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FISIOLOGIA REPRODUTIVA

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FISIOLOGIA REPRODUTIVA
Prof. Dra. Déborah Praciano de Castro
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ- UECE
FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS- FAFIDAM
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA
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Quem controla a reprodução?
Sistema reprodutivo tem uma das vias de controle mais complexas do corpo;
Interação de hormônios mudança de padrões
Colesterol
 
 
 
Progesterona
 
 
 
Corticosterona
 
Aldosterona
 
Cortisol
Testosterona
aromatase
Estradiol
Di-hidro-testosterona (DHT)
*
Legenda:
5α-redutase
 
Passos intermediários 
Vias de síntese dos hormônios esteroides
As vias que regulam a reprodução começam com a secreção de hormônios peptídicos pelo hipotálamo e pela adeno-hipófise. Esses hormônios tróficos controlam a secreção gonadal de hormônios esteróides sexuais, incluindo androgênios, e os chamados hormônios sexuais femininos, estrogênio e progesterona. 
Esses hormônios sexuais são intimamente relacionados entre si e são provenientes dos mesmos precursores esteroides. Ambos os sexos produzem os três grupos de hormônios, porém os androgênios predominam nos homens, e os estrogênios e a progesterona são predominantes nas mulheres. 
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Quem controla a reprodução?
Homem maior parte da testosterona é secretada pelos testículos, mas cerca de 5% vem do córtex da glândula suprarrenal. A testosterona é convertida nos tecidos periféricos no seu derivado mais potente, DHT. Alguns dos efeitos fisiológicos atribuídos à testosterona são, na verdade, resultado da atividade de DHT. Os homens sintetizam alguns estrogênios, mas os efeitos feminilizantes desses compostos, em geral, não são evidentes nos homens. Testículos e ovários possuem a enzima aromatase, que converte androgênios em estrogênios, os hormônios sexuais femininos. Uma pequena quantidade de estrogênio também é formada nos tecidos periféricos. 
Na mulher, o ovário produz estrogênios (especialmente estradiol) e progestogênios, particularmente progesterona. O ovário e o córtex da glândula suprarrenal produzem pequenas quantidades de androgênios. 
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Vias de controle
O controle hormonal da reprodução em ambos os sexos segue o padrão básico hipotálamo-hipófise anterior (adeno-hipófise)- glândula periférica. 
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) liberado pelo hipotálamo controla a secreção de duas gonadotrofinas da adeno-hipófise: Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH). Por sua vez, FSH e LH atuam nas gônadas. O FSH, junto com os hormônios esteroides gonadais, é necessário para iniciar e manter a gametogênese. O LH atua principalmente sobre células endócrinas, estimulando a produção dos hormônios esteroides gonadais. 
Apesar de o principal controle da função gonadal se originar no encéfalo, as gônadas também influenciam a sua própria função. Ovários e testículos secretam hormônios peptídicos que exercem retroalimentação diretamente sobre a hipófise. 
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Vias de retroalimentação
As alças de retroalimentação do sistema reprod. Também são muito complexas;
As vias de retroalimentação dos hormônios tróficos seguem os padrões gerais da retroalimentação negativa. Os hormônios gonadais atuam sobre a secreção de GnRH, de FSH e de LH em uma retroalimentação de alça longa. 
Quando os níveis circulantes dos esteroides gonadais estão baixos, a adeno-hipofise secreta FSH e LH. Conforme a secreção de esteroides aumenta, a retroalimentação negativa geralmente inibe a liberação de gonadotrofina. Os androgênios sempre mantém uma retroalimentação negativa sobre a liberação de gonadotrofina: quando os níveis de androgênios aumentam, a secreção de FSH e LH diminuem. 
