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Construção textual
APRESENTAÇÃO
A coesão é um mecanismo que promove a conexão e a harmonia entre os diferentes elementos 
de um texto, sendo fundamental em todo processo de construção textual. O estudo desse 
mecanismo permite ao aluno de língua estrangeira aprimorar suas habilidades de compreensão e 
de expressão escrita. Sendo assim, dentro desse contexto você deve compreender como funciona 
a construção do encadeamento de ideias em um texto em inglês.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você saberá como reconhecer o conceito de coesão e suas 
modalidades (referencial e sequencial). A apresentação de exemplos práticos permitirá que você 
entenda como esses conceitos funcionam na construção textual. Aliado a isso, você aprenderá 
sobre a relação entre coesão e outros dois conceitos: progressão temática, procedimento 
utilizado para dar sequência às ideias de um texto, e coerência interna, recurso que valoriza as 
relações semânticas e as escolhas lexicais no texto. O gênero textual escolhido para apresentar 
essas concepções a você é o artigo científico. A escolha de um gênero é importante para que 
você consiga contextualizar os exemplos dados e observá-los em situações de comunicações 
concretas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer os elementos coesivos de textos em inglês: coesão referencial e sequencial.•
Analisar a progressão temática de textos em inglês.•
Observar a coerência interna de textos em inglês.•
INFOGRÁFICO
Para escrever textos coesos, não basta conhecer gramática e vocabulário; você também deve 
conhecer mecanismos de construção textual, a fim de costurar as partes do texto. Como você 
sabe, os conectivos contribuem para tornar o texto compreensível e harmônico. É isso que você 
vai estudar agora.
Neste infográfico, você vai conhecer algumas expressões típicas de artigos acadêmicos. São 
dicas preciosas para quem pretende escrever textos acadêmicos em inglês.
Aproveite. 
CONTEÚDO DO LIVRO
O conceito de coesão é importante para uma melhor compreensão textual e para a melhor escrita 
em qualquer área de conhecimento. Saber como os elementos gramaticais e lexicais se articulam 
em um texto faz com que você tenha um outro olhar sobre a construção textual. Existem 
algumas estratégias para ler e escrever melhor em uma língua estrangeira, e o estudo desses 
conceitos deve ajudar você nesse sentido, em particular no contexto do gênero artigo científico.
No capítulo Construção textual, da obra Oficina de textos em inglês avançado, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre os conceitos de coesão referencial e 
sequencial, salientando sua importância na construção de um texto inteligível e harmônico. 
Além disso, vai ver exemplos concretos que mostrarão quais são os elementos coesivos mais 
comuns e como eles aparecem em textos acadêmicos.
Boa leitura.
OFICINA DE 
TEXTOS EM INGLÊS 
AVANÇADO
Aline Gomes Vidal
Construção textual
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os elementos coesivos de textos em inglês: coesão re-
ferencial e sequencial.
  Analisar a progressão temática de textos em inglês.
  Observar a coerência interna de textos em inglês.
Introdução
Neste capítulo, você vai aprender sobre os elementos coesivos de textos 
em inglês. Coesão é a ligação entre os elementos textuais que permite 
a concatenação de ideias. São os elementos de coesão que fazem a 
transição entre as partes do texto, dando a ideia de continuidade. Sendo 
assim, o estudo deste tópico se faz necessário para todo aluno que deseja 
aprimorar suas habilidades de leitura e escrita em língua estrangeira. 
Na primeira parte do capítulo, você vai conhecer melhor o conceito 
de coesão e suas duas modalidades: referencial e sequencial. Em seguida, 
você vai ver como se dá a progressão temática em um texto e entenderá 
a relação entre esse conceito e o de coesão referencial. Por fim, você 
vai observar aspectos de coerência textual interna, elemento que 
dá continuidade ao texto, e sua conexão com a concepção de coesão 
sequencial. Neste momento, selecionamos para você o gênero artigo 
científico, a fim de que você consiga contextualizar esses elementos 
teóricos e enxergar sua aplicação em exemplos concretos. 
