Buscar

Excreção de fármacos - resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

–
EXCREÇÃO DE FÁRMACOS 
 
Para que os fármacos obtenham o efeito desejado quando administrado é necessário que 
ele siga alguns processos minuciosos. Além disso que para que o efeito clinico seja alcançado 
ele precisa atravessar barreiras fisiológicas existentes no corpo que fazem a seleção das 
substancias necessárias. 
O processo que o fármaco enfrenta ao entrar no corpo possui uma sigla “ADME” que 
representam a absorção, distribuição, metabolização e pôr fim a excreção. A absorção dos 
fármacos pode ocorrer por meio de vários mecanismos desenvolvidos para explorar ou romper 
essas barreiras. Uma vez absorvido, o fármaco utiliza sistemas de distribuição dentro do 
organismo, como os vasos sanguíneos e linfáticos, para alcançar seu órgão alvo em 
concentração apropriada. A capacidade do fármaco de ter acesso a seu alvo também é limitada 
por diversos processos que ocorrem no paciente. Estes são amplamente divididos em duas 
categorias: o metabolismo, em que o organismo inativa o fármaco mediante degradação 
enzimática (primariamente no fígado), e a excreção, em que o fármaco é eliminado do corpo 
(principalmente pelos rins e pelo fígado, bem como pelas fezes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01. Representação da ADME (absorção, distribuição, metabolização e excreção). 
Fonte: Wix, 2016. 
CONCEITOS 
–
Biotransformação: processo de alteração na estrutura química que os fármacos sofrem 
no organismo, geralmente por conversão enzimática, com a finalidade de diminuir sua 
lipossolubilidade e facilitar sua excreção. 
Excreção de fármaco: Passagem do fármaco que está no corpo para o meio externo. 
Meia vida: Tempo gasto para que o medicamento diminua em 50% a sua concentração 
na corrente snaguinea. Exemplo: Da substância A é administrado 100mg: t ½ = 10 horas. 
Então em 10 horas terá 50 mg na corrente sanguínea, em mais 10 horas terá na corrente 
sanguínea 25mg e assim por diante. 
 
Todo fármaco administrado deve ter o tempo monitorado para que possa se identificar os 
seguintes fatores: 
a. Tempo entre a administração do medicamento e o início da ação farmacológica (tempo 
de latência), que é influenciado pela velocidade de absorção, distribuição, localização do sítio-
alvo e, indiretamente pela eliminação; 
b. Tempo necessário para desencadear o efeito máximo (relacionado à concentração 
máxima), resultante do balanço entre os processos que levam o fármaco ao sítio alvo e aqueles 
que o retiram deste local; 
c. Duração do efeito, que é dependente da velocidade de eliminação e, em alguns casos, 
da distribuição 
Existem também alguns fatores que influenciarão no modo em que o fármaco será 
excretado, são eles: ligação às proteínas plasmáticas, velocidade de biotransformação, 
solubilidade do fármaco, pka do fármaco, pH urinário, peso molecular e competição pelo 
transporte. As vias de excreção (órgãos excretores) podem ser divididas em primária e 
secundária. A primária é constituída pelo: sistema renal, intestinal, pulmonar e biliar. A 
secundária é composta pelas vias de excreção salivar, mamaria, sudorípara e lacrimal. 
Os fármacos podem ser eliminados em sua forma inalterada (forma original), inativa 
(metabólitos polares obtidos durante a biotransformação) ou polar e hidrossolúvel (composto 
parenteral). No sistema circulatório, esses fármacos se apresentam ligados às proteínas 
plasmáticas ou podem circular livremente (não ligados). Os fármacos e seus metabólitos são, 
–
em sua maioria, eliminados do corpo por excreção renal e biliar. Tornando a eliminação por 
vias secundarias quantitativamente desprezível, se comparada com a eliminação renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 02. Representação da fisiologia renal. 
Fonte: Slide Share, 2016. 
 
