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HISTERECTOMIA 1 Discentes: Alexandre Guimarães, Bruna Diuly, Bruna Lassi, Carlos Felipe, Cláudia Monteiro, Gabriela Carvalho, Gabriella Braga, Lais Lopes, Luisa Bastos, Luíza Cunha, Mayan Barcelos, Santuza Verônica, Suellem Dutra, Wilgner Rail, Yasmim Mendes. Docentes: Prof. Dr. Geraldo Jose de Souza Lima Prof. Dr. Lívio José Suretti Pires 2 Figura 2: bit.ly/2KZVtMa Índice Anatomia Definição Histórico Indicações Pré-operatório Tipos Vias de acesso Técnica Cirúrgica Pós-operatório Complicações Referências 3 Figura 3: bit.ly/2KZVtMa 4 Figura 4: http://bit.ly/2r7dLUS O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas; Quando não grávido, está localizado na pelve menor, com corpo sobre a bexiga urinária e com o colo entre a bexiga urinária e o reto; 1.1 Anatomia Geral 5 Figura 5: http://bit.ly/2r7dLUS 1.1 Anatomia Geral 6 Figura 6: http://bit.ly/2r7dLUS 7 Figura 7: http://bit.do/fiQnU Perimétrio serosa, revestimento externo de tecido conjuntivo. Miométrio camada média de músculo liso; local dos vasos sanguíneos e principais nervos; contração estimulada hormonalmente. Endométrio camada mucosa; firmemente aderido ao miométrio; o endométrio participa ativamente do ciclo menstrual; camada na qual se implanta o blastocisto; 1.2 Histologia Perimétrio serosa, revestimento externo de tecido conjuntivo. Miométrio camada média de músculo liso; local dos vasos sanguíneos e principais nervos; contração estimulada hormonalmente. Endométrio camada mucosa; firmemente aderido ao miométrio; o endométrio participa ativamente do ciclo menstrual; camada na qual se implanta o blastocisto; face interna eliminada durante a menstruação. 8 1.3 Vascularização Figura 8: http://bit.do/fiQp4 9 1.3 Drenagem linfática Figura 9: MOORE, 2014. Os vasos dos ovários, tubas uterinas e fundo do útero acompanham as veias ováricas drenando para linfonodo lombares; Os vasos do colo e corpo do útero drenam para os vasos ilíacos internos; Existem ainda pontos de drenagem específica como a parte súpero lateral do útero, próxima ao ligamento redondo que drenam para os linfonodo inguinais superficiais e parte vaginal do colo do útero drenam para os vasos ilíacos externos; 10 1.3 Drenagem linfática Ovários Tubas uterinas Linfonodos Lombares Útero: Fundo Linfonodos lombares Corpo e Colo Ilíacos Internos Súpero lateral Inguinais superficiais Área vaginal do colo Ilíacos externos; (MOORE, 2014) Os vasos dos ovários, tubas uterinas e fundo do útero acompanham as veias ováricas drenando para linfonodo lombares; Os vasos do colo e corpo do útero drenam para os vasos ilíacos internos; Existem ainda pontos de drenagem específica como a parte súpero lateral do útero, próxima ao ligamento redondo que drenam para os linfonodo inguinais superficiais e parte vaginal do colo do útero drenam para os vasos ilíacos externos; Plexo uterovaginal: possui fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais; A inervação simpática se origina nos segmentos torácicos inferiores da medula; A inervação parassimpática origina-se nos segmentos S2 - S4. 11 1.4 Inervação Figura 10: http://bit.do/fiQrT 12 NASCIMENTO É proporcionalmente grande e tem proporções adultas em função dos hormônios maternos. NEONATO Proporções infantis, mas com localização abdominal. PUBERDADE Cresce novamente, chegando a proporções adultas. JOVEM Corpo do útero é piriforme e os 2/3 superiores se localizam dentro da pelve menor. PÓS-PARTO Paredes espessas e edemaciadas, seu tamanho diminui com rapidez. MULTÍPARA Corpo grande e modular, geralmente se estende até a parte mais baixa da cavidade abdominal. ALTERAÇÕES DA ANATOMIA DO ÚTERO COM A IDADE MENOPAUSA O útero diminui de tamanho. PÓS-MENOPAUSA O útero involui e regride a um tamanho de proporção infantil. Figura 11: autoria própria 2. Definição hístero + ecto + tomia = útero + fora + cortar “Intervenção cirúrgica que consiste na extirpação do útero.” 