Os elementos coesivos de textos em inglês: 
coesão referencial e sequencial
Coesão e coerência são os elementos básicos da construção textual. A coerên-
cia está ligada à macroestrutura do texto. Trata-se de relação lógica entre as 
ideias produzidas ao longo do texto. A falta de coerência, causada pela falta de 
conhecimento sobre o assunto ou pela falta de contextualização, compromete 
a clareza do discurso e da argumentação construída. 
A coesão diz respeito à relação gramatical e lexical entre os elementos do 
texto que fazem com que este seja harmônico e inteligível. A forma como se 
constrói a ligação entre as frases, os períodos e os parágrafos faz com que um 
texto possa ser considerado coeso. A coesão é importante porque dela depende 
a eficácia na transmissão da mensagem. Ela estabelece relações entre as frases 
em razão das propriedades gramaticais e lexicais. Um texto coeso costuma 
carregar as seguintes características: harmonia, naturalidade, fluidez e clareza.
Koch (2002) entende a coesão como um fenômeno que ocorre nas relações 
textuais por meio de mecanismos que buscam determinar as relações de sen-
tido que se estabelecem entre enunciados ou partes deles. A autora defende 
duas modalidades básicas de coesão: a coesão referencial (ou remissiva) e a 
coesão sequencial. 
Nas palavras da autora, a coesão referencial é “[...] aquela em que um 
componente da superfície do texto faz remissão a outro(s) elemento(s) do 
universo textual” (KOCH, 2002, p. 30). Trata-se da relação existente entre os 
elementos recorrentes em um texto – sejam gramaticais ou lexicais. 
Entre as formas referenciais gramaticais, podemos citar os casos de 
concordância de gênero e número. Quando dizemos “os cadela”, entende-
mos que se trata de um erro, correto? Misturamos aqui gênero feminino/
masculino bem como singular/plural. Em inglês, podemos citar o caso 
dos substantivos incontáveis (uncountable nouns) como um dos erros 
mais comuns de escrita em inglês. Então, se lemos uma frase que diz 
There are valuable informations in this article, sabemos que pelo fato de 
information ser um substantivo incontável, estamos diante de um erro. O 
correto seria dizer There is valuable information in this article, deixando 
o substantivo destacado no singular e, consequentemente, ajustando o 
verbo ao singular. De uma forma simples, entendemos que um referente 
anda acompanhado de relações gramaticais e lexicais que precisam ser 
observadas e acompanhadas.
Construção textual2
Por sua vez, as formas referenciais lexicais dizem respeito às relações 
de sentido construídas a partir do texto. No nível lexical, existem palavras e 
expressões que fazem referência a outros elementos anteriormente menciona-
dos no texto e contribuem para a construção do contexto. Mais à frente, você 
vai estudar mais detalhadamente as diferentes formas de coesão referencial. 
Por fim, a coesão sequencial “[...] diz respeito aos procedimentos linguís-
ticos por meio dos quais se estabelecem entre segmentos [...] diversos tipos de 
relações semânticas e/ou pragmáticas à medida que se faz o texto progredir” 
(KOCH, 2002, p. 49). Ela cria elos que garantem o fluxo de informação e dão 
continuidade ao texto. Os principais elementos da coesão sequencial são as 
formas verbais e as conjunções. Esses elementos, quando bem desenvolvidos, 
contribuem para uma boa articulação das ideias. 
Agora que você já aprendeu os conceitos de coesão referencial e sequencial, 
você vai ver como eles funcionam na prática. Os mecanismos de funciona-
mento desses conceitos variam conforme o gênero estudado. Neste capítulo, 
selecionamos para vocêo gênero artigo científico, a fim de que você consiga 
identificar nele os elementos de coesão e, a partir deste estudo, seja capaz de 
aprimorar a sua escrita em inglês.
A Universidade de Sidney publicou um documento muito interessante, disponível no 
link a seguir, sobre como manter a coesão na escrita acadêmica em inglês: 
https://goo.gl/ZPUdWE
A progressão temática de textos em inglês 
e a coesão referencial
Progressão temática é a sequência de temas desenvolvidos ao longo do texto. 
