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Oftalmologia Anatomia da órbita e músculos extra-oculares Ossos (7): ● Teto: asa menor do esfenoide e frontal ● Lateral: asa maior do esfenoide e zigomático ● Medial: maxilar, lacrimal, esfenoide e etmoide ● Assoalho: zigomático, maxilar e palatino. Músculos ● Reto lateral: abdução - n. abducente (VI) ● Reto medial: adução - n.oculomotor (III) ● Reto superior: elevação, adução e intorção – n. oculomotor (III) ● Reto inferior: depressão, adução e extorção – n. oculomotor (III) ● Obliquo superior: depressão, abdução e intorção – n. troclear (IV). ● Obliquo inferior: elevação, abdução e extrorção – n. oculomotor (III). ● Levantador da pálpebra superior – n. oculomotor (III). Obs: os nervos III e VI passam próximo a grandes vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Núcleos motores do tronco encefálico Mesencéfalo: núcleos do III e IV – áreas integrativas visuais, auditivas e pupilares. Ponte: núcleos do V, VI e VII – áreas de integração visceral (mastigação, movimentos oculares, expressão facial, ficar os olhos, salivação, equilíbrio postural) Bulbo: núcleos do VIII, IX, X XI (craniana), XII - áreas de integração visceral (respiratório, vasomotor, vomito, tosse, movimentos linguais, etc). Desenvolvimento visual e acuidade visual ● Nascimento: visão baixa ● 1 mês: fixação da visão ● 3 meses: acompanha objetos com a visão ● 4 meses (6 meses): alinhamento perfeito dos olhos e maturação funcional da retina ● 3 anos: visão 100% ● Potencial de desenvolver a visão durante período de plasticidade sensorial (9 ou 10 anos). Crescimento ocular ● Nascimento: 70% do adulto – 17 mm (crescimento 7 mm – adulto 23,6mm) ● 3 anos: 95% do adulto ● Córnea: 80% (nascimento); 95%(1 anos) ● Diferenciação do nervo óptico: 4 meses; Mielinização 2 anos. ● Pigmentação iriana: 6 meses ● Evolução cristalino: nascimento 34.4 D, adulto 18.8 D ● Evolução da ceratometria: nascimento 51.2 D, adulto 43.5 D ● Evolução alinhamento ocular: maioria tem desvio divergente ao nascimento (66,5%), após 3º mês não observar desvio, grande maioria estão ortotrópico aos 6 meses. Conceitos Visão: processo de percepção sensorial dependente de três diferentes partes: olho, trajeto óptico e encéfalo. Importante o funcionamento de todas as partes. Acuidade visual: limite de discriminação visual no espaço, seguramente é a medida mais importante na avaliação da função visual, especificada em termos de dimensões espaciais do menor estimulo que pode ser visto. Mínimo visível- determina a presença ou ausência de um objeto Mínimo resolvível – determina a presença ou diferença entre dois objetos visíveis. Mínimo discriminável – determina a localização de dois ou mais objetos no espaço. Capacidade visual: Brilho, ângulo de visão, acuidade visual, cor e campo visual. Exame oftalmológico Avaliação dos músculos extra- oculares – movimentos oculares Alterações – versões Avaliação acuidade visual Mínimo visível 3 seg. de arco – capacidade de detecção do menor ponto. Mínimo resolvível 3 seg, de arco – determinar presença ou diferença entre 2 objetos visíveis Ângulo visual (minutos de arco) Mínimo resolvível 30 seg de arco (Snellen) – distância de 6 metros, observação com 5 min de arco e com variação na forma de 1 min. Formas de anotação Formas de apresentação dos optotipos Medida de sensibilidade ao contraste Estrabismo Ambliopia: baixa no desenvolvimento visual Estrabismo Anisometropia (diferença de graus entre os olhos) Altas ametropias Privação: opacidades dos meios transparentes dos olhos (córnea, cristalino (catarata) ou vítreo). Glaucoma congênito Doenças na retina Esotropia infantil: estrabismo convergente nos primeiros 6 meses de vida ● Desvio convergente de grande ângulo ● Pequena a moderada hipermetropia ● Fixação cruzada (limitação de abdução) ● Desvio vertical dissociado ● Disfunção de músculos oblíquos ● Ausências ou reduzida visão binocular ● Ausência de distúrbios neurológico ● Base genética: 73 a 82% dos gêmeos monozigóticos (univitelinos); 35 a 47% dos gêmeos dizigóticos; 30,6% histórico familiar; 7,8% pais com síndrome de monofixação. Esotropia acomodativa (2-4 anos) Exotropia intermitente Torcicolo congênito: paralisia congênita do n. IV (troclear), m. obliquo superior direito. Nistagmo congênito com zona neutra no olhar para a direita Outros: Paralisias dos nervos III, VI, IV uni ou bilateral. Tratamento: cirurgia Qualidade de vida- Impacto significativo: prejuízo no relacionamento interpessoal, incomodação com o estrabismo, sentimento de interiorização, dificuldade na leitura, dor ou queimação nos olhos. Erros Refracionais (ametropia) Visão: luz (imagem) focalizada na retina Refracional do olho: 62 dioptrias córnea (43 D) e cristalino (19 D) Visão normal (emetropia): 1,0 ou 20/20 ou 6/6 (5 minutos de arco a 6 metros). Visão de perto (acomodação): cristalino muda de formato (mais espesso) – aumenta poder refracional. 1D (1 metro), 2D (1/2 metro), 3D (1/3 metro). Hipermetropia Luz focalizada atrás da retina Alteração na visão de perto Correção: lentes convergentes (convexa – positiva) Afacia: alta hipermetropia Miopia Luz focalizada na frente da retina Alteração na visão de longe Correção: lentes divergentes (concava – negativa) Influência do comprimento axial do bulbo amor que o normal. Classificação: - Início precoce/ miopia juvenil (9- 11 anos) – a maioria dos míopes 60% -progride nos primeiros anos da adolescência, estabiliza em torno de 3-4 D no início da idade adulta. - Miopia alta (>6D) – 1% - Miopia de início tardio (15-18 anos, às vezes mais tarde) – 8 a 15% dos míopes, versão atrasada da miopia juvenil. Progressão mais lenta, raramente > 2D. - Outros tipos: congênita, doenças relacionadas e lenticular. Formas de “prevenção” ou redução da progressão: atividade em ambientes externos, uso de lentes corretivas, ortoceratologia (lente de contato), uso de fármacos (atropina diluída a 0,01%). Aumento atualmente relacionado ao uso de computador. Astigmatismo Luz sofre convergência assimétrica Alteração na curvatura da córnea Visão embaçada para longe e perto Correção: lentes tóricas Presbiopia (vista cansada) Dificuldade em focalizar objetos próximos Geralmente, aparece após os 40 anos amplitude de acomodação da lente diminui com a idade. Glaucoma Conceito: “neuropatia óptica com danos estruturais característicos para o nervo óptico, associada à morte progressiva de células ganglionares da retina, a perda de fibras nervosas e da pera de campo visual”. Relacionada com a pressão intra-ocular. Epidemiologia: 1,5 a 2% da população - < 1% abaixo de 55 anos; 2% aos 65 anos e 4% aos 80 anos. 10 a 15% dos parentes de 1º grua desenvolve glaucoma, prevalência negros 3 x 1 brancos. Multifatorial: elevação da pressão intra-ocular, fatores independentes: idade, diabetes, HAS, raça, Histórico familiar, displidemia. Fisiopatologia: Elevação da PIO aumento da pressão na junção do n. óptico e a retina redução vascularização no n. óptico isquemia perda de células ganglionares da retina Cegueira irreversível. Lesão do nervo óptico Histologia da escavação do disco óptico Fisiologia -Produção e fluxo do humor aquoso Produção – processos ciliares 2.0-2.5 microL/min. Fluxo: Câmara posterior, pupila, câmara anterior, ângulo da câmara anterior. Drenagem: malha trabecular (canal de Schelmm, canais intrasclerais e vasos extraesclerais). Fatores responsáveis pelo aumento da pressão ● Taxa de produção do humor aquoso ● Resistência na drenagem ● Níveis da pressão dos vasos episclerais Pressão normal: 10 e 18 mmHG Aumenta a noite: processos inflamatórios intraoculares e com a idade. Várias formas de medida. Tônometro de aplanação de Goldman Pressão (P)= Força(F)/Área(A) Outros exames importantes Goniosocopia: consiste na visualização do ângulo entre a íris e a córnea – ângulo da câmara anterior. Importante na avaliação de HD ou confirmação de glaucoma. Campo visual: avalia a percepção visual central e periférica, identificando qualquer alteração ou redução visual. OCT: avalia alteração na retina e n.óptico(escavação e alteração da borda do nervo). HD e acompanhamento. Tipos de glaucoma De ângulo aberto (mais comum – 95%) Malha trabecular menos eficiente na drenagem do humor aquoso. PIO aumenta – danos ao n. óptico. Maioria assintomático – doença silenciosa. História familiar positiva. De ângulo fechado (menos comum, URGÊNCIA OFTALMOLÓGICA) Ângulo de drenagem da malha trabecular bloqueada pela íris. PIO aumenta muito rápido, Sintomático: dor acentuada, vermelhidão ocular, visão diminuída ou embaçada. Fatores de risco: idade, HF, trauma ocular, alta hipermetropia (diâmetro antero- posterior do olho diminuído). Outros tipos: Congênito, de pressão intra-ocular normal, juvenil, secundário e cortisonico (uso crônico de colírio corticoide). Glaucoma congênito: Bruphthalmo, lacrimejamento, aumento escavação do disco óptico, edema de córnea, estria de Haab. Glaucoma de PIO normal: doença cardio-vasculares, HF. Glaucoma secundário: neovascular, uveíte, trauma, luxação do cristalino, síndrome de Sturge-Weber. Controle/acompanhamento Medir PIO Exames: Campo visual, teste de sensibilidade ao contraste, escavação do disco óptico, gonioscopia, OCT. Tratamento Colírios: Miótico (mais antigo), Beta-bloqueador (mais usado), inibidor de anidrase carbônica, análogo de prostaglandina, alpha-2 agonista. Cirúrgico: Trabeculoplastia por laser argônico, trabeculectomia (mais feito), crioterapia, iridotomia a laser. Trabeculetectomia – cirurgia filtrante - Glaucoma de ângulo fechado ou estreito Catarata Cristalino: lente biconvexa, 2º estrutura de refração mais importante, estrutura ativa que muda ao longo da vida. Característica: cápsula (colágeno), epitélio (células – dividem com a idade), córtex (células sem núcleos e transparentes), zônula (fibras que sustentam e fazem a ligação com o m.cliliar). Curvatura posterior é maior que anterior. Definição: Opacificação do cristalino – forma mais tratável de perda visual. Classificação de acordo com a região: Nuclear, sub-capsular posterior, cortical, capsular anterior. Catarata Congênita Idiopático (30%) Infecciosa – rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus (30%) Genética (30%) Outros: Senilidade, Metabólicas (diabetes), radiação (solar), medicamentosa (corticoide oral), imunológicas, inflamatórias, traumáticas, tabagismo, alcoolismo. Tratamento: Cirurgia Conjuntivites Quadro clinico: Olho vermelho, edema (quemose), sensação de corpo estranho, secreção (purulenta na bacteriana), uni ou bilateral. Classificação: Infecciosa: virótica – adenovírus (65-90%), mais comum em adultos (80%); bacteriana (mais comum em crianças) – Haemophillus