Anatomia da parede torácica

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Anatomia da parede torácica:
Ossos:
Esterno:
O esterno está localizado na linha mediana da parede torácica anterior.
É composto por três partes: superior, média e inferior, correspondentes, respectivamente, ao manúbrio, ao corpo e ao processo xifoide do esterno.
Manúbrio.
O manúbrio é a parte superior do esterno.
Se articula com as cartilagens costais da primeira costela e de parte da segunda costela, com a formação das articulações esternocostais.
Ângulo do esterno.
A junção do manúbrio com o corpo forma o ângulo do esterno.
Corpo.
O corpo é a parte média e maior do esterno. 
Se articula direta ou indiretamente com parte da cartilagem costal da segunda costela e com as cartilagens costais da terceira à décima costelas.
Processo xifoide.
O processo xifoide é a parte inferior e menor do esterno.
É formado por cartilagem hialina durante a lactância e a infância e a ossificação total só ocorre por volta dos 40 anos de idade. 
Não possui costelas fixadas a ele.
É o local de inserção de alguns músculos abdominais.
Sínfise xifoesternal.
Cristas transversas.
Em geral, as três partes do esterno se fundem até os 25 anos de idade, e os pontos de fusão são marcados por cristas transversas.
Incisura jugular.
O manúbrio possui uma depressão em sua face superior, a incisura jugular. 
Incisura clavicular.
Lateralmente à incisura jugular, estão as incisuras claviculares, que se articulam com as extremidades mediais das clavículas e formam as articulações esternoclaviculares.
Incisuras costais.
Costelas: 
12 pares de costelas.
Costelas verdadeiras ou vértebroesternais (I a VII).
Costelas falsas ou vértebrocondrais (VIII a X).
Costelas flutuantes ou livres (XI e XII).
Costelas típicas (III a IX):
Cabeça da costela.
Colo da costela.
Tubérculo da costela.
Corpo da costela (diáfise).
Sulco da costela.
Face externa.
Face interna.
Costelas atípicas (I, II e X a XII):
Cartilagens costais.
Vértebras torácicas (T I - T XII):
Existem 12 vértebras torácicas.
São maiores e mais resistentes que as vértebras cervicais.
Aumentam progressivamente de tamanho no sentido superoinferior.
São móveis.
Faces articulares.
Corpo vertebral.
Lâmina do arco vertebral.
Pedículo do arco vertebral.
Forame vertebral.
Processo transverso.
Comparadas às vértebras cervicais, as vértebras torácicas têm processos transversos mais longos e maiores.
Processo espinhoso.
Os processos espinhosos de T I a T X são longos, achatados e direcionados inferiormente, e cada um deles se sobrepõe ao processo da vértebra diretamente inferior. Já os processos espinhosos de T XI e T XII são mais curtos, mais largos e direcionados posteriormente. 
A característica mais peculiar das vértebras torácicas é a articulação com as costelas. 
Os corpos das vértebras torácicas têm faces articulares que formam articulações com a cabeça das costelas, chamadas de fóveas costais. 
A fóvea se forma quando a cabeça de uma costela se articula com o corpo de uma vértebra. 
Fóvea costal superior.
Fóvea costal inferior.
Fóvea costal do processo transverso para o tubérculo da costela.
Com exceção das vértebras T XI e T XII, os processos transversos das vértebras torácicas têm fóveas costais, que formam articulações sinoviais com os tubérculos das costelas. 
(Hemi)fóvea para a cabeça da costela.
As hemifóveas costais se formam quando a cabeça de uma costela se articula com dois corpos vertebrais adjacentes. 
De cada lado do corpo vertebral de T I existe uma hemifóvea superior para a primeira costela e uma hemifóvea inferior para a segunda costela. De cada lado do corpo vertebral de T II a T VIII há uma hemifóvea costal superior e uma hemifóvea costal inferior, porque cada costela, da 2a à 9a, se articula com duas vértebras. A vértebra T IX tem uma hemifóvea superior de cada lado do corpo vertebral, e as vértebras T X a T XII têm uma fóvea articular de cada lado do corpo vertebral para a 10a a 12a costelas. Essas articulações entre as vértebras torácicas e as costelas, denominadas articulações costovertebrais, são características exclusivas das vértebras torácicas. Os movimentos da região torácica são limitados por delgados discos intervertebrais e pela fixação das costelas ao estemo. Os processos articulares superiores e inferiores formam faces articulares planas posicionadas no plano frontal. A superfície da face articular superior está voltada posteriormente, e a superfície da face articular inferior está voltada anteriormente. Essas superfícies de orientação anterior e posterior fazem contato entre si e limitam a inclinação para a frente e para trás dessa região da coluna vertebral, enquanto permitem pequenos graus de movimento giratório e inclinação lateral considerável (como na inclinação lateral).
