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P3M2Pr3 Neurotransmissão

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Tutoria P3M2Pr3 Neurotransmissão @mileaguiar 
 
 
 
 
MECANISMO 
♥ Sinapse – uma junção especializada de 
contato de neurônios, sejam entre si ou com 
outras células; 
♥ Neurônio pré-sináptico – emite o sinal; 
♥ Neurônio pós-sináptico – recebe o sinal; 
ASPECTOS GERAIS 
POTENCIAL DE REPOUSO 
♥ Lado interno (citoplasmático) é eletricamente 
mais negativo que o lado externo = potencial 
de repouso; 
♥ Maioria equivale a -70 milivolts; 
♥ Quando um estímulo chega, pode haver uma 
hiperpolarização (deixar mais negativo) ou uma 
despolarização; 
 - Permitindo 2 respostas = sublimiar ou 
supralimiar (potencial de ação); 
 
POTENCIAIS GRADUADOS E DE AÇÃO 
♥ Potenciais graduados – sinais de força variável 
que percorrem distâncias curtas, perdendo força 
à medida que percorre a célula; 
♥ Potenciais de ação – potencial graduado forte 
o suficiente para atingir a região integradora de 
um neurônio; 
 - Grandes despolarizações, breves, que 
percorrem longas distâncias 
TIPOS DE SINAPSES 
QUÍMICA 
♥ Utilizadas para a transmissão de sinais no 
SNC; 
♥ O neurônio pré-sináptico secreta em seu 
terminal um NEUROTRANSMISSOR – esse por 
sua vez atua em proteínas receptoras presentes 
na membrana do neurônio pós-sináptico; 
♥ Ele pode atuar: estimulando, inibindo ou 
modificando a sensibilidade; 
♥ Neurotransmissores mais conhecidos: 
- Acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, 
histamina, ácido gama-aminobutírico (GABA), 
glicina, serotonina e glutamato; 
CONDUÇÃO UNIDIRECIONAL 
♥ Pré-sináptico para pós-sináptico; 
♥ Princípio da condução unidirecional; 
♥ Permite o direcionamento para alvos 
específicos; 
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR 
♥ Tipo especial de sinapse química; 
♥ Entre axônios de neurônios motores e células 
do músculo esquelético; 
♥ Transmissão rápida e confiável; 
♥ Grande número de receptores na membrana 
pós-sináptica que contém uma série de dobras, 
alinhadas com as zonas ativas da membrana 
pré-sináptica; 
ELÉTRICA 
♥ Canais que conduzem eletricidade de uma 
célula para a próxima; 
Neurotransmissão
o 
Neurotransmissão 
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♥ Maior parte por junções comunicantes (GAP) 
que permitem o movimento livre de íons de 
uma célula para a outra; 
 - Proteínas específicas – conexinas; 
 - 6 conexinas = conéxon; 
 - 2 conéxons = canal de junção comunicante; 
♥ Pode conduzir bidirecionalmente; 
♥ O potencial gerado no neurônio pós-
sináptico é chamado de potencial pós-sináptico 
(PPS); 
 - Costuma ser pequeno, mas a soma dos PPS 
de outros neurônios interligados atinge o limiar; 
CLASSIFICAÇÃO DAS SINAPSES 
♥ De acordo com as partes dos neurônios em 
contato: 
- Sinapse axodendrítica (dendrito); 
- Sinapse axossomática (corpo celular); 
- Sinapse axoaxônica (axônio); 
- Sinapse dendrodendrítica (em neurônios 
especializados); 
♥ De acordo com o tamanho e com a forma: 
- Sinapses assimétricas (Tipo I de Gray) – 
diferenciações pós sinápticas mais espessas que 
a pré; 
 ⤷ Costumam ser excitatórias; 
- Sinapses simétricas (Tipo II de Gray) – 
espessuras similares entre as diferenciações pré 
e pós; 
 ⤷ Costumam ser inibitórias; 
ANATOMIA FISIOLÓGICA 
♥ Neurônio possui: 
- Dendritos; 
- Corpo celular (ou soma); 
- Axônio; 
- Terminações axônicas; 
♥ 10.000 a 20.000 pequenos botões sinápticos, 
chamados terminais pré-sinápticos; 
 - Alguns terminais são excitatórios e outros 
inibitórios; 
♥ Fenda sináptica: 
- Separa as membranas pré e pós-sinápticas; 
- Preenchida por líquido extracelular e com 
proteínas fibrosas que mantém a adesão; 
TERMINAIS PRÉ-SINÁPTICOS 
♥ Formas anatômicas variadas; 
♥ Maioria se assemelha a botões, chamados 
botões terminais ou botões sinápticos; 
♥ Estruturas internas importantes nos terminais: 
 - Vesículas transmissoras contendo as 
substâncias transmissoras (vesículas sinápticas); 
 - Costuma ter vesículas maiores chamadas de 
grânulos secretores; 
 - Mitocôndrias; 
♥ O resultado excita o neurônio pós-sináptico 
se os receptores forem excitatórios, e inibe se 
tiver receptores inibitórios; 
♥ As mitocôndrias fornecem ATP para sintetizar 
novas moléculas de neurotransmissores; 
 