Nenhum texto é escrito apenas a partir de um emaranhado aleatório de frases 
e parágrafos. Para que um texto seja construído, é preciso que haja um fl uxo de 
informações dadas (tema) e novas (rema). Isso faz parte da construção textual 
em todos os gêneros. Vamos ver como isso funciona no artigo científi co. 
3Construção textual
No link a seguir, você encontra excelentes dicas para aprimorar sua escrita acadêmica: 
https://goo.gl/oVr2Qa
Os artigos científicos procuram seguir um padrão de argumentação que 
preza pela objetividade e clareza de expressão. Do ponto de vista formal, 
poderíamos dividi-lo nas seguintes partes:
  Elementos pré-textuais e pós-textuais
1. Título 
2. Autor(es)
3. Resumo
4. Bibliografia
  Elementos textuais
1. Introdução do tema
2. Revisão bibliográfica
3. Método 
4. Argumentação 
5. Conclusões ou considerações finais 
Todos esses elementos contribuem para que haja organização textual, de 
modo que o texto apresente coesão e coerência. Entretanto, apenas elencá-los 
não é suficiente. Observando especialmente os elementos textuais, podemos 
dizer que um texto científico sempre vai usar determinados referentes que 
vão trazer unidade a ele, que vão ajudar a “amarrá-lo”. 
Nesse sentido, muito contribui para o desenvolvimento da progressão 
temática a coesão referencial. No início do capítulo, você aprendeu que coesão 
referencial é quando um elemento faz remissão a outro no universo textual, 
certo? Pois bem, a continuação dos sentidos é em grande parte garantida em 
função das escolhas lexicais feitas durante a construção textual. 
Há essencialmente quatro tipos de coesão referencial: anáfora, catáfora, 
elipse e reiteração. Agora você vai estudar cada um deles separadamente. 
Construção textual4
Anáfora 
A anáfora é um mecanismo que consiste em repetir ou retomar um referente, 
contribuindo para o encadeamento das informações veiculadas. Nos textos 
científi cos, esse recurso é bastante comum e é bastante utilizado para evitar 
repetições excessivas de um mesmo item lexical, um dos maiores desafi os para 
quem escreve textos científi cos. Veja agora alguns exemplos de expressões 
anafóricas frequentes em artigos científi cos em língua inglesa. As expressões a 
seguir resumem o que foi dito na frase anterior, unindo-a à frase subsequente. 
Observe:
“This problem”
Moulds do not usually grow fast, and conditions had to be found in which large quantities 
of Penicillium notatum could be produced as quickly as they were wanted. The solution to this 
problem was helped by N. G. Heatley, a young biochemist also from Hopkins's laboratory 
in Cambridge, who had been prevented by the outbreak of war from going to work in the 
Carlsberg laboratories in Copenhagen. 
“This situation”
Reports of original work, headed often by the names of many joint authors, became too full 
of jargon to be understood even by trained scientists who were not working in the particular 
field. This situation persists today, though strong movements towards interdisciplinary 
research help to avoid total fragmentation of scientific understanding.
“This view”
This led many later Greek thinkers to regard musical theory as a branch of mathematics 
(together with geometry, arithmetic, and astronomy it constituted what eventually came 
to be called the quadrivium). This view, however, was not universally accepted, the most 
influential of those who rejected it being Aristoxenus of Tarentum (fourth century BC) (UEFAP, 
2010, documento on-line).
Nos exemplos anteriores, observe como o tema trabalhado foi retomado 
a partir do uso do recurso anafórico, de modo que podemos ver o fluxo de 
informações dadas (tema) e novas (rema). É disso que se trata a progressão 
5Construção textual
temática. Os links que criamos entre as frases permitem o desenvolvimento 
do tema ao longo da construção do texto.
Evidentemente as expressões que analisamos não são as únicas possíveis 
capazes de estabelecer uma relação anafórica. Entretanto, a partir de agora, 
com base nos estudos que você está realizando, ficará mais fácil identificar 
esses elementos de coesão, além de outros semelhantes. Isso deve contribuir 
para que você aprimore suas habilidades de compreensão e de produção 
escrita. 
