de mucosas, 
hipertermia, redução da motilidade do 
trato gastrointestinal e retenção urinaria. 
 
RECOMENDAÇÕES 
 O cuidador e familiares do paciente 
necessitam ser igualmente esclarecidos 
quanto ao uso das medicações no mais 
amplo aspecto: regularidade, efeitos 
adversos, possíveis interações; 
 Iniciar as medicações com doses baixas e 
aumentar lentamente; 
 Usar a menor dose terapêutica possível; 
 Usar o menor número de medicamentos 
possível; 
 Facilitar ao máximo a posologia; 
 Revisar periodicamente as indicações e a 
real necessidade do uso das medicações 
prescritas; 
 Evitar usar drogas recém-chegadas ao 
mercado, pois elas são testadas em 
indivíduos jovens e saudáveis; os idosos 
quase sempre são excluídos dos ensaios 
clínicos; 
 Cuidado com as fórmulas de manipulação 
que costumam conter várias substâncias 
ativas associadas; 
 Atenção as apresentações em gotas e a 
necessidade de partir medicamentos; 
 Verificar a adesão terapêutica antes de 
adicionar ou mudar medicações. 
RISCOS DE QUEDA 
❖ 30% dos idosos já caíramalguma vez. 5% a 
10% dessas quedas ocasionam lesões 
graves, com risco de morte. 
❖ Muitas quedas ocorrem em casa, enquanto 
o idoso faz suas atividades rotineiras, 
12 
cercado por objetos e situações que 
promovem riscos. 
❖ Além do ambiente, outros fatores de risco 
são diminuição dos sentidos, fraqueza 
muscular, tremores, perda de memória, 
tontura, uso de medicamentos e 
sedentarismo. 
Intervenções 
• Minimizar medicações 
• Proporcionar um programa de exercícios 
individualizados e direcionado 
• Tratar os transtornos da visão – incluindo a 
catarata 
• Gerenciar a hipotensão postural (Uma forma 
de pressão arterial baixa que ocorre ao levantar-se 
da posição sentada ou deitada.) 
• Gerenciar a frequência cardíaca e as 
anormalidades de ritmo 
• Suplementar vitamina D 
• Gerenciar os problemas dos pés 
• Modificar o ambiente domiciliar 
• Proporcionar educação e informação 
GRANDES SÍNDROMES GERIATRICAS 
 
O idoso é considerado saudável quando é capaz 
de funcionar sozinho, de forma independente e 
autônoma, mesmo que tenha doenças. 
• Essa capacidade de funcionar sozinho é 
avaliada por meio da análise das atividades 
de vida diária (AVDs), que são tarefas do 
cotidiano realizadas pelo paciente. 
• As AVDS avaliam o grau de autonomia e 
independência do indivíduo. 
 
A autonomia é a capacidade individual de 
decisão e comando sobre as suas ações, 
estabelecendo e seguindo as próprias regras. 
Significa capacidade para decidir e depende 
diretamente da cognição e do humor. 
 
A independência refere-se à capacidade de 
realizar algo com os próprios meios. Significa 
execução e depende diretamente e 
mobilidade e comunicação. 
 
• Portanto, a saúde do idoso é determinada 
pelo funcionamento harmonioso de quatro 
domínios funcionais: cognição, humor, 
mobilidade e comunicação. 
Tais domínios devem ser rotineiramente avaliados 
na consulta geriátrica. 
 
A cognição é a capacidade mental de 
compreender e resolver os problemas do 
cotidiano. É constituída por um conjunto de 
funções corticais, formadas pela memória 
(capacidade de armazenamento de 
informações), função executiva (capacidade de 
planejamento, antecipação, sequenciamento e 
monitoramento de tarefas complexas, linguagem 
(capacidade de compreensão e expressão da 
linguagem oral e escrita), praxia (capacidade de 
executar um ato motor), gnosia (capacidade de 
reconhecimento de estímulos visuais, auditivos e 
táteis) e função viso espacial (capacidade de 
localização no espaço e percepção das relações 
dos objetos entre si). 
O humor é a motivação necessária para os 
processos mentais. 
A mobilidade é a capacidade de deslocamento 
do indivíduo. Depende da postura/marcha, da 
capacidade aeróbica e da continência 
esfincteriana 
A comunicação é a capacidade de estabelecer 
relacionamento produtivo com o meio (habilidade 
de se comunicar). Depende de visão, audição e 
fala. 
GIGANTES DA GERIATRIA 
 
Os idosos são vítimas em número significativo de 
síndromes semelhantes, independentemente de 
doença especificas, denominadas gigantes a 
geriatria. 
As grandes síndromes geriatrias não incluíam a 
incapacidade comunicativa e a insuficiência 
familiar. Passaram incluir, totalizando os 7 “Is” da 
Geriatria. 
 
INCAPACIDADE COGNITIVA 
Designa o comprometimento das funções 
encefálicas superiores capaz de prejudicar a 
funcionalidade da pessoa. Essas alterações 
constituem o transtorno cognitivo leve. 
Para o estabelecimento do diagnóstico de 
incapacidade cognitiva é fundamental a 
13 
constatação do prejuízo na funcionalidade do 
indivíduo ou perda de AVDs. 
As principais etiologias da incapacidade cognitiva 
são: demência, depressão, delirium e doenças 
mentais, como esquizofrenia, oligofrenia e 
parafrenia. 
IATROGENIA 
A iatrogenia resulta da presença de uma ou mais 
das seguintes situações: 
1. iatrofarmacogenia: decorrente do uso de 
medicamentos, de polifarmacia, da 
interação medicamentosa e do 
desconhecimento das alterações 
farmacocineticas e farmacodinamicas 
associadas ao envelhecimento; 
2. internação hospitalar: que pode potencializar 
os riscos decorrentes do declínio funcional, da 
subnutrição, da imobilidade, da lesão por 
pressão e da infecção hospitalar; 
3. iatrogenia da palavra: associada ao 
desconhecimento de técnicas de 
comunicação de más notícias; 
4. iatrogenia do silêncio: que decorre da 
dificuldade de ouvir adequadamente o 
paciente e sua família; 
5. subdiagnóstico: pela tendência a atribuir 
todas as queixas apresentadas pelo idoso ao 
fenômeno “da idade”, o que pode resultar 
grave erro; 
6. cascata propedêutica: em que a solicitação 
de exames é feita de forma desnecessária, 
extensiva, sem indicação precisa; 
7. distanásia: caracterizada pelo 
prolongamento artificial da vida sem 
perspectiva de reversibilidade, com 
sofrimento para o paciente e sua família; 
8. prescrição de intervenções fúteis e/ou sem 
comprovação científica: que impõem ao 
paciente risco desnecessário; 
9. iatrogenia do excesso de intervenções 
reabilitadoras: o excesso de “equipe 
interdisciplinar” pode trazer consequências 
desfavoráveis ao paciente, assim como o faz 
a polifarmacia. 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
A incontinência urinaria (IU) é definida como a 
queixa de qualquer perda involuntária de urina. 
O exame físico deve ser geral, associado ao 
exame genital, incluindo ginecológico e prostático. 
Devem ser observadas as condições gerais do 
paciente, sua capacidade de locomoção e, 
ainda, se existem condições clínicas que 
predispõem ou agravam a IU. 
INSTABILIDADE POSTURAL 
A instabilidade postural, por exemplo, leva o idoso 
a queda, o que representa um dos maiores 
temores em geriatria. 
É fundamental conhecer as condições que a 
predispuseram, como ocorreu, quais os sinais e 
sintomas que antecederam, a existência de 
comorbidades, se o idoso conseguiu se levantar 
sozinho e se houve fraturas. 
IMOBILIDADE 
O conceito de imobilidade é variável, associando-
se intrinsecamente ao movimento ou 
deslocamento no espaço, possibilitando a 
independência do indivíduo. 
Por imobilidade entende-se qualquer limitação do 
movimento. Representa causa importante de 
comprometimento da qualidade de vida. O 
espectro de gravidade e variável e, 
frequentemente, progressivo. 
No grau máximo de imobilidade, conhecido como 
síndrome de imobilização ou da imobilidade 
completa, o idoso é dependente completo: 
apresenta déficit cognitivo avançado, rigidez e 
contraturas generalizadas e múltiplas, afasia, 
disfagia, incontinência urinaria e fecal, lesão por 
pressão. 
INCAPACIDADE COMUNICATIVA 
Problemas de comunicação podem resultar em 
perda de independência e sentimento de 
desconexão com o mundo, sendo um dos mais 
frustrantes aspectos dos problemas causados pela 
idade. 
A incapacidade comunicativa pode ser 
considerada importante causa de perda ou 
restrição da participação social (funcionalidade), 
comprometendo a capacidade de execução das 
14 
decisões tomadas, afetando diretamente a 
independência do indivíduo. 
INSUFICIÊNCIA FAMILIAR 
A família constitui-se na principal instituição 
cuidadora dos idosos frágeis, devendo ser 
privilegiada nessa sua função. 
Essas mudanças sociodemográficas e culturais têm 
repercussões importantes na capacidade de 
acolhimento às pessoas com incapacidades, que 
historicamente dependiam de apoio e cuidado 
familiar. 
A própria modificação nas dimensões das 
habitações limita as possibilidades de cuidado 
adequado. 
 