♥ Quando o potencial de ação chega a 
membrana pré-sináptica, a despolarização faz 
com que as vesículas liberem 
neurotransmissores na fenda sináptica; 
 - Membrana com grande número de canais 
de cálcio dependentes de voltagem; 
 - Quando o potencial de ação despolariza a 
membrana, os canais de cálcio se abrem e 
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permitem a passagem de íons cálcio para a o 
terminal pré-sináptico; 
 - Os neurotransmissores são liberados 
proporcionalmente ao número de íons cálcio; 
 - O cálcio se liga aos sítios de liberação 
(zonas ativas), permitindo a liberação dos 
neurotransmissores; 
PROTEÍNAS RECEPTORAS 
♥ Componentes dos receptores: 
 - Componente de ligação – onde se liga o 
neurotransmissor; 
 - Componente ionóforo – atravessa a 
membrana pós-sináptica até o interior; 
♥ Componente ionóforo pode ser: 
 - Canal iônico – permitindo passagem de íons; 
 - Ativador de “segundo mensageiro” – uma 
molécula que se projeta para o exterior, que 
quando estimulada ativa uma ou mais 
substâncias no interior da célula, que atuam 
como segundo mensageiro; 
CANAIS IÔNICOS 
♥ Canais catiônicos: 
 - Permitem a passagem de íons sódio (e as 
vezes potássio e cálcio); 
 - Revestidos com carga negativa; 
 - Excitam o neurônio – transmissor excitatório; 
♥ Canais aniônicos: 
 - Permitem a passagem de íons cloreto e 
outros ânions em pequena quantidade; 
 - Inibem o neurônio – transmissor inibitório; 
“SEGUNDO MENSAGEIRO” 
♥ Mais comum – Proteínas G: 
- Formada por componente alfa, beta e gama; 
- Durante a ativação pelo impulso nervoso, a 
porção alfa se separa da beta e gama, ficando 
livre para se deslocar no citoplasma; 
- Livre, executa funções de acordo com cada 
tipo de neurônio; 
 
♥ Exemplos de mudanças: 
1. Abertura dos canais iônicos específicos na 
membrana da célula pós-sináptica; 
2. Ativação do monofosfato de adenosina cíclico 
(AMPc) ou monofosfato de guanosina cíclico 
(GMPc) na célula neuronal; 
3. Ativação de uma ou mais enzimas 
intracelulares; 
4. Ativação da transcrição gênica; 
RECEPTORES EXCITATÓRIOS OU INIBITÓRIOS 
♥ Excitação: 
1. Abertura dos canais de sódio; 
 - Aumenta o potencial intracelular, no sentido 
de atingir o limiar para sua excitação; 
2. Condução reduzida pelos canais de cloreto 
ou potássio ou de ambos; 
 - Diminui a difusão de íons negativos. 
3. Alterações no metabolismo do neurônio pós-
sináptico; 
♥ Inibição: 
1. Abertura dos canais para íons cloreto na 
membrana pós-sináptica; 
 - Aumentando a negatividade interna; 
2. Aumento na condutância dos íons potássio 
para o exterior dos neurônios; 
3. Ativação de enzimas receptoras; 
 - Inibem as funções metabólicas celulares; 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS QUE ATUAM COMO 
TRANSMISSORES SINÁPTICOS 
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♥ Dois grandes grupos: 
- Neurotransmissores com moléculas pequenas 
e de ação rápida; 
- Neuropeptídeos (maior tamanho molecular e 
ação mais lenta) 
♥ Neurotransmissores – são substâncias 
químicas sintetizadas pela maioria das células 
nervosas e utilizadas na comunicação entre os 
neurônios que estabelecem sinapses químicas; 
♥ Podem ser classificados do ponto de vista 
químico (acetilcolina, derivados de AA, 
peptídeos, ATP), ou funcional (excitatórios ou 
inibitórios); 
NEUROTRANSMISSORES COM MOLÉCULAS 
PEQUENAS E DE AÇÃO RÁPIDA 
♥ Induzem respostas mais agudas; 
♥ Maioria sintetizados no citosol do terminal 
pré-sináptico e entram nas vesículas; 
♥ Geralmente aumenta ou diminui a 
condutância de alguns canais iônicos; 
♥ As vesículas são continuamente recicladas e 
utilizadas por vezes repetidas = invagina de 
volta ao interior
do terminal pré-sináptico; 
 
