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RASTREIO DE MAMA

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O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados 
em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos de câncer em mulheres. É também a causa mais frequente de morte por 
câncer nessa população (15,5% dos óbitos por câncer em mulheres). 
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas 
as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. 
Para o ano de 2021 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 
mulheres. 
A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade. 
Câncer de mama é uma doença tratável com uso de terapias adequadas se detectado precocemente 
Múltiplos estudos mostram que o rastreamento mamográfico reduz a mortalidade pela doença em mulheres 40-74 anos. 
RASTREAMENTO 
É um exame periódico realizado em uma população para detectar uma doença clinicamente não reconhecida. 
Para ser passível de rastreamento, uma doença deve preencher alguns requisitos como alta prevalência, elevada mortalidade e 
fase pré-clínica suficientemente longa na qual possa ser detectada. 
O diagnóstico precoce precisa ter impacto na história natural da doença, com redução da mortalidade. 
Os métodos de rastreamento devem estar disponíveis para toda a população, com custo-benefício elevado e sem efeito adverso 
ao indivíduo. 
Por que rastrear? Impacto na mortalidade. 
Rastreamento – Benefício Primário: Redução na mortalidade! 
Detecção do câncer → pequeno e assintomático (↓ chances de metástases) → tratamento adequado (impede progressão) → 
reduz a mortalidade (objetivo primordial). 
Múltiplos estudos mostram que o rastreamento mamográfico reduz a mortalidade pela doença em mulheres 40-74 anos. 
Refletem a tecnologia mamográfica e tratamentos modernos. Derivam de programas de rastreamento implantados. 
Rastreamento – Outros Benefícios: tratamento menos extenso! 
Detecção do câncer → pequeno e assintomático (↓ chances de metástases) → reduz extensão do tratamento (↓ mastectomia / 
↓ QT / ↓ dissecação axilar) → ↓ morbidade e custo. 
Mulheres ≥ 75 anos: 
• Maior risco de comorbidades; 
• Aumenta morbidade do tratamento; 
• Pode impossibilitar terapia adequada; 
• Reduzir morbidade do tratamento é especialmente relevante nessas mulheres. 
Câncer assintomático detectado no rastreio: 
• Maior chance de tumor em estádio inicial; 
• Opções terapêuticas menos agressivas; 
• Maior sobrevida; 
• Menor risco de morrer pela doença. 
 
 
Programas de rastreamento: 
• Modelo varia de acordo com região/país. 
• Brasil: predomina o modelo oportunístico. Médicos e pacientes seguem diretrizes que são divergentes. 
• Raras iniciativas organizadas regionais. 
RECOMENDAÇÕES DE RASTREAMENTO EM MULHERES DE RISCO MÉDIO 
 
Diretrizes CBR, SBM e FEBRASGO: 
• Baseado na mamografia, preferencialmente digital: considerar a tomossíntese, sempre que disponível. 
• Início aos 40 anos e intervalo anual; 
• Para mulheres ≥ 75 anos: 
o Não estabelece limite superior para encerrar; 
o Considerar expectativa de vida e comorbidades; 
o Manter enquanto a mulher desejar e estiver saudável. 
RISCOS 
Quantificáveis: 
• Falso-positivos; 
Não facilmente quantificáveis: 
• Ansiedade; 
• Risco da radiação. 
Falsos positivos: 
• Reconv. Avaliação adicional com imagem: 
o Risco mais comum; 
o Probabilidade após um rastreamento: 2,4% a 11,6%; 
o > 90% restringe-se a incidências mamográficas e/ou US. 
• Biópsia com resultados benignos: 
o Ocorre em menos de 2% das mulheres; 
o Vasta maioria é percutânea e minimamente invasiva. 
 
 
 