DOENÇAS CRÔNICO DEGENERATIVAS 
• Um idoso que altera o humor ou a 
capacidade cognitiva de forma aguda, 
subaguda ou insidiosa deve ser investigado 
ativamente em busca de sinais e sintomas 
sugestivos de demência, depressão e 
delirium. Esses três problemas podem 
aparecer de forma isolada ou em conjunto, 
dificultando mais ainda o seu manejo. 
• A confusão mentalcrônica é chamada de 
demência e tem causas reversíveis e 
irreversíveis. As principais causas de 
demência não reversíveis são a doença de 
Alzheimer e a demência vascular. 
• O delirium é um estado de confusão 
mental aguda ou subaguda 
• A depressão é a principal doença 
psiquiátrica que acomete os idosos. 
 
DEMÊNCIAS 
É uma síndrome clínica caracterizada pelo 
comprometimento progressivo de múltiplas 
funções cognitivas, incluindo memória, atenção e 
aprendizado, pensamento, orientação, 
compreensão, cálculo, linguagem e julgamento. O 
comprometimento de tais funções cognitivas é 
usualmente acompanhado e, às vezes, 
antecedido por alterações psicológicas, do 
comportamento e da personalidade. 
• A idade avançada é o principal fator de 
risco para demência, sua prevalência é de 
1% na faixa etária entre 60 e 64 anos, 
chegando a dobrar a cada 5 anos após os 
65 anos de idade, atingindo cerca de 30 a 
50% no grupo acima de 80 anos (JORM, 
1987). 
• No Brasil, dentre os diagnósticos etiológicos 
mais frequentes de demência nos idosos, 
estão a doença de Alzheimer responsável 
54% dos casos, a demência vascular com 
9,3% e a doença de Alzheimer associada a 
demência vascular com 14% (HERRERA et 
al, 1998). 
 
Demências – etiologia 
Demências degenerativas ou primarias: 
As doenças degenerativas são aquelas que comprometem as 
funções vitais do indivíduo em caráter irreversível e crescente. 
Elas recebem esse nome porque causam a degeneração de 
células, tecidos e órgãos. – internet. 
 
✓ Doença de Alzheimer; 
✓ Degeneração lobar frontotemporal; 
✓ Demência semântica 
✓ Demência a frontotemporal, afasia não 
fluente progressiva; 
✓ Demência associada a Doença de 
Parkinson; 
✓ Demência por corpúsculos de Lewy; 
✓ Paralisia Supra nuclear Progressiva. 
 
Demências não degenerativas: 
✓ Demência vascular: Demência vascular 
isquêmica sub-cortical (Estado lacunar, 
Doença de Binswanger). 
 
15 
DEMÊNCIA – CAUSAS 
 
• Causas toxico-metabólicas: 
✓ álcool; 
✓ Hipo-vitaminose B12; 
✓ Encefalopatia hepática; 
✓ Encefalopatia urêmica; 
✓ Hipotireoidismo; 
✓ Distúrbios do sódio, cálcio e glicose; 
✓ Medicações. 
 
• Causas infecciosas 
✓ Viral: HIV, síndrome pós-encefalite; 
✓ Espiroqueta: neuro-sífilis, doença de Lyme; 
✓ Prion doença de Creutzfeldt-Jakob. 
 
• Causas estruturais cerebrais 
• Hidrocefalia, hematoma subdural crônico, 
neoplasias cerebrais. 
 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
A Doença de Alzheimer é considerada um 
importante problema de saúde pública em todo o 
mundo, devido a sua prevalência entre os idosos, 
associada a mortalidade, incapacidade e altos 
custos gerados para o sistema de saúde. 
Até o presente, os fatores de risco bem 
estabelecidos para a doença são: idade 
avançada, história familiar positiva, síndrome de 
Down, baixo nível educacional e gênero feminino. 
A doença se inicia frequentemente após os 60 
anos de idade e evolui de forma gradual, em geral 
durante um período de 8 a 12 anos, embora exista 
grande variabilidade na velocidade de 
progressão. (FREITAS, 2006). 
 
ALZHEIMER – EVOLUÇÃO 
• No quadro de demência leve, na fase 
inicial (duração em média de 2 a 3 anos), o 
comprometimento da memória é 
proeminente, associado a desorientação 
progressiva no tempo e espaço, alterações 
de linguagem e dificuldade para a 
resolução de problemas complexos. 
Alterações do comportamento podem 
acontecer (ansiedade, irritabilidade, 
retraimento) e mais raramente, idéias 
delirantes. O esclarecimento desses 
sintomas para a família do idoso é de 
fundamental importância, uma vez que 
esses ocorrem na rotina do sujeito idoso e 
provocam situações de constrangimento e 
inadequação nas relações. 
• fase intermediaria (4 AS) (duração: 2 a 10 
anos), é caracterizada por deterioração da 
memória mais acentuada e pelo 
aparecimento de alterações focais como 
afasia (fala), apraxia (movimentos), agnosia 
(objetos), amnésia (memória) e ainda 
alterações viso-espaciais e viso-construtivas. 
• Os sintomas psicológicos e 
comportamentais (agitação, agressividade, 
perambulação, distúrbios do sono e outros), 
são mais comuns a partir dessa fase. 
• fase avançada (duração: 8 a 12 anos), 
todas as funções cognitivas estão alteradas 
e há perda total da capacidade para 
executar atividades de vida diária. 
 