ACETILCOLINA 
♥ Secretada por: 
1. Terminais das grandes células piramidais do 
córtex motor; 
2. Alguns neurônios dos gânglios da base; 
3. Neurônios motores que inervam os músculos 
esqueléticos; 
4. Neurônios pré-ganglionares do sistema 
nervoso autônomo; 
5. Neurônios pós-ganglionares do sistema 
nervoso parassimpático; 
6. Alguns pós-ganglionares do sistema nervoso 
simpático; 
♥ Neurônios que o secretam são considerados 
colinérgicos; 
♥ Efeitos inibitórios em algumas terminações 
nervosas parassimpáticas periféricas como a 
inibição do coração pelo nervo vago; 
♥ Portadores da doença de Alzheimer 
apresentam tipicamente baixos níveis de ACh no 
córtex cerebral e as drogas que aumentam sua 
ação podem melhorar a função cognitiva do 
paciente; 
NOREPINEFRINA/NORADRENALINA 
♥ Secretada por neurônios do tronco cerebral e 
hipotálamo; 
♥ Auxilia no controle da atividade geral e na 
disposição da mente, tal como aumento do 
nível de vigília; 
♥ Liga a receptores excitatórios na maioria dos 
casos; 
♥ Secretada pela maioria dos neurônios pós-
ganglionares do sistema nervoso simpático, 
onde excita alguns órgãos e inibe outros; 
♥ Induz a excitação física e mental, além do 
“bom humor”; 
♥ Produção centrada na área do cérebro 
chamada de locus ceruleus que é um dos 
muitos candidatos ao chamando centro de 
“prazer” e da indução do sono; 
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EPINEFRINA/ADRENALINA 
♥ Produzido a partir da metilação da 
noradrenalina; 
♥ Momentos de estresse físico ou psicológico, 
as suprarrenais são estimuladas e secretam a 
adrenalina; 
♥ Ela prepara o organismo para a realização de 
grandes esforços físicos: aumenta a FC, aumenta 
o fluxo sanguíneo, aumenta PA, aumenta 
glicemia, aumenta o metabolismo de lipídeos; 
♥ É utilizada como droga auxiliar nas 
ressuscitações nos casos de parada cardíaca ou 
para aumentar a duração de anestésicos locais. 
♥ Ainda tem efeitos terapêuticos como a 
broncodilatação, controle da FC e aumento da 
PA; 
DOPAMINA 
♥ Secretada por neurônios localizados na 
substância negra; 
♥ Controla a estimulação cortical e os níveis do 
comando motor; 
♥ Relacionado com emoções, humos, atenção, 
aprendizado e sono; 
♥ Relação com o sistema de recompensa – 
sensação de prazer ao beber água quando está 
com sede, exemplo; 
♥ Na doença de Parkinson seus níveis estão 
baixos, os pacientes passam a apresentar 
limitações de amplitude de movimento; 
♥ LSD e outras drogas alucinógenas aumentam 
a expressão de receptores pós-sinápticos 
dopaminérgicos; 
GLICINA 
♥ Secretada principalmente nas sinapses da 
medula espinal; 
♥ Maioria inibitório; 
GABA (ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO) 
♥ Secretado por terminais nervosos na medula 
espinal, cerebelo, gânglios da base e algumas 
áreas do córtex; 
♥ Efeito inibitório; 
♥ Induz a inibição do SNC, causando sedação; 
GLUTAMATO 
♥ Efeito excitatório; 
♥ Ácido glutâmico; 
♥ Ionotrópicos e metabotrópicos (vias de 
segundo mensageiro); 
SEROTONINA 
♥ Secretada por núcleos da rafe mediana do 
tronco cerebral; 
♥ Age como inibidor das vias da dor da medula 
espinal; 
♥ Ação inibitória nas regiões superiores do SN 
auxilia no controle de humor do indivíduo, 
provocando o sono; 
♥ Drogas como “ecstasy” e LSD mimetizam 
alguns dos efeitos da serotonina em algumas 
células alvo, por isso a serotonina é 
incrementada em alguns antidepressivos; 
HISTAMINA 
♥ Envolvida em respostas imunológicas, 
regulação fisiológica intestinal e 
neurotransmissor; 
ÓXIDO NÍTRICO 
♥ Secretado em áreas encefálicas responsáveis 
pelo comportamento a longo prazo e pela 
memória; 
 Não é formado e armazenado em vesículas 
pré-sinápticas, é sintetizado quase que 
instantaneamente, conforme necessidade; 
♥ Modifica as funções metabólicas 
intracelulares; 
 
 
 
 
 
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NEUROPEPTÍDEOS 
♥ Induzem respostas mais prolongadas, com 
mudanças a longo prazo do número de 
receptores neuronais; 
♥ Abertura ou fechamento por longos períodos 
de certos canais iônicos; 
♥ Mudanças a longo prazo do número ou 
dimensão das sinapses; 
- Alguns efeitos duram dias, outros meses ou 
anos; 
♥ Liberados em menor quantidade quando 
comparados aos de pequena molécula; 
 
♥ Exemplos: peptídeos opióides (Encefalinas e 
endorfinas), peptídeos gantrointestinais 
(substância P, neurotensina e peptídeo intestinal 
vasoativo – VIP), hormônios hipotalâmicos 
liberados (hormônio liberador de tirotrofina e 
somatostatina), hormônios liberados e 
armazenados pela neurohipófise (ADH e 
oxitocina); 
♥ Envolvidos na neuromodulação da percepção 
da dor; 
 ♥ Substância P = mediador do sinal doloroso; 
 ♥ Beta endorfina, dimorfina e Encefalinas; 
 ♥ Peptídeos GI = somatostatina e 
colecistoquinina; 
 
 
 
ANTIDEPRESSIVOS 
♥ Descobertos no final da década de 50; 
♥ Torno a depressão um problema médico 
passível de tratamento; 
♥ Até os anos 80 havia duas classes de 
antidepressivos, os tricíclicos (ADT) e os 
inibidores de monoaminooxidase (IMAO); 
♥ Embora eficazes, apresentavam efeitos 
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colaterais indesejáveis, causados pela 
inespecificidade de sua ação farmacológica 
eram potencialmente letais em casos de 
superdosagem; 
♥ Novos fármacos vão sendo testados e 
implementados desde então, modificando e 
atenuando os efeitos colaterais; 
CLASSIFICAÇÃO 
♥ De acordo com a estrutura química ou 
propriedades farmacológicas: 
1. Estrutura cíclica (aneis benzênicos que 
caracteriza os antidepressivos heterocíclicos 
(tricíclicos e tetracíclicos). 
 - Os ADT se dividem em aminas secundárias 
(imipramina, amitriptilina, doxepina e 
trimipramina) e aminas terciárias 
(desmetilimipramina, nortriptilina e protriptilina) 
♥ Maprotilina e amoxapina são antidepressivos 
tetracíclicos. 
♥ Atualmente são classificados segundo ação 
farmacológica; 
 - De acordo com o mecanismo de ação 
proposto, aumentando a eficiência sináptica da 
transmissão monoaminérgica (particularmente 
de neurônios noradrenégicos e/ou 
serotonérgicos). 
 - Medicamentos antidepressivos produzem 
aumento na concentração de 
neurotransmissores na fenda sináptica através 
da inibição do metabolismo, bloqueio de 
recaptura neuronal ou atuação em 
autoreceptores pré-sinápticos; 
 
