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MAÍZA SANTANA - NUT/UFJF Endocit�s� � digestã� celula� Existem dois principais tipos de endocitose: pinocitose e fagocitose Fagocitose É a internalização de partículas maiores, microorganismos e debris celulares via fagossomos Pode ocorrer em organismos unicelulares de vida livre ou em células especializadas Está restrita a algumas células de mamíferos como macrófagos e neutrófilos ➔ Macrófago: uma das principais células fagocíticas e é encontrado frequentemente no baço, onde fagocita hemácias velhas É o “comer celular” É um meio controlado, regulado, envolve receptores específicos de membrana e ativação através de proteínas de sinalização intracelular Há a deformação da membrana plasmática e formação dos pseudópodes com auxílio dos filamentos de actina Formação de fagossomos Fagossomos são estruturas formadas imediatamente após a internalização dos microorganismos É considerada organela por estar desprendida da membrana plasmática Para ser fagocitado, o material deve conter ou adquirir certos sinais que são reconhecidos por receptores localizados na membrana plasmática das células fagocíticas Pinocitose É a maneira mais comum de endocitose É a internalização de fluidos e solutos via pequenas vesículas - forma-se o pinossomo Ocorre em todos os tipos de células É o “beber celular” Está relacionada com as invaginações de membrana com auxílio das proteínas de estruturação MAÍZA SANTANA - NUT/UFJF Tipos de pinocitose Macropinocitose Envolve a formação de grandes profusões e não é dependente de ligante ou receptor (não precisa de sinalização, acontece a todo momento) Não há a formação de um pseudópode, apenas um único prolongamento, um brotamento de membrana como se fosse um dedo que faz o englobamento das partículas Mediada por receptores Ocorre através de receptores na superfície celular que reconhecem e internalizam hormônios, colesterol etc As células utilizam a endocitose mediada por receptores para importar macromoléculas extracelulares selecionadas Pinocitose mediada por clatrina Ocorre de forma constitutiva em todas as células de mamíferos Liga a maquinaria endocítica a molécula-carga Um exemplo é a captação de colesterol a partir de LDL (lipídeo com proteína associada) no sangue. Os vasos são revestidos pelas células endoteliais que são receptores de LDL. Desse modo, quando há o contato dessas células com o LDL, inicia-se o processo de recepção da clatrina nas regiões específicas e inicia-se o processo de invaginação. Problemas nessa captação podem levar a doenças como a aterosclerose ➔ Aterosclerose ◆ Processo inflamatório associado à diabetes causado pela deposição em excesso de LDL, que sofre oxidação e ativa os monócitos da circulação sanguínea com o objetivo de combater o excesso. Isso causa um espessamento da parede, podendo até mesmo ser obstruída. ◆ Isso acontece por excesso de LDL na alimentação ou até mesmo por um processo fisiológico, onde ocorrem mutações do receptor do LDL, alternado o sítio de ligação e consequentemente impedindo que a clatrina se ligue ao receptor e internaliza a LDL. Chega LDL e se acumula, o que pode gerar o processo inflamatório Mediada por cavéola É um fenômeno altamente regulado e dirigido pela molécula-carga A caveolina se insere na bicamada lipídica enquanto a clatrina se associa à proteínas acessórias MAÍZA SANTANA - NUT/UFJF Obs.: Transporte e cobertura de vesícula Existem dois tipos de vesículas recobertas ● Cobertas por clatrina: transporte seletivo de receptores transmembrana a partir da membrana da rede Trans-Golgi e da membrana plasmática ● Cavéola: a partir da membrana plasmática envolve associação da proteína caveolina. A proteína caveolina forma as cavéolas. A caveolina se insere de maneira diferente, formam “linhas”, mas a deformação acontece de maneira semelhante à invaginação por clatrina Independente de clatrina e cavéola Ainda não se sabe que processo regula essa invaginação A membrana não se invagina sozinha, precisa de um auxílio, mas ainda não se sabe quem é esse auxílio Agora que a invaginação foi formada, como ela se solta? A proteína dinamina com auxílio da energia proveniente do GTP (molécula que fornece energia) faz uma torção em volta do “pescoço” da invaginação (estrangula-o), fazendo com que a membrana se encoste e fusione Formam-se os pinossomos Destinos endossomais Via endocítica: endossomo primário, secundário e o lisossomo 1. O