Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica é uma inflamação pulmonar crônica, com áreas de obstrução brônquica e de hiperinsuflação. Com muita frequência é associada à bronquite crônica. Seu maior fator de risco é o tabagismo, mas também existem outros, como defeitos da alfa-1 antitripsina e asma grave não tratada. Definição DPOC é uma doença respiratória prevenível que se caracteriza pela obstrução crônica do fluxo aéreo, não totalmente reversível, geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal à inalação de partículas ou gases tóxicos. É um processo inflamatório crônico que, quando atinge os brônquios é chamada de bronquite crônica, quando atinge os bronquíolos é chamada de bronquiolite obstrutiva, e quando atinge o parênquima pulmonar é chamada de enfisema pulmonar. Cor Pulmonale Síndrome caracterizada por alterações no ventrículo direito resultante de doenças que afetam a função e/ou estrutura dos pulmões. A DPOC é a principal causa de cor pulmonale. Seus principais sinais e sintomas são: dispneia, taquicardia, hiperfonese de B2, ritmo de galope, estase jugular, hepatomegalia e edema periférico. Na cor pulmonale a hipóxia pulmonar causada pela DPOC causa vasoconstrição, aumentando assim a resistência pulmonar, que causa hipertrofia do ventrículo direito. O quadro clínico de cor pulmonale é formado por dispneia, ortopneia, inchaço, edema, hepatomegalia, estase jugular, B2 hiperfonética, hiperinsuflação, aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, expansibilidade diminuída, hipersonoridade na percussão, diminuição dos murmúrios vesiculares, roncos e sibilos, e ausculta da voz diminuída. Diagnóstico Deve-se suspeitar de DPOC quando houver presença de tosse crônica, expectoração, dispneia, sibilos e exposição do paciente aos fatores de risco (tabagismo, poeira ocupacional e fumaça de lenha). Sendo assim faz-se uma espirometria pré e pós uso de broncodilatadores, e, se necessário outros exames, como radiografia de tórax e oximetria/gasometria. Raio-X de Tórax O raio-X de tórax de um enfisema pulmonar é caracterizado por destruição do parênquima, hiperinsuflação pulmonar (aumento do espaço retroesternal, retificação e abaixamento das cúpulas diafragmáticas, alargamento dos espaços intercostais, redução da vascularização e hipertransparência) e formação de bolhas. 2 O raio-X de tórax de um portador de bronquite crônica geralmente é normal, mas as vezes pode-se identificar o espessamento das paredes dos brônquios. Gasometria Na gasometria tem a presença de hipoxemia (PaO2 < 60 mmHg) e presença de hipercapnia (PaCO2 > 45 mmHg) com ou sem aumento compensatório do bicarbonato. Hemograma No hemograma tem a presença de poliglobulina (Ht > 55) e pode-se avaliar a possibilidade de infecção. Diagnóstico Diferencial Alguns diagnósticos diferenciais comuns de DPOC são asma, insuficiência cardíaca congestiva, bronquiectasia, tuberculose e bronquiolite obliterante. Enfisematoso O quadro clínico mais comum de um paciente com DPOC enfisematoso é um homem, maior de 50 anos, com tosse leve crônica, dispneia, sibilos secreção mucosa clara de pouca quantidade, com perda de peso. Exame Físico Um paciente com DPOC enfisematoso apresenta um exame físico característico de enfisema, sendo eles em sua maioria magros, fazendo uso da musculatura acessória para conseguir respirar. Com hiperinsuflação, aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, expansibilidade diminuída, hipersonoridade na percussão, diminuição do murmúrio vesicular, poucos ou nenhuns sibilos e ausculta da voz diminuída. Bronquítico O quadro clínico mais comum de um paciente com DPOC bronquítico é um homem obeso, com tosse importante crônica, portador de bronquite crônica, ou seja, com tosse produtiva a mais do que 3 meses ao ano por 2 anos e com dispneia aos leves esforços. 3 Exame Físico No seu exame físico encontra-se cianose, edema em membros inferiores, hiperinsuflação, aumento do diâmetro ântero- posterior do tórax, expansibilidade diminuída, hipersonoridade na percussão, diminuição dos murmúrios vesiculares, roncos e sibilos, e ausculta da voz diminuída. Tratamento O tratamento da DPOC tem objetivo de melhorar os sintomas, prevenir a progressão da doença, aumentar a tolerância ao exercício, melhorar a qualidade de vida do paciente, prevenir e tratar complicações e exacerbações, e reduzir a mortalidade. Devendo-se assim, educar o paciente sobre a doença e orientá-lo a cessar o tabagismo. RESUMINDO... Paciente com DPOC possui dificuldade expiratória e, se associada à bronquite crônica, tosse crônica produtiva. Na inspeção encontra-se tórax “em tonel” ou enfisematoso, expiração prolongada e uso de musculatura acessória. Na palpação encontra-se diminuição da elasticidade, da expansibilidade e do frêmito toracovocal bilateralmente. Na percussão têm-se som timpânico. E na ausculta encontra-se diminuição ou abolição do murmúrio vesicular, estertores finos e grossos, sibilos e roncos.
Compartilhar