16 
 
ALZHEIMER – DIAGNÓSTICO 
• Embora o diagnóstico da Doença de 
Alzheimer seja considerado um diagnóstico 
de exclusão, uma história clínica, exames 
físicos detalhados e avaliação cognitiva 
através de testes específicos permitem 
alcançar uma precisão de diagnóstico em 
até 90 % dos casos aproximadamente 
(FREITAS, 2006). 
• No presente, existe uma grande variedade 
de testes cognitivos que podem ser 
empregados para o diagnóstico, sendo o 
Mini Exame do Estado Mental, Teste do 
Desenho do Relógio e Teste de Fluência 
Verbal. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Compulsórios: 
• Hemograma Completo 
• Demência de início precoce (< 65 anos) 
• Ureia, Creatinina - Curso rapidamente 
progressivo 
• T4 livre, TSH - Apresentação e curso atípico 
• Albumina, Cálcio - Hidrocefalia 
comunicante 
• TGO, TGP, Gama GT - Suspeita de doença 
inflamatória ou infecciosa do SNC 
• Vitamina B12 
• VDRL, Anti HIV (< 60 anos) 
 
Neuro imagem 
• Tomografia computadorizada de crânio 
• Ressonância Magnética de Crânio 
Eletroencefalograma 
• Auxiliar na avaliação demência x 
encefalopatia 
 
DA – TRATAMENTO 
 
O tratamento farmacológico disponível restringe-se 
ao tratamento sintomático, que pode ser capaz de 
promover benefícios do ponto de vista cognitivo, 
comportamental e funcional. Atualmente, os 
medicamentos aprovados pela Food and Drugs 
Administration (FDA) para tratamento da Doença 
de Alzheimer e suas indicações são: 
Inibidores da acetilcolinesterase 
» Rivastigmina - na fase leve e moderada 
» Donepezil – para todos os estágios 
» Galantamina- na fase leve e moderada 
• Antagonista do receptor NMDA (N-metil D-
Aspartato aminoácido excitatório agonista do 
neurotransmissor (ianotrópico, Na, Ca, K) 
» Memantina – fase moderada a grave 
 
DOENÇA DE PARKINSON 
 
• A doença de Parkinson (DP) ou Mal de 
Parkinson, é uma doença degenerativa, 
crônica e progressiva, que acomete em 
geral pessoas idosas. 
• Entretanto, também podem ocorrer outros 
sintomas, como depressão, alterações do 
sono, diminuição da memória e distúrbios 
do sistema nervoso autônomo. 
 
• Ela ocorre pela perda de neurônios do SNC 
em uma região conhecida como 
substância negra (ou nigra). Os neurônios 
dessa região sintetizam o neurotransmissor 
dopamina, cuja diminuição nessa área 
provoca sintomas principalmente motores. 
• Os principais sintomas motores se 
manifestam por tremor, rigidez muscular, 
diminuição da velocidade dos movimentos 
e distúrbios do equilíbrio e da marcha. 
• Pode o tremor de repouso, uni ou bilateral 
estar presente 
• Alguns pacientes apresentam uma 
síndrome de rigidez axial predominante e 
alterações de marcha, caracterizada por 
uma postura fletida, redução no swing dos 
braços e tendência a festinação, 
17 
dificuldades ao iniciar o movimento e ao 
realizar viradas. 
 
 
• A doença de Parkinson afeta 1,5% da 
população acima de 65 anos. Distúrbios de 
equilíbrio ocorrem em um estágio mais 
tardio, quando as respostas posturais estão 
comprometidas. 
• A marcha pode melhorar com o 
tratamento medicamentoso, mas o 
equilíbrio muitas vezes não é restaurado. 
Grupo A: Manifestações características da Doença 
de Parkinson 
• Tremor em repouso 
• Bradicinesia 
• Rigidez 
• Início assimétrico 
Grupo B: Manifestações sugestivas de um 
diagnóstico alternativo 
• Manifestações incomuns no curso clínico 
inicial 
• Instabilidade postural proeminente nos 
primeiros três anos de início dos sintomas 
• Fenômeno do congelamento nos primeiros 
três anos 
• Alucinações não relacionadasa 
medicações nos primeiros 3 anos 
• Presença de demência precedendo 
sintomas motores ou no primeiro ano de 
doença 
• Paralisia ocular supranuclear (outra que 
não restrição do olhar para cima ou 
redução da velocidade dos movimentos 
oculares verticais) 
• Disautonomia sintomática e severa não 
relacionada com o uso de medicamentos 
• Documentação de uma condição 
conhecida como causadora de 
parkinsonismo e plausível conexão com os 
sintomas do paciente, tais como lesão 
cerebral focal compatível com os sintomas 
ou uso de neurolépticos nos últimos seis 
meses. 
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO POSSÍVEL 
• Pelo menos 2 manifestações do grupo A 
estarem presentes e pelo menos 1 delas ser 
tremor ou bradicinesia; 
• Nenhuma das manifestações do grupo B 
estar presente, ou Sintomas estarem 
presentes por menos de 3 anos, e nenhuma 
das manifestações do grupo B estar 
presente até o momento; 
• Significativa e mantida resposta à levodopa 
ou a um agonista dopaminérgico seja 
documentada ou pacientes sem 
adequado tratamento com levodopa ou 
agonista dopaminérgico. 
 
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO PROVÁVEL 
• Pelo menos 3 manifestações do grupo A 
estarem presentes; 
• Nenhuma das manifestações do grupo B 
estar presente (observação: duração dos 
sintomas por no mínimo 3 anos); 
• Significativa e mantida resposta a levodopa 
ou a um agonista dopaminérgico seja 
documentada. 
 
TRATAMENTO 
Podemos dividir as estratégias de tratamento da 
DP em 
• medidas não-farmacológicas, 
• medidas farmacológicas, 
• tratamento cirúrgico. 
18 
• As medidas não-farmacológicas 
compreendem uma série de hábitos e 
medidas de valor especial na DP por 
minimizar algumas de suas complicações. 
Mantém o indivíduo melhor preparado 
para enfrentar as alterações orgânicas e 
psicológicas decorrentes da insuficiência 
motora típicas desta enfermidade. Tais 
medidas são: a educação, o tratamento 
de suporte, o exercício e nutrição. 
 
• Considerando as alternativas 
farmacológicas disponíveis, pode-se afirmar 
que o arsenal medicamentoso 
antiparkinsoniano da atualidade, limita-se 
as seguintes opções: 
1. selegilina; 
2. amantadina; 
3. anticolinérgicos; 
4. levodopa; 
• 5. agonistas dopaminérgicos. 
 
• A abordagem cirúrgica da doença de 
Parkinson tem quase um século. Portanto, 
muito antes da introdução de medicação 
dopaminérgica, cirurgias já eram 
executadas para tratar tremor, rigidez e 
bradicinesia, com graus variáveis de 
sucesso. 
 
 
 
PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO 
Primeiro asilo para idosos foi criado no Rio de 
Janeiro, em 1782, pela Ordem Terceira da 
Imaculada Conceição, capacidade para 30 leitos. 
São Paulo, associações de ajuda mútua de 
imigrantes: Asilos filantrópicos de italianos, 
portugueses, alemães, japoneses, ingleses, 
franceses, judeus, russos, húngaros, árabes. 
Perfil 
Mudanças no perfil dos candidatos à internação: 
perdas de capacidade funcional, idade maior, 
aumento da população feminina. 
Casas de Repouso e Clínicas Geriátricas: 
conhecimentos de geriatria e gerontologia, 
atendimento a idosos de classe média (SBGG 
fundada em 1961) 
 Residências assistidas para idosos em S.P: 
Residencial Santa Catarina/ Alphaville 
organização: 
➢ Estado ou sociedade civil 
➢ Finalidade lucrativa ou filantrópica 
➢ Custos operacionais elevados 
Problemas: 
➢ Pobreza da população 
➢ Insuficiência da rede de assistência social e de 
saúde (psiquiátricos) 
➢ Ausência de uma rede de apoio ao idoso 
➢ Ausência de uma avaliação médico social 
Novo paradigma: 
• ILPI (cuidados continuados)  assistência 
hospitalar 
• A natureza das ILPIs: híbrida; sócio-sanitário, 
geronto-geriátrico – um novo paradigma 
Definição: 
As ILPIs são estabelecimentos para atendimento 
integral institucional, cujo público alvo são as 
pessoas de 60 anos e mais, dependentes ou 
independentes, que não dispõem de condições 
para permanecer com a família ou em seu 
domicílio. Essas instituições, conhecidas por 
19 
denominações diversas – abrigo, asilo, lar, casa 
de repouso, clínica geriátrica e ancianato – 
devem proporcionar serviços na área social, 
médica, de psicologia, de enfermagem, 
fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia, e 
em outras áreas, conforme necessidades desse 
segmento etário (SBGG SP) 
Ingresso 
• Indispensável a avaliação médicosocial 
• Capacidade funcional 
• Situação econômico social 
• Relacionamento familiar 
• Opção individual 
• Necessidade de encaminhamentos 
corretos 
Portaria 810/89 Ministério da Saúde 
Normas para o funcionamento de casas de 
repouso, clínicas geriátricas e outras instituições 
destinadas ao atendimento de idosos. 
1. Definição: regime de internato ou não, mediante 
pagamento ou não durante um período 
indeterminado e que dispõem de um quadro de 
funcionários para atender às necessidades de 
cuidados com a saúde, alimentação, higiene, 
repouso e lazer dos usuários e desenvolver outras 
atividades características da vida institucional 
2. Organização: atenção médico-sanitária aos 
idosos deve contar em seu quadro funcional com 
um coordenador médico. 
 