 
 
ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES DE 
MONOAMINOOXIDASE (IMAOS) 
♥ Inibe a atividade da enzima 
monoaminooxidase (MAO); 
♥ Os subtipos da MAO, A e B, estão envolvidos 
no metabolismo de serotonina, noradrenalina e 
dopamina. 
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♥ Isocarboxazida, fenelzina e tranilcipromina 
são IMAOs não seletivos que se ligam de forma 
irreversível às MAOs A e B; 
♥ A redução na atividade da MAO resulta em 
aumento na concentração desses 
neurotransmissores nos locais de 
armazenamento no sistema nervoso central 
(SNC) e no sistema nervoso simpático. 
♥ A inibição não seletiva dos IMAOs fenelzina, 
isocarboxazida e tranilcipromina resulta em 
subsensibilização de receptores a2- ou b-
adrenérgicos e de serotonina. 
♥ Os IMAOs são bem absorvidos pelo trato 
gastrintestinal, sofrem biotransformação 
hepática rápida por oxidação e possivelmente 
têm metabólitos ativos. O início de ação se dá 
entre 7 a 10 dias com doses apropriadas em 
alguns pacientes, mas pode levar de 4 a 8 
semanas para atingir o efeito terapêutico pleno. 
♥ O pico de concentração plasmática é de 3 a 5 
horas para isocarboxazida, 2 a 4 para fenelzina 
e 1 a 3,5 para tranilcipromina. 
♥ Efeitos colaterais: 
- Necessidade de atenção médica 
Frequentes: hipotensão ortostática grave 
(vertigens e tonturas, especialmente ao levantar; 
podem ocorrer quedas); dividir ou reduzir as 
doses quando necessário. 
Menos frequentes: diarreia, edema nos pés e 
tornozelos (pode ceder espontaneamente em 
semanas);
caso persista, monitorar eletrólitos 
para verificar a existência da síndrome de 
secreção inadequada do hormônio 
antidiurético; estimulação simpática (taquicardia 
e palpitação), menos frequentemente 
nervosismo e excitação. 
Raros: hepatite, leucopenia, síndrome de 
Parkinson, síndrome serotonérgica na 
combinação com medicamentos serotonérgicos 
(amitriptilina, clomipramina, doxepina, 
imipramina; fluoxetina, sertralina, paroxetina ou 
trazodona). A síndrome pode se manifestar por 
confusão mental, hipomania, inquietação, 
mioclonias, hiperreflexia, arrepios, calafrios, 
tremores, diarréia, incoordenação e febre. A 
melhora é rápida com a retirada das 
substâncias. 
Necessidade de atenção médica se persistirem 
Menos freqüentes: efeito anticolinérgico, 
síndrome da secreção inadequada do hormônio 
antidiurético (levando à diminuição na produção 
de urina); visão turva; estimulação do SNC 
(mioclonias durante o sono, inquietação ou 
agitação, dificuldades no sono) mais freqüente 
com tranilcipromina; disfunção sexual 
(anorgasmia em homens e mulheres, alterações 
ejaculatórias, raramente impotência masculina); 
sonolência (mais freqüente com fenelzina e 
isocarboxazida); cefaléia leve sem aumento da 
pressão arterial; aumento de apetite e peso 
relacionado à fissura por carboidratos; aumento 
da sudorese; hipotensão ortostática; vertigens, 
tontura, cansaço ou fraqueza leve; abalos 
musculares ou tremores. 
Raros: anorexia; calafrios; constipação; boca 
seca. 
• Interações medicamentosas 
 
Pelo fato de os IMAOs inibirem a MAO de 
forma permanente, é necessário adotar dieta 
pobre em tiramina, aminoácido precursor de 
catecolaminas, de modo a evitar uma crise 
hipertensiva potencialmente fatal. 
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• Sintomas da crise hipertensiva 
Cefaleia intensa, palpitações, dor torácica 
intensa, dilatação das pupilas, taquicardia ou 
bradicardia, aumento da fotossensibilidade, 
pode haver aumento da sudorese, febre ou 
sensação de frio, pele viscosa, náusea ou 
vômitos, rigidez de nuca. Existem relatos de 
hemorragia intracraniana (algumas vezes fatal) 
em consequência das crises hipertensivas. 
Palpitação ou cefaleia frequente constituem 
sintomas prodrômicos da reação hipertensiva. 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ADTS) 
♥ Mecanismo de ação = bloqueio de recaptura 
de monoaminas, principalmente norepinefrina e 
serotonina; 
♥ Aminas terciárias inibem preferencialmente a 
recaptura de 5-HT e secundárias a de NE; 
♥ A atividade pós-sináptica varia de acordo 
com o sistema neurotransmissor envolvido e 
geralmente é responsável pelos efeitos 
colaterais. 
♥ Os ADTs bloqueiam receptores muscarínicos 
(colinérgicos), histaminérgicos de tipo 1, a2 e b-
adrenérgicos, serotonérgicos diversos e mais 
raramente dopaminérgicos; 
 
