Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Giovanna Brito 2019.2 Qualquer substância estranha que chega ao corpo e que seja reconhecida pelos linfócitos (TCR e BCR), são os antígenos. Há uma diferença entre os antígenos e o imunógeno. O imunógeno é quando o antígeno é capaz de ativar a resposta imune. Durante a interação do antígeno com os receptores quem são reconhecidos pelo receptor são os epítopos, que é a menor porção do antígeno capaz de gerar uma resposta imune e de reagir com ela especificamente. A especificidade garante que os antígenos desencadeiem respostas específicas. Se refere ao receptor presente nos linfócitos. A especificidade no reconhecimento leva á uma alta especificidade de resposta. Presença do TCR que vai fazer o reconhecimento do antígeno e da molécula CD3 que tem função exclusiva de sinalização intracelular. Aqui há a presença das duas respostas possíveis para o linfócito B: Ele se ativando sozinho (à direita) - através do BCR ele reconhece o antígeno e com a sinalização intracelular a célula B se ativa (timo independente). A célula B reconhece o antígeno, ocorre endocitose e apresenta á célula Th2 para que ela ajuda à célula B a se ativar (timo dependente). No BCR, a estrutura responsável pelo reconhecimento antigênico é um anticorpo de membrana. Ou vai ser um IgM ou uma IgB (só existe de membrana). Enquanto IgM ou IgB está fazendo o reconhecimento do antígeno proteico, as imunoglobulinas alfa e beta fazem a função exclusiva de sinalizar o reconhecimento feito pela IgM ou pela IgB. 2 Giovanna Brito 2019.2 Por conta de apresentar vários tipos de receptores a resposta imune adquirida tem uma alta capacidade de reconhecer antígenos. Garante que em uma re-exposição antigênica, o organismo gere uma resposta mais rápida e mais intensa. Quando o indivíduo é exposto pela primeira vez á um antígeno, antígeno X, vai ocorrer a imunidade inata e depois a ativação de células B e T naive. Essas células naive vão ter seu primeiro contato com o antígeno nos linfonodos e nos órgãos linfoides periféricos e isso vai gerar a ativação desses linfócitos. Essas células ativadas vão conseguir resolver a infecção e vão restar apenas as células B e T de memória. Quando o indivíduo é re-exposto ao antígeno, antígeno X e antígeno Y. Para o antígeno Y vai acontecer a mesma resposta primária, como aconteceu com o antígeno X. Porém com o antígeno X vai ocorrer a re-ativação e a proliferação das células de memória. Permite ao sistema imunológico retornar ao seu estado basal após a eliminação do antígeno, evitando inflamações desnecessárias. Evita lesão aos tecidos. Evita lesão ao hospedeiro durante resposta a antígenos estranhos. Mecanismo de anular as células tanto na medula, quanto no timo e na periferia. Quando os mecanismos de tolerância falham, a doença autoimune acontece. – O MHC apresenta o antígeno proteico para o TCR. Existe uma alça no MCH que vai interagir ou com a molécula TDC4 ou TCD8, ou seja, existe uma restrição da molécula de MCH. No MCH de classe I vai existir uma alça, a alfa 3 que vai se ligar a molécula CD8, mas no MCH de classe II, vai existir uma alça, beta 2 que vai se ligar ou CD4. Quando o CD4 se fixa no MHC de classe II, o linfócito T e a célula apresentadora de antígeno, que é a célula dendrítica, elas se mantem próximas. Na superfície das células T vão ter as integrinas e nas células APC vão existir ligantes para essas integrinas. Enquanto a célula T está em repouso, ou seja, antes dela receber qualquer estímulo antigênico ela já expressa uma integrina, só que de baixa afinidade. Na célula dendrítica já existe um ligante para essa integrina, mas como ela é de baixa afinidade, a interação não vai conseguir manter a célula T unida á APC. 3 Giovanna Brito 2019.2 No momento em que a célula dendrítica amadurece e ela vai apresentar o antígeno proteico via MHC para o receptor TCR, vai gerar uma sinalização intracelular para o linfócito T, aumentando a afinidade da integrina. Dessa forma a intergrina pode se ligar ao seu ligante que vai está expresso na APC. Existe outro estímulo para aumentar a afinidade da integrina que é quando durante o processo de apresentação de antígeno, a célula dendrítica produz quimiocinas e elas vão interagir com receptores de quimiocinas na célula T e isso gera um sinal que é capaz de aumentar a afinidade das integrinas. O processamento do antígeno depende de sua localização dentro da célula. Ele pode estar: livre no citosol ou dentro de um endossoma. Logo após o processamento vai ter uma interação com o MHC de classe I ou II e também uma apresentação exclusiva para o linfócito TCD8 ou o TCD4. A célula T auxiliar pode se diferenciar em Th1, Th2, Th17 e Treg e isso vai depender da citocina que a célula dendrítica produziu durante a apresentação de antígeno. Se somente ocorrer a interação entre o MHC e o TCR o único sinal de ativação não vai ser suficiente para a célula T se ativar. Vão existir moléculas constitutivas, ou seja, que já são naturalmente expressa na molécula que são as CD28, na célula T e a CD40 na célula dendrítica. O MHC apresenta o antígeno processado para o TCR e o estímulo antigênico gera uma sinalização para célula T e em resposta a esse primeiro sinal, vai surgir na membrana da célula T um ligante (não constitutiva) para o CD40. O ligante vai se ligar ao CD40 e vai gerar um sinal para a célula dendrítica e em resposta a essa sinalização, a célula dendrítica expressa o ligante B7. A B7 vai ser o ligante para a molécula CD28 (constitutiva da célula T). Por fim, a célula dendrítica libera citocinas que vão ser reconhecidas por receptores específicos de citocinas na célula T. E dessa forma o linfócito T se ativa. – A IL-2 é uma citocina, de ação autócrina, que participa da proliferação e expansão clonal. Quem produz a IL-2 é a célula TCD4+. A célula T se prolifera graças a ação autócrina da IL-2. Quando a célula T ainda é naive, ela expressa um receptor para a IL-2, porém de baixa afinidade, pois a célula está em repouso. 4 Giovanna Brito 2019.2 Depois que a célula T se ativa, o receptor de IL-2 passa a ser de alta afinidade e se prepara para ‘receber’ a IL-2 que foi produzida pela célula T ativada. A IL-2 também pode ter uma ação parácrina -> quando ela promove a proliferação do TCD8+.
Compartilhar