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GÊNERO, SEXUALIDADE E PODER Dinâmica Relação-Poder: um homem dominante VS uma mulher dominada (como se essa fosse a fórmula, única, fixa e permanente, porém esse esquema polarizado linear não dá conta da complexidade social). CONSIDERAÇÕES DE PODER POR MICHEL FOUCALT Rebéca Busquetti Fogaça graduanda em Psicologia rebecabusquetti458@gmail.com Biopoder: o poder de controlar as populações. Exercício do poder: se constitui por manobras, técnicas e disposições, as quais são resistidas e contestadas, respondidas, absorvidas, aceitas ou transformadas. (A resistência é inerente ao exercício do poder). Poder está nas relações- “uma rede de relações sempre tensas e em atividade” – este, não apenas nega, impede, coíbe, mas também “faz”, produz, incita os sujeitos, corpos, comportamentos! Portanto, o GÊNERO- se produz NAS e PELAS relações de poder. Nesse contexto o DISCURSO veicula e produz poder: reforça-o e o mina - dita o que pode e o que não pode (FOUCALT,1971). DIFERENÇA IGUALDADE (Falsa dicotomia, pois em contraposição se quer dizer que temos desigualdades) “Não há sentido em se reivindicar a igualdade para sujeitos que são idênticos, ou que são os mesmos” Na verdade... “reivindica-se que sujeitos sejam considerados não como idênticos, mas como EQUIVALENTES” (LOURO,1997) Equivalência: Característica das grandezas que possuem o mesmo valor. · · Atribuição da diferença está sempre implicada em relações de poder- pois é nomeada a partir de um lugar que se coloca como referência para os demais. · A diferença é historicamente contingente (depende de uma situação e de um momento particular). · A narrativa convencional vê o gênero como um “molde social” cuja marca é estampada na criança, como se personalidades masculinas e femininas saíssem de fábricas. · É importante lembrar que as várias formas de sexualidade e de gênero são interdependentes, ou seja, afetam umas às outras. IDENTIDADES -> se interferem, articulam, podem ser contraditórias e provocam diferentes oposições- as “categorias”. GÊNERO -> é uma categoria de análise, pois, é uma das formas que as relações de opressão assumem numa sociedade capitalista, racista e colonialista e principalmente, heteronormativa. REFERÊNCIA: FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 3. ed. Trad. L. F. de A. Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 1996. LOURO, G.L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Vozes: Petrópolis,1997.