Ansiedade: 
• Preocupação é válida e primariamente associada aos falso-positivos, mas é pessoal, subjetiva e difícil quantificação; 
• Falso-positivo aumentam a ansiedade a curto prazo; 
• Não tem efeitos negativos a longo prazo; 
• Aumentam a adesão ao rastreamento; 
• Mulheres consideram uma “troca” aceitável considerando o benefício de salvar vidas; 
• Reduzir tempo para o diagnóstico definitivo. 
RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A dose dos equipamentos digitais modernos é muito baixa: 
o 1/4 a 1/6 da dose anual de fontes naturais. 
• Não há demonstração direta de câncer de mama induzido pela readiação mamográfica; 
• Estimativa é baseada em modelos matemáticos e mostra que risco teórico é amplamente superado pela redução na 
mortalidade associado à detecção precoce. 
POR QUE RASTREAR – MULHERES 40-49 ANOS 
• Significativa redução mortalidade e maior número de anos de vida ganhos; 
o 30% dos anos de vida perdidos pela doença ocorre nessa faixa etária; 
• Redução na morbidade e custos do tratamento; 
• Risco da radiação é teórico e não supera os benefícios; 
• Incidência aumenta bastante ao redor dos 40 anos – 1 a cada 6 cânceres de mama ocorrem nessa faixa etária; 
• Idade de início: todas as diretrizes concordam que mais vidas serão salvas com início aos 40 anos e apoiam que a 
mulher deve ter a opção de iniciar nessa idade; 
POR QUE RASTREAR – MULHERES COM IDADE MAIOR OU IGUAL A 75 ANOS, EMBORA NÃO HAJA 
RCT MOSTRANDO BENEFÍCIO NA MORTALIDADE 
• Grupo de risco para câncer de mama crescente e vulnerável: 
o Aumentará no Brasil de 4,8 milhões (2020) para 7,5 milhões em 2030 e 1,47 milhões (2050); 
• Maior sobrevida e menor risco de morrer pela doença; 
• Redução na morbidade do tratamento; 
• Menor risco de falso-positivo e dos efeitos da radiação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Baseado na mamografia (preferencialmente digital); 
Início aos 40 anos e intervalo anual; 
Para mulheres com idade igual ou superior a 75 anos: 
• Não estabelece limite superior para encerrar; 
• Considerar expectativa de vida e comorbidades; 
• Manter enquanto a mulher desejar e estiver saudável. 
RASTREAMENTO EM MULHERES DE ALTO RISCO: GENÉTICO, FAMILIAR E PÓS RT TORÁCICA 
• Sexo; 
• Idade; 
 
• Mutação genética documentada; 
• História familiar de neoplasia de mama; 
• Radioterapia torácica prévia; 
↑ Risco Alto 
(10 – 20 RR) 
• Antecedentes pessoais de CA mama ou ovário; 
• Biópsia mamária prévida (HDA, HLA, CLIS); 
• Densidade do tecido mamário; 
↑ Risco Intermediário 
(4 – 5 RR) 
• Fatores hormonais: menarca, menopausa, TRH; 
• Fatores reprodutivos: nº de partos, aleitamento. 
• Estilo de vida: dieta, exercícios. 
↑ Risco Baixo 
(1 – 2 RR) 
 
 
Mutação genética: 
• 50% das mutações são conhecidas: 
o 15% BRCA 1/2; 3% TP53, PTEN, outros; 4% CHEK2, PALB2, outros. 
 
História familiar de neoplasia de mama: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES DE 
RISCO 
RECOMENDAÇÕES PARA O RASTREAMENTO EM MULHERES DE ALTO RISCO 
• Neste grupo, os tumores costumam ocorrer mais cedo e serem mais agressivos; 
• Portanto, para estas mulheres, o rastreamento deve começar mais cedo. 
 
• Começar o rastreamento 10 anos antes da idade na qual a doença foi diagnosticada em familiar de 1º grau (pai, mãe, 
irmã, irmão), mas não antes dos 30 anos, a não ser que haja suspeita ou prova de mutação BRCA-1 ou BRCA-2; 
• Em pacientes com mutação BRCA-1 o rastreamento deve iniciar aos 20-25 anos; 
• Em pacientes BRCA-2 iniciar aos 25-30 anos; 
• Mulheres tratadas para linfoma com radioterapia no mediastino após os 18 anos e antes dos 30 anos, recomenda-se 
iniciar o rastreamento 8 anos após o término do tratamento, devido a maior incidência de câncer de mama (começa 
aos 8 anos, com pico 15 anos após o tratamento); 
• Para mulheres que fizeram biópsia com diagnóstico histológico de hiperplasia ductal ou lobular atípica ou carcinoma 
lobular in situ é aconselhável iniciar o rastreamento mamográfico logo após o diagnóstico; 
Key Point – Faixa Etária: 
• BRCA 1: pico de incidência entre 20 a 39 anos (60% dos tumores aparecerão nessa idade); 
• BRCA 2: pico de incidência entre 30 a 49 anos (87% dos tumores aparecerão nessa idade); 
• Alto risco familiar: pico entre 40 a 59 anos (75% dos tumoresaparecerão nessa faixa); 
• Alto risco pós RT tórax: pico entre 20 a 29 anos (10 anos pós RT, devido maior risco entre 10-14 anos). 
MAMOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incidências padrão: 
 