influenzae, Staphylococcus pneumoniae,; Chlamydia; Herpes simples e zoster. Não infecciosa: Irritativa e alérgica Conjuntivites Infecciosa – tratamento Cuidados gerais: lavar as mãos com frequência, evitar coçar os olhos, lavar os olhos com soro fisiológico 0,9%, não compartilhar toalhas e roupas de cama, trocar a fronha do travesseiro todos os dias, evitar contato muito próximo, como abraços e beijos, se usar óculos, lavá-los todos os dias. Colírios: Virótica – Higiene com SF 0,9%, em casos de complicação colírio de corticoide e antibiótico; Bacteriana – tobramicina 0,3%, ciprofloxacino 0,3%, ofloxacino 0,3%, moxifloxacino 0,5%. Conjuntivite neonatal Etiologia: Chamydia trachimatis (73%)> 7 dias de nascimento; Neisseria gonorrhoeae (15%) até o 3 dia; Staphylococus aureus (8% a 46%); Streptoccus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Herpes simples. Conduta: coleta de material – cultura, gram e Giemsa (Chlammydia), Neisseria gonorrhoeae (diplococos gram negativos). Tratamento: terapêutica inicial, Colírio de tobramicina ou gentamicina; Neisseria gonorrhoeae – Ceftruaxone EV. Prevenção: Método Crede 1881 – Nitrato de prata 1% (não age na Chamydia), PVPI 2,5% 1 gota, Eritromucuna 0,5% ou tetraciclina 1% 1gota. Conjuntivite Bacteriana Etiologia: –Staphylococcus sp, Staphylococcus pneumoniae (adultos); Haemophillus sp, Staphylococcus sp, Staphylococcus pneumoniae (crianças). Características: Benigna e bilateral, secreção mucopurulenta, autolimitada e duração até 2 semanas. Tratamento: Colírio de quinolonas 6/6 hrs (ciprofloxacina, oflaxacina, moxifloxacino); Tobramicina ou gentamicina. Conjuntivite viral – ceratoconjuntivite epidêmica. Etiologia: adenovírus tipo 8, 11, 19, 37 Características: Bilaterais 80%, secreção mucosserosa, adenopatia preauricular, autolimitada, duração 4 semanas, contagio contato pessoal, afastamento escola e trabalho (impacto social). Complicações: Membrana conjuntival, ceratite (infiltrados sub-epitelial) pode durar meses ou anos. Conjuntivite Herpes simples e zoster Características: unilateral, pode ou não ter lesões na pele, secreção mucosa, lesões epiteliais na córnea (ceratite). Tratamento: antiviral tópico ou sistêmico, CONTRAINDICADO USO DE CORTICOIDES, sem esteroides. Conjuntivite – alergia ocular Reação inflamatória da superfície ocular causada por reação de hipersensibilidade tipo I ou IV. Classificação: Sazonal, Perene, Ceratoconjunctivite atópico (AKC), Ceratoconjunctivite vernal (VKC), Blefaroconjuntivite de contato, Conjuntivite papilar gigante. Formas mais prevalentes (65%): sazonal eperene – benigna, autolimitada, crianças/adultos, prurido/vermelhidão. Duração: Aguda, crônica, recorrente. Epidemiologia: doenças alérgicas: 15 a 30% população, 1/3 sintomas oculares. Sintomatologia: prurido, sensação corpo estranho, secreção mucosa, edema. Complicação: Ceratoconjuntivite vernal Prevalência (25%), crianças <10 anos (82%) e adultos jovens atópicos. Crônico, bilateral, pode ser assimétrica Prurido, hiperemia, fotofobia e lacrimejamento. Conjuntiva tarsal, bulbar ou ambas. Geralmente mais grave: nódulos de trantas (eosinófilos), papilas tarsais gigantes, lesões de córnea (úlcera). Blefaroconjuntivite de contato: hipersensibilidade tipo IV (linfócitos), acomete a pálpebra e a conjuntiva, provocada por vários tipos de alérgenos, melhora espontânea. Tratamento Primeira linha: afastar alérgenos, orientação –não coçar os olhos (ação mecânica) favorece degranulação de mastócitos e piora dos sintomas e pode causar o ceratocone, compressas frias com SF (reduz