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1 SÍTIO DE LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Fármaco de pequeno tamanho molecular e elevada hidrossolubilidade não se liga às proteínas e circula livremente no plasma. FIGURA 15 - LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS FONTE: SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2003. Parte não ligada ou livre – corresponde a forma ativa dos fármacos. Tecidos que apresentam alta perfusão. Rins. 2 Coração FIGURA 16 - SISTEMA CARDIOVASCULAR FONTE: SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2003. 3 Sistema Nervoso FIGURA 17 - SISTEMA NERVOSO FONTE: HANSEN & KOEPEN, 2008. 4 Fígado FIGURA 18 - FÍGADO FONTE: HANSEN & KOEPEN, 2008. Um dos tecidos que apresentam baixa perfusão é o tecido adiposo. Importância das interações ao nível do sítio de ligação a proteínas plasmáticas: contrabalancear doses e evitar o uso de fármacos com alta capacidade de ligação a proteínas plasmáticas. 5 TABELA 1 - PRINCIPAIS INTERAÇÕES NO SÍTIO DE LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Fármaco 1 (desloca da proteína) Fármaco 2 (livre na circulação) Efeito Biológico Ácido Valproico Benzodiazepínicos (Diazepam) Ataxia, letargia e sedação acentuada causada pelo Diazepam Antilipêmicos Benzodiazepínicos (Diazepam) Ataxia, letargia e sedação acentuada causada pelo Diazepam Diazepam Digoxina Intoxicação Digitálica ISRS (exceção citalopram e fluvoxamina) Propranolol Hipotensão e bradicardia ISRS Varfarina Aumento do tempo de protrombina Fenilbutazona Varfarina Hemorragia ISRS (exceção citalopram e fluvoxamina) Diuréticos Tiazídicos (Hidroclortiazida) Hipotensão ISRS (exceção citalopram e fluvoxamina) Tolbutamida Hipoglicemia ISRS (exceção citalopram e fluvoxamina) Digoxina Intoxicação digitálica Fenitoína Antidepressivos Heterocíclicos e ISRS Aumento dos níveis plasmáticos dos antidepressivos. Sem complicações clínicas AAS Fluoxetina Hiperpirexia, hipertonia e rash 6 cutâneo. Aumenta o risco de hemorragia. Varfarina Clozapina Sedação excessiva, letargia, depressão do miocárdio e até depressão respiratória. Importante! Mesoridazina (taxa de ligação – 70%) Tioridazina (taxa de ligação – 99%) Pimozida (taxa de ligação – 99%) Ziprasidona (taxa de ligação – 99%) Aripiprazol (taxa de ligação – 99%) Estes quatro últimos medicamentos merecem atenção especial quando administrados com outros medicamentos com forte ligação a proteínas plasmáticas. E o Lítio? Não apresenta capacidade de se ligar a proteínas plasmáticas. Não oferece risco de interação neste sítio. E o Topiramato e a Carbamazepina? Apresentam baixa afinidade de ligação a proteínas plasmáticas – em torno de 15%. Não apresentam risco de interação neste sítio. 7 E a Lamotrigina? Afinidade pelas proteínas plasmáticas em torno de 55%. Não se espera nenhuma interação clínica importante. TABELA 2 - LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Classe Terapêutica Denominação Internacional Comum Porcentagem de Ligação a proteínas Plasmáticas AINES Fenilbutazona 98% Antiagregantes Sulfinpirazona 98% Sulfonilureias Tolbutamida Glipizida Glibenclamida Gliclazida Clorpropamida 99% 98% 97% 94% 95% Diuréticos Ácido tienílico 95% Anticoagulantes Orais Varfarina 97% Antifúngicos Miconazol 90% Hipolipemiantes Clofibrato 96% Sulfonamidas Sulfametoxazol Sulfadiazina 65% 50% Salicilatos Aspirina 80% Antifolatos Ametopterina 50% FONTE: Adaptado de Cunha, 1995. 8 FIGURA 19 - A IMPORTÂNCIA DA LIGAÇÃO AS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Fonte: Lullmann et al, 2008. FONTE: LULLMANN, et al. 2008.