Incidências complementares: 
 
MANOBRAS DE ECKLUND 
 
 
 
AVALIAÇÃO INICIAL 
 
ACR BI-RADS: 
 
 
Composição da mama: 
 
 
 
Fatores que influenciam na densidade mamária: 
• Genética; 
• Etnia. 
• Menopausa; 
• Paridade; 
• Hábitos alimentares; 
• TRH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÓDULOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Margem circunscrita: 
• Transição abrupta entre a lesão e o tecido circunjacente; 
• Pelo menos 75% da margem deve ser bem definida para ser classificado como circunscrito; 
• Se qualquer porção da margem for indistinta, microlobulada ou espiculada, deve ser classificada de acordo com esta 
última (achado mais suspeito). 
 
 
Margem obscurecida: 
• Está oculta por tecido fibroglandular adjacente ou sobreposto; 
• É um termo utilizado principalmente quando parte da margem do nódulo é circunscrita, mas o 
restante (>25%) está oculto. 
 
 
Margem microlobulada: 
• Caracterizada por pequenas ondulações; 
• O uso deste termo descritivo implica um achado suspeito. 
 
 
Margem indistinta: 
• Não há clara demarcação de toda margem ou parte dela em relação ao tecido adjacente; 
• Não deve ser usado quando acreditamos que tal aspecto decorra provavelmente de tecido 
adjacente; 
• O uso deste termo descritivo implica um achado suspeito. 
 
 
Margem espiculada: 
• Caracterizada por linhas que se irradiam do nódulo; 
• O uso deste termo descritivo implica um achado suspeito. 
Densidade: 
• É usada para definir a atenuação dos raios X pela lesão em relação à atenuação esperada de um volume igual de tecido 
fibroglandular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA 
As mamas são glândulas sudoríparas apócrinas modificadas, sucetíveis a 
estímulos neuro hormonais. 
A mama localiza-se sobre o músculo grande peitoral, na parede anterior do 
tórax e tem os seguintes limites: 
• Lateral – linha axilar anterior; 
• Medial – bordo do esterno; 
• Superior – segundo arco costal, próximo à clavícula; 
• Inferior – sexto arco costal. 
Constituição: glandular, gordura, elementos fibrosos e rede vascular. 
No homem e na criança é rudimentar: as papilas são pequenas, porém a areola 
apresenta-se completamente formada. 
O tecido da glândula consiste em pouco mais do que um sistema de ductos 
envolvidos em tecido conjuntivo não se estendendo além da aréola. 
O tecido mamário ocupa no tórax uma área maior do que se percebe na 
anatomia de superfície. 
O tecido mamário pode estender-se medialmente à borda do esterno, 
superiormente até a clavícula, e região axilar. 
O efeito da curvatura torácica na imagem mostra que parte do tecido mamário 
pode não se projetar no filme, mesmo com o posicionamento adequado. 
As linhas pontilhadas mostram o tecido que pode se perder ao posicionar-se 
a mama no mamógrafo. 
Puxar o tecido vigorosamente ajuda a ter uma imagem da maior 
parte do tecido a ser estudado. 
O mesmo ocorre com o tecido adiposo retromamário: 
• É composto por tecido adiposo que separa a glândula 
mamária do plano muscular na parede anterior do tórax. 
• A camada adiposa posterior é uma referência importante 
que deve ser sempre incluída na mamografia. 
• A inclusão da camada adiposa posterior indica que toda a 
mama foi adequadamente mobilizada e não houve perda 
da parte glandular. 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA 
O tecido fibroglandular é composto por vários lobos. 
Os lobos são constituídos por vários lobulos e ductos, 
que juntos foram a unidade ductolobular terminal, que 
é a unidade funcional da mama. 
O ducto é constituído pela membrana basal: uma 
camada de células mioepiteliais e uma camada de 
células epiteliais luminais. 
CDIS: é definido como uma doença heterogênea que 
se caracteriza pela proliferação de células epiteliais 
neoplásicas confinadas ao ducto, apresentando a 
camada de células mioepiteliais e a membrana basal íntegras. 
É uma lesão precursora não obrigatória do carcinoma invasivo. 30-50% progridem 
para o estágio invasivo. Quando esta lesão transpõe a membrana basal, ela passa do 
estágio in situ para o estágio de invasão da doença, chamado de carcinoma ductal 
invasivo. 
ACR BI-RADS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CALCIFICAÇÕES 
Calcificações classificadas como benignas na mamografia são tipicamente maiores, mais grosseiras, redondas, com margens 
regulares e mais facilmente visualizadas do que as malignas. 
Calcificações associadas a malignidade (e também muitas benignas) são muito pequenas e frequentemente exigem ampliação 
para serem adequadamente avaliadas. 
Tipicamente benignas: 
Cutâneas: geralmente tem centro radiotransparente e são patognomônicas em sua aparência. 
 