3. Área Física e Instalações: necessidade de 
adequação ambiental - parcela significativa dos 
usuários apresenta ou pode vir a apresentar 
dificuldades de locomoção e maior 
vulnerabilidade a acidentes. 
 Problema criado: instalação do vaso sanitário 
sobre um sóculo de 0,15m de altura. 
Lei 8842/94 Política Nacional do Idoso 
Priorização do atendimento ao idoso através de 
suas próprias famílias, em detrimento do 
atendimento asilar, à exceção dos idosos que não 
possuam condições que garantam sua própria 
sobrevivência; 
É vedada a permanência de portadores de 
doenças que necessitem de assistência médica ou 
de enfermagem permanente em instituições 
asilares de caráter social. 
Decreto n 1948/96 regulamenta a Política 
Nacional do Idoso 
A assistência na modalidade asilar ocorre no caso 
da inexistência do grupo familiar, abandono, 
carência de recursos financeiros próprios ou da 
própria família. 
E o idoso terá assegurada a assistência asilar pela 
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos 
Municípios, na forma da lei. 
 
➢ Portaria 73/01 Secretaria de Estado de 
Assistência Social, Normas de Funcionamento 
de Serviços de Atenção ao Idoso no Brasil, 
Modelo para Financiamento de Projetos de 
Atenção à Pessoa Idosa 
✓ No conjunto de nove modalidades de 
projetos incluem o Atendimento Integral 
Institucional: aquele prestado em uma 
instituição asilar, prioritariamente aos idosos 
sem família, em situação de 
vulnerabilidade. 
✓ Classificação em três modalidades 
conforme o grau de dependência dos 
idosos recomendando a capacidade 
máxima por modalidade, indicando, 
também, o quadro de pessoal necessário 
em cada modalidade: 
Modalidade I 
 
É a instituição destinada a idosos independentes 
para Atividades da Vida Diária (AVD), mesmo que 
requeiram algum equipamento de auto-ajuda... 
Modalidade II 
 
É a instituição destinada a idosos dependentes e 
independentes que necessitam de auxílio e 
cuidados especializados e que exijam controle e 
acompanhamento adequado de profissionais de 
saúde. 
Modalidade III 
 
É a instituição destinada a idosos dependentes que 
requeiram assistência total, no mínimo, em uma 
Atividade da Vida Diária (AVD). Necessita de uma 
equipe interdisciplinar de saúde. 
 
 
20 
ILPI da SBGG 
O Manual de Funcionamento de ILPI da SBGG SP: 
quatro modalidades de instituições/ ala/unidade 
índice de Katz número de AVDs comprometidas. 
Lei 10741/2003 
Estatuto do Idoso 
Título IV Da Política de Atendimento ao Idoso 
Capítulos II a VI das Entidades de Atendimento ao 
Idoso: requisitos, princípios norteadores, 
fiscalização, penalidades 
RDC 283, de 26 de setembro de 2005 
 
Regulamento Técnico para o funcionamento das 
Instituições de Longa Permanênciapara Idosos: 
avanços e problemas. 
Novos desafios: 
 
Terminalidade – hospice 
Aumento de idosos demenciados 
Construção de novos modelos: group homes? 
 
Resolução da Diretoria Colegiada –RDC/ANVISA nº 
283, de 26 de setembro de 2005 
... ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA O 
FUNCIONAMENTO DAS ILPIs 
 • OBJETIVO: Estabelecer o padrão mínimo de 
funcionamento das ILPIs 
• ABRANGÊNCIA : Esta norma é aplicável a toda 
lLPI governamental ou não governamental, 
destinada à moradia coletiva de pessoas com 
idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem 
suporte família. 
Equipamento de Auto Ajuda: Qualquer 
equipamento ou adaptação, utilizado para 
compensar ou potencializar habilidades funcionais, 
tais como bengala, andador, óculos, aparelho 
auditivo e cadeira de rodas, entre outros com 
função assemelhada 
Grau de Dependência do Idoso 
a) Grau de Dependência I: idosos 
independentes, mesmo que requeiram uso 
de equipamentos de auto ajuda. 
b) Grau de Dependência II: idosos com 
dependência em até três atividades de 
autocuidado para a vida diária tais como 
alimentação, mobilidade, higiene sem 
comprometimento cognitivo ou com 
alteração cognitiva controlada 
c) Grau de Dependência III: idosos com 
dependência que requeiram assistência 
em todas as atividades de autocuidado 
para a vida diária e ou com 
comprometimento cognitivo 
4. CONDIÇÕES GERAIS 
4 6 Recursos Humanos 
4.6.1 A Instituição de Longa Permanência para 
Idosos deve apresentar recursos humanos, com 
vínculo formal de trabalho, que garantam a 
realização das seguintes atividades: 
4.6.1.1 Para a coordenação técnica: Responsável 
Técnico com carga horária mínima de 20 horas por 
semana, 
4.6.1.2 Para os cuidados aos residentes: 
a) Grau de Dependência I: um cuidador para 
cada 20 idosos, ou fração, com carga horária de 8 
horas/dia 
b) Grau de Dependência II: um cuidador para 
cada 10 idosos, ou fração, por turno; 
c) Grau de Dependência III: um cuidador para 
cada 6 idosos, ou fração, por turno 
4 6 1 3 Para as atividades de lazer um profissional 
com formação de nível superior para cada 40 
idosos, com carga horária de 12 horas por semana 
 
4 7 6 3 Rampas e Escadas: devem ser executadas 
conforme especificações da NBR 9050 / 
observadas as exigências de corrimão e 
sinalização 
a) A escada e a rampa acesso à edificação 
devem ter, no mínimo, 1 20 m de largura 
4 7 6 4 Circulações internas as circulações 
principais devem ter largura mínima de 1 00 m e as 
secundárias podem ter largura mínima de 0 80 m 
contando com luz de vigília permanente 
a ) circulações com largura maior ou igual a 1,50 m 
devem possuir corrimão dos dois lados; 
 
21 
4 7 6 6 Portas: devem ter um vão livre com largura 
mínima de 1 10 m, com travamento simples sem o 
uso de trancas ou chaves 
4 7 6 7 Janelas e guarda corpos devem ter peitoris 
de no mínimo 1 00 m 
4 7 7 A Instituição deve possuir os seguintes 
ambientes - Dormitórios separados por sexos, para 
no máximo 4 pessoas, dotados de banheiro - Os 
dormitórios de 01 pessoa devem possuir área 
mínima de 7 50 m2 incluindo área para guarda de 
roupas e pertences do residente 
b) Os dormitórios de 02 a 04 pessoas devem possuir 
área mínima de 5 50 m 2 por cama, incluindo área 
para guarda de roupas e pertences dos residentes 
c) Devem ser dotados de luz de vigília e 
campainha de alarme 
d) Deve ser prevista uma distância mínima de 0 80 
m entre duas camas e 0 50 m entre a lateral da 
cama e a parede paralela. 
 