edema palpebral e periorbital), lubrificantes oculares (lagrimal artificiais) – alivio no ressecamento. Quadro leves: anti-histamínicos/estabilizadores de membrana de mastócitos 1 ou 2 vezes ao dia por 2 a 3 semanas – cromoglicato de dissódico 4%, olopatadina, alcaftadina, cetotifeno. Efeitos colaterais queimação e ardor. Quadro moderado (resistente): corticoide tópico 2 a 3 vezes ao dia por 2 semanas, períodos curtos com acompanhamento oftalmológico, risco maior após 6 semanas – catarata, glaucoma, infecção (ceratite herpética) Fluormetaolona 0,1% (baixa penetração), Prednisolona 0,12%, dexametasona (maior penetração). Quadro grave: Corticoide tópico (acetado de prednisolona 1% 4 a 6 vezes ao dia por 1 semana com redução progressiva), inibidores tópicos da calcineurina (ciclosporina 1% e 2% solução manipulada), tracolimus 0,1 e 0,03% solução manipulada). – não aumenta PIO, ação mais lenta, disponibilidade limitada, efeito colateral ardor e irritação palpebral. Uveíte Conceito: inflamação do trato uveal Classificação De acordo com a localização da inflamação – uveíte anterior, intermediária, posterior, pan-uveíte. Etiológica: Endógenas – agentes provenientes de um outro local do copro ou de uma reação autoimune, subdividas em uveítes imunológicas e infeciosas. Exógenas – secundária a traumas cirúrgicos ou acidentais, com ou sem perfuração ocular, corpo estranho intra-ocular. Sintomas: vermelhidão, dor, fotofobia, lacrimejamento, distúrbios visual, floaters (moscas volantes). Sinais: hiperemia da conjuntiva, precipitados ceráticos, nódulos na íris), inflamação no vítreo, retina, coroide e/ou nervo óptico. Uveíte anterior: nódulos na íris - nódulos de koeppe margem pupilar e nódulo de busacca estroma. Uveíte intermediaria: corpo vítreo e retina periférica. Snowball (agregados celulares inflamatórios no corpo vítreo inferior),Snowbanks (acúmulo de detritos e células inflamatórias ao longo da pars plana e ora serata). Causas: sarcoidose, doenças intestinais inflamatórias, esclerose múltipla, doença de lyme, pars planitis. Uveíte posterior: toxoplasmose, sífilis, tuberculose, toxocaríase, doença da arranhadura do gato – Bartonella, doença de Behçet, viral (CMV, HSV, HZV). Arranhadura do gato: alterações oculares – neurorretinite, coriorretinite focal, maculopatia exsudativa, deslocamento de retina seroso, vitreíte e oclusão venosa. Toxoplasmose Vias de transmissão: ingestão de oocisto provenientes de fezes de gato ou ingestão de cistos na carne crua ou mal cozida de animais portadores e infecção transplacentária. Gestante: sorologia início da gestação Negativo – repetir durante a gestação Positivo IgG e negativo IgM – gestante imune Positivo IgM e negativo IgG – tratamento com espiramicina e sulfadiazina. Tratamento: pirimetamina, sulfadiazina, ácido folínico (durante tratamento com pirimetamina) e predinisolona. Congênito: tratamento durante todo o primeiro ano de vida. Não existe vacina e nem medicamento que elimine os cistos. Neuro-oftalmologia Visão (acuidade visual), visão de cores, campo visual, motilidade ocular. Sistema visual: retina n. óptico trato óptico núcleo geniculado lateral radiação ópticas córtex visual primário. Pode ocorrer defeitos no campo visual trajetória visual. Pupilas Fisiológico: normal, dilatada, miose; músculos da íris: constritor pupilar (inervação parassimpática), dilatador de pupila (inervação simpática). Reflexos pupilares: Disco óptico Edema do disco óptico: papiledema (aumento da PIO), neurite óptica infecciosa e não infecciosa, neuropatia óptica isquêmica