 
 
 
 
 
Vasculares: são calcificações em linhas paralelas ou calcificações tubulares lineares que são 
claramente associadas a vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grosseiras (“em pipoca”): são calcificações clássicas, grandes, produzidas por um 
fibroadenoma* em involução. 
 
 
Fibroadenoma: 
• Lesão bengina mais comum da mama; 
• Caracterizado pela proliferação de elementos estromais e glandulares. 
• Epidemiologia: 
o Geralmente ocorrem em mulheres com idade entre 10 e 40 anos; 
o É o nódulo mais comum na população adolescente e adulta jovem; 
o O pico de incidência é entre 25 e 40 anos; 
o A incidência diminui após 40 anos. 
 
 
 
Grandes, semelhantes a bastonetes: são calcificações benignas associadas a ectasia ductal; 
 
 
 
 
 
Redondas, puntiformes: 
• Podem ser consideradas benignas quando difusas e pequenas (<1mm), frequentemente se 
formam nos ácinos; 
• Quando menores do que 5mm, deve-se usar o termo puntiforme; 
• Um grupo isolado de calcificações puntiformes pode justificar uma avaliação com 
“provavelmente benigna” e controle mamográfico, se não houver exame anterior para correlação, 
ou mesmo biópsia percutânea guiada por imagem se o grupo for novo, tiver aumentado ou apresentar 
distribuição suspeita (linear ou segmentar). 
 
 
Anelares: 
• Calcificações redondas ou ovais, com superfície regular e centro radiotransparente; 
• Necrose gordurosa e calcificações nas paredes de cistos são as mais comuns. 
 
 
 
 
Distróficas: 
• Tipicamente ocorrem na mama irradiada, após trauma ou cirurgia; 
• São irregulares e frequentemente apresentam centro radiotransparente. 
 
Fios de sutura: representam cálcio depositado sobre o material de sutura. 
 
 
 
 
 
 
CALCIFICAÇÕES DE MORFOLOGIA SUSPEITA 
• A classificação da morfologia é útil para prever a probabilidade de malignidade; 
• Há quatro termos descritivos para morfologia de calcificações que indicam suspeita de malignidade suficiente para 
recomendação de biópsia. 
 
Morfologia suspeita: 
 
Amorfas: são tão pequenas e/ou indefinidas que uma classificação morfológica mais específica 
não pode ser determinada. 
 
 
 
Heterogêneas Grosseiras: 
• São calcificações irregulares, que tendem a coalescer, mas são menores 
que as calcificações distróficas; 
• Podem estar associadas a malignidade, porém mais frequentemente 
estão presentes em fibroadenomas ou em áreas de fibrose ou trauma, 
representando calcificações distróficas em desenvolvimento; 
• Um único grupo de calcificações grosseiras heterogêneas tem um VPP 
um pouco menor do que 15%, portanto, este achado deve ser classificado 
como BI-RADS 4B. 
Pleomórficas finas: 
• São mais evidentes que as amordas e apresentam formas distintas; 
• Variam em tamanho e forma e geralmente tem diametro <0,5mm; 
• Tem um VPP para malignidade um pouco mais alto (29%) do que as amorfas ou 
grosseiras heterogêneas, também devem ser classificadas como 4B. 
 
 
 
Lineares finas ou lineares finas ramificadas: 
• São calcificações finas lineares,irregulares, que podem ser descontínuas e com calibre < 
0,5mm; 
• Ocasionalmente formas ramificadas podem ser vistas; 
• Sua aparência sugere o preenchimento do lúmen de um ducto ou ductos envolvidos 
irregularmente pelo câncer de mama; 
• Entre as calcificações suspeitas, são as que apresentam VPP mais alto (70%); 
• Portanto, devem ser classificadas como BI-RADS 4C. 
 
Distribuição: é tão importante quanto a morfologia. 
 
 
 
Difusas: 
• São distribuídas aleatoriamente por toda a mama; 
• Calcificações puntiformes e amorfas assim distribuídas são quase sempre benignas, sobretudo 
se forem bilaterais. 
 
