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COCOS E BASTONETES GRam – Introdução · Cocos e bastonetes GRAM- · Enterobactérias · Brucella · Pseudomonas ENTEROBACTERIACEAE • Enterobacteriaceae Mais de 50 gêneros e mais de 150 espécies. São de grande importância para os animais de produção, animais de companhia e aves, répteis e seres humanos. Doenças intestinais e extraintestinais. - Extraintestinais: sistema urinário, respiratório, corrente sanguínea e ferimentos. Existem diferentes grupos as que atingem animais e seres humanos, vegetais e insetos e nematódeos Principais gêneros de animais e seres humanos: · Citrobacter. · Cronobater · Enterobacter. · Escherichia. · Klebsiella. · Morganella. · Plesiomonas. · Proteus. · Providencia · Salmonella. · Serratia. · Shigella. · Yersinia Características gerais: · Bastonetes retos GRAM -. · Anaeróbio facultativo. - Catalase +. · Oxidase -. · São suscetíveis a luz solar, dessecamento, pasteurização e desinfetantes comuns. · São resistentes sobrevivendo por semanas em ambientes úmidos, sombreados como pastagem, estrume, caixa de excreta e material de cama · Altera rapidamente sua parte genética através do plasmídio R ou cassetes de DNA (fator de virulência). · Habitam o trato gastrointestinal. - Causadoras de infecções urinárias, diarreias, septicemias e pneumonias. · Rastreamento epidemiológico através de antígenos: · Antígeno H → flagelo. · Antígeno O → LPS. · Antígeno K → cápsula. Fatores de virulência: · Endotoxina: lipídio A, atingindo o sistema imune e coagulação. · LPS. (percursor de inflamação; principal toxina das GRAM-) · Proteínas, lipoproteínas e polissacarídeo de membrana. · Cápsula de polissacarídeo com a função de evitar a dessecação e resistência antifagocítica. · Adesinas: Pili e fímbrias. · Cepas silvestres são móveis devido aos flagelos. · Sideróforos: ferro, importante para crescimento e sobrevivência bacteriana. Diagnóstico: · Isolamento e cultura. · Ágar MacConkey, peptona e extrato de carne. Alguns gêneros podem necessitar de vitaminas e/ou aminoácidos. · Ágar sangue. · 22 a 35ºC. · Testes bioquímicos. · Testes imunológicos. · Biologia molecular. · Outros meios mais específicos tem sido desenvolvidos para facilitar o diagnóstico: · Agar verde brilhante: (Salmonella) não tifoide. · Novobiocina. Ágar seletivo para Yersinia: (Yersinia enterocolitica) · Substrato lactose: enterobactérias, com boa diferenciação entre as espécies Escherichia e Enterobacter. · Ágar entérico de Hektoen: (Salmonella e Shigella). ESCHERICHIA Espécies: · E. albertii · E. coli. · E. fergusonii. · E. hermannii. · E. vulneris. Bastonetes GRAM -, cilíndricos retos e extremidades arredondadas · A E. coli faz parte da microbiota do sistema digestório. · Várias cepas, muitas são oportunistas primários e distribuídas em cepas diarreicogênicas e extraintestinais. Diarreicogênicas: importante para animais de produção bezerros, cordeiros e leitões neonatos. Extraintestinais: sistema urinário, umbigo, sangue, pulmão e ferimentos em várias espécies animais. Septicemia em filhotes e animais mais velhos (idosos) com imunossupressão Para aves ela é a causadora de saculite, pneumonia, septicemia e onfalite. Zoonose produzida pela toxina Shiga produzida pela E. coli (STEC). A E. coli apresenta algumas cepas: · Enterotoxigênica (ETEC). · Enteroagregativa (EAEC) · Enteropatogênica (EPEC) · Enterohemorrágica (EHEC) Essas cepas alteram tem seus genes de virulência em favor do microrganismo E. coli fatores de virulência: · Adesinas. · Cápsula (K). · Flagelo (H). · LPS (O). · Parede celular. Enterotoxinas são exotoxinas proteicas e