Catáfora
Diferentemente da anáfora, a catáfora antecipa a referência que vai ser 
dada. É menos comum do que a anáfora, pois em certos casos pode causar 
confusão no leitor, que ainda não sabe exatamente qual é o referente naquele 
momento da leitura do texto. Segundo Petkūnaitė (2013, p. 13), “[...] a re-
ferência catafórica causa um problema temporário de identifi cação de item 
que geralmente é proposital”. Veja alguns exemplos extraídos do estudo de 
Petkūnaitė (2013): 
Despite its contributions, the present study has certain limitations which 
need to be addressed.
No matter how sensible they sound, the National Advisory Group on 
Body Image (2009) proposal and other similar proposals cannot simply 
be assumed to be effective.
Thus, despite their assumed effectiveness by their many advocates, war-
ning labels (generic or specific) had no main effect on body dissatisfaction 
in the present experiments.
Outros pronomes que costumam ser utilizados em casos de referência catafórica são 
they, their, them, themselves, we, our, it, its, she, her, one e one’s, sendo que os de terceira 
pessoa costumam ser mais comuns em textos acadêmicos.
Embora seja menos comum na produção textual, a catáfora também é um 
elemento importante de progressão temática, pois permite construir pontes entre 
Construção textual6
diferentes componentes de uma frase ou de um excerto, como você pôde observar 
nos exemplos analisados anteriormente. A catáfora ajuda a construir uma sequência 
de ideias interligadas que contribuem para que o tema seja desenvolvido. 
Elipse
Elipse é a omissão de um termo ou expressão que já foi usado anteriormente 
no texto. É uma forma bastante efi ciente de evitar repetição excessiva de 
palavras, porém é preciso cuidado para não agir com falta de clareza. Veja 
alguns exemplos a seguir.
The scientific study of memory began in the early 1870s when a German philosopher, 
Hermann Ebbinghaus, came up with the revolutionary idea that memory could be studied 
experimentally. In doing so he broke away from a 2000-year-old tradition that firmly 
assigned the study of memory to the philosopher rather than to the scientist.
Neste caso, a palavra so refere-se a studying memory experimentally. O autor poderia ter 
usado uma expressão como By studying memory, entretanto, preferiu evitar a repetição 
e retomar a ideia com so.
The 74 species of African antelope share certain basic features: all are exclusively 
vegetarian and bear one large and precocious calf each year.
Nesse caso, all resume as 74 espécies de antílopes africanos, deixando clara a re-
ferência e evitando repetir o que acabou de ser dito. Se o autor tivesse usado um 
complemento, como em all the 74 species of African antílope, certamente a leitura 
ficaria exaustiva.
Some of the water which falls as rain flows on the surface as streams. Another part is 
evaporated. The remainder sinks into the ground and is known as ground water.
Esse exemplo é interessante, pois a elipse busca fragmentar as informações contidas 
na primeira frase. Tanto a expressão another part (outra parte) quanto the remainder 
(o restante) referem-se a water. Portanto, em vez de dizer another part/ the remainder 
of the water, o autor preferiu omitir a repetição. 
Você também pode fazeruso desse tipo de recurso ao escrever um artigo 
científico. De fato, em inglês, há menos restrições em relação a repetições 
(comparativamente ao português). Contudo, isso não quer dizer que se possa 
repetir inadvertidamente. 
7Construção textual
A elipse é uma maneira de retomar o tema trabalhado em um texto. Ob-
serve nos textos anteriores que, apesar de se tratar de um tipo de omissão, a 
elipse compõe a manutenção do tema, pois é deduzível pelo contexto. Quando 
um autor retoma um assunto, ele introduz novas informações (rema), o que 
contribui para a progressão temática na construção textual.
Outras possibilidades para fazer uso da elipse: one, ones, do, so e not.
Reiteração
A reiteração é um tipo de coesão que consiste na repetição de um elemento 
referencial no texto. Exemplos característicos de reiteração são a repetição 
do mesmo item lexical, o uso de sinônimos ou ainda o emprego de nomes 
genéricos. A repetição também é um elemento que contribui para a progressão 
temática, pois dá continuidade ao texto e, geralmente, evita ambiguidades. É 
uma forma de retomar (rema) o referente responsável pela unidade temática 
(tema). Confi ra alguns exemplos de reiteração na escrita acadêmica.
