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Cosmovisão dos povos originários - 2º anos

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COSMOVISÃO DOS 
POVOS ORIGINÁRIOS 
E POVOS 
DIASPÓRICOS 
2º ANOS 
SOCIOLOGIA 
Professora: Valdenise Morais 
 
COSMOVISÃO DOS POVOS 
ORIGINÁRIOS 
 
 
COSMOVISÃO DOS POVOS 
ORIGINÁRIOS 
• Se pensarmos o Brasil a partir das cosmologias e histórias indígenas, veremos 
que esta nação é múltipla e nela coexistem maneiras distintas de pensar e de 
viver. E mesmo que a vivência em um território comum nos coloque o desafio 
de construir um campo de ação política que nos unifique como cidadãos, as 
cosmologias indígenas não podem ser reduzidas às formas ocidentais de 
pensar e de ordenar o mundo. 
• As experiências e os saberes indígenas consideram o universo em sua 
totalidade e inserem o ser humano em uma complexa rede de relações que 
envolvem os seres, naturais e sobrenaturais, integrando a vida como um todo. 
Essas cosmologias não se confundem e nem podem ser contidas dentro da 
lógica materialista e mercadológica, com a qual estamos habituados 
 
 
COSMOVISÃO DOS POVOS 
ORIGINÁRIOS 
• Há experiências tecidas no viver 
indígena que oferecem possibilidades 
verdadeiramente sustentáveis para 
estas e as futuras gerações. Outros 
modos de estar e viver no mundo, 
para além do sistema capitalista, são 
praticados por povos indígenas e 
comunidades tradicionais há milênios. 
 
TEOLOGIAS E ESPIRITUALIDADE 
INDÍGENAS 
 • Cada povo indígena possui sua própria forma de 
relacionar-se com o Deus da vida e expressa-a de diversas 
formas. O Deus da vida é conhecido com diversos nomes e 
imagens. Cada povo explica/ensinam aos seus filhos e 
netos diversas formas de relacionar-se com Deus, com 
explicações e práticas próprias. Cada povo segue a lógica 
própria para ensinar/aprender/viver sua relação com o 
Deus. Cada povo tem sua própria experiência, história e 
vivência religiosa de estar envolvido pelas mãos de Deus e 
de estar na presença divina; sente-se guiado por Deus na 
sua história (salvação, libertação dos fatos de dominação, 
luta contra o poder do mal). 
 
HERANÇA INDÍGENAS 
• A vontade de andar descalço foi um hábito que 
herdamos dos indígenas. Geralmente, quando 
chegamos em casa após um dia inteiro de 
trabalho ou estudo, a primeira coisa que fazemos 
é retirar o calçado e ficar certo tempo descalços. 
Muitas pessoas têm o hábito de sempre andar 
descalças quando estão em suas casas. 
• O costume de descansar em redes é outra 
herança dos povos indígenas. Quase sempre os 
índios dormem em redes de palha que se 
encontram dentro de suas ocas (suas habitações 
nas aldeias). 
 
 
HERANÇA INDÍGENAS 
• A culinária brasileira herdou vários hábitos 
e costumes da cultura indígena, como a 
utilização da mandioca e seus derivados 
(farinha de mandioca, beiju, polvilho), o 
costume de se alimentar com peixes, carne 
socada no pilão de madeira (conhecida 
como paçoca) e pratos derivados da caça 
(como picadinho de jacaré e pato ao 
tucupi), além do costume de comer frutas 
(principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, 
caju, açaí e o buriti). 
 
HERANÇA INDÍGENAS 
• Além da influência indígena na 
culinária brasileira, herdamos 
também a crença nas práticas 
populares de cura derivadas das 
plantas. Por isso sempre se 
recorre ao pó de guaraná, ao 
boldo, ao óleo de copaíba, à 
catuaba, à semente de 
sucupira, entre outros, para 
curar alguma enfermidade. 
 
HERANÇA INDÍGENAS 
• A influência cultural indígena na sociedade brasileira 
não para por aí: a língua portuguesa brasileira 
também teve influência das línguas indígenas. Várias 
palavras de origem indígena se encontram em nosso 
vocabulário cotidiano, como palavras ligadas à flora e 
à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e 
palavras que são utilizadas como nomes próprios 
(como o parque do Ibirapuera, em São Paulo, que 
significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira” quer 
dizer árvore e “puera” tem o sentido de algo que já 
foi. O rio Tietê em São Paulo também é um nome 
indígena que significa “rio verdadeiro”). 
 
