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Farmacocinética: Caminho das Drogas

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4 
 
Farmacocinetica 
O caminho que a droga percorre ao longo do organismo para alcançar um tecido alvo e produzir efeito dentro o organismo, é estudado na 
farmacocinética. Como levar a droga até o receptor? Fármaco tem que ser administrado, absorvido, destribuido., metabolizado e excretado. 
FASES DA FARMACOCINÉTICA 
• Geralmente divida em 4 etapas. São as etapas estudadas: administração, absorção, distribuição, excreção. 
• A droga tem que ser administrada em uma quantidade/concentração suficiente para produzir efeito. 
• Se for administrada em menor quantidade, pode ficar presente no sangue, mas não produzir efeito. 
• Para produzir efeito tem que estar diante do alvo farmacológico em quantidade suficiente. 
• Fármaco tem que ser ➔ administrado ➔ distribuição ➔ atingir tecido ➔ ser metabolizada (biotransformação) ➔ excreção. 
ABSORÇÃO 
• Há absorção quando o fármaco passa do local administrado para o plasma (corrente circulatória). 
• A via endovenosa, não ocorre absorção, pois a droga é inserida diretamente no compartimento vascular. 
• Via cutânea, oral, inalatória a absorção é necessária. 
• Para um fármaco produzir efeito não necessariamente precisa haver absorção. 
• Exemplo: tratamento local de fungo. 
• Para ser absorvida, o fármaco precisa ultrapassar barreiras no corpo. 
• Por exemplo na via oral o fármaco precisa passar pela mucosa gástrica e passar os capilares sanguíneos que envolvem essa mucosa para 
entrar na corrente sanguínea. 
• Se a droga for absorvida no intestino, precisa fazer a mesma coisa. Ultrapassar mucosa ➔ ultrapassar capilares. 
• Uma droga precisa ultrapassar barreiras celulares para ser absorvida. 
• A capacidade de ultrapassar as barreiras depende de alguns parâmetros, por exemplo as membranas celulares. 
• A maioria das membranas não lipoproteicas, compostas majoritariamente por lipídeos (fosfolipídios), etc. 
• Então o fármaco tem que ser capaz de atravessar essa bicamada lipídica, então a passagem só ocorre, se houver afinidade entre a 
droga e a membrana. 
• Além disso, não é só a composição das membranas que interfere com a capacidade de uma substancia de atravessar as barreiras, tais 
como o pKa do medicamento, pH do meio onde a droga se encontra e os sistemas de transportes que podem estar presentes nas 
membranas. 
S ISTEMA DE TRANSPORTE NA MEMBRANA 
• De forma geral existem 2 vias. 
• A via paracelular é a via entre células, o fármaco vai na junção das células e entra por ali. 
• Nem todos os fármacos conseguem entrar por essa via: precisam ser hidrossolúveis, massa molecular baixa, tamanho molecular baixo. 
• Sendo assim, a via paracelular não é a mais utilizada pelos fármacos, pois nem todas conseguem entrar por essa via. 
• O transporte transcelular acontece quando a droga atravessa uma membrana apical e uma membrana basal. 
• Passa pelo lumem ➔ atravessar membrana luminal (apical) ➔ entra na célula ➔ vai pra membrana basolateral (basal) ➔ sai da célula 
(espaço intersticial). 
• Nada auxilia esse transporte, a droga vai difundindo. Mas pode ter o auxilio de uma proteína, um sistema de transporte. 
5 
 
TIPOS DE TRANSPORTE 
• Esse transporte pode ocorrer por difusão simples na bicamada lipídica, ou seja, o fármaco tem que ter afinidade química com a membrana 
nas células. 
• O fármaco tem que ser hidrossolúvel para passar por essa membrana. 
• O que vai impulsionar esse sistema de transporte é a concentração. Ou seja, a concentração da droga dentro da célula tem que ser maior 
dentro da célula. 
• Na difusão simples nós não temos auxílio de uma proteína transportadora e não existe gasto de energia pois o movimento do fármaco é 
a favor do gradiente de concentração. 
• Como não há gasto de energia, pode ser chamado de passivo. 
• Há situações em que a droga se movimenta de um local do qual ela está mais concentrada para um onde ela está menos concentrada. É 
um transporte passivo, pois não tem gasto de energia, mas pode ser auxiliado pela presença de uma proteína, nesse caso é chamado de 
difusão facilitada. 
• No caso da difusão facilitada o fármaco não precisa ter afinidade química com a membrana, uma vez que será transportado por uma 
proteína. 
• A maioria das drogas atravessa a barreira das células por difusão simples. 
 
DIFUSÃO SIMPLES ATRAVÉS DA BICAMADA LIPÍDICA 
• Moléculas apolares dissolvem-se livremente na camada lipídica da membrana, difundindo-se através das membranas celulares (moléculas 
solúveis na bicamada lipídica). 
• Moléculas apolares: substancias químicas que não possuem polos, ou seja, os elétrons estão dispostos homogeneamente. Não possuem 
carga elétrica; lipossolúveis. 
• Moléculas polares: com ou sem carga, porem possuem polos; cargas não estão distribuídas homogeneamente. 
• Difusão através dos lipídeos: compostos polares não tem facilidade em atravessar as bicamadas lipídicas. Já as polares atravessam mais 
facilmente. 
• Isso implica na absorção mais facilitada ou não de drogas. 
• Se a droga for muito hidrossolúvel, ela não consegue atravessar as barreiras e ser absorvida. 
• Já se ela for lipossolúvel, faz isso com facilitada. 
• Moléculas que não são íons, que não são polares, vão atravessar com facilidade. 
• Chega a um momento que a difusão simples chega a um ponto de equilíbrio. Que é quando as concentrações do fármaco em ambos 
compartimentos dentro e fora da membrana é igual. 
• Logo o movimento não para, mas as velocidades se igualam. O mesmo tanto de moléculas que entra na célula por unidade de tempo, é o 
mesmo tanto que sai. (quando fármaco não é um eletrólito). 
• Quando o fármaco é um eletrólito (composto iônico), as concentrações no estado de equilíbrio dependem do: gradiente eletroquímico do 
íon; pKa do fármaco; diferença de pH através da membrana. 
PKA, PH E IONIZAÇÃO 
• A maioria dos fármacos são bases ou ácidos fracos, existindo, portanto, nas formas ionizada e não ionizada. 
• Ácido: uma substancia química que tende a perder prótons (H+), mas não requer que haja como solvente a água. 
• Base: espécies químicas que tendem a receber íons H+. 
• Drogas ácidas tem tendência a perder prótons e drogas básicas são as que tem tendência a ganhar prótons. 
• Ácidos fortes: espécies químicas que tem tendência elevada a perder elétrons. 
• Exemplo: Ao colocar HCl em água o hidrogênio perde elétron e o cloro fica com o cloro pois é muito mais eletronegativo. HCl ➔ H+ + CL- 
• Se for para reverter a reação, apenas uma piquitititica quantidade vai ser convertida de volta. Ou seja, quase não tem reversibilidade. 
• Logo ele ioniza completamente, portanto é irreversível, portanto, é um acido forte. 
• Já o ácido acético forma íons (sofre ionização), porem ela é reversível, logo é um acido fraco. 
• O fármaco pode existir em sua forma ionizada e não ionizada (pois são ácidos fracos). 
• Forma molecular/não ionizada/protonada e forma iônica. 
 
