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DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS - PRÁTICA (Patologia Geral)

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Prévia do material em texto

1 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais 
Ocorre quando um vaso dilata e faz 
com que haja uma maior quantidade de 
sangue dentro dele (hiperemia ativa, comum 
em quadros inflamatórios) ou quando temos 
dificuldade de retorno venoso (hiperemia 
passiva ou congestão). 
É possível observar (1) vasos, 
normalmente com calibre aumentado e cheios 
de sangue. Quando comparados aos capilares 
normais, evidencia-se esse tamanho 
aumentado. Esse processo ocorre devido a 
ação de mediadores vasoativos que permitem 
a vasodilatação, com consequente aumento 
da quantidade de sangue nesses vasos. 
 
 
 
Em processos inflamatórios agudos, 
como na apendicite, observa-se uma fase 
degenerativa (necrótica) e outros eventos 
além da vasodilatação, como a presença de 
exsudato plasmático (edema) entre as células 
musculares, associado com o exsudato celular. 
 
 
Na imagem abaixo, observa-se uma 
hiperemia passiva crônica característica no 
fígado, que assume um aspecto mosqueado  
presença de áreas escurecidas (mosqueadas) 
relacionadas aos capilares hiperemiados. 
Existem vários quadros que podem determinar 
a diminuição da drenagem venosa do fígado 
e, consequentemente, o acúmulo de sangue 
dentro dos capilares. Esse acúmulo faz com 
que, além de termos mais sangue dentro dos 
vasos, tenhamos uma estase vascular devido à 
dificuldade de retorno venoso. 
 
A estase, associada com a hiperemia, 
provoca um aumento da pressão intravascular, 
que muitas vezes permite o extravasamento de 
algumas hemácias e, consequentemente, o 
acúmulo de hemossiderina ao redor dos 
 
 
 
2 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais 
capilares (na matriz extracelular), por isso 
vemos essa coloração (aspecto de noz 
moscada). A presença de hemácias na MEC 
também pode estar associada a eventos 
isquêmicos. 
 
Ocorre quando há um acumulo 
excessivo de líquido na matriz extracelular 
(MEC). O edema pode ser localizado, 
sistêmico, ou o líquido pode estar localizado 
em cavidades especificas. 
Observa-se o acúmulo de um material 
com coloração eosinofílica dentro dos alvéolos 
e entre eles, no parênquima. 
 
A imagem abaixo mostra um edema no 
pulmão. Quando há muito liquido na MEC, 
naturalmente esse órgão vai se encontrar com 
volume e pesado aumentados. Quando 
observado macroscopicamente, tem-se um 
pulmão inflado (edemasiado) e bem pesado. 
Quando é feito um corte para observar 
o interior do pulmão, percebe-se a presença 
de um liquido espumoso, Às vezes, não é 
necessário nem fazer pressão (espremer) para 
que esse liquido seja liberado. 
O líquido se acumula nos alvéolos 
pulmonares, fazendo com que tenhamos a 
presença de ar e liquido (gera a espuma) 
 
 
Outros órgãos podem sofrer edema, 
como o cérebro. Este órgão também vai ter um 
volume e peso aumentados, só que ele não se 
expande tanto como o pulmão, pois está 
dentro de uma cavidade rígida. Neste caso, 
acontece uma compressão dele contra a 
calota craniana devido ao acúmulo de líquido 
(edema). Observa-se, então, uma diminuição 
da expressão dos sulcos e giros, e um aspecto 
achatado/plano do cérebro, além de uma 
compressão do cerebelo para baixo. 
 
 
 
 
3 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais 
 
É um tipo de disfunção da hemostasia. A 
hemorragia é o extravasamento de sangue do 
ambiente vascular para o ambiente 
extravascular. Pode ser pequena e ir 
aumentando: petéquias  púrpura  
equimose  hematoma. 
A imagem abaixo é um cérebro com 
AVC hemorrágico (ruptura vascular). Nesse 
caso, houve uma ruptura do endotélio, 
permitindo o extravasamento de sangue para 
fora (hemorragia). 
 
Observa-se a solidificação do sangue 
fora dos vasos formando coágulos (quando é 
dentro dos vasos, forma-se trombos). Em alguns 
casos, os vasos apresentam uma característica 
da hemorragia: o colabamento dos vasos (por 
não haver mais sangue dentro deles). 
Observa-se a presença de sangue fora 
dos vasos sanguíneos, podendo ser para fora 
do corpo (hemorragia externa) ou para dentro 
do parênquima de órgãos ou cavidades 
dentro do nosso corpo (hemorragia interna). 
 