POVOS DIASPÓRICOS 
• O termo diáspora tem a ver com dispersão e 
refere-se ao deslocamento, forçado ou não, de um 
povo pelo mundo. Foi largamente utilizado para 
nomear os processos de ‘dispersão’ dos judeus 
entre os séculos 6 a.C (cativeiro na Babilônia) e o 
século XX (perseguições na Europa). Além da 
diáspora judaica, outros processos diaspóricos são 
importantes para a compreensão das relações 
históricas e sociais entre os povos ao longo do 
tempo. Nesse sentido, é importante para nós, 
enquanto brasileiros e latino-americanos, destacar 
a diáspora africana. 
 
DIÁSPORA AFRICANA 
• Compreende-se que a diáspora africana foi um 
processo que envolveu migração forçada, mas 
também redefinição identitária, uma vez que estes 
povos (balantas, manjacos, bijagós, mandingas, 
jejes, haussás, iorubas), provenientes do que hoje 
são Angola, Benin, Senegal, Nigéria, Moçambique, 
entre outros, apesar do contexto de escravidão, 
reinventaram práticas e construíram novas formas 
de viver, possibilitando a existência de sociedades 
afro-diaspóricas como Brasil, Estados Unidos, 
Cuba, Colômbia, Equador, Jamaica, Haiti, 
Honduras, Porto Rico, República Dominicana, 
Bahamas, entre outras. 
 
DIÁSPORA AFRICANA 
• A diáspora constituiu um processo complexo que 
envolveu a promoção de guerras em África e a destruição 
de sociedades; captura de homens, mulheres e crianças; 
travessia do atlântico que durava em média 40 dias (entre 
Angola e Bahia, por exemplo); a inserção brutal em uma 
nova sociedade; lutas por liberdade e sobrevivência e a 
construção de novas identidades. As sociedades 
construídas com base no processo de diáspora africana, 
apesar das marcas estruturais decorrentes do passado 
escravocrata, conectam-se social e culturalmente, seja por 
meio da história e deste passado comum, das 
manifestações artísticas, da ciência, da religiosidade, 
da black music, do jazz, do soul, do reggae, do samba. 
 
RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS 
 • A Umbanda e o Candomblé e o culto a seus Orixás no 
Brasil é de uma caracterização tão única que as 
práticas nacionais são diferentes inclusive das práticas 
africanas. O sincretismo da religião católica com 
cultos nativos e africanos marcou a criação de novas 
práticas religiosas. Vestir branco no ano novo, fazer 
aquela fezinha com alguns amuletos tornou-se parte 
da cultura nacional de diversos segmentos populares, 
principalmente em Pernambuco e no Rio de Janeiro. 
No entanto, isso também não significa que haja uma 
democracia religiosa no Brasil, pois as religiões de 
matrizes africanas são as mais perseguidas e 
agredidas nacionalmente. 
 
CULINÁRIA 
• A culinária é outro elemento típico da cultura afro-
brasileira. Ela introduziu as panelas de barro, o leite 
de coco, o feijão preto, o quiabo, dentre muitos 
outros. 
• Entretanto, os alimentos mais conhecidos são 
aqueles da culinária baiana, preparados com azeite 
dendê e pimentas. 
• Destacam-se Abará, Vatapá e o Acarajé, bem como o 
Quibebe nordestino, preparado com carne-de-sol ou 
charque; além dos doces de pamonha e cocada. 
 
 
A MÚSICA E A DANÇA 
 • A influência afro-brasileira está patente em expressões 
como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, 
Maculelê, Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, 
com destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor. 
• Não podemos perder de vista que estas expressões 
musicais são também corporais. Elas refletem nas formas 
de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança 
folclórica brasileira, e do samba de roda, uma variação 
musical do samba. 
• Temos outras expressões de música e dança como as 
danças rituais, o tambor de crioula, e os estilos mais 
contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano. 
• Finalmente, merece destaque especial a Capoeira. 
 
 
PALAVRAS DE ORIGEM 
AFRICANA

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