Altas concentrações de estrogênios podem exercer retroalimentação negativa ou positiva. Baixos níveis de estrogênio não exercem retroalimentação. Concentrações moderadas de estrogênio possuem efeito de retroalimentação negativa. Contudo, se os níveis de estrogênio sobem rapidamente até um nível limiar e permanecem altos por pelo menos 36 horas, a retroalimentação muda de negativa para positiva, e a secreção de gonadotrofinas tem um papel importante no ciclo reprodutivo feminino. 
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Influência de fatores ambientais na reprodução
Homem fatores que influenciam a gametogênese são difíceis de serem monitorados;
Mulher estresse, estado nutricional e mudanças no ciclo dia-noite;
MELATONINA liberado pela glândula pineal media a reprodução sazonal dos animais
Pode apresentar papel nos ritmos sazonais e diários (circadianos) do ser humano.
Viagem com mudança no fuso horário ou com mudança no turno de trabalho. 
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Estrogênios ambientais
Compostos naturais fitoestrogênios de plantas, e compostos sintéticos que foram liberados no ambiente
Disruptores endócrinos 
Plásticos, pesticidas, substâncias químicas industriais e fármacos (anticoncepcionais). 
Os estrogênios ambientais ligam-se aos receptores de estrogênios em ambos os sexos. Alguns mimetizam os efeitos dos estrogênios, outros são antiestrogênios que bloqueiam os receptores de estrogênio ou interferem nas vias de segundos mensageiros ou na síntese protéica. Evidências recentes sugerem que alguns desses disruptores endócrinos podem influenciar negativamente o desenvolvimento de embriões e até mesmo passar os seus efeitos para as gerações subsequentes. 
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Disruptores endócrinos
Uma das primeiras substâncias identificadas como desregulador endócrino foi o pesticida DDT. 
Contaminação do lago Apopka (Flórida, EUA) Declínio da população de Aligator missisipiensis (90%)
Pênis pequenos, malformações nos testículos, diminuição da fertilidade, maior mortalidade dos embriões. 
Reprodução masculina
Testículos
Genitália interna (glândulas acessórias e ductos)
Genitália externa (Pênis e escroto). 
Uretra atua como uma via comum de passagem para o esperma e a urina, embora isso não ocorra simultaneamente. A uretra está
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Reprodução masculina
Uretra atua como uma via comum de passagem para o esperma e a urina, embora isso não ocorra simultaneamente. A uretra está situada ao longo da parte ventral do eixo do pênis e é circundada por uma coluna de tecido esponjoso, chamada de corpo esponjoso. 
Corpo esponjoso junto com duas colunas de tecido, denominadas corpos cavernosos, constituem o tecido erétil do pênis. 
Glande ponta do pênis alargada em uma região que recebe esse nome. A glande, ao nascimento, é coberta por uma camada de pele, chamada de prepúcio. Em algumas culturas, o prepúcio é removido cirurgicamente em um procedimento, denominado circuncisão. 
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Localiza-se no saco escrotal
 Hormônio Testosterona
TESTÍCULOS
Quais são as funções da testosterona?
Escroto Saco externo para dentro do qual os testículos migram durante o desenvolvimento fetal. A sua localização externa à cavidade abdominal é necessária, pois o desenvolvimento normal dos espermatozoides requer uma temperatura de 2 a 3º C inferior à temperatura corporal. 
Criptorquidismo falha na descida de um ou de ambos os testículos. Ocorre em 1 a 3% dos recém-nascidos masculinos. Em cerca de 80% dos casos, o testículo descerá espontaneamente mais tarde. Aquele que permanecer no abdome durante a puberdade se torna estéril e não será capaz de produzir espermatozóides. 
Ainda que os testículos criptorquídeos percam o seu potencial de produzir espermatozóides, eles podem produzir androgênios, indicando que a produção de hormônios não é tão sensível à temperatura quanto a produção de espermatozóides. 
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Produzida pelas células intersticiais
Principal andrógeno secretado pelos testículos
TESTOSTERONA
Funções 
Diferenciação sexual
Espermatogênese
Características sexuais secundárias
Efeitos anabólicos
Efeitos sobre o encéfalo e comportamento masculino.
Estrutura dos Testículos
Estruturaspares ovoides com cerca de 5 cm por 2,5 cm