Ciclo enterohepático: após a ingestão do fármaco pela via oral, este será absorvido pelo 
intestino e transportado pelo sangue portal até o fígado, onde será biotransformado e conjugado 
a substâncias mais hidrossolúveis, como por exemplo, ao ácido glicurônico, sulfatos ou outro 
componente endógeno. Este conjugado por estar carregado com cargas elétricas, pode passar 
do hepatócito para a bile, sendo armazenado na vesícula biliar e posteriormente eliminado junto 
ao fluido biliar no intestino. Os metabolitos conjugados ao ácido glicurônico podem ser clivados 
no interior do cólon intestinal por enzimas β-glicoronidases liberando do conjugado a molécula 
do fármaco, a qual será absorvida para o organismo. 
Depuração (clearance) renal 
A eliminação de fármacos pelos rins é mais bem quantificada pela depuração (ou 
clearance) renal, definida como o volume de plasma que contém a quantidade da substância 
removida pelos rins na unidade de tempo. Ela é calculada a partir da concentração plasmática, 
Cp, da concentração urinária, Cu, e da velocidade do fluxo urinário, Vu, através da seguinte 
equação: 
–
O CLren varia muito para os diversos fármacos, desde menos de 1 ml/min até o máximo 
teórico dado pelo fluxo plasmático renal, que é de aproximadamente 700 ml/min, medido pela 
depuração do ácido p-amino-hipúrico (PAH) (a eliminação renal de PAH é próxima de 100%). 
A via renal baseia-se na natureza hidrofílica de um fármaco ou seu metabólito, e é 
considerada a principal via de excreção de medicamentos. Existem três processos fisiológicos 
que envolvem a excreção pelo sistema renal: Filtração glomerular, secreção tubular ativa 
(tratam da remoção das drogas do organismo) e reabsorção passiva (basicamente redistribui o 
medicamento novamente no organismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 03. Esquematização dos sistemas de filtração, secreção e reabsorção dos fármacos no rim. 
Fonte: MOURA. 
 
A filtração glomerular ocorre pelos capilares glomerulares que fazem a seleção de fluidos, 
permitindo ou bloqueando a passagem. Os mesmos possibilitam as moléculas de fármacos com 
peso molecular abaixo de 20 kDa se difundirem para o filtrado glomerular. Esse processo de 
filtração se dá apenas aos fármacos livres que estão presentes no plasma, não sendo filtrados os 
fármacos ligados, por exemplo, a albumina. A porcentagem de filtração pode chegar a apenas 
2% se os outros 98% dos fármacos estiverem ligados a alguma proteína plasmática ou a 
elementos formados do sangue (por ex., hemácias). 
Na secreção tubular pelo menos 80% dos fármacos serão enviadas para o lúmen tubular 
por dois sistemas de transportadores independentes e relativamente não seletivos o OAT e OCT. 
–
Como pelo menos 80% do fármaco que chega aos rins é apresentado ao transportador, a 
secreção tubular é potencialmente o mecanismo mais efetivo de eliminação renal de fármacos. 
Os transportadores OAT podem mover moléculas de fármacos contra gradiente 
eletroquímico e, consequentemente, reduzir a concentração plasmática praticamente a zero; 
enquanto os OCTs facilitam o transporte a favor do gradiente eletroquímico. Ao contrário do 
processo de filtração glomerular na secreção tubular esses transportadores conseguem executar 
a depuração máxima de um fármaco mesmo que as maiores partes do mesmo, estejam fazendo 
ligações com proteínas plasmáticas. 
Reabsorção passiva (difusão pelo fluido tubular concentrado e reabsorção pelo epitélio 
tubular). Nesse processo os compostos lipossolúveis não ionizados serão filtrados e 
reabsorvidos quando passarem pelo túbulo contornado proximal do néfrom. Já os compostos 
hidrossolúveis e ionizados não poderão ser reabsorvidos. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
David E. Golan; Armen H. Tashjian; Ehrin J. Armstrong; April W. Armstrong. Princípios de 
Farmacologia - A Base Fisiopatológica da Farmacologia. 3ª edição. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014. 
 
MOURA, André Luiz. Princípios de Farmacocinética Clínica /Farmacocinética Clínica 
Aplicada. Disponível em: 
<http://sis.posestacio.com.br/sistema/rota/rotas_81/158/scorm/farmaconetica/m1_001/objetos/
pdf.pdf>. Acesso em: 15 de julho de 2019. 
 
RANG e DALE. Farmacologia.8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 
 
SLIDE SHARE. Nefrologia: Anatomia e Fisiologia dos Rins. Disponível em: 
<https://www.slideshare.net/hamiltonnobrega7/nefrologia-anatomia-e-fisiologia-dos-rins>. 
Acesso em: 15 de julho de 2019. 
 
WIX. Ibuprofeno. Farmacocinética. 2016. Disponível em: 
https://ibuprofeno20152016.wixsite.com/toxiffup/blank-3>. Acesso em: 15 de julho de 2019. 
 
https://ibuprofeno20152016.wixsite.com/toxiffup/blank-3

Continue navegando