Patients who repeatedly take overdoses pose considerable management difficulties. The 
problem-orientated approach is not usually effective with such patients. When a patient 
seems to be developing a pattern of chronic repeats, it is recommended that all staff engaged 
in his or her care meet to reconstruct each attempt in order to determine whether there 
appears to be a motive common to each act.
Logo a seguir você pode conferir um exemplo de uso de um termo que generaliza 
a palavra woman, que é a referência neste caso: 
This first example illustrates an impulsive overdose taken by a woman who had expe-
rienced a recent loss and had been unable to discuss her problems with her family. During 
the relatively short treatment, the therapist helped the patient to begin discussing her 
feelings with her family.
Construção textual8
Também é possível utilizar a reiteração ao referir-se a um autor por seu nome ou 
apenas por seu sobrenome. Outras possibilidades seriam: the author ou the philosopher. 
Observe: 
Francis Bacon was born in London in 1561 and died there in 1626. His father was Sir 
Nicholas, Lord Keeper of the Great Seal of Elizabeth I; his mother Anne Cooke, a well-educated 
and pious Calvinist, daughter of Sir Anthony Cooke. His contemporary biographer, William 
Rawley, remarked that, with such parents, Bacon had a flying start: he had "whatsoever 
nature or breeding could put into him".
Da mesma forma, não é necessário usar sempre a mesma palavra para que a reiteração 
ocorra. O uso de palavras semelhantes também é uma possibilidade e pode contribuir 
para que a coesão aconteça. Veja: 
In each of these cases the basic problem is the same: a will has been made, and in it a 
debtor is left a legacy of liberatio from what he owes the testator. The question is, if he has 
subsequently borrowed more from the testator, up to what point he has been released from 
his debts. It is best to begin with the second case. Here there is a straightforward legacy to 
the debtor of a sum of money and also of the amount of his debt to the testator.
Por fim, veja um caso de substituição por termo sinônimo. No exemplo a seguir, 
você pode ver que sentence (sentença) e judicial decision (decisão judicial) são usados 
como sinônimos.
The sentence was confirmed by the Court of Justice of São Paulo. However, that was not 
the final judicial decision.
A coerência interna de textos em inglês e sua 
relação com a coesão sequencial 
Tão importante quanto a coesão é a coerência, que pode ser entendida como 
princípio de interpretação da linguagem em um contexto. Ela trata das relações 
do texto como um todo, ou seja, dá-lhe uma unidade. A coerência baseia-se 
primordialmente nas relações semânticas e, neste caso, portanto, os erros 
acabam sendo um pouco mais óbvios. Em outras palavras, coerência diz 
respeito à lógica interna de um texto. Se um texto é coerente, percebemos 
que o assunto abordado foi desenvolvido com um “fi o da meada” ao longo 
da leitura. Por outro lado, um texto incoerente pode apresentar distorções ou 
contradições que difi cultam o entendimento. 
Existem dois tipos básicos de coerência: coerência interna e externa. A 
coerência interna diz respeito aos elementos internos do texto. Trata-se, por-
tanto, de poder dizer se o texto apresenta contradições, se seus elementos 
intratextuais estão bem organizados, se tem caráter contínuo e homogêneo, etc. 
9Construção textual
Observe o exemplo a seguir.
State intervention in the economy shows that a country is weak. Therefore, I believe that 
most state-owned enterprises should be privatized.
As afirmações são contraditórias. Primeiro o autor afirma que a intervenção do estado 
na economia demonstra fraqueza. Em seguida ele afirma acreditar que empresas 
estatais devem ser privatizadas. Trata-se de ideias opostas que aqui estão colocadas 
como se fossem compatíveis. É um caso típico de incoerência interna, portanto.