 
♥ Efeitos colaterais: 
Anticolinérgicos: associados ao bloqueio 
muscarínico, são os mais frequentes e sua 
intensidade declina com o passar do tempo ou 
redução do antidepressivo. São eles: boca seca 
(recomenda-se estimular higiene bucal 
freqüente), visão turva (por dificuldade de 
acomodação visual), obstipação (em idosos há 
risco de íleo paralítico) e retenção urinária. 
Cardiovasculares: aumento da frequência 
cardíaca, achatamento da onda T, raramente 
prolongamento do intervalo PR e aumento do 
complexo QRS, dose-dependentes e 
observados em concentrações plasmáticas 
acima dos níveis terapêuticos; hipotensão 
postural (idosos devem ser orientados e 
monitorados pelos riscos de quedas e nestes 
casos a nortriptilina estaria mais indicada);10 as 
propriedades antiarrítmicas quinidina-símile dos 
ADTs favorecem seu uso em pacientes com 
extrassístoles ventriculares. 
Neurológicos: tremores de mãos, sedação 
(principalmente amitriptilina e maprotilina), 
latência para lembrar, mioclonias, parestesias, 
dificuldade para encontrar palavras e gagueira, 
agitação e hiperestimulação paradoxal, estados 
confusionais podem ocorrer em idosos, 
raramente convulsões (doses elevadas, aumento 
rápido, principalmente com maprotilina e 
clomipramina), movimentos coreoatetóides e 
acatisia. Os pacientes devem ser orientados 
para não operar máquinas perigosas, dirigir 
veículos, caso sonolentos, e evitar consumo de 
álcool. 
Metabólicos e endócrinos: aumento da secreção 
de prolactina, mas galactorréia e amenorréia 
secundária são raras. Outro efeito raro é a 
hiponatremia da síndrome de secreção 
inadequada do hormônio antidiurético, descrita 
com amitriptilina e clomipramina. 
Reações cutâneas: exantemas, urticária, eritema 
multiforme, dermatite esfoliativa e 
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fotossensibilidade; ocorrem em 2% a 4% dos 
pacientes nas duas primeiras semanas de 
tratamento. 
Gastrintestinais: raramente ocorrem alterações 
de função hepática. 
♥ Contra-indicações: 
- Os ADTs estão contra-indicados no glaucoma 
de ângulo fechado. Efeitos na condução 
cardíaca normalmente não apresentam 
significado clínico, mas os ADTs são contra-
indicados em bloqueios de ramo esquerdo, 
bloqueio AV total, alterações na condução 
intracardíaca e infarto agudo do miocárdio. O 
eletrocardiograma constitui um método sensível 
e deve ser solicitado quando se suspeita de 
alterações cardíacas e em pacientes acima de 50 
anos. 
ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DA 
RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRSS) 
♥ Resultado de pesquisas para diminuir 
problemas de tolerabilidade e segurança; 
♥ Os ISRSs inibem de forma potente e seletiva a 
recaptação de serotonina, resultando em 
potencialização da neurotransmissão 
serotonérgica; 
♥ Os ISRS são estruturalmente distintos com 
marcadas diferenças no perfil farmacodinâmico 
e farmacocinético. 
♥ Exemplos: citalopram, fluoxetina, fluvoxamina, 
paroxetina e sertralina 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_artte
xt&pid=S1516-
44461999000500006#:~:text=O%20mecanismo
%20de%20a%C3%A7%C3%A3o%20comum,de
%20NE%20(tabela%203). 
 
ANTIDEPRESSIVOS INIBIDOR SELETIVO DE 
RECAPTURA DE 5-HT/NE (ISRSN) 
♥ A venlafaxina e seu metabólito ativo O-
desmetilvenlafaxina (ODV) são inibidores 
seletivos da recaptação de serotonina e 
noradrenalina (ISRSNs), e apresentam fraca 
atividade como inibidores da recaptação de 
dopamina (clinicamente significativo apenas 
com doses elevadas). 
♥ A potência da inibição de recaptura de 
serotonina é algo superior à de recaptura de 
noradrenalina, ocorrendo em doses inferiores 
♥ A venlafaxina e o ODV não apresentam 
afinidade por receptores adrenérgicos alfa-1, 
receptores muscarínicos ou histamínicos e 
também não inibem a monoamino-oxidase. 
♥ Alteram a sensibilidade de receptores beta-
adrenérgicos após dose única, diferente de 
outros antidepressivos que levam à 
dessensibilização desses receptores após doses 
repetidas. 
ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES DE RECAPTURA 
DE SEROTONINA E ANTAGONISTA ALFA 2 
(IRSAS) 
♥ A nefazodona, uma fenilpiperazina, embora 
estrutural e quimicamente relacionada à 
trazodona, difere desta farmacologicamente. 
♥ O mecanismo de ação da nefazodona se dá 
por meio da inibição da captação neuronal de 
serotonina e noradrenalina. 
♥ É antagonista de receptores 5-HT2 e de 
receptores alfa-1 adrenérgicos. 
♥ A administração crônica de nefazodona leva à 
dessensibilização de receptores 5-HT2a, porém 
não de receptores beta-adrenérgicos, sugerindo 
que não iniba a captação de noradrenalina in 
vivo. 
♥ Promove a subsensibilização de receptores 
beta-adrenérgicos; 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500006#:~:text=O%20mecanismo%20de%20a%C3%A7%C3%A3o%20comum,de%20NE%20(tabela%203)
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500006#:~:text=O%20mecanismo%20de%20a%C3%A7%C3%A3o%20comum,de%20NE%20(tabela%203)
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500006#:~:text=O%20mecanismo%20de%20a%C3%A7%C3%A3o%20comum,de%20NE%20(tabela%203)
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500006#:~:text=O%20mecanismo%20de%20a%C3%A7%C3%A3o%20comum,de%20NE%20(tabela%203)
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500006#:~:text=O%20mecanismo%20de%20a%C3%A7%C3%A3o%20comum,de%20NE%20(tabela%203)
Tutoria P3M2Pr3 Neurotransmissão @mileaguiar 
 