6 
 
 
 
• Logo se um fármaco estiver presente em maior quantidade iônica num sistema ele vai ser menos absorvido pois será um eletrólito. 
 
 
• Já no caso das bases, tendem a receber H+. 
• A amônia (NH3) tem tendência a receber H+, mas quando forma o ion amônio (NH+4). Pode acontecer da amônia se dissociar do H+. 
sendo assim teremos: 
 
 
 
• Por tanto de forma geral teremos que a forma molecular da base é desprotonada/não ionizada. 
 
 
 
• Reação de dissociação da base e ionização do ácido. 
 
 
• Como tanto no caso de bases e de ácidos, temos reações reversíveis, é possível atingir um estado de equilíbrio. 
• Não podemos afirmar que a concentrações de produtos e reagentes sejam iguais. Porem podemos afirmar que as velocidades de reação 
são iguais. 
• Como é possível atingir o equilíbrio, temos que é possível ter uma constante de equilíbrio para ambos. 
• Essas constantes de equilíbrio são denominadas de Ka. Para um acido é uma constante de equilíbrio para uma reação de ionização e 
para base reaçãode dissociação. 
• Porque essa constante é importante? Porque determina a forca desses ácidos/bases. 
 
 Ka = [A-] . [H+] / [HA] (acido) 
Ka = [B ] . [H+] / [BH+] (base) 
 
• Ácidos com valores de Ka mais alto, são ácidos mais fortes. Pois teremos mais produtos (denominador) sendo formados do que reagente. 
• Já com as bases, é o contrário. Quanto maior o Ka, mais fraca ela é. Pois, mas ela está dissociando (denominador que é a forma molecular 
é menor). Ou seja, ela já dissociou muito. 
• Quando mais fraca é uma base, menos íons ela tem, mais absorvida ela é. 
• Se observarmos a reação, é possível notar que. Pois de um lado tem comportamento de acido e pode associar e virar base e o outro 
pode desassociar e virar ácido. Isso é chamado de par ácido base conjugado. 
 
 
 
• Trabalhar com números decimais é difícil. Então introduz-se a função logarítmica. 
• Então ao invés de trabalharmos com Ka, trabalhamos com pKa. O “p” significa logaritmo negativo de Ka. 
• Logaritmo de Ka é o valor negativo de Ka. Droga com valor de Ka baixo, o valor de pKa é alto. 
• Entre drogas acidas, serão fármacos mais fortes aqueles que tiverem um valor de Ka mais altos, logo tem valores de pKa mais baixos. 
• Bases fortes: valor de Ka baixo, pKa alto. 
• Outro fator que interfere é o pH(concentração de íons H+ no meio). 
7 
 
• Se temos reações reversíveis, fatores externos interferem com o equilíbrio das reações. 
• O pH interfere no deslocamento desse equilíbrio. Assim como pressão, temperatura e concentração. 
• Se um fármaco dissocia/ioniza liberando prótons, dependendo do ph aumenta ou diminui a concentração de H+ o que interfere na forma 
das drogas ionizadas ou não ionizadas. 
• Quando se fala em substancias que são ácidos fortes temos que pH = -log10[H+]. 
• O pka tem que levar em conta a concentração do fármaco em seu estado ionizado e a concentração do fármaco não ionizado. 
• pH relacionado a substancias que são ácidos/bases fracas. Tem que se levar em conta o pKa dessas substancias e a concentração da 
base conjugada e do acido conjugado. 
• Por meio da equação abaixo tem como saber se a droga existe em maior concentração na forma de base conjugada ou ácido conjugado? 
• Logo: pH = pKa + log10 [base conjugada] / [acido conjugado] 
• Se o fármaco é um ácido, o ácido é a forma molecular e a base é a forma desprotonação. 
• Se for uma base, o acido é a forma não dissociada e a base é a dissociada. 
EXERCÍCIO: 
Considerando um fármaco acido fraco (HÁ), cujo pKa é igual a 4.76, calcular a relação entre as concentrações de par acido e base conjugado 
quando o pH for igual a: 
a) pH = 3.76 
b) pH = 5.76 
c) pH = 4.76 
loga x = b ➔ a^b = x 
 
Se a droga é um ácido podemos considerar que: 
 
 
Se considerarmos pH = 3.76 
Colocando na equação: 
pH = pKa + log10 [base conjugada] / [ácido conjugado] 
 3,76 = 4.76 + log [A-] / [HA] 
-1 = log [A-]/[HÁ] ➔ tem que tirar o log ➔ 10-¹ = [A-] / [HA] ➔ [HA] = 10 [A-] 
Portanto: a concentração de HA é 10 vezes a concentração de A- 
Sendo assim, no valor de pH = 3,76 o fármaco se apresenta em maior quantidade na forma de HA, ou seja, molecular, sendo assim penetra mais no 
tecido. 
 
Se a droga é um ácido podemos considerar que: 
 
 
Se considerarmos pH = 3.76 
Colocando na equação: 
pH = pKa + log10 [base conjugada] / [ácido conjugado] 
 5,76 = 4.76 + log [A-] / [HA] 
 1 = log [A-] / [HA] 
8 
 
 10¹ = [A] / [HA] 
 10/1 = [A] / [HA] ➔ 10[HA] = [A-] 
Portanto: portanto quando a concentração de [HA] for 1 a contração de [A-] vai ser igual a 10. Sendo assim, o fármaco vai estar muito mais na 
forma não molecular/iônica, então sabemos que sua absorção no tecido será menor. 
 
Agora teremos uma droga básica com valor de pKa igual a 8,34 calcular a reação entre as concentrações do par ácido base conjugada quando o 
pH for igual a: 
A) 7,34 
B) 9,34 
C) 8,34 
 
 
 
Se a droga é uma base podemos considerar que: 
 
Se considerarmos pH = 7,34 
Colocando na equação: 
pH = pKa + log10 [base conjugada] / [ácido conjugado] 
7,34 = 8,34 log10 [B] / [BH+] 
-1 = log [B] / [BH+] 
10−1 = [B] / [BH] ➔ 1/10 = [B] / [BH+] ➔ 1[BH+] = 10 [B] 
Logo a forma ionizada esta mais presente do que a forma molecular, sendo assim, o fármaco tem pior absorção no tecido. 
 
Se a droga é uma base podemos considerar que: 
 
Se considerarmos pH = 7,34 
Colocando na equação: 
 pH = pKa + log10 [base conjugada] / [ácido conjugado] 
9,34 = 8,34 log10 [B] / [BH+] 
1 = log [B] / [BH+] 
101 = [B] / [BH+] ➔ 10/1 = [B] / [BH] ➔ 10 [BH+] = 1[B] 
 
Logo a forma molecular esta mais presente do que a forma ionizada, sendo assim, o fármaco tem pior absorção no tecido. 
9 
 
 
 