ou diabética, oclusão veia central da retina, inflamação intra-ocular, pseudo-papiledema (drusas do n. óptico). Palidez do disco óptico: Congênito, aumento da pressão intra-craniana, doenças vasculares da retina, neurite óptica, compressão do n. óptico, trauma, glaucoma. Considerações oftalmológicas nos distúrbios sistêmicos Diabetes Cegueira é 25% maior nos diabéticos, quase 90% dos diabéticos do tipo 1 terão retinopatia em 15 anos de doença. Complicações: retinopatia, alteração instável do erro refracional, catarata, glaucoma neovascular, paralisa de n. oculomotores, diminuição da sensibilidade corneana. Retinopatia diabética Fator de risco: duração da diabetes, controle glicêmico irregular, gestação, HAS, tabagismo. Patogênes: níveis elevados de glicose microangiopatia de pequenos vasos sanguíneos alterações na membrana basal do endotélio capilar (espessamento) e perda dos periquitos, causando aneurismas oclusão dos capilares isquemia aumento da produção de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) formação de novos vasos hemorragias superficial (chama de vela) e hemorragia profunda nas extremidade venosa dos capilares exsudatos duros (extravasamento de lipoproteínas) exsudatos algodonosos (redução do fluxo axoplasmático na camada de fibras nervosas). Classificação: Não proliferativas – aumento da permeabilidade capilar e oclusão vascular, micoraneurismas, edema macular, exsudatos duros e algodonosos, veias tortuosas, hemorragias superficiais. Proliferativas: surgimento de neovasos, sangramento mais intenso, isquemia e sangramento retiniano (perda acentuada da visão). Hipertensão arterial Hipotensão noturna: Queda maior da PA geralmente a noite, causa: glaucoma de baixa pressão, neuropatia óptica anterior isquêmica (apneia do sono). Interferência da medicação: autorregularão do fluxo sanguíneo na cabeça e no n.óptico. Alterações retinianas: arteriosclerose (estreitamento dos vasos), “sinal do fio cobre” e “sinal do fio de prata”, cruzamento arterio-venosos patológicos (“sinal de Gunn” e “sinal de salus”), hemorragias retinianas, exsudato duro, tortuosidade vascular, microaneurismas e shunt arteriovenoso. Classificação retinopatia hipertensiva: • Grau 0 – sem alterações • Grau 1 – estreitamento arteriolar discreto • Grau 2 – estreitamento arteriolar evidente e irregularidades vasculares localizadas • Grau 3 – grau 2 com hemorragias e/ou exudatos • Grau 4 – grau 3 com edema de disco óptico. Doença da tireoide ocular – Doença de Graves Doença autoimune da glândula tireoide, que libera um excesso de hormônios (hipertireoidismo) Características: taquicardia, palpitação, suor excessivo, aumento da pressão arterial, irritabilidade, fadiga, perda de peso. Sinais e sintomas: irritação e dor ocular, ressecamento ocular, aumento da pressão intra-orbitária, limitação dos movimentos oculares, diplopia (visão dupla), proptose, cefaleia, diminuição da visão (acometimento do n.óptico). Tratamento: Controlar o hipertireoidismo: fase ativa (2 ou 3 anos) – lubrificante ocular, prednisolona, descompressão orbitária (neuropatia óptica) Fase de remissão: retração palpebral e estrabismo (diplopia). Artrite reumatoide Metade dos pacientes com uveíte aguda possuem HLA-B27 positivos. Doenças reumáticas com FR negativos: espondilite anquilosante, doença inflamatória do intestino (colite ulcerativa e Crohn), psoríase. Artrite reumatoide juvenil: uveíte anterior não granulomatosa, sintomas inicias em torno de 6 anos, acomete mais o gênero feminino.
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