codificadas por genes e transmitidos por plasmídeos: · Sensível ao calor (LT), 70ºC por 10 minutos. · Resistente ao calor (STa, STb e EAST1), 100ºC por 15 minutos · Outras enterotoxinas: · Toxina Shiga. · Ciclomodulinas. · Fator de necrose citotóxica · Toxina de distensão citoendotelial · Hemolisinas. · Proteína de colonização. · Citolisina A. · Obtenção de ferro · Locus de achatamento de enterócitos · A patogenia desta bactéria vai variar segundo a cepa e genes de fatores de virulência codificados · Uma importante ferramenta para identificação são as de biologia molecular, para identificação da fimbria e também das enterotoxinas. · Cepas extraintestinais são diagnosticadas em locais estéreis ou em locais onde não são encontrados normalmente KLEBSIELLA Principais espécies: · K. pneumoniae. · K. oxytoca Em um ambiente contaminado causam infecções perinatais em ruminantes jovens Mastite bovina causa pela Klebsiella apresenta uma alta taxa de mortalidade e está relacionada a ambientes úmidos, frios e também ao tipo de cama utilizado. Causam septicemia e choque endotóxico nos animais · Associada a infecções oportunistas através da contaminação de equipamentos obstétricos, materiais cirúrgicos, materiais de limpeza e superfícies clínicas. · Resistência as betalactemase. · Apresenta as mesma toxinas e fatores de virulência da família. · Facilmente isolada (ágar-sangue) apresenta uma colônia mucoide SALMONELLA Principais espécies: · S. bongori. · S. enterica. · S. subterranea. · Sendo que a S. enterica apresenta subespécies (quadro). · Existe ainda um sorotipo bastante importante a S. enterica spp. enterica Typhimurium (S. Typhimurium). Fatores de virulência: • Polissacarídeo Vi produzido pelo sorovar Typhi e por cepas Paratyphi C (causadoras da febre tifoide). • LPS e proteínas (antígeno O). • Flagelos (antígeno H). · Adesinas: fímbrias (mais de 10 diferentes tipos S. enterica e 13 tipos de fímbrias S. Typhimurium). · Enterotoxinas · Sideróforos. · Proteínas de estresse. · Plasmídeos de virulência · Habitam o sistema gastrintestinal de animais de sangue quente. · As fontes de infecção são água, solo, vegetação, alimentos oriundos de animais contaminados (osso, carne, farinha de peixe) e fezes · Derivados de leite, ovos e carne. Atingem cobras e lagartos · Adaptação aos hospedeiros · Transmissão oro fecal Atinge todas as espécies animais causando diarreia, pneumonia, aborto, infecções urinárias e septicemia Nas aves domésticas causa a febre tifoide, pulorose, tifo aviário, arizonose aviária. Para o diagnóstico cultura de fezes, hemoculturas são importantes. No diagnóstico pós-morte coletar material de baço e medula óssea. Diagnóstico imunológico e biologia molecular são fundamentais para identificação de cepas e sorotipos YERSINIA Principais espécies: · Y. pestis. · Y. enterocolitica (subespécies enterocolitica e palearctica). · Y. pseudotuberculosis. Zoonose. Atinge principalmente suínos, roedores e aves. Em primatas e seres humanos causam a peste bubônica (picada de pulga) Características e fatores de virulência: · Tropismo por tecidos linfoides. · Capacidade de resistir a respostas imunes inespecíficas. · Parasita intracelular facultativo. Formação de colônias extracelular. Transporte de plasmídeos (genes pYV, pCD1, HPI, Yop). · Flagelo em temperatura ambiente. Aquisição de ferro. · Taxa de crescimento lenta SHIGELLA Principais espécies: · S. dysenteriae (sorogrupo A). · S. flexneri (sorogrupo B). · S. boydii (sorogrupo C). · S. sonnei (sorotipo D). DNA muito parece com o da E. coli Características e fatores de virulência: · Não apresentam cápsula e flagelo · Não crescem em meios sintéticos das espécies. · Encontrada no trato gastrointestinal de primatas. · Proteínas de invasão. Enterotoxinas. · Proteínas codificadas por genes nas ilhas de patogenicidade · Toxina shiga BRUCELLA Principais espécies: · B. suis. · B. canis · B. ovis. · B. notomae. · B. abortus. · B. melitensis · Grupo de bactérias GRAM - · Cocobacilos. · Sobrevive exclusivamente nos hospedeiros infectados (células fagocíticas, reticuloendoteliais e células epiteliais especializadas). · Infecta vários hospedeiros diferentes · Brucelose. · Lesões são observadas no sistema genital. · Zoonoses · Não são móveis. · Não tem cápsula. · Não formam esporos. · Resistente ao congelamento e descongelamento, em locais com alta umidadee baixa incidência de luz UV · Sensível a luz UV, altas temperaturas e desinfetantes. · O LPS da Brucella protege ela contra a ação de peptídeos catiônicos, metabólitos de oxigênio e lise mediada pelo sistema complemento A transmissão ocorre por meio de aerossóis, via oral e/ou relações sexuais e superfície mucosa. · Tecidos e fluídos de abortos, filhote através do leite. · Importante para rebanhos, pois a suscetibilidade a infecção e prevalência da doença estão ligadas a vacinação, maturidade sexual e prenhez. · Vacina é uma forma de prevenção e controle da brucelose e de suas conseqüências Fatores de virulência: · LPS. · Lipoproteínas. · Flagelinas. · Com o PAMP alterado, ocorre falha na resposta imune inata e escape in vivo do patógeno. · Impede a fusão do fagolisossomo e inibe a produção de ROS (espécies reativas de oxigênio). Diagnóstico: · As melhores amostras provém do leite, swabs vaginais de animais vivos. · De animais mortos, conteúdo pulmonar e/ou gástrico do feto abortado. Tecidos do sistema genital, glândula mamária e tecidos linfáticos. · Na cultura por apresentar crescimento lento outras bactérias podem superar e inibir o crescimento da Brucella spp · Meio seletivo (meio de Farrell ou meio de Kuzda e Morse). · Substâncias como tiamina, nicotinamida e biotina auxiliam no crescimento · Levam de 72 horas a 10 dias para crescerem, aeróbios, algumas cepas necessitam de CO2. As colônias de B. abortus, B. suis, B. melitensis e B. neotomae apresenta morfologia lisa devido a expressão de LPS em cadeia lateral. · B. ovis e B. canis apresentam morfologia rugosa e não apresentam cadeia lateral de LPS · As lisas parecem arredondas, brilhantes de coloração azulesverdeada e não se coram com cristal-violeta. · As rugosas têm aparência granular seca, de coloração amareloesbranquiçada e se coram com cristal-violeta. · Quando corada com Ziehl-Neelsen ficam com a coloração vermelha, resistem a coloração com ácidos fracos. Testes sorológicos e biologia molecular PSEUDOMONAS • Principais espécies: Tem mais 200 espécies e subespécies · P. aeruginosa. · P. mallei. · P. pseudomallei. Burkholderi Características: · Bastonetes aeróbicos. · Resistente a antimicrobianos. · Raramente causa doença primária. Reservatório solo e água. E também na flora normal dos animais · Associada otites, infecções no sistema urinário, piodermatite, vaginite, mastite Fatores de virulência: · Adesinas (fimbrias, pili). · Cápsula (impede contra sistema complemento e fagocitose) · Parede celular (LPS e endotoxina · Sideróforos (aquisição de ferro). · Exotoxinas (exotoxina A, S, T, U e Y) · Diagnóstico: · Ágar sangue. · Colônias cinza de cor metálica, rugosas, com uma zona de hemólise. · Odor característico (adocicado). · Oxidase-positiva. · Multiplica-se a 42ºC e forma pigmento azul-esverdeado (piocianina)
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