O banheiro deve possuir área mínima de 3 60 m 2 
com 1 bacia, 1 lavatório e 1 chuveiro, não sendo 
permitido qualquer desnível em forma de degrau 
para conter a água, nem o uso de revestimentos 
que produzam brilhos e reflexos 
b) Sala de convivência com área mínima de 1 3 m 
2 por pessoa 
4 7 7 3 Sala para atividades de apoio individual e 
sócio familiar com área mínima de 9 0 m 
2 4 7 7 4 Banheiros Coletivos, separados por sexo, 
com no mínimo, um box para vaso sanitário que 
permita a transferência frontal e lateral de uma 
pessoa em cadeira de rodas, conforme 
especificações da NBR 9050 /ABNT 
a) As portas dos compartimentos internos dos 
sanitários coletivos devem ter vãos livres de 0 20 m 
na parte inferior 
6. Notificação Compulsória 
6 1 A equipe de saúde responsável pelos 
residentes deverá notificar à vigilância 
epidemiológica a suspeita de doença de 
notificação compulsória conforme o estabelecido 
no Decreto nº 49 974 A de 21 de janeiro de 1961 
,Portaria Nº 1 943 de 18 de outubro de 2001 suas 
atualizações, ou outra que venha a substituí -lá 
6.2 A instituição deverá notificar imediatamente à 
autoridade sanitária local, a ocorrência dos 
eventos sentinelas abaixo - Queda com lesão - 
Tentativa de suicídio. 
ASSISTÊNCIA DOMICILIARIA - CUIDADORES 
ATENÇÃO DOMICILIAR ÀS PESSOAS IDOSAS 
Atenção domiciliar: É um conjunto de ações 
realizadas por uma equipe interdisciplinar no 
domicílio do usuário/família. É dividida em duas 
modalidades. 
1.Assistência Domiciliar 
É realizada por profissionais da Atenção Básica / 
Saúde da Família ou da atenção especializada. 
2. Internação domiciliar 
Desenvolvida por equipe ligada a um hospital. 
• Guia prático do cuidador: Instrumento utilizado 
pelos profissionais da assistência e da 
internação que auxilia a orientação aos 
cuidadores. 
• O termo “cuidado” teve sua origem no campo 
da ética e, posteriormente, foi incorporado ao 
vocabulário da Enfermagem e do Serviço 
Social. 
• Cuidar implica numa atitude de ocupação, 
preocupação, responsabilização e 
envolvimento afetivo com o outro. 
• Estudos sobre cuidadores no Brasil a partir dos 
anos 80. 
PERFIL DO CUIDADOR 
Estudos internacionais e nacionais mostram que 
90% dos cuidadores são familiares primários (da 
família.) 
 
➢ Maioria mulheres (esposa e filha) 
➢ Residem com o idoso 
➢ Horas/dia dedicadas ao cuidado 12 a 24h. 
 
Na literatura Gerontológica: classificação 
pelo vínculo cuidador e paciente, tipo e 
frequência de cuidados. 
22 
Cuidador domiciliar: 
→ Primário: inclui o pai, mãe, filhos ou 
tios.. alguém que não tem preparo 
especializado. 
→ Secundário: não tem vínculo afetivo. 
→ Leigo 
→ Profissional 
→ Formal: possui CNPJ, responsável 
pelo cuidado. 
→ Informal: alguém da família e 
próximo a família que não possui 
conhecimento profissional. 
Dinâmica da atividade de cuidar no domicílio . 
O cuidador: 
➢ Desenvolve ação focada na necessidade 
dos cuidados continuados; 
➢ Atua na órbita da família, vincula-se a partir 
da esfera privada, do universo íntimo; 
➢ Desenvolve um rol de tarefas complexas, 
com necessidade de acesso a 
conhecimentos específicos, conforme 
cada caso; 
➢ Requer capacitação e acompanhamento 
de profissionais. 
RELAÇÃO CUIDADOR/IDOSO 
Contextualizada por meio de: 
→ Valores sociais, culturais e psicológicos 
→ história das relações cuidador-idoso 
→ natureza das necessidades e demanda de 
cuidado 
→ nível de apoio formal / informal: 
circunstâncias diversas. 
❑ O conjunto das respostas físicas, psicológicas 
ou afetivas à esses estressores gera um 
impacto sobre o cuidador (Caregiver Burden). 
IMPACTO: 
 OBJETIVO  problemas de ordem 
prática 
 SUBJETIVO  reação emocional 
(percepção física e psicológica 
acerca do estresse ao qual está 
submetido). 
 
Fatores desencadeantes do Estresse 
 Função muitas vezes inesperada. 
 “Sem remuneração, licenças ou férias”. 
 Desconhecimento acerca da doença. 
 Diversidade de tarefas. 
 Pouco ou nenhum reconhecimento. 
 Insuficiente rede de suporte social. 
 Cuidadores em “situação de risco”, por 
enfermidade ou idade avançada. 
 
INSTRUMENTOS PARA AVALIAR ESTRESSE /IMPACTO 
DA DOENÇA. 
ZARIT BURDEN INTERWIEW : avalia o impacto 
associado à deterioração funcional e 
comportamental. (Zarit e col.;1980). 
RELATIVES STRESS SCALE : escala de 15 itens, 
autoadministrada. O escoretotal produz a medida 
do estresse vivido pelo cuidador em 4 semanas. 
(Gonzalez-Salvador e col.;1989) 
CAREGIVER BURDEN SCALE :Instrumento com 22 
questões, agrupadas em 5 dimensões (Tensão 
Geral, Isolamento, Decepção, Envolvimento 
Emocional, e ambiente). É possível se obter escore 
geral e escore de cada dimensão. (Elmsthahl e 
col.;1996) 
 
Valores médios globais da CB Scale aplicada em 
cuidadores de pacientes com Doença Alzheimer, Artrite 
Reumatóide (AR) e Acidente Vascular Cerebral ( AVC). 
 
DIFERENÇAS ENTRE EXPERIÊNCIAS NO CUIDAR 
EM FUNÇÃO DO VÍNCULO CUIDADOR-PACIENTE 
 
 CUIDADORES CÔNJUGES 
 Sentimentos de gratidão e retribuição 
pelo passado compartilhado. 
 
23 
Pretendo cuidar dela até o fim, porque 
guardo na lembrança todos os anos em 
que ela foi minha companheira”. 
R.A., esposo,84 anos 
 
 CUIDADORES FILHOS 
 O cuidar se dá em função do dever 
moral e sentido de “missão”. 
Não me sinto prejudicada por cuidar 
dela. Eu sou filha e esta é minha missão. “ 
E. O .C., filha,34 anos. 
 CUIDADORES DE PACIENTES DEMENCIADOS 
Demência  consequências significativas para a 
dinâmica familiar 
Os estágios da demência constituem importante 
variável para definição do estresse do cuidador: 
✓ Estágio do encontro: a família luta para 
ajustar-se 
✓ Estágio de tolerância: frequente fadiga 
✓ Estágio de isolamento e depressão 
✓ Estágio de saída: angústia e alívio frente 
tratamento e morte 
 
❑ A situação de cuidado pode interferir em toda 
a vida do cuidador. 
Na maioria das vezes, o cuidador vive com o 
paciente, vive para o paciente, e do paciente. 
❑ CUIDAR SE TRANSFORMA NA ESSÊNCIA DE SUA 
VIDA. 
 