13 Figura 12: http://bit.do/fiQtC 3. Histórico 14 1988 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing. Lorem ipsum dolor sit. 1853 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing. Lorem ipsum dolor sit. 1813 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing. Lorem ipsum dolor sit. XIX Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing. Lorem ipsum dolor sit. Histerectomia laparoscópica Raich, EUA Histerectomia via abdominal bem sucedida Burham, EUA Primeira histerectomia vaginal bem sucedida Langenbeck, Alemanha ( Primeiros relatos de histerectomias bem sucedidas Figura 13: autoria própria A história da histerectomia remonta ao século XVI: a primeira histerectomia vaginal foi realizada em 1507, na Bolonha, por Bengarius ( (TE LINDE, 1999; SOUZA, 2012) 15 “Consideramos a extirpação do útero, não previamente protuso ou invertido, uma das operações mais cruéis e impraticáveis que já foi projetada ou executada pela cabeça ou mão do homem. Estamos muito longe de desincentivar operações audazes ou não tentadas, mas existe um limite além do qual pode não ser prudente ir.” Dr. James Johnson, 1825. 3. Histórico 3. Histórico 16 HISTERECTOMIA BEM SUCEDIDA Controle da dor Controle da infecção Controle da hemorragia (TE LINDE, 1999; SOUZA, 2012) Figura 14: autoria própria 4. Indicações Leiomiomas 26,8% Prolapso genital 20,8% Endometriose 14,7% Câncer 10,7% Hiperplasia do endométrio 6,2% Irregularidades menstruais, doenças do parâmetro ou peritônio pélvico, doenças do colo uterino, ovário e trompas de falópio, acidentes hemorrágicos obstétricos e outras neoplasias benignas 20,7% 17 (MONTEIRO, 2006) Figura 15: https://bit.ly/2OLJhzW 5. Pré-Operatório História ginecológica, obstétrica, história sexual, contracepção, doenças e procedimentos ginecológicos prévios; As pacientes, tipicamente, irão se apresentar com históricos de sangramento, dor pélvico-abdominal ou desconforto mal definido. Ademais, em alguns casos a avaliação resulta em uma indicação com necessidade evidente como em um prolapso completo. 18 1. Avaliação Clínica da paciente: (CAMARGOS, 2008) 5. Pré-Operatório 2. Investigação laboratorial para avaliação pré anestésica e para identificação de pacientes com algum risco peri ou pós operatório. 3. Exame dos anexos do sistema reprodutor feminino como os ovários e inspeção da porção cervical do útero. 4. Pacientes com menorragia podem receber indicação de tratamento hormonal antes da cirurgia e correção de possível anemia causada por essa com sulfato ferroso oral, o que evita a transfusão durante a cirurgia. 19 (CAMARGOS, 2008) 5. Pré-Operatório 5. Jejum pré operatório, com restrição de sólidos a partir de pelo menos 6 horas antes do procedimento 6. A raquianestesia e a anestesia geral são as mais utilizadas para esse procedimento 7. Administração de antibiótico profilático Figura 13: https://bit.ly/2OLJhzW 20 (CAMARGOS, 2008) Figura 16: http://bit.do/fiVsv 6. Tipos de Histerectomia 21 Figura 17: http://bit.do/fiVqR 7. Vias de Acesso Histerectomia abdominal total Histerectomia vaginal total Histerectomia vaginal total assistida laparoscopicamente Histerectomia laparoscópica total Histerectomia laparoscópica total roboticamente assistida* Histerectomia laparoscópica supracervical 22 Figura 18: http://bit.do/fiVtF (CUNDIFF, 2006) -Laparotomia com incisão Pfannenstiel; -Deve-se tomar cuidado para os afastadores não pressionarem o N. Femoral; -Afastamento das alças intestinais e inspeção pélvica; -Identificação e clampagemdo Ligamentos Redondos; -Identificação e clampagem dos Ureteres; -É feita clampagem tripla da tuba e do ligamento útero-ovariano; 23 8.1 H. Abdominal Total (CUNDIFF, 2006) Figura 19: http://bit.do/fiVyu 24 (NETTER, 2008) 25 (NETTER, 2008) 8.1 H. Abdominal Total 26 -É feita uma incisão no ligamento largo com abertura de seus folhetos; -Dissecção dos espaços Vesicouterino e Retouterino; -Mobilização da bexiga, separando-a do cérvix uterino -Exposição e dissecção dos vasos uterinos, e após, ligadura ou cauterização. -São seccionados os ligamentos cardinais; (CAMARGOS, 2008) 27 (NETTER, 2008) 8.1 H. Abdominal Total -Faz-se uma incisão na parte anterior da vagina, até o lúmen; -São feitos reparos nas laterais da incisão; -A vagina agora é seccionada por completo, e o útero, já livre, é retirado; -A