Possuem uma cápsula externa fibrosa resistente que envolve uma massa de túbulos seminíferos enrolados agrupados em cerca de 250 a 300 compartimentos. Entre os túbulos seminíferos existe um tecido intersticial, onde ficam os vasos sanguíneos e as células intersticiais de leydig produtoras de testosterona.
Os túbulos seminíferos deixam os testículos e se unem formando o epididimo, um ducto único que forma um cordão firmemente enovelado na superfície da cápsula testicular. O epididimo origina o canal deferente. Esse ducto passa para dentro do abdome, onde finalmente desemboca na uretra, a passagem da bexiga urinária para o meio externo. 
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GAMETOGÊNESE MASCULINA
Túbulos seminíferos de 250 a 1000 em cada testículo
Epitélio germinativo ou seminífero
Células germinativas
Células de Sertoli
Células intersticiais
Células de Leydig
Túbulos seminíferos local de produção de espermatozóides dois tipos de células espermatogônias (diversos estágios de desenvolvimento de espermatozóides) e as células de sertoli (células de suporte).
Células de Sertoli regulam o desenvolvimento dos espermatozóides. Dão sustento, nutrição às espermatogônias em desenvolvimento. Produzem e secretam proteínas que vão desde hormônios, como a inibina e a ativina, a fatores de crescimento, enzimas e a proteína ligadora de androgênios (ABP). A ABP é secretada no lúmen dos túbulos seminíferos, onde se liga à testosterona. 
Células intersticiais Localizadas no tecido intersticial entre os túbulos seminíferos, secretam testosterona. Tornam-se ativas inicialmente no feto, quando a testosterona é necessária para determinar o desenvolvimento das características masculinas. Após o nascimento, tornam-se inativas. Na puberdade, retornam a produção de testosterona, e convertem parte da testosterona em estradiol. 
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Testículos
GAMETOGÊNESE MASCULINA
Ducto deferente
Células de Sertoli
Fornece suporte e controla a nutrição dos espermatozóides em formação
Secreta um fluido cuja correnteza leva os espermatozóides
Síntese da proteína ligante do androgéno (ABP), fundamental para a espermatogênese  receptor principalmente de testosterona
Estímulo: FSH
Produz estrogênios importantespara espermiogênese; Fagocita os restos citoplasmáticosda espermiogênese.
GAMETOGÊNESE MASCULINA
Célula de Leydig
Síntese de testoterona Estímulos
LH
Hormônio gonadotrópico da placenta (feto).
GAMETOGÊNESE MASCULINA
GnRH – Hormônio liberador de gonadotrofinas Fator hipofisiotrófico produzido no hipotálamo
REGULAÇÃO HORMONAL DA ESPERMATOGÊNESE
Hormônios: Fatores mais importantes no controle da espermatogênese
REGULAÇÃO HORMONAL DA ESPERMATOGÊNESE
Hipotálamo
Adenohipófise
Hormônios gonadotróficos
FSH
LH
Testículo
Células de Sertoli
Testículo
Células de Leydig
Testosterona
ABP
inibina
Testículo
Epitélio germinativo
Espermatogênese
GnRH
(-)
(-)
OVÁRIOS
Localiza-se na cavidade pélvica
Hormônios
Estrógeno; Progesterona
Quais são as funções
desses hormônios?
Folículos ovarianos
Folículo primordial
Folículo primário unilaminar
Folículo primário multilaminar Folículo maduro
Estágios iniciais de desenvolvimento dos folículos são independentes de hormônios
Eventos do ciclo ovariano: Desenvolvimento dos folículos Ovulação
Formação do corpo lúteo
CICLO OVARIANO
Johnson, L.R. (2000)
INTERAÇÃO TECA + GRANULOSA = ESTRÓGENOS
Progesterona
Progesterona
CICLO OVARIANO E UTERINO
Hormônios: Fatores mais importantesno controle dos ciclos reprodutivos
CICLO UTERINO
Fases
Menstrual: Fluxo menstrual
Proliferativa: Crescimento dos folículos – Estrógeno Secretora: Corpo lúteo – Progesterona - endométrio Isquêmica: Constricção das artérias espiraladas do útero
CICLO UTERINO
ÚTERO
MAMAS
DOENÇA NEOPLÁSICA DAS MAMAS
1ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO
Fecundação
Clivagem ou segmentação do zigoto
Início da implantação
IMPLANTAÇÃO INICIAL
Diferenciação do trofoblasto (6º dia): Citotrofoblasto
Sintetiza o Fator de Início da gravidez (24-48h) Sinciotrofoblasto
Sintetiza enzimas que erodem o endométrio (reação decidual)
Sintetiza hCG – Mantém a atividade do corpo lúteo
O PAPEL DOS HORMÔNIOS NA GRAVIDEZ
Gonadotrofina coriônica - hCG
