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Estrutura das Membranas Biológicas Lembrando da aula 1, as organelas membranosas, ou seja, que surgiram através do sistema de endomembranas são: Golgi, núcleo, retículos, lisossomos. Essas organelas foram originadas através da invaginação da membrana plasmática. Já as mitocôndrias, peroxissomo e cloroplasto (célula vegetal) sua origem foi através da endossimbiose. Biomembranas: Funções ( Citoesqueleto Estabelece, modifica e mantém a forma das células. Sendo o responsável pelos movimentos celulares e deslocamento de organelas, cromossomos, vesículas e grânulos diversos. Seus principais componentes são os microtúbulos, filamentos de actina e filamentos intermediários. ) A membrana celular é uma barreira que separa o compartimento intracelular do compartimento extracelular. Funções gerais: · Isolamento físico; · Regulação de trocas com o meio; · Comunicação entre célula e o meio; · Suporte estrutural com o citoesqueleto e junções especializadas entre células adjacentes. Biomembranas: Composição química A membrana plasmática é uma estrutura glicolipoprotéica (açúcar+lipídio+proteína). Mais de 90% das membranas possuem essa composição, porém outras membranas possuem uma composição diferente, como: bactérias, cloroplastos, mitocôndrias, etc. Algumas membranas se diferem pela sua estrutura e outras pela quantidade dos compostos. ( As lamelas dos cloroplastos, membrana interna da mitocôndria e algumas bactérias não possuem carboidratos na composição da membrana biológica . ) O modelo do mosaico fluido Singer e Nicolson (1972) dizem: · A membrana consiste da bicamada de fosfolipídios com uma variedade de proteínas inseridas parcial ou completamente na bicamada, carboidratos encontram-se na superfície externa. Por que mosaico fluido? Esses dois nomes (mosaico e fluido) tem relação direta com a função da membrana. · Mosaico: A membrana é formada por moléculas diferente e essa composição varia de uma célula para outra. · Fluido: Tem relação com o seu movimento e por permitir que membranas biológicas se fundam entre elas. O modelo contemporâneo O modelo contemporâneo complementa o modelo do mosaico fluido. O que se sabe é que o modelo contemporâneo é muito mais complexo, pois: · Âncoras lipídicas em algumas proteínas de membrana; · Rede de proteínas citoplasmática que restringe o movimento de diversas proteínas de membrana. Os lipídios das membranas: Classes As membranas possuem vários tipos de lipídios e como já falamos anteriormente, a quantidade desses lipídios vão variar de acordo ao tipo de membrana. O grupo que encontramos em maior quantidade são os fosfolipídios. · Fosfolipídios; · Esfingolipídios; · Esteróide (colesterol) – Não é um lipídio verdadeiro. Interfere na fluidez. Os lipídios das membranas: Organização e estrutura Os fosfolipídios são moléculas anfipáticas (na mesma molécula possui uma parte hidrofílica – cabeça e hidrofóbica – calda). Os lipídios se organizam dessa forma pelo fato do meio extracelular e intracelular existir água, então a parte que tem afinidade pela água se organiza para fora e a parte que não tem afinidade para dentro. · Ligação simples: Membrana saturada. · Ligação dupla: Membrana insaturada. As proteínas das membranas: Funções 1. Transportadoras: Transporte de substâncias, como: Íons, aminoácidos e monossacarídeos. 2. De ancoragem: Estrutural, matriz extracelular, citoesqueleto. 3. Receptores: Captação de sinais químicos de moléculas específicas. 4. Enzimas: Catalise de reações químicas. Fazem catálise, clivam, outros. As proteínas de membranas exercem várias funções na célula, como: · Transporte de substâncias; · Atividade enzimática; · Comunicação entre células. A quantidade de proteínas e os tipos encontrados na membrana estão relacionados com a atividade exercida por aquela célula. As proteínas das membranas: Inserção As proteínas de membranas também são classificadas de acordo a sua inserção. Elas associam-se de diferentes maneiras com a membrana plasmática. ( Os canais de íons são seletivos e podem ser específicos para um ou mais íons. ) As proteínas de membrana podem ser: 1. Integrais: São aquelas que penetram na bicamada fosfolipídica. · Denominam-se proteína transmembrana as proteínas integrais capazes de atravessar completamente a membrana. Essas podem atravessar a membrana uma ou mais vezes. 