parte inferior da incisão agora é suturada, de forma a ocluir o lúmen vaginal; -São fechadas as camadas que foram anteriormente abertas; 28 (CAMARGOS, 2008) 29 (CUNDIFF, 2006) 30 (CUNDIFF, 2006) 31 (CUNDIFF, 2006) 32 (CUNDIFF, 2006) 33 (CUNDIFF, 2006) 34 (CUNDIFF, 2006) 35 (CUNDIFF, 2006) 36 (CUNDIFF, 2006) 37 -É feita infiltração de anestésico local na junção cervicovaginal; -É feita uma incisão circular na junção cervicovaginal; -Colpotomia anterior com tração anterior do afastador e dissecção cortante; -Colpotomia posterior cortante com entrada direta no Fundo de Saco de Douglas (escavação retouterina) -Pedículo do ligamento úterossacral; -Hemostasia da cúpula vaginal. 38 8.2 H. Vaginal Total (CAMARGOS, 2008) 39 Figura 31: http://bit.do/fiVRh -Pedículo do ligamento cardinal; -Pedículo do ligamento úteroovariano; -Incisão no ligamento largo com abertura de seus folhetos; -Exposição e dissecção dos vasos uterinos, e após, ligadura ou cauterização. -Fixação e fechamento da cúpula com fixação do pedículo uterossacral. 40 8.2 H. Vaginal Total (CAMARGOS, 2008) 41 (NETTER, 2008) 42 (CUNDIFF, 2006) 43 (CUNDIFF, 2006) 44 (CUNDIFF, 2006) 45 (CUNDIFF, 2006) 46 (CUNDIFF, 2006) 47 8.2 H. Vaginal Total (CUNDIFF, 2006) 48 (CUNDIFF, 2006) 49 (CUNDIFF, 2006) 50 -São feitas as incisões para inserção dos trocartes ≅ 3; -Faz-se a identificação do ligamentos redondos e dos ureteres; -É feita a incisão do ligamento largo, com ligadura ou cauterização dos seus vasos (Plexo uterino e venoso, e seus ramos ovarianos); -É feita a dissecção e ligadura do ligamento infundúbulo-Pélvico; -Faz-se a Sutura do óstio aberto, suturando-o aos pedículos dos ligamentos uterossacrais e cardinais; -São retirados os trocartes e suturam-se as incisões da parede abdominal; 51 8.3 H. Laparoscópica Total (CAMARGOS, 2008) 52 (MOORE, 2014) 53 (CUNDIFF, 2006) 54 (CUNDIFF, 2006) 55 (CUNDIFF, 2006) 56 (CUNDIFF, 2006) 57 (CUNDIFF, 2006) 58 (CUNDIFF, 2006) 59 (CUNDIFF, 2006) 60 9. Pós-Operatório A deambulação deve ser iniciada o mais precocemente possível, devido a isso a profilaxia tromboembólica de rotina, geralmente, é desnecessária ; Hidratação venosa e oral no primeiro dia pós operatório; Logo após a recuperação anestésica iniciar dieta oral; Sonda de Foley é retirada 24 a 72 horas depois, dependendo da extensão da cirurgia e da condição geral da paciente; A relação sexual não é recomendada por, pelo menos, 6 semanas. 61 (CAMARGOS, 2008) 10. Complicações Incidência de complicações de 2,2% Hemorragia (mais comum HTV do que na HTA); Infecção; Lesão nos aparelhos GI e GU; Falha ovariana; Baixa libido; Depressão. 62 Figura 32: https://bit.ly/2OLJhzW (CAMARGOS, 2008) Não tem no resumo Falha ovariana, Baixa libido e Depressão. Em qual literatura foi retirado? Referências CAMARGOS, Aroldo Fernando; MELO, Victor Hugo de . Ginecologia ambulatorial. 2.ed. Belo Horizonte : Coopmed, 2008. 646p. CUNDIFF, Geoffrey W.; AZZIZ, Ricardo; BRISTOW, Robert E. Atlas de Cirurgia Ginecológica: Histerectomia Vaginal Total. 1. ed. [S. l.]: Revinter, 2006. 25-29 p. v. 1. ISBN 9788537206485. MANUAL DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA –SOGIMIG – 5ª edição. Belo Horizonte: Coopmed, 2012. M.ZOLLINGER, Robert; M.ZOLLINGER, Jr; Robert; SÊNIOR; Zollinger:Atlas de cirurgia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 350-355. MONTEIRO, Ernesto Lentz de Carvalho; SANTANA, Euclides Matos. Técnica Cirúrgica: Histerectomia. 1. ed. [S. l.]: Guanabara Koogan, 2006. 1323-1347 p. v. 1. ISBN 978-8527711340. 63 Referências Melo, M. C. B. de; Barros, E. N.. Histerectomia e simbolismo do útero: possíveis repercussões na sexualidade feminina. Revista da SBPH. Rio de Janeiro, v.12 n.2. Dezembro de 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-085820 09000200008> Acesso em 26 Nov. de 2019. NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. 10 ed. ROCK, John A.; THOMPSON, John D. Histerectomia: Histerectomia. In: GINECOLOGIA Operatória: Histerectomia. Edição: 8. ed. [S. l.]: Guanabara Koogan, 1999. v. 8, cap. 33, p. 608-668. ISBN 978-8527705585. 64
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