 
 
 
 
Regional: 
• Numerosas calcificações ocupando uma grande parte 
de tecido mamário (>2cm em sua maior dimensão), não 
confirgurando uma distribuição ductal; 
• Considerando que esta distribuição pode envolver a 
maior parte de um quadrante ou mais do que um único 
quadrante, a malignidade é menos provável; 
• Entretanto, a avaliação deve levar em conta também a 
morfologia. 
 
 
Agrupadas: 
• Poucas calcificações ocupam uma pequena porção da mama; 
• O limite mais baixo para utilização deste termo é 5 calcificações em menos de 1cm; 
• O limite superior é 2cm. 
 
 
 
 
Linear: 
• São calcificações dispostas em linha; 
• Esta distribuição pode levantar a suspeita de malignidade, já que sugere dépósito em 
ducto; 
• Observe que tanto as calcificações vasculares quanto as em bastonete são em geral 
lineares em sua distribuição, mas essas calcificações apresentam morfologia 
caracteristicamente benigna. 
 
 
 
Segmentar: 
• São suspeitas pois sugerem depósito em um ducto ou ducto e suas ramificações. 
 
 
 
 
 
 
 
DISTORÇÃO ARQUITETURAL 
• O parênquima encontra-se distorcido, sem nenhum nódulo definido visível; 
• Este achado inclui linhas finas, retas ou espiculadas irradiando-se a partir de um ponto 
focal; 
• Na ausência de trauma ou cirurgia, a distorção arquitetural é suspeita de malignidade, 
sendo recomendada biópsia. 
 
 
 
 
 
 
ASSIMETRIA 
 
• É uma área de tecido de densidade fibroglandular visível somente em uma incidência 
mamográfica. 
• A maioria desses achados representa artefatos de somação de estruturas mamárias normais. 
 
 
 
 
 
 
 
Assimetria focal: 
É avaliada em relação ao sítio correspondente na mama contralateral e representa um volume 
relativamente pequeno de tecido de densidade fibroglandular em relação a uma porção 
confinada da mama (menos de um quadrante). 
Apresenta uma forma similar em diferentes incidências (portanto é um achado real e não 
sobreposição de estruturas mamárias normais), mas não caracteriza um nódulo. 
Geralmente se observa a presença de gordura em seu interior. 
 
 
 
 
Assimetria em desenvolvimento: 
É uma assimetria focal nova, maior ou mais evidente do que em exame anterior. 
Aproximadamente 15% dos casos de assimetria em desenvolvimento tem 
diagnóstico de carcinoma. 
Desta forma, esses achados justificam avaliação adicional com biópsia, a menos 
que seja um achado tipicamente benigno (ex: um cisto no US direcionado). 
A ausência de correlação ultrassonográfica, especialmente em casos de pequena 
assimetria em desenvolvimento (<1cm) não deve evitar a realização de biópsia. 
 
 
 
LINFONODO INTRAMAMÁRIO 
• São nódulos circunscritos reniformes e contém 
gordura hilar. 
• Costumam ocorrer nas porções lateral e superior 
da mama, mais próximas da axila, embora também 
possam ocorrer em qualquer lugar da mama. 
• Frequentemente estão localizados adjacente a uma 
veia. 
 
 
 
 
LESÃO DE PELE 
 
A lesão se projeta sobre a mama (especialmente em duas incidências diferentes) 
e pode ser confundido com uma lesão intramamária. 
Uma lesão de pele apresentando relevo suficientemente frande para ser vista à 
mamografia deve ser marcada pelo técnico com um marcador radiopaco 
específico. 
 
 
TOMOSSÍNTESE 
A mamografia digital convencional é limitada nas mamas densas devido a sobreposição tecidual. 
A tomossíntese visa reduzir o efeito dessa sobreposição, através da realização de múltiplos finos cortes, que é feito pela 
movimentação angulas do braço do mamógrafo, com posterior reconstrução volumétrica da mama através de software 
específico, permitindo uma varredura do parênquima mamário em camadas, por isso também é conhecida por mamografia 
tridimensional. 
É um método cada vez mais utilizado, é uma evolução do mamógrafo digital convencional, apresentando benefício nas mamas 
densas, principalmente quando utilizada no rastreamento. 
• Aumento da sensibilidade da mamografia (34-49%); 
• Aumento na detecção do carcinoma lolubar invasor; 
• Distorção arquitetural é o achado mais beneficiado; 
• Redução na taxa de reconvocação para realização de incidências complementares. 
ULTRASSONOGRAFIA 
Principais indicações: 
• Caracterizar nódulos sólidos de cistos; 
• Avaliar nódulos palpáveis em mulheres jovens, gestantes e puérperas; 
• Nódulos localizados na periferia das mamas; 
• Avaliar coleções pós-cirúrgicas e mastites; 
• Caracterização das assimetrias focais visualizadas na mamografia; 
• É o método de escolha, sempre que possível, para orientar procedimentos intervencionistas na mama (biópsias, 
punçõeslocalizações pré-operatórias); 
• Avaliação de resposta a QTN; 
• Implantes; 
• Frequentemente utilizada no rastreamento do câncer de mama como 
complemento à mamografia em mamas densas. 
 