endossomo primário recebe o material e gera dois tipos de vesículas transportadoras, uma recicladora e outra que se dirige ao endossomo secundário. É um pouco ácido (importante para dissociar o receptor da partícula de LDL). As estruturas conduzem o material a ser digerido para a via endocítica e o material a ser reciclado (receptores) voltam para a membrana para ser novamente utilizado (reciclagem é importante para economia de energia). Há a possibilidade de ocorrer a transcitose, que é a endocitose em um pólo da célula e a liberação no outro) 2. O endossomo secundário recebe as vesículas com o material a ser digerido e as vesículas com hidrolases ácidas - são convertidas em lisossomos 3. O lisossomo é o principal sítios de digestão intracelular e tem nele mais de 40 enzimas que podem digerir diferentes tipos de moléculas. São heterogêneos e apresentam a bomba de prótons (também para manter o pH ácido e facilitar a digestão) ➔ O que diferencia o endossomo primário, secundário e o lisossomo é o pH. Existem duas teorias quanto a isso. A primeira é que o endossomo primário, secundário e os lisossomos são organelas distintas e cada uma tem seu conteúdo de enzimas. Já a MAÍZA SANTANA - NUT/UFJF segunda teoria é que a medida que as enzimas vão chegando, vão se acidificando, se transformando Lisossomos As enzimas do lisossomo chegam à ele através da “etiqueta” recebida no complexo de Golgi; todas as enzimas que irão atuar no lisossomo recebem a “etiqueta” (uma manose 6 fosfato) e vão para o lisossomo Autofagia: digestão celular sem formação de endossomos, não envolve a membrana plasmática Doenças relacionadas à alterações lisossômicas: Doença de inclusão celular: quase todas as enzimas hidrolíticas estão ausentes nos lisossomos de algumas células, causando o acúmulo de material não digerido Silicose: está associada com a endocitose de material indigerível na pessoa com o contato constante com partícula indigerível. O macrofago fagocita e direcina para o lisossomo, mas o lisossomo não consegue digerir e acumula dentro dos lisossomos até que ele explode e todo o conteúdo enzimático do lisossomo é liberado no citoplasma, causando a morte da célula. Esse contato ao longo do tempo pode gerar uma fibrose pulmonar Importância da via O aleitamento materno é importante por ter os anticorpos da mãe que são passados para o recém nascido. O leite ingerido é absorvido no intestino e os anticorpos passam pelo processo de transcitose. Existe um receptor para o anticorpo na luz do intestino que reconhece os anticorpos endocitados. O endossomo direciona o material para a via de transcitose e o anticorpo cai na circulação sanguínea Uma importante função do processo de reciclagem além do receptor de LDL são os transportadores de glicose. Quando há a sinalização de insulina em uma célula muscular esquelética ou adipócito (que demandam muita energia), há a indução do aumento de captação da glicose. As células têm transportadores de glicose na superfície. Como a glicose em excesso no sangue é tóxica, deve ser rapidamente captada; assim, as células beta do pâncreas são sinalizadas de tal excesso e produzem a insulina. A insulina é liberada na corrente sanguínea e age nos receptores específicos, proporcionando o aumento da captação de glicose pela célula. Quando chega o sinal da insulina na célula, os endossomos que armazenavam temporariamente as proteínas de membrana (GLUT), excretam-as, direcionando os transportadores para a superfície da célula. MAÍZA SANTANA - NUT/UFJF Com esse controle a partir da função do endossomo reciclador, ela guarda temporariamente as proteínas e garanteque isso não se perca, evitando que ocorra um processo de digestão equivocado Exocitose As moléculas intracelulares são enviadas para o meio extracelular através de vesículas secretórias que fusionam-se com a membrana plasmática Peroxissomos São organelas responsáveis pelo armazenamento de enzimas oxidativas envolvidas com o metabolismo celular (catalase e urato oxidase), importante para a desintoxicação celular É uma organela semelhante ao lisossomo, só que ao invés de fazer digestão faz desintoxicação Utilizam oxigênio molecular e peróxido de hidrogênio para realizar as reações oxidativas A catalase utiliza a H2O2 gerada na organela para oxidar várias substâncias, transformando-as em água e oxigênio Esse tipo de reação oxidativa é muito presente no fígado
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