Por outro lado, a coerência externa diz respeito às relações do texto 
com fatos e conceitos do contexto ao qual ele se refere. Quando um texto 
demonstra coerência externa, ele propõe argumentos compatíveis com a 
realidade que ele analisa. A título de exemplificação, podemos lembrar dos 
textos que precisamos ler na universidade. Esses textos geralmente se refe-
rem a outros textos acadêmicos do mesmo tema e apresentam argumentos 
que refutam determinadas ideias ou concordam com elas. É disso que trata 
a coerência externa, portanto. Trata-se da relação que um texto estabelece 
com outros textos.
A falha de coerência externa é muito comum quando ocorre uso de dados numéricos. 
Observe a seguinte frase:
I believe that 80% of the population disagree with the president.
No caso, o autor baseia-se unicamente em sua própria opinião para apoiar seu 
argumento. Ele não utiliza fontes consideradas confiáveis, ou seja, não aponta indício 
nenhum de que 80% da população discorde, de fato, do presidente. 
Apesar de serem conceitos diferentes, coesão e coerência têm uma relação. 
Não à toa costumam ser estudados em conjunto, como estamos fazendo aqui. 
De um modo geral, podemos dizer que a coesão se refere à microestrutura do 
texto, enquanto a coerência está mais ligada à sua macroestrutura. Por outro, 
Construção textual10
pelo que você já estudou até agora, não deve estar difícil perceber uma relação 
entre coesão sequencial e coerência interna. 
A partir de agora, você vai conhecer os elementos da coesão sequencial 
(formas verbais e conectivos), tendo em vista que a sua utilização contribui 
para que o texto apresente coerência interna. 
Verbos
Em qualquer texto, é importante que haja correlação dos tempos verbais 
(simple present, present perfect, simple past, past perfect, etc.). Em geral, 
a escrita acadêmica mescla os tempos, a depender do momento. Do ponto 
de vista do gênero, também é necessário haver uma adequação estilística, 
pois na escrita acadêmica os verbos utilizados são mais formais (ao fi m do 
texto você pode conferir uma lista com os verbos mais utilizados em artigos 
científi cos).
Sobre a correlação dos tempos verbais, na introdução é comum usarmos 
o simple present para expressar os objetivos do trabalho, como no exemplo 
a seguir, mas também para fazer afirmações, explicitar fatos comprovados, 
desenvolver conclusões, entre outros. Pesquisas mostram que 93% dos verbos 
em textos acadêmicos em inglês aparecem no simple present (EL-DASH, 
2005, p. 208).
This study aims to analyse the absence of social responses to the problem 
of domestic violence in the city of Rio de Janeiro. 
Já o present perfect é muito usado na revisão bibliográfica (mas não apenas 
nela), quando é preciso fazer referência a autores importantes relacionados à 
pesquisa, pois é característica do texto acadêmico dialogarcom outros textos. 
Entretanto, por se tratar de um tempo presente, entende-se o que esses autores 
postularam ainda permanece relevante, ainda é considerado apropriado ou 
verdadeiro. Esse detalhe você pode ver em expressões como Research has 
shown that ou, ainda, Scientists have discovered that.
Por fim, para ficar entre os tempos que mais aparecem em artigos cientí-
ficos, o simple past é comumente usado para descrever resultados e métodos 
de pesquisa (1) e também para se referir a estudos realizados no passado (2), 
como nos exemplos:
11Construção textual
(1) Descriptional statistical tests and t-student 
test were used for statistical analysis. 
The control group of students took the course previously...
(2) De Young (1987) found the quality of service to be more 
important than catching fish in attracting repeat customers.
Fonte: The University of North Carolina (2018).
Como você pode ver, a correlação dos tempos verbais é um fator impor-
tante para construir um texto coeso. Não basta apenas conhecê-los e saber 
a conjugação dos verbos irregulares. É necessário também saber utilizá-los 
dentro de contextos específicos, dentro de gêneros específicos, como o artigo 
científico, por exemplo. 