Ocorre quando temos solidificação do 
sangue dentro dos vasos. 
A imagem abaixo, um corte de uma 
peça de cérebro, ilustra um caso de trombose 
em dois momentos diferentes. No mesmo corte, 
é possível observar a presença de dois 
capilares, em que um (1) apresenta um trombo 
recém formado, rico em hemácias, conteúdo 
de fibrina, mas ainda não há produção de 
tecido conjuntivo, somente o sangue 
solidificado e aderido à parede do vaso – ele 
realmente fica aderido, se ele soltar algum 
fragmento e este migrar dentro da corrente 
sanguínea, já não é mais trombose, e sim 
embolia (tromboembolia) – crescendo e 
obliterando quase toda a luz vascular; e o outro 
(2), com um trombo já organizado e com 
recanalização (formação de pequenos vasos 
dentro do vaso com o trombo, permitindo a 
passagem de sangue por dentro dele). 
 
No organizado, observamos matriz de TC 
fibroso (fibras colágenas), células inflamatórias 
(macrófagos secretando fator de crescimento 
 
 
 
4 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais 
endotelial, que favorece a abertura de novos 
capilares fazendo a recanalização). 
 
A imagem acima é exemplo de trombo 
recém-formado. 
 
Na imagem acima, de aumento maior, 
observa-se a presença de hemácias 
permeadas pela presença de fibroblastos, ou 
seja, esse trombo já está iniciando a sua 
atividade para deposição de fibras colágenas. 
 
Esta outra imagem evidencia a 
transição de um trombo recém-formado para 
um trombo em organização. Essa formação é 
perceptível macroscopicamente: um trombo 
rico em fibrina, que está sendo substituída por 
TC fibroso, começa a ficar com uma aparência 
mais esbranquiçada. As estrias de Zahn são 
características desse processo. 
 
Na imagem acima, tem-se a 
organização do trombo, possibilitando a 
visualização das células inflamatórias e 
abertura de pequenos leitos capilares. Os 
macrófagos, evidenciados na imagem abaixo, 
que surgem com os citoplasmas cheios de 
material amorfo representam a atividade 
fagocítica para tentar reorganizar esse tecido. 
A medida em que vão fagocitando esse 
material, vão secretando citocinas que 
estimulam a angiogênese (proliferação 
fibroblástica). 
 
A imagem abaixo representa um trombo 
num estágio mais evoluído, com bastante fibras 
colágenas e o infiltrado inflamatório 
praticamente não está mais presente 
(organização do tecido). 
 
 
 
 
5 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais 
O trombo tem cor rósea avermelhada e 
está aderido à parede do vaso em grande 
parte de sua circunferência. Normalmente, 
quando recente, apresenta-se totalmente 
oclusivo. Este está no estágio de organização. 
 
 
A principal consequência da trombose é 
a embolia. Cerca de 90% dos êmbolos são 
formados a partir de fragmentos de trombos 
(tromboembolia). 
Na microscopia é visualizado o coágulo 
sanguíneo, composto predominantemente por 
eritrócitos, não aderidos a parede do vaso, de 
modo a indicar que a o trombo na imagem 
tenha sido formado em outra região e 
embolizado pela corrente sanguínea. Podem 
ser visualizados também focos hemorrágicos 
que surgem devido àfragilidade da parede 
vascular após a estagnação do êmbolo. 
 
O hilo pulmonar abaixo, evidencia um 
desses casos, com a formação de um grande 
êmbolo. O leito vascular se encontra obstruído 
pelo êmbolo. Quando esse vaso é pressionado, 
percebe-se que o êmbolo está solto dentro 
dele. No local em que ele fica aprisionado, 
acontece uma isquemia seguida de morte 
(infarto, necrose de coagulação). 
 
A principal consequência da evolução 
da embolia é o êmbolo ficar preso no vaso (por 
questões mecânicas) e obstruí-lo, impedindo 
sua irrigação). 
Com exceção do SNC, a morte por 
isquemia caracteriza a necrose de 
coagulação, e a área de necrose do órgão 
acometido vai ser em formato de pirâmide, 
com o ápice voltado para o vaso que foi 
ocluído e a base se forma pela disposição dos 
vasos sanguíneos, que se ramificam. Na 
imagem abaixo vemos um aspecto triangular 
devido ao corte. 
 
O infarto pode ser (1) hemorrágico, que 
acontece em órgãos com circulação colateral 
e em órgãos que tem a estrutura de 
parênquima muito frouxa (pulmão). Neste tipo 
de infarto, temos o extravasamento do sangue, 
por isso vemos uma coloração avermelhada (a 
peça acima não está avermelhada devido o 
processo de fixação); ou (2) branco/anêmico, 
 
 
 
6 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais 
que acontece em órgãos com estruturas de 
parênquimas firmes e não permitem o 
extravasamento de sangue. O coração, 
apesar de ter circulação colateral, o 
parênquima é muito firme, fazendo com o 
infarto seja branco. 
 
Abaixo, uma preparação histológica de 
coração, tem-se células musculares necróticas, 
com preservação de contorno celular, porém 
uma intensa cariólise (morte celular). Além 
disso, temos a presença de um infiltrado 
inflamatório, com neutrófilos permeando os 
cardiomiócitos necróticos. 
 
 
No infarto hemorrágico também se 
percebe esses eventos, porém, além das 
células inflamatórias, temos a presença de 
hemácias, diferenciando-o do infarto branco.

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