TRAZODONA 
♥ O mecanismo de ação postulado para a 
trazodona envolve a inibição da recaptação de 
serotonina e noradrenalina. 
♥ A longo prazo ocorre a dessensibilização e 
diminuição no número de receptores beta-
adrenérgicos e 5-HT2A. 
♥ Apresenta atividade antagonista de 
receptores alfa-1-adrenérgicos e anti-
histamínicos, mais relacionadas aos seus efeitos 
colaterais. 
♥ O metabólito ativo mCPP também apresenta 
algum grau de atividade serotonérgica pós-
sináptica; 
INIBIDOR SELETIVO DE RECAPTAÇÃO DE 
NOREPINEFRINA (ISRN) 
♥ Reboxetina: 
♥ Primeiro composto comercializado de uma 
nova classe de antidepressivos – inibidores da 
recaptação de noradrenalina (IRNAs) –, 
estruturalmente semelhantes à viloxazina. 
♥ Apresenta atividade seletiva sobre a 
recaptação de noradrenalina, com atividade 
antagonista alfa-2. 
♥ Não possui efeitos significativos sobre 
receptores colinérgicos, histamínicos, alfa-1-
adrenérgicos, ou na inibição da 
monoaminoxidase e seu efeito antidepressivo 
foi descrito inicialmente na década de 1980. 
INIBIDOR SELETIVO DE RECAPTURA DE 
DOPAMINA (ESRD) 
♥ Bupropion; 
♥ Embora não completamente conhecido, o 
mecanismo de ação do bupropion se dá através 
de sua atividade noradrenérgica e 
dopaminérgica. 
♥ O bupropion aumenta a liberação de 
noradrenalina corpórea e é um fraco inibidor in 
vitro da captação neuronal de noradrenalina e 
de dopamina, porém de relevância 
farmacológica. 
♥ O hidroxibupropion é seu metabólito ativo. 
♥ O bupropion não inibe a monoaminoxidase e 
tem pouca afinidade pelo sistema 
serotonérgico; 
♥ Também não interage com receptores 
histamínicos e colinérgicos, levando a uma 
maior tolerabilidade. 
ANTIDEPRESSIVO NORADENÉRGICO E 
ESPECÍFICO SEROLONINÉRGICO (ANES) 
♥ Mirtazapina; 
♥ A ação da mirtazapina se dá através do 
aumento da atividade noradrenérgica e 
serotonérgica central. 
♥ A mirtazapina é um antagonista de auto e 
hetero-receptores alfa-2 adrenérgicos pré-
sinápticos e antagonista 5-HT2 e 5-HT3 pós-
sináptico. 
♥ Apresenta fraca afinidade pelos receptores 5-
HT1a e 5-HT1b pós-sinápticos. 
♥ Sua afinidade pelos receptores histamínicos 
H1 explica o efeito sedativo. 
♥ Apresenta fraca atividade por receptores 
muscarínicos e dopaminérgicos; 
 DEPRESSÃO 
♥ Condição médica comum, crônica e 
recorrente; 
♥ Pacientes apresentam limitações da sua 
atividade e bem-estar; 
♥ Sub-diagnósticada e sub-tratada 
frequentemente; 
♥ 50 – 60% dos casos de depressão não são 
detectados pelo médico clínico; 
♥ Muitas vezes os pacientes também não 
recebem o tratamento suficientemente 
adequados e específicos; 
♥ A morbimortalidade é em torno de 70% 
prevenida; 
Tutoria P3M2Pr3 Neurotransmissão @mileaguiar 
 