Conectivos
Os conectivos são usados para adicionar pontos relevantes ao texto, para com-
parar e contrastar, para estabelecer condições, relações de causa e efeito, para 
dar ênfase, entre outras funções. Eles contribuem para o desenvolvimento do 
tema, articulando ideias e informações e garantindo, dessa forma, a coerência 
textual. Veja a seguir como elas podem ser, em geral:
a) Adversativas, quando estabelecem relação de oposição
 Despite this interest, no one to the best of our knowledge has studied this 
particular procedure.
 Although this approach is interesting, it fails to take into account recent 
studies.
 In spite of its shortcomings, this method has been widely applied in the 
field of immunology.
However, there has been little discussion on this field.
b) Aditivas, quando estabelecem relação de inclusão
In addition, several questions remain unanswered.
There were also some important differences in response by gender.
 Furthermore, the study has shown that economic conditions affected 
the population’s opportunities to practice sports.
Construção textual12
Moreover, previous research has shown that this is a relevant procedure.
c) Causais ou explicativas
 Research grants from the American government are getting scarcer. As a 
result, universities are having to seek private funding.
 Although widely accepted, it suffers from some limitations due to the lack 
of studies focusing on this topic. 
d) Alternativas
 Alternatively, it could simply mean that the White House provides updates 
on executive orders.
 This study provides a critical appraisal of previous studies on the current 
research field rather than a simple summary of prior works.
e) Conclusivas
 In conclusion, the mother’s physical health will influence the development 
of the foetus.
 Thus, the data supports the premise that social phenomena are collective 
constructions.
 Therefore, the goals were established to address ecological sustainability 
problems facing the world.
A Lund University apresenta dicas para manter a coerência na escrita acadêmica, por 
meio de exemplos simples e fáceis de entender:
https://goo.gl/rJ3eJ9
A partir deste breve apanhado, você já deve estar mais bem preparado 
para utilizar os conhecimentos sobre coesão e coerência textual. A ideia é 
que este capítulo possa contribuir para que você compreenda melhor textos 
acadêmicos e se sinta preparado também para elaborá-los com mais segurança. 
Para melhor compreender, veja o Quadro 1 a seguir.
13Construção textual
Analyze Assess Approach Assume Contract
Create Define Derive Distribute Establish
Estimate Function Identify Indicate Interpret
involve Legislate Occur Process Require
Respond Achieve Administer Affect Assist
Categorize Conclude Conduct Construct Consume
Evaluate Focus Invest Maintain Obtain
Participate Perceive Purchase Regulate Restrict
Seek select Survey Transfer Alternate
Compensate Consent Constrain Contribute Coordinate
Deduct Demonstrate Document Emphasize Exclude
Fund Illustrate Imply Interact Justify
Link Locate Publish React Rely
Remove Validate Specify Access Attribute
Conmit Communicate Contrast Emerge Grant
Implement Impose Integrate Investigate Occupy
Predict Promote Resolve Retain Adjust
Alter Amend Challenge Compound Consult
Contact Decline Enable Enforce Entitle
Evolve Expand Expose Facilitate Generate
Modify Monitor Orientate Pursue Stabilize
Substitute Target Acknowledge Allocate Assign
Cooperate Exceed Inhibit Precede Reveal
Adapt Advocate Aid Channel Classify
Comprehend Comprise Confirm Convert Differentiate
Eliminate Insert Intervene Isolate Prioritize
 Quadro 1. Verbos mais comuns na escrita acadêmica em inglês 
(Continua)
Construção textual14
 Fonte: Adaptado de Taylor (2018). 
Prohibit Publish Reverse Submit Survive
Chart Clarify Contradict Detect Deviate
Explore Guide Reinforce Restore Accommodate
Anticipate Attain Confine Diminish Refine
Found Claim Argue State indicate
 Quadro 1. Verbos mais comuns na escrita acadêmica em inglês 
(Continuação)
EL-DASH, L. G. A questão de aspecto nos tempos verbais em inglês. Trabalhos em 
Linguística Aplicada, v. 44, n. 2, p. 201-214, 2005. Disponível em: <https://periodicos.
sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8639404>. Acesso em: 27 nov. 2018.
KOCH, I. G. V. A coesão textual. 17. ed. São Paulo: Contexto, 2002.
PETKŪNAITĖ, E. Reference as a grammatical cohesive device in science research articles. 