CONCLUSÕES 
• Sempre que valores de pH do meio forem menos que valores de pKa da droga, ela prevalece na forma protonada. 
• Quando os valores de pH e pKa forem iguais, a concentração de droga protonada e não protonada é a mesma. 
• Quando o pH do meio for maior que pKa, prevalece as formas desprotonadas. 
• Na medida em que aumenta o pH, o meio fica mais alcalino, isso faz com que prevaleça as formas desprotonada. 
• A droga acida em valores de pH mais ácidos, observa-se que ela prevalece na sua forma protonada, que é a forma molecular, portanto 
ela é mais absorvida em compartimentos ácidos e menos em compartimentos alcalinos. 
• O contrario para a base, que em pH mais ácidos, ela prevalece na sua forma protonada (forma dissociada), portanto ela é menos absorvida 
em compartimentos ácidos e mais absorvida em compartimentos alcalinos. 
• Quando o pH e pKa forem iguais, ela vai se encontrar 50% protonada e 50% na forma de desprotonada. 
• Se o pKa da droga for 5, isso significa que o fármaco em um pH igual a 5 a droga vai estar 50/50. 
• Não se pode dizer que o fármaco é um ácido, base, etc. só através do pKa. 
• Se o pH tem uma escala de 0 a 14, e o pKa esta dentro do pH, fica dentro dessa escala também. 
• Os fármacos, que são, em sua maioria, ácidos ou bases fracos, existem em solução tanto na forma não ionizada quanto ionizada. A 
razão entre essas duas formas depende do pKa da droga e do pH do meio. 
• As espécies ionizadas apresentam uma solubilidade lipídica muito baixa, sendo incapaz de difundir-se através de membranas, exceto onde 
existia um mecanismo especifico de transporte. 
• A lipossolubilidade da espécie sem carga depende da natureza química de fármaco; para muitos fármacos a espécie sem carga é 
suficientemente lipossolúvel para permitir uma rápida difusão através da membrana. 
• A lipossolubilidade pode ser determinada por um coeficiente. 
• Nos informa quantas fezes o fármaco é mais solúvel em uma fase oleosa do que uma solução aquosa. 
• O coeficiente de participação óleo-agua é igual a 10, isso significa que a droga A é 10 vezes mais solúvel em óleo do que em agua. Se 
uma droga B possui um coeficiente de partição óleo agua igual a 100, sendo assim ela é 100 vezes mais solúvel em óleo do que em 
agua e a lipossolubilidade dela é maior do que a de A. 
• A área de superfície de contato que a droga tem com a superfície de absorção, influencia na sua absorção. 
EXERCICIO 
O acido acetilsalicílico é um fármaco cujo pKa é 3,5. É administrado por comprimido por via oral. Você acha que o pH gástrico (pH 3,0), favorece a 
absorção da aspirina do estomago? Justifique demonstrando a relação entre as concentrações do par acido base conjugado em pH ~=3,0. Dados: 
10−0.5 = 0,316. 
 
pH 3,0 é um pH acido ➔ isso significa que tem mais íons H+ no meio 
tendo mais íons H+ há um desequilíbrio na reação, pois a concentração de H+ fica muito alta. 
Para “combater” isso e reestabelecer o equilíbrio ➔ a curva se desloca para esquerda 
Aumenta a forma molecular ➔ aumenta absorção do fármaco 
 
Portanto, uma droga ácida é melhor absorvida em compartimentos ácidos. 
EXERCICIO 
Considerando queo fármaco é o mesmo do exercício acima. No intestino que o pH é mais alcalino, ou seja, aproximadamente igual a 7,0. Sendo assim 
a concentração de íons H+ é menor. Sendo assim: 
 
10 
 
quando o farmaco chega la ➔ a curva se desloca para direita para manter o equilíbrio 
maior concentração da forma protonada ➔ menor absorção no intestino 
 
Portanto, uma droga ácida é mal absorvida em compartimentos basicos. 
 
EXERCICIO 
Em casos de intoxicação com o AAS (mesmo de cima), qual a conduta correta: acidificação (pH = 5,0) ou alcalinização (pH = 8,0) da urina? Justifique 
sua resposta. Dados: 101,5 = 31,62; 104,5 = 31,622.77. Na espécie humana, o pH urinário está normalmente compreendido entre 5,5 – 7.0. 
Nesse caso visa-se a excreção ➔ melhor forma a iônica 
Não ocorre absorção ➔ aprisionamento iônico 
Íons presos não fazem efeito ➔ são excretados 
Quando colocamos em um pH básico ➔ curva se desloca para direita para manter o equilíbrio 
ocorre mais ionização ➔ aumenta a quantidade de íons aprisionados 
 
ABSORÇÃO DAS DROGAS 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM ABSORÇÃO DOS FARMACOS 
• Hidrossolubilidade 
• Pka do farmaco: grau de ionização. 
• pH no sitio de absorção 
• Via de administração. 
• Forma farmacêutica 
FORMAS FARMACEUTICAS 
 
• A forma farmacêutica influencia a absorção do fármaco. 
• Ter grupos: solidas, semi solidas e liquidas. 
• Hoje existem muitas formas farmacêuticas, muito sofisticadas e que tornam o medicamento mais caro. Requer farmacotécnica aprimorada 
e torna mais caro. 
• Solidas: capsula, drágeas e capsulas. 
• O que é um comprimido? São formas farmacêuticas preparadas por compressão, principio ativo preparado com excipiente. Um pó colocado 
em uma maquina compressora e fabrica ele. 
• O principio ativo em comprimidos é distribuído de forma homogênea. Ou seja, um comprimido com 50mg, pode-se afirmar que metade dele 
tem 25mg. 
• Comprimidos fracionáveis vem com uma marca para repartição. 
• Existem comprimidos que tem no princípio ativo condições instáveis (sensíveis a luz, pH, temperatura, etc.). 
• Uma forma de oferecer proteção a fim de assegurar a estabilidade química é fazer revestimento nesse comprimido. 
• Revestimento entérico por exemplo, que evita a exposição do composto ativo ao epitélio do estomago. Então o comprimido só começa a 
se desintegrar no intestino. 
• Chama-se comprimido revestido de liberação retardada. 
• Existem outros comprimidos que recebem varias camadas de revestimento: pode facilitar deglutição, gosto, mudar a cor, etc. 
• Esses comprimidos com varias camadas de revestimento são as drágeas. 
• O principio ativo em uma drágea não vai estar disposto homogeneamente, sendo assim não se pode fracionar uma drágea. 
11 
 
• Capsulas: temos o principio ativo adicionado de excipiente ou não, essa mistura é colocada dentro de um envoloto (polissacarídeos (duro), 
bases gelatinosas (moles). 
• Geralmente nas capsulas moles pode se colocar princípios ativos moles. 
• Isso influencia a velocidade de absorção do farmaco. Pois, para ele ser absorvido tem que está solúvel no meio. 
 