Articulações:
Articulação manubrioesternal.
Articulação entre o manúbrio e o corpo do esterno.
Articulação cartilagínea secundária (sínfise).
Essa articulação frequentemente funde-se e torna-se sinostose em idosos.
Articulação esternoclavicular.
As incisuras claviculares se articulam com as extremidades mediais das clavículas e formam as articulações esternoclaviculares.
Articulação sinovial selar.
Articulação esternocondral ou esternocostal.
Articulação das primeiras cartilagens costais com o manúbrio do esterno.
Articulação da primeira cartilagem costal com o manúbrio do esterno: articulação cartilagínea primária (sincondrose).
Articulação do segundo ao sétimo pares de cartilagens costais com o esterno.
Articulação da segunda à sétima cartilagem costal com o esterno: articulação sinovial plana.
Articulação xifoesternal.
Articulação entre o processo xifoide e o corpo do esterno.
Articulação cartilagínea primária (sincondrose).
Essa articulação frequentemente funde-se e torna-se sinostose em idosos.
Articulação intercondral.
Articulação sinovial plana.
Entre as cartilagens costais das costelas VI e VII, VII e VIII, e VIII e IX.
Articulação costocondral.
Articulação cartilagínea primária (hialina).
Extremidade lateral da cartilagem costal com a extremidade esternal da costela.
Articulação costovertebral.
Articulação entre as faces articulares das cabeças das costelas e fóveas costais dos corpos das vértebras torácicas adjacentes e discos intervertebrais entre elas.
Articulação entre a parte articular dos tubérculos das costelas e fóveas costais dos processos transversos das vértebras torácicas.
Articulação sinovial plana.
Livremente móvel.
Promove leve deslizamento.
Articulação intervertebral.
Articulação entre os corpos vertebrais.
Articulação entre os arcos vertebrais.
Articulação cartilagínea (sínfise) entre os corpos vertebrais e sinovial (plana) entre os arcos vertebrais.
Ligeiramente móvel entre os corpos vertebrais e livremente móvel entre os arcos vertebrais.
Flexão, extensão, flexão lateral e rotação da coluna vertebral.
Músculos:
Músculo peitoral maior.
Inserção proximal:
· Cabeça clavicular: Face anterior da metade medial da clavícula.
· Cabeça esternocostal: Face anterior do esterno, seis cartilagens costais superiores e aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome.
Inserção distal:
· Lábio lateral do sulco intertubercular do úmero.
Inervação:
· Nervos peitorais medial e lateral.
· Cabeça clavicular (C5, C6).
· Cabeça esternocostal (C7, C8, T1).
Aduz e roda medialmente o úmero.
Move a escápula anterior e inferiormente.
Quando age sozinha, a cabeça clavicular flete o úmero, e a cabeça esternocostal estende-o a partir da posição fletida.
Músculo peitoral menor.
Inserção proximal:
· Costelas III a V perto de suas cartilagens costais.
Inserção distal:
· Margem medial e face superior do processo coracoide da escápula.
Inervação:
· N. peitoral medial (C8, T1).
Estabiliza a escápula, deslocando-a inferior e anteriormente contra a parede torácica.
Músculo romboide maior.
Músculo superficial do dorso.
Inserção proximal:
· Processo espinhoso das vértebras T II - T V.
Inserção distal:
· Margem medial da escápula, abaixo da base da espinha da escápula.
Suprimento sanguíneo:
· Artéria dorsal da escápula ou ramo profundo da artéria cervical transversa.
· Ramos perfurantes posterioresdas cinco ou seis primeiras artérias intercostais posteriores.
Inervação:
· Nervo dorsal da escápula.
Fixa a escápula de encontro à parede torácica.
Promove retração e rotação da escápula, abaixando a cavidade glenoidal.
Músculo romboide menor.
Músculo superficial do dorso.
Inserção proximal:
· Ligamento nucal, processos espinhosos das vértebras CV II e T I.
Inserção distal:
· Margem medial da escápula, no nível da espinha.
Suprimento sanguíneo:
· Artéria dorsal da escápula ou ramo profundo da artéria cervical transversa.
· Ramos perfurantes posteriores das cinco ou seis primeiras artérias intercostais posteriores.
Inervação:
· Nervo dorsal da escápula.
Fixa a escápula de encontro à parede torácica.
Promove retração e rotação da escápula, abaixando a cavidade glenoidal.