♥ Mais frequente em mulheres; 
♥ Transtorno crônico e recorrente: 
- 80% dos indivíduos que receberam o 
tratamento para um episódio depressivo terão 
um segundo episódio ao longo de sua vida; 
- Duração média dos episódios é de 20 
semanas; 
♥ Transtorno incapacitante; 
- Equivalente a doenças isquêmicas cardíacas 
graves; 
♥ Pouco diagnosticada; 
FISIOPATOLOGIA 
♥ Teoria monoaminérgica da depressão: menos 
disponibilidade de aminas biogênicas cerebrais 
(serotonina, noradrenalina e dopamina); 
♥ Mecanismo de ação dos antidepressivos 
apoiaram a hipótese pelo aumento da 
disponibilidade desses neurotransmissores na 
fenda sináptica; 
♥ Outros fatores adicionais: 
- Participação do sistema endócrino e imune; 
- Elevação na produção de citocinas pró-
inflamatórias – atuação como 
neuromoduladores; 
- Hipóteses sobre os neuroreceptores, os quais 
ao invés de estruturas rígidas, passam a ser 
considerados estruturas plásticas que se 
adaptam a homeostasia orgânica e às 
alterações nos neurotransmissores; 
http://psiqweb.net/index.php/depressao-
2/depressao-fisiopatologia/ 
VER REGIÕES DOS CÉREBRO AFETADAS PELA 
DEPRESSÃO: hipocampo... 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3
%BArbios-de-sa%C3%BAde-
mental/transtornos-do-
humor/depress%C3%A3o 
SINAIS E SINTOMAS 
♥ Diagnóstico é feito pela escuta atenta às 
queixas do paciente e da busca ativa por 
sintomas que possam estar sendo 
negligenciados ou não verbalizados; 
♥ Utilização de parâmetros clínicos como 
duração, persistência, abrangência, perturbação 
do funcionamento psicológico e fisiológico e 
desproporção em relação a um fator 
desencadeante; 
♥ São 9 critérios e 5 devem estar presentes para 
o diagnóstico: 
 
 
 
http://psiqweb.net/index.php/depressao-2/depressao-fisiopatologia/
http://psiqweb.net/index.php/depressao-2/depressao-fisiopatologia/
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/depress%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/depress%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/depress%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/depress%C3%A3o
Tutoria P3M2Pr3 Neurotransmissão @mileaguiar 
 
 
♥ Outros sintomas = desesperança, pessimismo, 
irritabilidade, retraimento social, esquecimentos, 
ansiedade, sintomas físicos sem explicação, 
sintomas paranoides, sintomas obsessivos e 
compulsivos e baixa autoestima. 
♥ Deve-se avaliar o risco de suicídio, investigar a 
história prévia de mania/hipomania e a 
possibilidade dos sintomas serem decorrentes 
de outra doença associada ou efeito colateral 
medicamentoso; 
♥ Gravidade: 
 - Leve: caso ocorram, são poucos os 
sintomas além daqueles necessários para fazer 
o diagnóstico, sua intensidade causa sofrimento 
manejável e o quadro resulta em pouco 
prejuízo ao funcionamento social e profissional. 
 - Moderada: o número de sintomas, sua 
intensidade e/ou o prejuízo funcional estão 
entre aqueles especificados para “leve” e 
“grave”. 
 - Grave: o número de sintomas está 
substancialmente além do requerido para fazer 
o diagnóstico, sua intensidade causa sofrimento 
grave e não manejável e os sintomas interferem 
acentuadamente no funcionamento social e 
profissional. 
 
♥ Síndromes depressivas: 
♥ Transtorno Depressivo Maior (ou “depressão 
unipolar”) 
- Episódios depressivos podem ocorrer de 
forma primária, ou seja, de início “isolado”, sem 
associação com outra condição de saúde física 
ou mental, sem a ocorrência de um estressor 
bem definido. 
- Nesses casos, chamamos o quadro de 
“Transtorno depressivo maior”, “depressão 
unipolar” ou “episódio depressivo”, que pode 
ainda ser subdividido em leve, moderado ou 
grave, conforme a apresentação dos sintomas. 
 
♥ Depressão Bipolar 
- A ocorrência de um quadro depressivo no 
contexto de um outro transtorno de humor 
denominado “Transtorno bipolar” é um 
diagnóstico de evolução, gravidade e 
tratamento bastante diferentes, e o diagnóstico 
diferencial é imprescindível para evitar que o 
indivíduo saia de um episódio depressivo para 
um “episódio maníaco”, um quadro grave de 
elevação patológica do humor caracterizado 
por aceleração psíquica, desinibição, ideias 
anormalmente grandiosas, comportamento de 
risco até a completa desorganização 
comportamental. 
 
♥ Depressão Psicótica 
- A ocorrência de alterações graves no 
comportamento, pensamento, juízo crítico e 
sensopercepção, chamados “sintomas 
psicóticos” (delírios, alucinações, ideias de 
conteúdo bizarro, catatonia) caracterizam a 
depressão psicótica. 
Tutoria P3M2Pr3 Neurotransmissão @mileaguiar 
 
- Sintomas psicóticos podem ocorrer em
quadros graves depressão unipolar ou bipolar, 
sendo geralmente um especificador de 
gravidade para quadros depressivos de 
quaisquer naturezas. 
 
♥ Depressão Ansiosa 
- Episódio depressivo associado a importantes 
sintomas ansiosos, como angústia intensa, 
antecipação, insônia inicial, inquietação, 
tremores, taquicardia, sudorese, dificuldade ou 
impossibilidade de relaxar. 
- Sintomas ansiosos são comuns em associação 
com sintomas de humor deprimido e devem ser 
levados em conta porque alteram a evolução e 
a resposta ao tratamento. 
 
