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A1 - Direito Tributário II

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A1 - DIREITO TRIBUTÁRIO II (CG - JUR0901N - 2020-2)
CAIO CALDAS MARQUES - 20101781
1. Quais são os principais motivos que ensejam o aumento de demandas
tributárias? Elas possuem relação com a crise ocasionada pela pandemia? Fundamente
A intenção dos ingressos em juízo por parte da iniciativa privada certamente é o
diferimento fiscal, de maneira que não haja lesão ao patrimônio público; mas adiada -
principalmente diante desse atual contexto da pandemia, onde boa parte das empresas
sofreram um certo impacto econômico.
Por outro lado, o Estado precisa prover o orçamento público, onde a arrecadação
fiscal faz-se necessária, mesmo que de maneira complementar. Este, por sua vez, precisa
prover o bem estar social, tendo que garantir uma série de Direitos e Garantias Fundamentais,
individuais e coletivos, previstos na Constituição, principalmente (também) no contexto
atual.
Deve haver uma flexibilização no que diz respeito a certa postergação obrigacional
da iniciativa privada. Entretanto, é de extrema importância a responsabilidade fiscal, para que
haja o devido equilíbrio às regras orçamentárias públicas.
2. A judicialização é o melhor instrumento de proteção ao orçamento
público por parte do fisco? Justifique.
Da intervenção judicial num caso concreto, presume-se que não há mais outra
maneira de compor/solucionar o conflito daquele. Também é de se imaginar que, em
conformidade com o atual estado das coisas, a autocomposição tenha se tornado
extremamente mais dificultosa, diante de cada peculiaridade, atualmente surgida.
De certo modo mostra-se necessária judicialização a fim de que se traga estabilidade
e segurança jurídica, pacificando os conflitos.
3. Num cenário de crise, o Fisco demandar a cobrança de impostos se
apresenta como uma afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana? Analise.
É dever do Estado analisar e preservar casos de risco de violação à dignidade da
pessoa humana, conforme preceituado entre os objetivos fundamentais do Estado, na
Constituição.
Numa situação de crise, o demandado pode encontrar-se tendo que escolher entre
pagar a obrigação fiscal e manter seus custos básicos; ou mesmo sobreviver. Sendo assim, o
Estado deve ‘socorrer’ o indivíduo nesse sentido, garantindo uma certa igualdade social
mediante a circunstância exposta, na medida de sua capacidade contributiva.
4. Enquanto profissional do Direito, qual a melhor medida a sugerir que um
possível cliente adote em face da proteção dos direitos do contribuinte, que sofre os
efeitos da crise financeira, sem possuir condições de arcar com as obrigações fiscais?
Reflita.
Considerando que o cliente teve sua capacidade contributiva completamente
impactada em face da crise, este não pode arcar com contribuições fiscais colocando sua
sobrevivência pessoal e econômica em risco.
Existe uma série de decisões em todo o país de maneira a favorecer a pessoa (física
ou jurídica) que vêm enfrentando este transtorno, no sentido de prorrogar o pagamento de
tributos a demandados.
Entretanto, é de suma importância avaliar a situação Municipal onde o cliente possui
domicílio, sendo fundamental para que se aprecie o caso concreto - o decreto Estadual que
tenha declarado o estado de calamidade pública DEVE abranger o município citado.
Desta forma, apesar de uma certa insegurança jurídica permeada neste caso
concreto; e, conforme anteriormente dito, é plenamente possível que haja o diferimento fiscal
diante do contexto de pandemia atual, desde que a ação em questão seja devidamente
instruída, de maneira a comprovar a situação do demandado.

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