 CUIDADORES INSTITUCIONAIS 
→ figura ainda pouco usual 
→ a atividade de cuidar é regulada por 
relações objetivas e contratuais; 
→ os cuidados são realizados em situações 
pré-estabelecidas, reguladas e 
normatizadas; 
 as instituições optam pelos cuidadores formais 
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES 
Código 55162-10. 
 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
 
Estratégias de Intervenção: 
➢ Orientação e educação da família sobre os 
diversos estágios da doença; 
➢ Incentivo a participação em grupos 
organizados 
➢ Atendimento individualizado (Serviço Social 
e Psicologia) 
➢ Facilitação nos encaminhamentos para o 
atendimento médico quando necessário 
➢ Treinamento contínuo para a realização 
das tarefas junto ao idoso 
➢ Articulação e mobilização da rede de 
suporte social formal e informal 
➢ Criação de Ambulatório para Cuidadores 
 
AMBULATÓRIO PARA CUIDADORES/UNIFESP 
➢ Público: cuidadores com 55 a. ou mais de 
pacientes atendidos no PADI e no 
Ambulatório de Neuropsiquiatria 
➢ Atendimento com Assistente Social, Médica 
e Psicólogos. 
➢ Avaliação Global + instrumentos específicos 
Cuidar do cuidador significa, antes de tudo, 
conhecê-lo ; não apenas na função que 
desempenha, mas em sua essência como ser 
humano, auxiliando-o na busca de seu equilíbrio, 
lembrando que ele é o elo que nos une ao nosso 
paciente, sem o qual nada, ou quase nada, 
poderemos fazer. 
POLÍTICAS E LEGISLAÇÕES 
Objetivo estratégico do MS relacionado ao 
envelhecimento e à saúde da pessoa idosa. 
“Promover a atenção integral e integrada à saúde 
da pessoa idosa e dos portadores de doenças 
crônicas, estimulando o envelhecimento ativo, a 
prevenção e controle dos agravos em todos os 
níveis de atenção”. 
Envelhecimento como um Desafio 
• Envelhecimento é um fenômeno mundial 
• Impacto da tendência de elevação da 
expectativa de vida sobre o contingente 
geriátrico nacional, que já se aproxima dos 
21 milhões de cidadãos (IBGE). 
Disparidades socioeconômicas e regionais. 
• Desafio: oferecer serviços de saúde de 
qualidade 
24 
POR QUE FALAR DE ENVELHECIMENTO? 
 
• Necessidade de se fomentar Políticas 
Públicas, nas três esferas de governo, 
através de ações de promoção, 
prevenção e proteção voltadas para a 
pessoa idosa, capazes de superar suas 
deficiências e limitações, contribuindo para 
a manutenção e melhoria contínua da 
qualidade de vida. 
• Necessidade envolvimento de todos os 
setores da sociedade 
 
DESAFIOS 
 
Envelhecimento rápido e intenso no Brasil: 
 
• maioria com baixo nível socioeconômico e 
educacional 
• com uma alta prevalência de doenças 
crônicas causadoras de limitações 
funcionais e de incapacidades 
• a população idosa consome mais de 26% 
dos recursos de internação hospitalar no 
SUS (Lima-Costa et al, 2000). 
• carência de profissionais qualificados para 
o cuidado ao idoso, em todos os níveis de 
atenção. 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA 
IDOSA 
Port. 2528/GM de 19 de outubro de 2006 
OBJETIVO: 
Garantir atenção adequada e digna para a 
população idosa brasileira, em consonância com 
os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde 
– SUS; direciona medidas individuais e coletivas em 
todos os níveis de atenção à saúde. 
Finalidade: manutenção e recuperação da 
autonomia e independência; 
Ênfase: idosos frágeis e com maior risco de 
vulnerabilidade. 
Paradigma: capacidade funcional 
Objetivo: 
trabalhar em dois grandes eixos, tendo como 
paradigma a capacidade funcional: idosos 
independentes e idosos em situação de 
vulnerabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE 
DA PESSOA IDOSA 
• Promoção do envelhecimento ativo e 
saudável. 
• Atenção integral e integrada à saúde da 
pessoa idosa. 
• Estímulo às ações intersetoriais, visando à 
integralidade da atenção. 
• Implantação de serviços de atenção 
domiciliar. 
• Acolhimento preferencial em unidades 
de saúde, respeitando o critério de risco. 
• Provimento de recursos capazes de 
assegurar qualidade da atenção à saúde 
da pessoa idosa. 
• Formação e educação permanente dos 
profissionais de saúde do SUS na área de 
saúde da pessoa idosa. 
• Fortalecimento da participação social. 
• Divulgação e informação sobre a Política 
Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para 
profissionais de saúde, gestores e usuários 
do SUS. 
• Promoção de cooperação nacional e 
internacional das experiências na atenção 
à saúde da pessoa idosa. 
• Apoio ao desenvolvimento de estudos e 
pesquisas 
PREVENÇÃO 
PROMOÇÃO 
TRATAMENTO 
REABILITAÇÃO 
CUIDADO 
POPULAÇÃO 
ENVELHECIDA 
POPULAÇÃO 
EM PROCESSO 
DE ENVELHECIMENTO 
25 
PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE 
Envelhecimento ativo 
• Atenção integral ao envelhecimento ativo. 
• Apoiar estratégias de envelhecimento ativo 
na Saúde Suplementar. 
• Prática da atividade física regular no 
programa Academia da Saúde. 
• Capacitação das equipes de profissionais 
da APS para o atendimento, acolhimento e 
cuidado do idoso com DCNT. 
• Incentivar a ampliação da autonomia e 
independência para o autocuidado e o 
uso racional de medicamentos. 
• Programas para formação de cuidadores 
de idosos. 
 
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA 
Porta de entrada > Atenção Primária/ Estratégia 
da Saúde da Família. 
Por demanda espontânea ou por busca ativa, 
através de visita domiciliar, tendo como objetivo a 
construção de um diagnóstico multidimensional. 
Atenção à Pessoa Idosa 
• Atenção Básica - promoção da saúde e 
prevenção de agravos → Idosos 
Independentes. 
• Unidades Ambulatoriais / Especialidades / 
Reabilitação → Idosos frágeis ou em 
situação de vulnerabilidade – atendimento 
com maior nível de complexidade, por 
equipe multiprofissional com 
conhecimentos em Geriatria e 
Gerontologia – com avaliação da 
Capacidade Funcional. 
• Unidades Hospitalares – necessidade de 
equipe multidisciplinar com formação em 
Geriatria e Gerontologia para acompanhar 
o idoso durante o período de internação 
(> 72h) até a alta, com orientação à família 
e cuidadores. 
 
 
Envelhecimento/ Interdisciplinaridade / 
Intersetorialidade 
• É no acompanhamento às pessoas idosas 
que os profissionaistêm que ficar mais 
atentos a vários conceitos e fatos: 
reabilitação, fragilidade, (in)dependência, 
(des)autonomia, maus-tratos, suporte social 
e familiar. 
• O favorecimento a um envelhecimento 
saudável diz respeito às várias profissões e 
aos vários setores públicos e privados. 
(Rodríguez, MSC; 2007) 
 
 ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA 
REQUER: 
• Organização de serviços; 
• Criação de uma rede de atenção; 
• Organização da porta de entrada – 
ACOLHIMENTO 
• Humanização do Atendimento 
• Utilização da referência e contra-
referência /REGULAÇÃO 
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar 
com conhecimentos/formação em 
geriatria e gerontologia 
ACOLHIMENTO À PESSOA IDOSA 
 Os profissionais de saúde deverão: 
• entender as questões do processo de 
envelhecimento e suas especificidades; 
• reconhecer a necessidade da 
complementariedade interdisciplinar e a 
integração entre a rede básica e o sistema 
de referências; 
• facilitar o acesso dos idosos aos diversos 
níveis de complexidade. 
RESULTADOS ESPERADOS 
• Controlar doenças e agravos 
• Evitar progressão para sequelas e 
complicações 
• Reduzir mortalidade precoce 
• Reduzir incapacidades e dependência 
• Melhorar a qualidade de vida 
26 
AÇÕES ESTRATÉGICAS DO MS 
 
 CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA 
• Instrumento de identificação do idoso frágil 
ou em situação de vulnerabilidade; 
• Proporciona ao profissional de saúde 
acompanhar a situação de cada pessoa 
idosa da comunidade; 
• Proporciona aos profissionais e gestores a 
elaboração e planejamento de ações para 
a população idosa em cada município. 
• É um documento de cidadania para 
cada pessoa idosa. 
CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA – Nº 19 
ENVELHECIMENTO E SAÚDE DA PESSOA IDOSA 
Qualificar a Atenção Primária para: 
• Diagnósticos e Cuidados 
• Orientados por Protocolos 
• Clínico-Funcionais 
GUIA PRÁTICO DO CUIDADOR: 
• Utilizado em Cursos de Capacitação de 
Cuidadores de Pessoas Idosas pelas 
coordenações de saúde do idoso dos 
munícipios. 
QUALIFICAÇÃO / CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS 
• Curso de Aperfeiçoamento em 
Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa: 
Convênio MS / Escola Nacional de Saúde 
Pública ENSP/FIOCRUZ; 
Objetivo: Capacitar profissionais de saúde de nível 
superior da Rede de Saúde do SUS; 
 Metodologia: Educação à Distância. 
 500 vagas: 
 -Regiões Norte e Nordeste 
 2008 /2009/2010 
 2000 vagas: 
 -Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. 
2010 / 2011/ 2012 
 
 
 
COMITÊ ASSESSOR PARA OSTEOPOROSE E QUEDAS 
EM PESSOAS IDOSAS 
• Criado pela Portaria 3.213, de 20 de 
dezembro de 2007. 
• Reformulada em 17 de dezembro de 2010 – 
Portaria 4016, GAB/MS 
Objetivos: 
Elaboração de políticas, diretrizes e protocolos 
relacionados à prevenção, diagnóstico e 
tratamento da osteoporose, das quedas e fraturas 
na população idosa. 
 
OFICINAS DE PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE E 
QUEDAS 
• Parceria com os estados/ Coordenações 
Estaduais de Saúde do Idoso 
• sensibilizar e capacitar profissionais de 
saúde dos estados, municípios e DF para a 
prevenção e identificação dos riscos para 
osteoporose e quedas. 
• 2009/2010 → 27 oficinas. 
• ação estratégica para a redução de 
internações por fratura de fêmur – 
• Meta > redução em 2% - Pacto 2008 
 
Ações em Andamento no MS 
• Campanhas de Vacinação – ( influenza, 
tétano, H1N1…), 
• Farmácia Popular - medicamentos para 
Hipertensão e Diabetes (gratuitos), 
Glaucoma, Parkinson, Osteoporose, Asma, 
fraldas geriátricas; 
• Medicamentos de uso excepcional /alto 
custo 
• Comissão Pró-Residência MS/MEC – 
Residência em Geriatria e Multidisciplinar 
em Gerontologia; 
• Elaboração de material editorial – folderes, 
CAB 
• Academia da Saúde; 
• Criação do Plano Nacional de 
Enfrentamento das Doenças Crônicas; 
• Ações Interministeriais visando ao 
Envelhecimento Ativo 
• Criação das Unidades de Saúde Amiga do 
Idoso; 
27 
• Criação de Centros de Atenção ao Idoso 
Frágil; 
• Capacitação de Cuidadores pelos 
Municípios; 
• Criação de Modalidades de Atenção Extra-
Hospitalar: 
• Atenção Domiciliar – Portaria 2029, de 
24/08/201 - Centro Dia – proposta MS/MDS; 
• Celebração de convênios visando à 
capacitação e pesquisa. 
CONCLUSÃO: 
• Uma atenção contínua e eficaz para a 
saúde e o bem-estar da população idosa 
requer diferentes níveis de intervenção dos 
serviços de saúde, adequados às distintas 
fases da enfermidade e ao grau de 
incapacidades. 
• Deve estar baseada, em última instância, 
em uma atenção integral, adequada, de 
qualidade, humanizada e oportuna. 
EXAMES LABORATORIAIS E IDOSOS 
 
• Checkup é fundamental, mas o exagero no 
número de exames é ruim. 
• Pressão arterial: verifica o nível da pressão 
arterial e indica possíveis alterações (alta ou 
baixa). 
• Ela é considerada normal quando está em 
120x80 mmHg (milímetros de mercúrio) e se 
não ultrapassar 130x85 mmHg. 
• Em caso de pressão ao alta, esse número 
fica acima de 140x90 mmHg. A pressão 
baixa (menor do que 120x80 mmHg) não 
preocupa tanto os médicos. Mas níveis 
muito baixos de pressão provocam 
sonolência, tonturas e desmaios. 
 
Hemograma: o exame de coleta do 
sangue pode detectar anemia. Deve ser 
feito uma vez por ano a partir dos 60 anos. 
 
Ureia e creatinina: exame para checar as 
funções renais e possíveis alterações, como 
insuficiência renal. Deve ser feito 
uma vez por ano, a partir dos 60 anos. 
TSH (hormônio estimulante da tireoide): o 
exame é indicado para detectar 
alterações na produção de hormônios da 
tireoide. O TSH é um hormônio que regula a 
produção dos hormônios tireoidianos (T3 e 
T4). Quando a produção está 
alta, o nível de TSH diminui, e quando está 
baixa, aumenta, para estimular a produção 
dos hormônios da tireoide. O nível 
baixo do TSH indica hipertireoidismo. Se o 
nível de TSH é alto, indica hipotireoidismo. 
Deve ser feito uma vez por ano, a 
partir dos 60 anos. 
 
Glicemia de jejum : o exame detecta o 
diabetes (deficiência de 
produção ou ação da insulina, que causa o 
aumento anormal 
de glicose no sangue). Deve ser feito a 
partir dos 60 anos 
 
Colonoscopia : o exame pode detectar 
precocemente o câncer nos intestinos 
(grosso e delgado). Deve ser feito uma vez 
por ano a partir dos 50 anos. Se tiver casos 
na família, é indicado fazer o primeiro 
exame aos 40 anos. O câncer no intestino 
grosso também pode ser detectado por um 
exame chamado pesquisa de sangue 
oculto nas fezes, já que cânceres e pólipos 
instalados no intestino podem sangrar em 
pequenas quantidades, invisíveis a olho nu. 
No exame, é possível enxergá lo nas 
amostras, que devem ser colhidas três vezes 
por ano. 
 
Papanicolau: a partir dos 65 anos, se o 
exame apresentar 
resultado normal durante três anos 
seguidos, ele pode ser 
suspenso, desde que a mulher não tenha 
vida sexual 
promíscua. O exame tem a função de 
detectar câncer de colo 
do útero. 
 
Mamografia: o exame de avaliação das 
mamas é feito por imagem. O primeiro 
deve ser feito entre os 35 e 40 anos. Após 
os 40, uma vez por ano. O objetivo da 
análise é prevenir ou detectar o câncer de 
mama. Detalhe: homens e mulheres 
podem desenvolver o câncer. 
 
28 
Densitometria óssea: assim que completar 
65 anos ou depois da menopausa, o exame 
deve ser realizado na mulher a cada 
dois anos para prevenir a osteoporose 
(perda anormal da massa dos ossos). O 
exame mede a densidade dos ossos e a 
possível perda de massa óssea. 
 
Teste ergométrico (ou de esforço): o exame 
mede a capacidade cardíaca e verifica a 
existência de doenças cardiovasculares, 
como aterosclerose e hipertensão, por 
meio de exercícios físicos na esteira ou na 
bicicleta ergométrica. É indicado fazê lo 
uma vez por ano a partir dos 30 anos. A 
partir dos 60, é fundamental para quem 
pretende começar uma atividade física. 
 
Ultrassomde abdômen: exame indicado 
para fumantes, detecta aneurisma de 
aorta (dilatação da artéria aorta, que 
pode se romper). É recomendado fazer o 
primeiro exame a partir dos 50 anos. O 
paciente só deve voltar a fazer o exame 
se for detectado algum problema na 
artéria. 
 