• Solucao: na solução o principio ativo é completamente dissolvido no solvente. 
• Diferente de uma suspenção: o principio ativo não é solúvel no solvente utilizado. 
• Existem preparações farmacêuticas que vem com um pó. Ai vem as instruções de ate onde coloca agua e depois homogeniza. Sempre 
antes de usar agitar o frasco. 
• É necessário agitar pois ficar partículas suspensas no solvente e em repouso, vai ter separação. 
• A solução o princípio ativo é solúvel no solvente, na suspensão ele não é solúvel (partículas suspensas). Tanto na solução quanto na 
suspenção não precisa das etapas de desintegração e desagregação. Então a ordem da velocidade de absorção é solução > suspenção 
> capsula > comprimido > drágea. 
• Liberação retardada: segura a liberação ate um determinado local e libera todo o principio de uma vez. 
• Liberação prolongada: vai perdendo camadas e liberando o principio ativo aos poucos. 
• Existem comprimidos com revestimento de liberação prolongada: nessa a preparação farmacêutica recebe revestimentos especiais de 
maneira que quando uma camada de revestimento é dissolvida, tem uma liberação de principio ativo. Depois a segunda camada de 
revestimento é dissolvida e libera, depois a terceira e de assim em diante. 
• Então a cada liberação de uma das camadas tem uma liberação de principio ativo. Sendo assim é administrada uma única dose do 
medicamento e tem uma liberação continua do medicamento. 
• Ao invés de fazer 3, 4 doses, faz uma só e tem uma liberação gradativa do principio ativo. 
• Vantagens: 
• Manutenção do efeito terapêutico durante a noite 
• Menos efeitos adversos relacionados c/ altos picos de concentração plasmática após administração de uma formulação convencional 
(liberação imediata) 
• Permite aumentar o intervalo entre as doses de um medicamento que é fornecido. 
• Desvantagens: 
• Farmacotécnica pode falhar e liberar tudo de uma vez, causando overdose. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
• Vias enterais: passa por algum segmento do trato gastrintestinal e a partir dai vai ser absorvida e fazer efeito. 
• Vias parenterais: não passam pelo trato gastrintestinal. 
• Vias enterais: via oral, sublingual, retal. 
• Vias parentais: endovenosa, intramuscular, subcutânea, intradérmica, intraperitoneal, mucosa nasal, mucosa brônquica, cutânea, intravaginal, 
intramamaria, intraóssea, intraocular, epidural, etc. 
• Administração tópica: quando o medicamento é administrado onde ele deve produzir seu efeito. Não necessariamente tem ação local, 
dependendo pode ter ação sistêmica (depende da concentração e efeitos). 
QUAL VIA UTILIZAR? 
• Diante de tantas vias, como escolhemos um critério para selecionar? 
• Ver a necessidade de efeito sistêmico ou localizado. 
• Latência para o efeito (curto ou longo), quanto tempo demora para o efeito aparecer. 
• Se não tiver urgência, pode utilizar uma via que se alcança gradativamente a concentração necessária. 
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• Se precisar de efeito rápido, tem que utilizar uma via que a concentração necessária seja atingida instantaneamente. 
• Características físico-químicas do medicamento. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE FARMACOS 
 
• Intramuscular: vai do tecido altamente vascularizado direto para o sangue. 
• Intravenosa: droga direto pro compartimento vascular. 
• Subaracnóidea: vai direto para o sistema nervoso 
• Inalatória: droga exerce efeito sob o sistema respiratório e pode haver absorção sistêmica, uma vez que vai para o pulmão e e le manda 
sangue para todos os tecidos. 
• Cutânea ou percutânea: pode ter efeito local, mas como a derma é vascularizada pode ter absorção da droga. Pode ter efeitos sistêmicos 
dependendo da quantidade de fármaco 
• absorvida. 
 
• Via oral: passa pelo trato gastrintestinal. A maior absorção acontece no intestino. Pela via retal, o fármaco não alcança o intestino, mas 
ela alcança vasos que também a conduzem ao sistema porta hepático, que ai joga para o resto do corpo. 
• Vias orais / retais: ao passar pelo fígado, que é um órgão metabolizador, ele produz enzimas que fazem biotransformação. 
• Existem fármacos que não sofrem biotransformação, existem fármacos que formam metabolitos, pode ser secretada na bile ➔ vai para 
o intestino ➔ volta para o fígado ➔ vai para bile ➔ intestino ➔ isso é o ciclo enterro-hepático 
 
 
• Cada vez que ela retorna ao fígado, parte dela pode ser absorvida sistemicamente. Quanto maior for a extensão do ciclo, maior o tempo 
para absorção sistêmica da droga. 
• Drogas mais lipossolúveis, tendem a ter um ciclo enterro-hepático mais longo, pois ultrapassam as membranas celulares com facilidade, 
então são poucos excretadas e ficam mais no corpo. 
• Pode acontecer de gerar metabolitos: podem ir para circulação sanguínea, são secretados junto com a bile, vai para o intestino, e podemfazer também o ciclo enterro-hepático. 
• Droga inalterada: pode fazer ciclo enterro-hepático. 
• Metabolitos produzidos a partir da biotransformação também podem fazer o ciclo enterro-hepático. 
• A biotransformação/metabolização que a droga sofre no fígado antes de alcançar a circulação sistêmica é chamada de 
biotransformação/metabolização de primeira passagem/pre-sistemica. 
• Fármaco administrado por via oral, na própria mucosa intestinal ele pode sofrer ação de enzimas e sofrer biotransformação (também de 
primeira passagem). 
• Biotransformação de primeira passagem: associada a metabolização do fármaco por enzimas intestinais, hepáticas ou pela flora microbiana 
intestinal. 
13 
 
• Devido a biotransformação da droga, tem que se administrar doses maiores de principio ativo. Pois parte dele vai ser perdido na 
biotransformação de primeira passagem e não ira atingir a circulação sistêmica completamente. 
• Sendo assim, para calcular uma dose, é necessário saber a taxa de biotransformação dos fármacos. 
• Tem que considerar o estado de saúde do animal, por exemplo se o animal tiver falência hepática, terá menos enzimas que fazem 
biotransformação. 
• Sendo assim, tem que ser administradas doses menores do principio ativo, pois as quantidades que atingem a circulação sistêmica passam 
a ser maiores (menor biotransformação). 
• Algumas drogas tem uma biotransformação de primeira passagem tão grande, que a via oral fica inviável. Usa-se então outras vias, por 
exemplo a sublingual, que tem absorção rápida, é muito vascularizada e não ira passar pelo fígado. Logo, não sofre biotransformação de 
primeira passagem. Ex: salbutamol, morfina, lidocaína, levodopa, etc. 
 
 
 
VIAS PARA ELIMINAÇÃO DE DROGAS 
• Existem varias secreções pelas quais pode ter eliminação de uma droga (leite, semem, suor, fezes). 
• A principal via de excreção é a via renal. 
V IAS DE ADMIN ISTRAÇÃO 
VIAS ENTERAIS 
• É quando a droga passa por algum segmento do trato gastrintestinal. 
 
ORAL 
• É a via mais comum para a administração de fármacos. 
• Quando um fármaco é administrado por via oral, o principal local de absorção é no intestino. 
• Pois é uma área extensa e rica em vascularização. 
• O principio ativo veiculado para a preparação dessa via tem que ser capaz de ser absorvido aqui. 
• A absorção de um medicamento administrado por via oral, cerca de 1-3 horas após a administração no máximo já houve absorção do 
medicamento. 
• Entretanto, a absorção do medicamento administrado por via oral sofre alteração por alguns fatores como. 
• Motilidade do gastrointestinal (TGI). Se tiver maior motilidade, menor absorção. 
• Fluxo sanguíneo esplâncnico (hipovolemia ou insuficiência cardíaca, abaixa a absorção de fármacos). 
• Menor debito cardíaco ➔ vasoconstrição ➔ menos sangue na mucosa intestinal ➔ menor absorção. 
• A melhor ou pior absorção de um fármaco depende do seu pKa e do pH do meio. 
• A forma farmacêutica também interfere na administração. 
• Interação físico-quimica com o conteúdo intestinal. Ex: tetraciclina e cálcio (menor absorção pois ocorre interação física entre cálcio e a 
tetra, que forma uma molécula grande que não consegue ultrapassar as barreiras). 
• A espécie animal envolvida também interfere no tempo de absorção. 
• Na espécie humana, também é vantajoso pois pode ser feita a autoadministração (seguro, barato e conveniente) 
ANIMAIS POLIGASTRICOS 
• tem-se o rumem, que é um compartimento diluidor e rico em micro-organismos. 
• O volume do rumem é de cerca de 60 litros. Se for administrada uma droga por via oral, ela estará muito diluída. 
• Na difusão passiva, a diferença de gradiente de concentração altera muito o tempo de absorção. Sendo assim, a diluição no fármaco no 
rumem, diminui a sua difusão, logo diminui absorção. 
• Como tem muitos microorganismos, com muitas enzimas metabolizadoras, o fármaco acaba sendo muito inativado por enzimas 
metabolizadoras da própria flora bacteriana que coloniza o rumem. 
14 
 