Thesis (Bachelor in English Philology) - Šiauliai University, Šiauliai, 2013. Disponível 
em: <http://talpykla.elaba.lt/elaba-fedora/objects/elaba:2104390/datastreams/MAIN/
content>. Acesso em: 27 nov. 2018.
TAYLOR, C. What are academic verbs, exactly? 2018. Disponível em: <https://umanitoba.
ca/faculties/nursing/students/academic_verbs.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2018.
THE UNIVERSITY of NORTH CAROLINA. Verb Tenses. The Writing Center. 2018. Dispo-
nível em: <https://writingcenter.unc.edu/tips-and-tools/verb-tenses/>. Acesso em: 
27 nov. 2018.
Leituras recomendadas
BEAUGRANDE, R.; DRESSLER, W. U. Introduction to Textual Linguistics. Abingdon: Rou-
tledge, 1981. 
CAVALCANTE, M. M. Expressões referenciais: uma proposta classificatória. Cadernos de 
Estudos Linguísticos, v. 44, 2003. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/
index.php/cel/article/view/8637068>. Acesso em: 27 nov. 2018.
FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 11.ed. São Paulo: Ática, 2006. 
15Construção textual
FÁVERO, L. L.; KOCH, I. G. V. Linguística textual: introdução. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2016. 
KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. 16. ed. São Paulo: Contexto, 2004. 
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2018.
MASSI, G. et al. A análise de elementos de referenciação em textos produzidos por 
sujeitos em processo de apropriação da escrita. Distúrbios da Comunicação, v. 21, n. 2, 
2009. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/6949/5041>. 
Acesso em: 27 nov. 2018.
UEFAP. Grammar in EAP: Cohesion. 2010. Disponível em: <http://www.uefap.com/
grammar/gramfram-cohesion-cohesion.htm>. Acesso em: 27 nov. 2018.
VAL, M. G. C. Redação e textualidade. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2016. 
Construção textual16
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Você está estudando aspectos de coesão na construção textual em língua inglesa. Por hora você 
já deve conhecer a diferença entre coesão referencial e coesão sequencial, não é mesmo?
Nesta Dica do Professor, você vai aprender mais sobre coesão referencial. Por meio de 
exemplos concretos, você vai poder ver como é possível acrescentar coesão a um texto 
utilizando a simples aproximação entre tema e rema, isto é, entre a informação anterior e a 
posterior. 
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NA PRÁTICA
Você sabe o que torna um texto coerente? A coerência pode ser entendida como princípio de 
interpretação da linguagem em um contexto. Pode-se dizer que a coerência é a lógica interna de 
um texto.
Lembre-se que existem dois tipos básicos de coerência: coerência interna e externa. A coerência 
interna diz respeito aos elementos internos do texto. Trata-se, portanto, de poder dizer se o texto 
apresenta contradições, se seus elementos intratextuais estão bem organizados, se tem caráter 
contínuo e homogêneo, etc.
Acompanhe o caso deste estudante, o qual está um pouco inseguro a respeito da coerência 
interna de seu texto:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A coesão textual em artigos científicos
No seguinte artigo você vai refletir sobre a coesão textual em artigos científicos.
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Grammar for academic writing
O artigo a seguir, publicado pela Universidade de Edimburgo, contém dicas valiosas para quem 
quer escrever melhor em inglês.
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Tempos verbais
O site a seguir está cheio de dicas sobre o uso de tempos verbais em textos acadêmicos.
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Cohesive writing
A Universidade de Wollongong, na Austrália, tem um guia de cohesive writing para seus alunos 
e você também pode utilizá-lo. Veja a seguir.
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Coesão e coerência
Neste vídeo, você compreenderá alguns aspectos de coesão e coerência que podem auxiliá-lo a 
desenvolver um texto com melhor qualidade no IELTS Writing.
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A coesão textual como ferramenta para compreensão de textos em língua inglesa
O artigo a seguir objetiva ilustrar de forma prática como os conhecimentos de coesão textual 
auxiliam na compreensão de textos em língua inglesa como língua estrangeira.
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