Exame da próstata: detecta o câncer de 
próstata, uma glândula masculina que 
envolve a uretra e produz um líquido 
que compõe o sêmen. Para detectar o 
câncer é necessário fazer três exames 
complementares: o toque retal, a 
ultrassonografia transretal e o exame de 
sangue PSA (antígeno prostático 
específico), que mede os níveis de uma 
substância relacionada a alterações na 
próstata. É recomendável fazer o primeiro 
exame de próstata depois dos 40 anos. Aos 
50, deve-se fazê-lo uma vez por ano, pois o 
risco de câncer aumenta com a idade. 
DEMAIS EXAMES 
Exames complementares para avaliação da 
incontinência urinária 
Parcial de urina: Volume urinário residual pós 
miccional; Cistometria simples. 
Teste de estresse: Exames bioquímicos: função 
renal, Glicemia e calcemia , Cistometrografia 
formal de múltiplos canais. 
Demais exames, como cistoscopia , citologia 
urinária e exames de imagem só se houver uma 
indicação específica, pois não se prestam para 
avaliação em si da incontinência urinária. 
 
Incontinência Urinária 
Incontinência Urinária (IU) é um sintoma, 
estabelecido como qualquer perda de urina 
involuntária. Apesar de não ser considerada como 
parte normal do envelhecimento, sua prevalência 
aumenta com a idade (MINASSIAN, 2003). Atinge 
15 30% dos idosos de comunidade e metade 
daqueles institucionalizados (FANTL, 1996). 
Apresenta maior frequência em mulheres (2:1) em 
relação aos homens até a idade dos 80 anos, 
quando se torna igual em ambos os sexos. Apesar 
de sua alta prevalência na população idosa, 
somente metade procura tratamento, sendo, 
portanto, uma condição subestimada na saúde do 
indivíduo idoso. 
 
• A IU acarreta um alto impacto econômico, 
social, psicológico e de saúde nessa 
população. Pode ser a causa da perda da 
autoestima, isolamento social, piora do 
status funcional, dependência de 
cuidadores, depressão e encaminhamento 
à instituição de longa permanência. 
• Está bem estabelecida sua relação com 
dermatite de contato, úlcera por pressão, 
infecção do trato urinário, quedas e 
fraturas. 
• As contrações não inibidas da musculatura 
detrusora da bexiga se tornam comuns 
com o envelhecimento; 
• A mobilização de líquido pelos rins aumenta 
nos períodos noturnos em decúbito devido 
ao aumento do peptídeo natriurético atrial, 
diminuição de vasopressina e mobilização 
de edema de membros inferiores, levando 
ao maior enchimento vesical e 
necessidade de urinar, provocando 
noctúria. 
• A capacidade vesical diminui com a idade; 
• Em homens, a próstata aumenta com a 
idade, favorecendo sintomas urinários 
irritativos e obstrutivos 
 
 
 
29 
 
TIPOS DE INCONTINÊNCIA 
• O mnemônico DRIIIPP (Delirium; Restrição 
de mobilidade; Infecção do trato urinário; 
Inflamação vaginite atrófica; Impactação 
fecal; Poliúria; Polifarmácia ) é muito 
utilizado para detecção de condições 
reversíveis que podem causar ou contribuir 
para IU. 
• A infecção do trato urinário (ITU) leva à 
incontinência urinária quando a urgência é 
o principal sintoma. Sua prevalência é 
elevada na população geriátrica, 
afetando 50% em idosos internados. Uma 
vez tratada a infecção, cessa a UI. 
.... 
• Incontinência pode ser exacerbada por 
atrofia urogenital em mulheres na pós 
menopausa. Mais de 40% de mulheres na 
pós menopausa queixam se de sintomas 
urinários. Pequenas doses de estrogênio 
intravaginal podem melhorar os sintomas 
• clínicos. 
 
• Impactação fecal é uma causa de IU. A 
distensão do reto, que se localiza 
posteriormente na bexiga, pode causar 
sintomas irritativos e/ou obstrutivos no trato 
urinário. Paciente com fatores de risco para 
constipação como pacientes acamados, 
• portadores de doenças neurológicas, em 
uso de medicações anticolinérgicas, 
devem ser submetidos ao toque retal. 
 
• Condições clínicas que aumentam o 
volume urinário podem causar IU por 
sobrecarregar os mecanismos de 
continência (exemplo: diabetes mellitus 
descompensado, uso de diuréticos, 
hipercalcemia , diabetes insipidus , 
polidipsia). 
 
• Algumas medicações podem, 
frequentemente, piorar ou ser a causa da 
IU. Medicações com efeitos 
anticolinérgicos, que estão presentes nos 
antipsicóticos (como Olanzapina ), 
antidepressivos (principalmente tricíclicos), 
anti histamínicos, medicações 
antiparkinsonianas , induzem a IU por serem 
precipitantes de delirium, ou por causarem 
retenção urinária e IU por transbordamento. 
Medicações com efeito alfa agonista, 
presentes nos descongestionantes à base 
de pseudoefedrina, podem aumentar a 
resistência do esfíncter uretral, retenção 
urinária e IU. 
 
Incontinência urinária estabelecida 
Quando nenhum desses fatores reversíveis for 
identificado, uma investigação posterior é 
necessária. 
Existem quatro formas de IU crônica: 
 IU de urgência; 
 IU por transbordamento; 
 IU de esforço; 
 IU mista. 
 
Incontinência de Urgência 
Também conhecida com hiperatividade do 
detrusor, é caracterizada por contrações não 
inibidas do detrusor, sendo a forma mais comum 
de IU nos idosos, afetando mais de 20% de 
mulheres incontinentes acima de 65 anos. A causa 
subjacente dessa condição é a hiperestimulação 
dos receptores colinérgicos do músculo detrusor da 
bexiga. Pode estar associada a lesões do sistema 
nervoso central, como doença cerebrovascular, 
síndromes demenciais ou por irritação da bexiga 
devido à infecção, tumores ou cálculos. Os 
pacientes frequentemente descrevem 
necessidade incontrolável de urinar. A noctúria é 
comum. A bexiga é hiperativa, mas a fraca 
contratilidade da musculatura do detrusor leva ao 
esvaziamento incompleto da bexiga e ao 
aumento do resíduo pós miccional. 
 
 
30 
Incontinência por Transbordamento 
 
A IU por transbordamento ocorre quando a bexiga 
não é esvaziada por longos períodos, tornando se 
tão cheia que simplesmente transborda. Isto ocorre 
quando existe diminuição da sensibilidade ou da 
contração da musculatura detrusora hipoatividade 
detrusora, ou quando existe uma obstrução do 
trato de saída da bexiga. A principal causa é a 
Hiperplasia Prostática Benigna (HPB. Os pacientes 
geralmente queixam de gotejamento pós 
miccional, necessidade incessante de urinar ou 
esforço para urinar. 
 
Incontinência de Esforço 
É a segunda causa de IU em mulheres 
idosas: 
 Hipermotilidade uretral devido ao 
enfraquecimento da musculatura do 
assoalho pélvico, que é acarretado pelo 
próprio envelhecimento e pode ser mais 
prevalente em mulheres com história de 
partos vaginais (PERSSON, 2000): a uretra 
proximal e a bexiga “ herniam ” através do 
diafragma urogenital em condições de 
aumento da pressão intra abdominal. Os 
pacientes apresentam perda de urina em 
situações como tossir, espirrar, rir, pegar 
peso. 
 
 Deficiência esfincteriana intrínseca ou IU de 
esforço tipo: 
a) Os pacientes apresentam perdas urinárias em 
pequenos esforços, como caminhar. Podendo ser 
relacionada à história prévia de cirurgias 
ginecológicas ou a própria idade, com diminuição 
da pressão do esfíncter uretral; 
 b) Instabilidade uretral, sendo uma causa rara de 
IU em mulheres, pelo qual ocorre um relaxamento 
paradoxal do esfíncter uretral em um momento 
que não há contração da musculatura detrusora. 
 
 Dano esfincteriano uretral que ocorre após 
prostatectomia radical ou ressecção 
transuretral da bexiga. Causa de IU de 
esforço em homens. 
 
Incontinência Urinária Conduta 
A IU pode ser aliviada para todos os pacientes, 
independentemente do tipo de IU, apenas com 
algumas considerações não farmacológicas, por 
exemplo: 
 Orientar

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