Músculo trapézio: ventre superior, médio e inferior.
Músculo superficial do dorso.
nserção superior/medial: Terço medial da linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal, processos espinhosos das vértebras C VII a T XII, e processos espinhosos lombares e sacrais.
Inserção inferior/lateral: Terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula.
Suprimento sanguíneo:
· Artéria cervical transversa, ramos perfurantes posteriores das artérias intercostais posteriores.
Inervado pelos nervos acessório (NC XI; motor); nervos C3 e C4 (dor e propriocepção).
Eleva, retrai e gira a escápula superiormente.
Fibras descendentes (superiores): elevam o cíngulo do membro superior, mantêm o nível dos ombros contra a gravidade ou a resistência.
Fibras transversas (médias): retraem a escápula.
Fibras ascendentes (inferiores): abaixam os ombros.
Fibras descendentes e ascendentes juntas: giram a espinha da escápula superiormente.
Com os ombros fixos, a contração bilateral estende o pescoço; a contração unilateral produz flexão lateral para o mesmo lado.
Músculo serrátil anterior.
Músculo da região peitoral e axila.
Inserção proximal:
· Superfícies externas das 8-9 primeiras costelas.
Inserção distal:
· Face costal da margem medial da escápula.
Suprimento sanguíneo:
· Artéria torácica lateral.
Inervação:
· Nervo torácico longo.
Faz a protrusão da escápula e a mantém contra a parede do tórax.
Músculo serrátil posterior superior.
Músculo da região superficial do dorso.
Inserção proximal:
· Ligamento nucal, processos espinhosos de CVII-TIII.
Inserção distal:
· Região superior das costelas II-V.
Suprimento sanguíneo:
· Artérias intercostais posteriores.
Inervação:
· Ramos anteriores dos nervos espinais torácicos superiores.
Eleva as costelas.
Músculo serrátil posterior inferior.
Músculo da região superficial do dorso.
Inserção proximal:
· Processos espinhosos de TXI-LII.
Inserção distal:
· Região inferior das costelas IX-XII.
Suprimento sanguíneo:
· Artérias intercostais posteriores.
Inervação:
· Ramos anteriores dos nervos espinais torácicos inferiores.
Abaixa as costelas.
Músculos levantadores da escápula.
Músculo superficial do dorso.
Inserção proximal:
· Tubérculos posteriores dos processos transversos de CI-CIV.
Inserção distal:
· Margem medial da escápula, desde o ângulo superior até a espinha.
Suprimento sanguíneo:
· Artéria dorsal da escápula; artéria cervical transversa; artéria cervical ascendente.
Inervação:
· Ramos anteriores de C3-C4 e nervo dorsal da escápula.
Eleva medialmente a escápula e roda inferiormente a cavidade glenoidal.
Músculo intercostal externo.
Músculo da parede do tórax.
Inserção proximal:
· Margem inferior das costelas.
Inserção distal:
· Margem superior da costela abaixo.
Suprimento sanguíneo:
· Artérias intercostais posteriores, ramos colaterais das artérias intercostais posteriores, tronco costocervical, ramos intercostais anteriores da artéria torácica interna, artéria musculofrênica.
Inervação:
· Nervos intercostais.
Sustentação do espaço intercostal na inspiração e na expiração.
Eleva as costelas na inspiração.
Músculo intercostal interno.
Músculo da parede do tórax.
Inserção proximal:
· Margem inferior das costelas.
Inserção distal:
· Margem superior da costela abaixo.
Suprimento sanguíneo:
· Ramos musculares dos ramos intercostais anteriores, ramos musculares das artérias intercostais posteriores, ramos intercostais das artérias torácica interna e musculofrênica, ramos do tronco costocervical.
Inervação:
· Nervos intercostais.
Eleva as costelas.
Músculo reto do abdome.
Músculo da parede anterior do abdome.
Inserção proximal:
· Sínfise púbica, crista púbica.
Inserção distal:
· Processo xifoide; cartilagens costais V-VII.
Suprimento sanguíneo:
· Artérias epigástricas superior e inferior.
Inervação:
· Ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos.
Flexiona o tronco.
Comprime as vísceras abdominais.
Músculo oblíquo externo.
Músculo da parede anterior do abdome.
Inserção proximal:
· Superfície externa das costelas V-XII.
Inserção distal:
· Linha alba, tubérculo púbico, metade anterior da crista ilíaca.
Suprimento sanguíneo:
· Artérias epigástricas superior e inferior.
Inervação:
· Ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos.
Comprime e sustenta as vísceras abdominais, flexiona e roda o tronco.
Músculo oblíquo interno.