• Portanto, em animais poli gástricos, não é recomendada a administração de fármacos por via oral. A não ser que o foco do fármaco, seja 
atua no rumem. 
ANIMAIS CARNÍVOROS E ONÍVOROS 
• Além do pH, o que define a absorção do fármaco é a motilidade. 
• Portanto quanto mais lento for o esvaziamento gástrico, mais lentamente a droga vai ser absorvida. 
• Muito rápido elimina droga nas fezes (tem pouca absorção), quando muito lento a droga demora mais para chegar no principal centro 
de absorção (acontece, mas é lenta). 
DESVANTAGENS DA VIA ORAL 
• Absorção limitada de alguns fármacos (tubocurarina, aminoglicosídeos). 
• O fármaco pode ser irritante a mucosa gastrointestinal. 
• Alguns fármacos são instáveis no pH ácido do estomago. 
• Irregularidades na absorção. Esse fator depende próprio animal. Existem variações interpessoais que fazem com a absorção de um 
fármaco seja maior do que em outra pessoa. 
• Exige cooperação do paciente. 
• Via inadequada quando existe êmese e/ou diarreia e para substancias com sabor/odor muito desagradáveis. 
V IA SUBLINGUAL 
• Absorção rápida devido a intesa vascularização local. 
• Fármacos atingem a circulação mais rápido. 
• Tem também adesivos que se colam na pele 
VIA RUMINAL 
• Geralmente antiparasitários. 
• Medicamentos feitos diretamente pro rumem. 
VIA RETAL 
• Útil quando existe emese. 
• Utilizada para administração de drogas de ação local e ação sistêmica. 
• A absorção é irregular e incompleta. 
• Existe metabolismo de 1° passagem hepático. 
• Alguns fármacos são irritantes para a mucosa retal. 
• Exige forma farmacêutica adequada, por ex: supositórios e enemas. 
• Imporante: todos os supositórios devem retidos no reto, durante, pelo menos, 20 a 30 mins, para assegurar a fusão da glicerina com a 
liberação do principio ativo para ocorrer absorção. 
• Enemas: geralmente usados para lavagem do TGI para exames de colonoscopia por exemplo. 
• Não usar em caso de diarreia. 
VIAS PARENTERAIS 
VANTAGENS 
• menor tempo de latência. 
• O medicamento pode ser administrado em casos de vomito e diarreia. 
• Maior correlação entre a dose administrada e a absorvida. 
DESVANTAGENS 
15 
 
• Exige assepsia correta nos procedimentos de aplicação. 
• Exige conhecimento técnico e cuidados. 
• Exige concentrações adequadas das preparações em relação à tonicidade dos fluidos corporais. 
VIA ENDOVENOSA 
• Não ha absorção: efeito imediato. 
• Permite administração de grandes volumes. 
• Via vantajosa para fármacos que podem ser irritantes quando administrados por outras vias. 
• A liberação do fármaco pode ser controlada e assegurada com rapidez e precisão. 
• Administração em bolos produz uma concentração alta do fármaco na corrente sanguínea. 
• Infusão IV resulta em diminuição do pico de concentração plasmática e aumenta o tempo de permanência do fármaco na circulação. 
• Regra geral: as injeções devem ser aplicadas lentamente. 
DESVANTAGENS 
• Risco de superdosagem. 
• Substancias oleosas, gasosas ou suspensões não devem ser administradas por via IV. 
• Risco de hipervolemia. 
• Risco de infecções por contaminação no local da injeção ou do material utilizado. 
 
• Requer material estéril e pessoal especializado. 
• Risco de reações adversas devido ás altas concentrações plasmáticas atingidas pelo fármaco. 
• Exige monitoração cuidadosa da reação do animal ao fármaco. 
VIA SUBCUTANEA 
• Pode ser utilizada apenas para fármacos que não causam irritação aos tecidos (pode causa dor intensa e necrose). 
• Não adequada para grandes volumes. 
• Absorção rápida para soluções rápida para as soluções aquosas, lenta e mantida para preparações especiais (absorção por difusão simples 
ao longo do gradiente entre o local de deposito do fármaco e o plasma). 
• Adequada para suspensões insolúveis e implantação de pellets sólidos. 
• Pellets: pílulas ovoides ou em formade bastão implantadas sob a pele para liberação lenta do fármaco (ex: hormônios esteroides em orelhas 
de bovinos). 
• Minimiza o risco de embolia associada a via IV. 
VIA INTRAMUSCULAR 
• Via mais usada para aplicação de injetáveis. 
• Boa superfície de contato. 
• Absorção rápida para soluções aquosas, lenta e mantida para preparações de deposito. 
• Absorção por difusão simples ao longo do gradiente existente entre o deposito do fármaco e o plasma. 
• A absorção depende da taxa de fluxo sanguíneo no local da injeção. Pode ser modulada pelo aquecimento, exercícios ou massagem. 
• Substancias hipertônicas podem causar necrose. 
• Via adequada para administração de volumes moderados. 
• Lado ruim: dor e lesões musculares. 
VIA INTRADERMICA 
• Administração entre a epiderme e a derme. 
• Via limitada pela capacidade de receber somente pequenos volumes. 
• Usada na administração de vacinas e para execução de testes imunológicos (hipersensibilidade). 
16 
 
VIA NASAL 
• Droga administrada nas vias aéreas superiores. 
• Tem intenção de produzir um efeito local, logo pode ser chamada de aplicação tópica. 
• Como o nariz é muito vascularizado, pode ter absorção sistêmica, mas atinge maiores concentrações nas vias aéreas. 
VIA DE INALAÇÃO ORAL 
• A inação oral: o pulmão serve como via de administração e de eliminação. 
• Faramco: gases (anestésicos voláteis) ou dispersos em aerossol. 
• Esta via evita perda do fármaco pelo metabolismo de 1° passagem no fígado. 
• Existem enzimas metabolizadoras no pulmão, então ocorre biotransformação (mas não é de primeira passagem, pois essa acontece antes 
de alcançar a circulação sistêmica e para ter o efeito, precisa passar pela circulação sistêmica). 
• Como não precisa passar pela circulação sistêmica para produzir efeito, não chama de metabolismo de primeira passagem. 
 
VIA PERCUTANEA 
• Fármaco aplicado sob a pele para produzir seu efeito. 
 
