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Teoria Ator-Rede
Bruna Chiesse Bastos
Graduando em Engenharia Civil – UFGD/Dourados – MS
A Teoria Ator-Rede tem como base o estudo da mecânica de poder, entretanto, ela analisa os poderosos da mesma forma que os miseráveis, considerando iguais em espécie, tendo diferença apenas nos métodos e materiais que empregam para se produzirem e reproduzirem. Em outras palavras, como um certo grupo de pessoas, “poderosos”, conseguem estabilizar interações e consequentemente produzir efeitos (deturpados) como poder, fama, tamanho, escopo ou organização. De certa maneira, a teoria veio para desmistificar o poder e o poderoso. 
Para entendermos melhor essa teoria precisamos entender os dois conceitos que a sustentam. Uma rede, para os autores dessa teoria, é um conjunto de materiais heterogêneos que são usados em conjunto para superar resistências. Ou seja, a família, as organizações, sistemas de computador, a economia, tecnologias, o conhecimento, a ciência e toda a vida social em geral é um processo em que elementos do social, do técnico, do conceitual, e do textual são justapostos e então convertidos em tais “produtos”, igualmente heterogêneos que podem conter intermináveis ramificações.
Nesse contexto é válido destacar que todas essas redes são formadas por interações tanto entre pessoas como entre pessoas e objetos, nesse caso, os objetos moldaram as relações sociais e, analiticamente, uma pessoa seria um efeito produzido por uma rede de materiais interativos e heterogêneos, se você tirasse de um escritor os materiais necessários para escrever e compartilhar suas ideias esse não seria mais um escritor, apenas uma pessoa com ideias em sua cabeça. Portanto, ressaltamos aqui a imagem do ator, ou, em outras palavras, de um agente social, este não é uma pessoa especifica, na verdade, um ator é uma rede de certos padrões de relações heterogêneas, ou um efeito produzido por uma tal rede. 
Considerando o que foi exposto, é visível que nenhuma organização ou agente pode ser completo, autônomo, pois uma ordem social, ou seja, efeitos de poder, é gerado por uma rede distribuída e que nunca se completa/fecha. O que vemos em casos de ditadores é o que os autores da teoria chamam de “tradução”, ou seja, quando ocorre a possibilidade que uma coisa (um ator) representar outra (uma rede). 
Há algumas estratégias que são usadas para a “tradução”, como a utilização de materiais duráveis, para manter os padrões relacionados por mais tempo, o uso da mobilidade, ou seja, de agir a distância por meio da vigilância e do controle, a antecipação de respostas e reações dos materiais a serem traduzidos, como inovações, manipulando para que essas estejam ao favor dos poderosos e o escopo do ordenamento, o local.
Referências Bibliográficas
AGUIAR, R. L. S. Cultura Material e Antropologia da Arte. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=msu52qVFJGI&feature=youtu.be. Acesso em 19 Sep 2020.
LAW, J. (1992). Notas sobre a teoria do ator-rede: ordenamento, estratégia, e heterogeneidade. Trad., Fernando
Manso. Necso - UFRJ.

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