♥ Depressão Secundária ou Orgânica 
- Episódios depressivos podem ocorrer como 
consequência de doenças clínicas e quadros 
orgânicos. 
- Anemias ou carências nutricionais crônicas, 
disfunções hormonais (hipotireoidismo, 
disfunções de hormônios sexuais, por exemplo), 
infecções ou outras lesões do SNC, são 
condições clínicas frequentemente associadas a 
quadros depressivos. 
FATORES DE RISCO 
♥ Fatores biológicos: 
- doenças crônicas, quadros dolorosos, 
disfunções hormonais ou imunológicas; 
♥ Fatores ambientais; 
- luto, crises conjugais ou financeiras, mudanças 
bruscas de padrão social ou cultural, 
dificuldades adaptativas, traumas físicos e 
psíquicos, diagnósticos graves, desamparo social 
ou familiar; 
♥ Fatores comportamentais, psicológicos, 
sociais e culturais; 
TRATAMENTO/PSICOTERAPIA 
♥ Depende da gravidade do quadro, fatores 
desencadeantes, tipo dos sintomas presentes, 
recursos disponíveis no contexto do 
atendimento, preferência do paciente e 
familiaridade do profissional com o método; 
♥ Pode ser dividido em etapas: 
 
♥ FASE AGUDA (2 a 3 meses): 
- Avaliação diagnóstica completa; 
- Analisar estressores ambientais e problemas 
de saúde; 
- Avaliar risco de suicídio; 
- Realizar psicoeducação e esclarecer dúvidas; 
- Consolidar aliança terapêutica com paciente e 
família; 
- Estabelecer plano de tratamento; 
- Monitorar efeitos iniciais do tratamento; 
- Executar medidas de avaliação de resposta; 
- Disponibilizar espaço de escuta dentro de 
consultas agendadas regularmente; 
- Possibilidade de acesso ao serviço de saúde 
mesmo fora dos horários previamente 
combinados; 
- Objetivo central: eliminação dos sintomas 
(remissão) com retorno de funcionamento pré-
morbido; 
- Objetivo secundário: diminuição dos sintomas; 
♥ FASE DE CONTINUAÇÃO (4 a 9 meses): 
- Consolidar e manter a melhora obtida; 
Tutoria P3M2Pr3 Neurotransmissão @mileaguiar 
 
- Avaliar junto ao paciente a possibilidade de 
ganhos adicionais; 
- Monitorar a adesão ao tratamento e sinais de 
recaída; 
- Se indicado, fazer descontinuação gradual do 
tratamento; 
- Objetivo central: manter o progresso e evitar 
recaídas; 
♥ FASE DE MANUTENÇÃO (1 ou mais anos): 
- Recomendada a pacientes com alta 
probabilidade de recorrência; 
- Manter o tratamento conforme avaliação e 
indicação; 
- Monitorar adesão ao tratamento e sinais de 
recorrência; 
- Objetivo central: evitar novos episódios; 
 
 
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/t
elecondutas/Telecondutas_Depressao_20170428
.pdf 
♥ Duração do tratamento: 
- Com antidepressivos – pelo menos 6 meses 
reduz pela metade o risco de recaída; 
- Manter até 6-9 meses após a 
resposta/melhora; 
 
♥ Encaminhamento: 
 Casos refratários: ausência de resposta ou 
resposta parcial a pelo menos duas estratégias 
terapêuticas farmacológicas eficazes por pelo 
menos oito semanas cada; ou 
 Episódio depressivo associado a sintomas 
psicóticos; ou 
 Episódio depressivo em paciente com 
episódios prévios graves (sintomas psicóticos, 
tentativa de suicídio ou hospitalização 
psiquiátrica); ou 
 Episódio depressivo associado a transtorno 
por uso de substâncias grave; ou 
 Paciente com ideação suicida persistente. 
 
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/Telecondutas_Depressao_20170428.pdf
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/Telecondutas_Depressao_20170428.pdf
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/Telecondutas_Depressao_20170428.pdf
Tutoria P3M2Pr3 Neurotransmissão @mileaguiar 
 
Psicoterapia psicodinâmica /TCC/interpessoal = 
tipos; 
 
SUBSTÃNCIAS QUE AFETAM O SNC 
As substâncias listadas na Classificação Internacional de 
Doenças, 10ª Revisão (CID-10), em seu capítulo V 
(Transtornos Mentais e de Comportamento) incluem: 
 álcool; 
 opioides (morfina, heroína, codeína, diversas substâncias 
sintéticas); 
 canabinoides (maconha); 
 sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, benzodiazepínicos); 
 cocaína; 
 outros estimulantes (como anfetaminas e substâncias 
relacionadas à cafeína); 
 alucinógenos; 
 tabaco; 
 solventes voláteis. 
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo
/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf 
 
Depressoras – diminuem a atividade do cérebro, 
deixando o indivíduo "desligado". Reduzem a 
tensão emocional, a atenção, a concentração, a 
memória e a capacidade intelectual. Podem 
produzir sonolência, embriaguez e até coma. São 
depressores o álcool, os barbitúricos (soníferos), 
os ansiolíticos (tranqüilizantes), os sedativos 
(calmantes), o ópio e a morfina, os xaropes e gotas 
para tosse, e os inalantes ou solventes (colas, 
tintas, removedores). 
 
Estimulantes – aumentam a atividade do cérebro, 
fazendo com que a pessoa fique "ligada", 
"elétrica". As principais são as anfetaminas, a 
nicotina (presente no cigarro) e a cocaína, que 
geralmente inibem as sensações de fome, cansaço 
e sono, podendo produzir estados de excitação e 
aumento da ansiedade. 
 
Perturbadoras – também chamadas de 
alucinógenas, modificam a qualidade da atividade 
do cérebro, que passa a funcionar de forma 
anormal. Alteram a percepção e o pensamento e 
produzem alucinações e delírios. As principais são 
a maconha, o ecstasy e o LSD 25. 
 
 
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

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