• Geralmente busca efeito tópico, mas pode ter efeito sistêmico. 
• A absorção da droga através da pele ou superfícies epiteliais integras, depende muito da lipossolubilidade da droga. 
• A absorção pela pele pode ser aumentada pela suspensão do fármaco em um veiculo oleoso e pela fricção deste na pele. 
VIA TRANSDERMICA 
• Geralmente o fármaco está em uma preparação farmacêutica que é colocada em um adesivo que é aplicado na pele e pode produzir 
efeito local ou sistêmico. 
• Uso comum em hormônios, muitos hormônios são aplicados assim. 
• Esses adesivos produzem uma taxa estável de liberação do fármaco. Fármacos aqui tem de ser lipossolúveis. 
• Desvantagem: alto custo. 
VIA INTRAOSSEA 
• O tecido ósseo é muito ricamente vascularizado, 
• Em animais que estão em choque, essa via é muito utilizada. 
• A absorção dos medicamentos nessa via é bastante rápida (em algumas situações, tao rápida quanto intravenosa. 
• Em seres humanos não é muito utilizada, porem usa-se muito em animais. 
B IOD ISPONIBIL IDADE 
 
• O que é? quando um fármaco é administrado por qualquer uma das vias citadas. O que nos interessa saber é a quantidade da droga 
efetivamente que estará disponível para produzir efeito. Essa fração disponível é chamada de biodisponibilidade. 
• Biodisponibilidade (F): parâmetro farmacocinética usado para descrever a fração de uma droga que uma vez administrada, alcança a 
circulação sistêmica. 
• F(IV) = 1 ou 100% - isso ocorre na via intravenosa, pois 100% do fármaco ativo vai para a circulação sanguínea. 
• Para obter a biodisponibilidade, é necessário construir uma curva de concentração plasmática X tempo. 
• Ex: administra o fármaco por alguma via e em intervalo de tempos regulares, faz uma coleta de amostra de sangue e determina a 
quantidade de droga presente ali. 
• Independente da via utilizada, a concentração de um fármaco, varia, seguindo o seguinte perfil.: 
 
17 
 
 
 
 
• Porque em um primeiro momento a concentração do fármaco aumenta? Pois está predominantemente na fase de absorção. Logo a 
absorção é maior que os processos de retirada (tiram o fármaco do compartimento vascular). 
• Isso ocorre ate o momento em que se atinge a concentração plasmática máxima. A concentração máxima é atingida no momento em 
que a concentração começa a diminuir. 
• Nesse momento, predominam os processos de retirada da droga. Ou seja, se sobrepõe aos processos de absorção e distribuição. 
• A partir dessa curva, da para determinar o valor da concentração máxima, o tempo que leva ate ela ser atingida e o valor da área sob 
a curva de concentração plasmática. Essa área é representada por AUC e essa área, nada mais é que a biodisponibilidade do fármaco. É 
a quantidade da droga que foi absorvida e entrou no compartimento vascular e está disponível. 
• A biotransformação de um fármaco que ocorre depois que a droga foi absorvida sistemicamente não interfere na biodisponibilidade desta 
droga. 
• Ex: administração de 500mg de um fármaco por via oral. Foram absorvidas 250mg (biodisponiveis) e após 3 horas esses 250mg foram 
reduzidos a 125mg. Logo não se pode dizer que tem se uma nova biodisponilidade da droga após 3 horas, pois a biodisponibilidade não é 
alterada pela biotransformação subsequente que essa droga pode sofrer. Portanto a queda na concentração da droga após 3 horas, 
indica o tanto que foi excretado, biotransformado e afins porque já passou pela circulação sistema. 
BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTA 
• É quando se compara a biodisponibilidade da droga quando administrada por via oral e intravenosa (mesma via) 
• A via intravenosa tem biodisponibilidade de 100% 
 
• Via intravenosa: F = 1 ou 100% 
BIODISPONIBILDIADE RELATIVA 
• Comprimidos A e B com o mesmo principio ativo, ambos por via oral. (formulações diferentes – comprimido da medley e um da 
europharma) Se compara a biodisponibilidade de formulação A com a B e ve quanto uma é diferente do outro. Terão essas formulações 
a mesma biodisponibilidade. 
 
PERDI OS PRIMEIROS 40 MINUTOS DE AULA 
 
MEDICAMENTOS 
18 
 
SIM ILAR 
• É o medicamento que contem os mesmos princípios ativos apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, 
posologia e indicação terapêutica do medicamento de referencia. 
• O medicamento similar pode ser considerado “copia” do medicamento de referencia. 
• Similares são comercializados com um nome comercial. 
• Medicamentos similares são mais baratos do que medicamentos de referencia, uma vez que não são feitos todos os estudos assim como 
os de referência. 
• Somente os medicamentos similares citados em uma lista, podem ser substituídos por medicamentos similares. 
• Na bula do medicamento similar deve conter informação a respeito da intercambialidade. 
GENERICO 
• Contem o mesmo principo ativo, na mesma dose e forma farmacêutica e é administrado pela mesma via e com a mesma indicação 
terapêutica do medicamento de refencia. 
• É um medicamento que pode ser considerado “copia” do medicamento de referencia. 
• O medicamento genérico é bioequivalente em relação ao seu respectivo medicamento de referencia (inovador). 
• É considerado terapeuticamente equivalente (tem equivalência terapêutica). 
• O medicamento genérico tem que vir com uma faixa escrita “medicamento genérico” e abaixo tem que ter a lei que permite sua 
circulação. 
• É mais barato pois não tem nome de marca. 
• Pode ter veículos e excipientes mais barato/diferentes. 
EQU IVALENCIA TERAPEUT ICA 
• Requer que os fármacos sejam bioequivalentes. Ou seja, são, equivalente farmacêuticos e terão biodisponibilidade comparável. 
• Um fármaco que apresenta equivalência terapêutica em relação a outro medicamento (medicamento de referencia / inovador) quando é 
bioequivalente a este. 
• Bioequivalência: equivalentes farmacêuticos: contem o mesmo principio ativo, na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou não 
conter excipientes idênticos. Estão indicados para administração pela mesmavia e obedecem aos mesmos padrões de qualidade 
especificações atualizadas na Farmacopeia Brasileira. 
• Biodisponibilidade comparável: parâmetros Cmáx, Tmáx, AUC, determinados em curvas de concentração plasmática X tempo para o fármaco 
sob avaliação estão entre 80 e 125% daqueles da preparação comercializada (medicamento de referencia), ou seja, esses valores podem 
ser 20% menores ou 25% maiores em relação ao medicamento de referência. 
EXERCICIO 
• 3 fármacos diferentes. Formulação B é o medicamento de referência. Os fármacos A, B e C são candidatos a genéricos. 
• AUC a = 35,5 / b = 35,1 / c=12. 
• Janela terapêutica: faixa de concentração plasmática para a qual se tem o efeito desejado com o mínimo de efeitos adversos (efeitos 
adversos aceitáveis). 
• Se estiver abaixo da janela, não se tem o efeito terapêutico. Se estiver acima, tem o efeito, mas com efeitos adversos indesejáveis. 
• Formulação A produz o efeito desejado mais rapidamente, porem a Cmax é superior a janela terapêutica, então produz efeitos adversos 
inaceitáveis. 
• Para que uma droga seja equivalente a outra os parâmetros de Cmax, Tmax e Fr tem que ser relativamente compatíveis (80% a 125%) 
 
• Formulação B, atinge uma concentração plasmática dentro da faixa, mas demora mais tempo do que a formulação A. 
• Formulação C, não produz efeito desejado, Cmax está abaixo da janela, logo não resolve. 
• 1- calcule a biodisponibilidade relativa da formulação A em relação a Formulação B (biodisponibildiade de B = 1); 
 
Fr = F (a) / F (b) ➔ Fr = 35,5 / 35,1 ➔ Fr =1,01. 
 