 
 
 
 
Axilas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Composição do tecido: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nódulo – forma: 
 
 
 
Orientação: 
 
 
Margem: 
 
 
 
 
 
Não circunscrita: indistinta, angulada, 
microlobulada ou espiculada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ecogenicidade: 
 
 
 
 
 
 
 Anecóico Hiperecóico 
 
 
 
 
 
 
 
 Complexo sólido cístico Hipoecóico 
 
 
 
 
 
 
 
Isoecóico 
Característica acústica posterior: 
• Nenhuma; 
• Reforço; 
• Sombra. 
 
Calcificações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doppler: 
 
 
 
 
 
 
Microcistos agrupados: 
 
 
 
 
 
Cisto complicado: 
 
 
 
 
 
Corpo estranho: 
 
 
Implantes/silicone 
 
 
 
Linfonodos: 
 
 
 
 
 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
Na detecção do CA de mama, a RM supera tanto a mamografia (com 
ou sem tomossíntese) quanto a ultrassonografia, apesar de NÃO 
substituí-los completamente. 
 
 
 
Apesar da alta sensibilidade, as indicações são específicas: 
• Rastreamento em pacientes de ALTO RISCO; 
• Estadiamento, planejamento cirúrgico, avaliação de resposta 
à quimioterapia; 
• Avaliação de tumor primário oculto (metástase detectada 
sem achados na mama por outros métodos de imagem); 
• Avaliação de achados que permanecem indeterminados após 
a avaliação com os exames convencionais (MG e US); 
• Avaliação de implantes de silicone. 
Desvantagens: 
• A RM também detecta lesões benignas que podem simular lesões suspeitas, ou seja, como consequência pode gerar 
biópsias desnecessárias e causar ansiedade na paciente; 
• Custo; 
• Utilização de contraste. 
É considerado o melhor método de imagem, quando bem indicado, em decorrência de sua alta sensibilidade. 
Entretanto, não substitui os outros métodos de imagem e não diminui a importância da mamografia (principalmente na 
população sem risco adicional), que continua sendo o método de imagem mais importante no rastreamento do câncer de mama, 
com comprovada redução da mortalidade. 
MAMA MASCULINA 
• Ginecomastia e câncer de mama são as duas alterações mais frequentes da mama masculina; 
• O restante das alterações são raras, e se originam na pele, subcutâneo, linfático ou nervos. 
Ginecomastia: 
• É frequente, podendo acometer até 57% dos homens com mais de 44 anos; 
• Manifestação clínica: nodulação macia,móvel e dolorosa na região retroareolar; 
• Está relacionada a aumento sérico nos níveis de estrógeno associado a redução dos níveis de testosterona; 
• Esta alteração pode ocorrer de maneira fisiológica na adolescência e senescência, como resultado das alterações 
endócrinas e metabólicas destes períodos; 
• Outras causas incluem doenças sistêmicas como cirrose e insuficiência renal crônica; 
• Uso de drogas como omeoprazol, diuréticos tiazídicos, espironolactona e antidepressivos 
tricíclicos. 
• Diagnóstico: 
o Mamografia; 
o É o método de imagem mais sensível; 
o Presença de tecido fibroglandular na região 
retroareolar da mama, que pode ser simétrica ou 
assimétrica. 
 
 
Câncer de mama masculino: 
• Representa 1% do total de câncer de mama e 0,17% de 
todos os Ca que acometem os homens; 
• Como a incidência é baixa, não existe programa de rastreamento mamográfico em homens e os métodos de imagem 
são utilizados no diagnóstico de alterações clínicas; 
• Manifestação clínica: nodulação endurecida, fixa, indolor; 
• Fatores de risco: idade avançada, exposição à radiação ionizante, 
criptorquidia, história familiar de câncer de mama.

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