Mantém a atividade endócrina do corpo lúteo
Estrógeno e
progesterona
A partir da 12ª semana
Placenta sintetiza estrógeno e progesterona
Inibição dos ciclos
ovariano e uterino
Desenvolvimento
do endométrio
Aumento do útero materno, genitália externa da mãe, alongamento das tubas uterinas e ovários;
Aumento das mamas e crescimento da estrutura dos ductos lactíferos maternos
Aumento dos níveis de prolactina
Aumento do volume sanguíneo (Retenção de Na+) Relaxamento dos ligamentos pélvicos
Maior flexibilidade dos ligamentos sacroilíacos
Alongamento do ligamento redondo do útero (Estabilização do útero)
FUNÇÕES DO ESTRÓGENO DURANTE A GRAVIDEZ
Desenvolvimento das células deciduais  nutrição do embrião Diminuição da contração da musculatura uterina durante a gravidez
↓ da contratilidade uterina, constipação, pirose e varicosidades.
Mantém o colo do útero fechado  formação de tampão Ajuda o estrógeno no preparo das mamas para a lactação
FUNÇÕES DA PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ
Relação entre estrógeno e progesterona
Mantem-se constante durante a gravidez
Síntese de estrógeno e progesterona aumenta com a progressão da gravidez A partir do 7º mês
Aumento da secreção de estrógeno
Secreção de progesterona permanece constante
FISIOLOGIA DO PARTO - ALTERAÇÕES HORMONAIS
Inibe a motilidade do miométrio
Progesterona
Aumenta o grau de
contratilidade do miométrio
Estrógeno
INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO
Durante toda a gravidez
Ocorrência de contrações fracas e lentas
No final da gravidez
Contrações irregulares de baixa frequência e longa duração (20 em 20 minutos) Contrações regulares de alta frequência e grande intensidade ( 1 em 1 minuto)
Trabalho de parto resulta das contrações
fortes que começam a distender o colo do
útero e a forçar a criança pelo canal
vaginal
ALTERAÇÕES HORMONAIS
Últimos meses da gravidez
Aumento do número de receptores de ocitocina no miométrio
Aumento da contratilidade do miométrio e da produção de prostaglandinas no parto
Ocitocina
ALTERAÇÕES HORMONAIS
Hormônios fetais
Hipófise fetal
Ocitocina
Adrenais
Cortisol	- Excitação do útero
Liberação de prostaglandinas pelas membranas fetais Aumento da intensidade de contração do útero
INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO
Teoria do feedback positivo
Contrações subsequentes cada vez maiores
Início do trabalho de parto
Estiramento do colo do útero
Reflexo neurogênico
Núcleos supra-óptico e paraventricular
Aumento da secreção de
ocitocina pela neuro- hipófise
Aumento da contratilidade
do miométrio e da produção
de prostaglandinas
(+)
Estiramento do
colo do útero
Contração do
corpo do útero
(+)
LACTAÇÃO
Mamas
MAMAS
Papel do estrógeno
Crescimento do sistema de ductos Crescimento do estroma
Papel da progesterona
Desenvolvimento do sistema lóbulo-alveolar Desenvolvimento das características secretoras nas células dos alvéolos
LACTAÇÃO
Estrógeno
Progesterona
Inibição da secreção de prolactina
LACTAÇÃO
Papel da prolactina
Promoção da secreção de leite Síntese na adeno-hipófise
Lactotrofos
Aumento da concentração sanguínea
Da 5ª semana de gestação até o nascimento
Nascimento – Aumento de 10 a 20 vezes Depois somente picos de prolactinaGH, cortisol, PTH e insulina fornecem ác. graxos, aminoácidos, glicose e cálcio pra formação do leite.
LACTAÇÃO
Controle hormonal da liberação de prolactina
Fator inibidor da
prolactina -
PIF
Inibição da secreção de prolactina pelos lactotrofos da adenohipófise
LACTAÇÃO
Durante a amamentação
Sinais nervosos se originam nos mamilos
Inibição da liberação do PIF pelas células neurossecretoras parvicelulares do hipotálamo
Lactotrofos secretam prolactina
Inibição da liberação de GnRH
Supressão do ciclo ovariano
EJEÇÃO DO LEITE
O leite é secretado continuamente no interior dos alvéolos das mamas
Durante a amamentação
Sinais nervosos se originam nos mamilos
Inibição da liberação do PIF
Lactotrofos secretam prolactina
Estimulam as células neurossecretoras magnocelulares do hipotálamo
Secreção de ocitocina
Provoca a contração das células mioepiteliais
Ejeção do
leite
CONTROLE DA SECREÇÃO DE OCITOCINA
CONTROLE DA SECREÇÃO DE OCITOCINA

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