19 
 
• 1,01 é o valor absoluto, numérico, não percentual da biodisponibilidade de A em relação a B. Se quiser em porcentagem é só multiplicar 
com 100, por tanto dará 101%. Sendo assim, é a biodisponibilidade de A em relação a de B é 1% maior. Isso é aceitável pois pode ser 
até 25% maior. 
 
• Ao olhar no gráfico: Cmáx (a) = 6 / Cmáx (b) = 4 
• Como B é o valor de referencia como ele como 100% 
 
 
• Portanto, A já não é um fármaco viável, pois o máximo aceitável é 125%, ou seja, 25% maior. Como a concentração relativa é 50% 
maior, A já é um fármaco inviável. 
• Ao olharmos o Tmax temos que: Tmax(a) = 1 e Tmax(b) = 4. Como B é a droga referência, ela equivale a 100%. Logo: 
 
 
• Como o valor mínimo aceitável é de 80% e o tempo relativo de a de 25%, novamente ele não é viável para ser um fármaco candidato a 
ser genérico de B. 
• Fr = 101% (aceitável) / Cmáx = 150% (inaceitável) / Tmáx = 25% (inaceitável) 
• Se apenas um desses parâmetros é inaceitável, o fármaco já é descartado como genérico. 
 
 
DISTR IBU IÇÃO DE FARMACOS 
• Movimento de drogas pelo organismo. 
• A fração livre do fármaco é distribuída, biotransformada e excretada pelo organismo. 
• Apenas a fração livre do fármaco consegue ligar-se a receptores específicos e terá um efeito farmacológico. 
• Em qualquer momento, o fármaco livre na circulação pode estar em equilíbrio com os reservatórios teciduais, as proteínas plasmáticas e 
o sitio-alvo. 
• Fármacos que são muitos lipossolúveis tem tendência a acumularem-se ao tecido adiposo, pois tem afinidade pelos lipídios. Já a tetraciclina 
que tem afinidade pelo cálcio tem tendência a acumular-se nos ossos. 
• Esses locais em que o fármaco se acumula, mas não são alvos farmacológicos para a droga, são chamados reservatórios teciduais. Nem 
todo fármaco tem reservatório tecidual. 
• Esse deslocamento é reversível. Sendo assim. As setinhas indicam que o fármaco liga as proteínas plasmáticas e fica ligado, mas uma vez 
que está ligada pode se dissociar e voltar a sua forma livre. Portanto, existe um movimento dinâmico. 
• Essa dinâmica também acontece na distribuição do fármaco em diferentes tecidos. 
• Quando a droga interage com receptores, as ligações são majoritariamente fracas também, sendo assim se desliga com facilidade e pode 
voltar para com compartimento vascular. 
• Circulação ➔ capilar ➔ tecido ➔ receptor ➔ reverte ➔ droga livre. 
• Sai do compartimento vascular ➔ chega ao tecido ➔ liga ao elemento químico ➔ pode dissociar ➔ droga livre sai ➔ retorna ao 
compartimento vascular. 
• Quem circula pelos tecidos é somente a droga livre, nunca ligada a alguma outra coisa. Portanto a distribuição de uma droga no organismo 
para os diferentes tecidos está relacionada a sua forma livre, nunca a sua forma ligada. 
• Somente a fração livre do fármaco pode ser excretada e também só ela pode ser biotransformada. 
• Só a fração livre sofre ação de enzimas metabolizadoras e forma metabolitos. A forma ligada não é alvo das enzimas metabolizadoras. 
FATORES QUE INTERFEREM 
• Ligação de proteínas plasmáticas: se tiver alta taxa a droga fica mais restrita ao compartimento vascular e tem menor distribuição. 
20 
 
• No plasma, a proteína mais abundante é a albumina e tem muitos fármacos que tem alta taxa de ligação com ela. 
• A droga ligada com a proteína torna-se um tipo de reservatório. 
• Uma hipoproteinemia tem uma concentração de fármaco livre aumentada no organismo, sendo assim, podem ocorrer alterações, uma vez 
que o efeito da droga fica potencializado (tanto terapêutico, quanto adverso). 
• Se houver um excesso de ligação a proteínas plasmáticas, retarda os processos de eliminação (biotransformação e excreção) e a própria 
biodistribuição do fármaco. 
• Se compararmos 2 fármacos que se ligam a albumina, mas tem diferença na afinidade de ligação. 
• A se liga e B se liga com maior afinidade. Se ambas são administradas simultaneamente a droga B pode deslocar a droga A. A droga A 
fica mais excluída da ligação (pois a B se liga mais), sendo assim a droga A fica livre em maior quantidade. 
• Em animais recém-nascidos tem função hepática podre, então tem um excesso de bilirrubina, que liga a albumina. Nessa forma ligada, não 
tem consequências deletérias da bilirrubina. Porém se ela ficar livre pode ultrapassar a barreira hematoencefálica (toxicidade). 
• Se administrar um fármaco que tem maior afinidade pela albumina do que a bilirrubina, ele vai deslocar a bilirrubina deixando-a livre no 
plasma, podendo causar toxicidade. 
FLUXO SANGUINEO 
• Fígado, cérebro e rins são órgãos que tem muita circulação, então a distribuição de drogas para esses tecidos é maior. 
• Outros fatores que interferem: capacidade da droga de atravessar barreiras biológicas. 
DEPOSITOS TECIDUA IS 
• Tecido ósseo, acumula drogas com afinidade por cálcio. 
• Tecido adiposo, acumula drogas lipossolúveis. 
• Fatores que limitam a deposição de drogas no tecido adiposo; coeficiente de partição óleo/água. 
• Por exemplo: tiopental e morfina. Ambos são lipossolúveis, porem o coeficiente óleo água da morfina é muito menor então ela não penetra 
no tecido adiposo (oleoso) com facilidade, já p tiopental que tem o coeficiente alto, penetra facilmente no tecido. 
• Quando se usa o tiopental, o animal corda da anestesia, passam algumas horas, ele dorme, acorda, dorme acorda. Isso ocorre pois ele está 
retido no tecido adiposo e formou um reservatório ali. Quando a concentração da fração livre diminui (excreção), a fração ligada ao tecido 
adiposo se desprende (para manter o equilíbrio), a droga vai para o SNC, animal dorme. Após algum tempo essa droga é excretada, 
quando é excretada, a fração livre diminui, então a fração ligada ao tecido adi.... e assim vai até droga ser completamente excretado. 
ESTADO DE EQUILIBRIO 
• Quando se tem um estado de equilíbrio a velocidade de formação da fração livre é igual a velocidade de formação da fração ligada. 
• Ocorre quando a velocidade de formação de complexo droga-receptor e droga livre se iguala (reação reversível). 
• A droga que está saindo do CV (comp. vascular) em direção ao tecido, e a droga que está saindo do tecido em direção ao CV. 
• O que não se pode dizer: que as concentrações das frações da droga livres no sangue são iguais a sua concentração tecidual. Isso 
depende do volume de distribuição (parâmetrofarmacocinético). 
 