Músculo da parede anterior do abdome.
Inserção proximal:
· Aponeurose toracolombar, 2/3 anteriores da crista ilíaca, metade lateral do ligamento inguinal.
Inserção distal:
· Margens inferiores das costelas X-XII, linha alba, púbis, via foice inguinal (tendão conjuntivo).
Suprimento sanguíneo:
· Artérias epigástricas superior e inferior e circunflexa ilíaca profunda.
Inervação:
· Ramos anteriores dos últimos seis nervos torácicos e do primeiro nervo lombar.
Músculo diafragma.
Músculo da parede do abdome.
Inserção proximal:
· Processo xifoide, últimas seis cartilagens costais, vértebras LI-III.
Inserção distal:
· Fibras convergem para o centro tendíneo.
Suprimento sanguíneo:
· Artérias pericardicofrênica, frênicas superior e inferior e musculofrênica.
Inervação:
· Nervo frênico.
Traciona para baixo e para frente o centro tendíneo, na inspiração.
Músculos eretores da espinha.
Músculo sacroespinal.
Inserção proximal:
· Face dorsal do sacro, crista ilíaca, ligamento sacroespinal, ligamento supraespinal, processos espinhosos das vértebras lombares inferiores e das vértebras sacrais.
Inserção distal:
· Iliocostal: ângulos das costelas inferiores, processos transversos cervicais.
· Longuíssimo: entre os tubérculos e os ângulos das costelas, processos transversos das vértebras cervicais e torácicas, processo mastoide.
· Espinal: processos espinhosos das vértebras cervicais e das vértebras torácicas superiores.
Suprimento sanguíneo:
· Parte cervical: artérias vertebral, cervical profunda e occipital.
· Parte torácica: ramos posteriores das artérias intercostal posterior, subcostais e lombares.
· Parte sacral: ramos posteriores das artérias sacrais laterais.
Inervação:
· Ramos posteriores dos nervos espinais de cada região.
Estende e inclina lateralmente a coluna vertebral e a cabeça.
Músculo escaleno anterior:
Inserção superior: Processos transversos das vértebras C III a C VI.
Inserção inferior: Costela I.
Inervado pelos nervos espinais cervicais C4 a C6.
Flete a cabeça.
Músculo escaleno médio:
Inserção superior: Tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C V a C VI.
Inserção inferior: Face superior da costela I; posterior ao sulco da artéria subclávia.
Inervado pelos ramos anteriores dos nervos espinais cervicais.
Flete o pescoço lateralmente; eleva a costela I durante a inspiração forçada.
Músculo escaleno posterior:
Inserção superior: Tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C V a C VI.
Inserção inferior: Margem externa da costela II.
Inervado pelos ramos anteriores dos Nn. espinais cervicais C7 e C8.
Flete o pescoço lateralmente; eleva a costela II durante a inspiração forçada.
Músculo transverso do abdome.
Músculo da parede anterior do abdome.
Inserção proximal:
· Superfícies internas das cartilagens costais VII-XII, aponeurose toracolombar; crista ilíaca; terço lateral do ligamento inguinal.
Inserção distal:
· Linha alba juntamentecom a aponeurose do músculo oblíquo interno do abdome; crista púbica e linha pectínea do púbis, via foice inguinal (tendão conjuntivo).
Suprimento sanguíneo:
· Artérias circunflexa ilíaca profunda e epigástrica inferior.
Inervação:
· Ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos e do primeiro nervo lombar.
Comprime e sustenta as vísceras abdominais.
Músculo quadrado lombar.
Músculo da parede posterior do abdome.
Inserção proximal:
· Metade medial da margem inferior da 12a costela; extremidades dos processos costiformes lombares.
Inserção distal:
· Ligamento iliolombar; lábio interno da crista ilíaca.
Suprimento sanguíneo:
· Artéria iliolombar.
Inervação:
· Ramos anteriores de T12 e dos quatro primeiros nervos lombares.
Estende e flexiona lateralmente a coluna vertebral; fixa a 12a costela durante a inspiração.
Músculo grande dorsal ou latíssimo do dorso.
Músculo superficial do dorso.
Inserção proximal:
· Processos espinhosos de TVII-LV, aponeurose toracolombar, crista ilíaca e últimas três costelas.
Inserção distal:
· Úmero (sulco intertubercular).
Suprimento sanguíneo:
· Artéria toracodorsal; ramos perfurantes da 9a, 10a e 11a artérias intercostais posteriores; artéria subcostal e três primeiras artérias lombares.
Inervação:
· Nervo toracodorsal.
Estende, aduz e roda medialmente o braço.