2. Periféricas: Por sua vez, são aquelas que não penetram na membrana plasmática, sendo observada apenas uma conexão fraca com a membrana. Devido a isso, as proteínas periféricas podem ser facilmente desassociadas da membrana. 3. Ligada a lipídio: Estão presas no interior da membrana celular. Pode interagir com o interior e exterior da célula. 4. Ligada a outras proteínas. Proteínas transportadoras canal A proteína de canal permite a passagem de determinados íons ou moléculas. Esse canal pode está aberto ou fechado, isso vai depender da proteína que estamos falando. O canal também pode ficar sempre aberto, mas só vai ocorrer a passagem de moléculas específicas. Elas não mudam sua conformação. Proteínas transportadoras carreadores A bomba de sódio e potássio é uma proteína carreadora (para 2 moléculas de potássio que entra, 3 moléculas de sódio que sai). Existe uma modificação na conformação tridimensional dessa proteína para que a molécula possa ser transportada. Ela pode girar abrir e fechar, entre outras formas. Elas possuem: · Sítios de ligações específicos para determinados substratos; · Formam canais com “duas portas”: 2 portões de barreira entre os meios intra e extracelular (lentificação do transporte); · Não criam passagem contínua como os canais iônicos. Os carboidratos das membranas Açucares associados a lipídios e proteínas de membrana: · Glicolipídeos e Glicoproteínas = Glicocálix Esses carboidratos vão está ligados a um lipídio formando um glicolipídeo ou a uma proteína formando uma glicoproteína. Esses carboidratos estão sempre voltados para o lado externo da membrana. O conjunto de glicolipídeos e glicoproteínas das membranas leva o nome de glicocálix. O glicocálix possui várias funções, como: · Proteção da membrana; · Filtração (compostos que passam para serem absorvidos pelas células do epitélio intestinal – caso da imagem); · Microambiente; · Atividade enzimática; · Atividade antigênica; · Reconhecimento e adesão celulares (espermatozóide e óvulo). Propriedades da membrana 1. Assimetria: A membrana é formada por moléculas diferente. Os tipos de lipídeos e quantidade podem variar de uma célula para outra. Da mesma forma que as proteínas também mudam. 2. Fluidez: A membrana plasmática é dinâmica. Tudo que está na membrana tem dinâmica. Lipídios, as caldas, proteínas e outros se movimentam. A membrana é um mosaico fluido dinâmico (permite fusão pela estrutura/composição ser a mesma). A fluidez dessa membrana pode ser aumentada fazendo com que ela tenha mais espaço ou pode diminuir a fluidez para que as moléculas tenham dificuldade para passar. Esses fatores que regulam a fluidez é: A. Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a fluidez. B. Índice de saturação lipídica: Quanto maior for à saturação (mais ligação simples), menor a fluidez. Os fosfolipídios vão ficar mais juntos. Se a membrana estiver cheia de ligação dupla, a fluidez vai aumentar. C. Colesterol: Maior quantidade de colesterol, menor fluidez. O colesterol é uma molécula que preenche os espaços entre os fosfolipídios da membrana. O colesterol anda carregado por uma proteína podendo ser de alta ou baixa densidade (HDL ou LDL). Todas as membranas biológicas animal possuem colesterol. D. Permeabilidade seletiva: Moléculas vão passar pela membrana com uma maior facilidade (moléculas solúveis em lipídeos), outras vão precisar da ajuda de uma proteína e outras não vão passar. A membrana seleciona moléculas que vão passar facilmente, com dificuldade (proteínas) ou não passar.
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