 
 
 
 
 
VOLUME DE DISTR IBU IÇÃO 
• Existe o volume de distribuição real e o aparente 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO REAL 
• Representa a quantidade de droga que está distribuída nos compartimentos aquosos do organismo. 
• Temos água dentro do compartimento vascular, no espaço intersticial, dentro das células. 
21 
 
• Como a água de distribui nesses compartimentos? Em menor quantidade no compartimento vascular (3 a 5L). No espaço intersticial (10 
L) e no espaço intracelular (30 L). Isso totaliza 45L. 
• Se disser que o volume real de distribuição de um fármaco é a quantidade de droga que pode estar distribuída nos compartimentos 
aquosos do organismo, logo pode ser o total. Sendo assim, o volume máximo de distribuição real de uma droga é a quantidade máxima do 
volume sanguíneo. No exemplo acima seria 45L. 
• Se se tem 2 litros como volume de distribuição da droga, ela só pode estar no vascular. Pois para estar no interstício, precisa de ocupar 
os 3-5 do vascular e depois atingir o interstício. 
• A droga pode ir pro tecido adiposos por exemplo e o volume de distribuição do fármaco ser 70L. Porem isso não é possível considerando 
que o homem do exemplo dado tem 45L. 
• Para explicar esses tipos e situação criou-se outro conceito. 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO APARENTE 
• Pode ser maior que todos os compartimentos aquosos do organismo, porque a droga pode estar em outros compartimentos que não 
esses 3 de maior volume aquosos. 
• Não possui representação anatômica. 
• Como vamos quantificar isso? Ele depende da concentração plasmática da droga. 
• Uma forma de concentração é: 
 
C = m / v ➔ Vd = m(quantidade do fármaco)/c(concentração droga-plasma) ➔ Vd = mQt / Cp 
 
• Fármacos com alto volume de distribuição tem baixa concentração plasmática (olha formula, são inversamente proporcionais). Logo tem 
grande distribuição tecidual. 
• O volume de distribuição aparente é expressado em Litros. 
EXEMPLOS 
Tetraciclina (Vd = 1L/kg) 
Homem adulto (70 kg) ➔ Vd = 70L 
Manitol (Vd = 160ml/kg 
Homem adulto (70kg) ➔ Vd = 11200ml ou 11,2 L 
Antidepressivo tricíclico (Vd = 20L/kg) 
Varfarina = 0,1 L/kg. 
Sendo assim o volume de distribuição do antidepressivo tricíclico é maior. 
Alto Vd a droga tem maior concentração nos tecidos. 
Baixo Vd tem maior concentração no plasma. 
TEMPO DE MEIA VIDA 
• O volume de distribuição interfere no tempo de meia vida de eliminação de drogas. 
• Volume de distribuição e concentração plasmática são dependentes. 
• É também denominado tempo de meia vida plasmática/biológica. 
• Significa o tempo necessário para reduzir a metade a concentração plasmática de um fármaco. 
• Se estivermos em um tempo 0 com 100ml/L. Após 4 horas, essa concentração foi reduzida para 50mg/L. Logo, qual o tempo de meia 
vida? 4 horas. 
• Ele é determinado experimentalmente após administração de um fármaco por via intravenosa. 
• Pra que serve o tempo de meia vida de um fármaco: para prever quanto tempo vai durar a ação de uma droga no organismo. 
22 
 
• É necessário que haja uma concentração plasmática do fármaco suficiente para alcançar alvos farmacológicos e provocar efeitos. 
• Se disse que são necessários 100mg/L para droga produzir efeito, depois de 4 horas tem 25mg/L, ou seja, ainda há droga no organismo. 
Mas, não o suficiente para produzir efeito. 
• Também nos permite saber qual a frequência de doses que precisam ser administradas para manter a concentração plasmática de forma 
que evoque efeito. 
• Curva de concentração plasmática vesus tempo: 
 
 
 
• Fase alfa: distributiva (droga está indo para os tecidos, porem quem está indo, pode voltar ao tecido vascular. 
• Fase beta: eliminação (saída irreversível do fármaco, fases de biotransformação e excreção) 
• É a fase beta que se refere ao tempo de meia vida da administração. 
• Tempo de meia vida plasmático é o tempo de meia vida de eliminação (só leva em consideração a fase beta). 
• O T ½ de eliminação das drogas é um parâmetro farmacocinético que depende do volume de distribuição. 
• Uma droga com alto volume de distribuição aparente: tem tempo de meia vida de eliminação maior (tem que sair do sangue p ser excretada, 
isso leva mais tempo, logo aumenta o T ½). 
• Uma droga com baixo volume de distribuição: maior parte esta no sangue ➔ pronto para ser eliminado ➔ menor T1/2. 
• Logo, tempo de meia vida e volume de distribuição são diretamente proporcionais. 
• O tempo de ½ de eliminação se relaciona com a excreção do fármaco (urina, fezes, etc). A maioria é eliminada via renal: 
clearance/depuração renal. 
CLEARANCE RENAL (DEPURAÇÃO RENAL) DE FÁRMACOS 
 
DROGA DEPURAÇÃO RENAL (ML/MIN) 
Etanol 1 
Ureia 67 
Creatina 120 
Penicilina G 550-900 
• Esses volumes, não são volumes da substancia que estão sendo eliminados, mas sim a quantidade de plasma sendo filtrada. 
• Por exemplo o etanol tem clearance de 1mL/min, sendo assim, a cada um minuto 1 mL de plasma é depurado dessa substancia. 
• Para a penicilina: a cada um minuto, 550-900ml de plasma são filtrados e depurados dessa substancia. 
• Comparando a penicilina e o etanol, a penicilina é “limpada” do corpo muito mais rápido. 
• Como o clearance se relaciona com o tempo de meia vida: quanto menor o clearance, maior o tempo de meia vida. 
• Sendo assim, esses parâmetros são inversamente proporcionais. 
• Sempre após a última dose/dose única, a droga é eliminada pelo organismo após 4 a 6 T ½. 
• Se tivermos um fármaco, cujo T ½ = 2, o tempo para ela ser eliminado é de 8 – 12 horas. 
EXERCICIO 
 
A concentração de uma determinada droga no organismo pode ser monitorada através da analise de amostras de urinas coletadas ao longo do 
tempo. O gráfico abaixo mostra o perfil de decaimento da concentração urinaria de uma droga ao longo do tempo. 
23 
 
Para a construção da curva, amostras foram coletadas em intervalos regulares de tempo durante 100 horas, contudo, o comportamento da curva de 
decaimento da concentração urinaria é valido para além desse período. 
Na escala de quantidade o valor 100 deve ser entendido como sendo a quantidade observada num tempo inicial considerado arbitrariamente zero. 
Responda: 
• A meia vida de eliminação renal da droga é: 20 horas 
• Depois de quanto tempo a quantidade eliminada corresponderá a ¼ do valor inicial: 2 tempos de meia vida, ou seja, 40 horas. 
CONCENTRAÇÃO PLASMAT ICA DE DROGAS 
• Esquema posológico adequado: mantem a concentração plasmática da droga em níveis terapêuticos adequados. 
• O que é um esquema posológico: quando menciono a quantidade de droga que vai ser administrada, a via pela qual será administrada, o 
intervalo entre as doses e por quanto tempo o fármaco devera ser administrado. 
• “administrar um comprimido de “W” 10mg por via oral a cada 12 horas, durante 7 dias.” 
• Esquemas posológicos: dose única, uma serie de doses fixas administradas a intervalos regulares (doses de manutenção), dose de ataque 
seguida de doses de manutenção, infusão continua. 
ESQUEMA POSOLOGICO DE DOSE ÚNICA 
• A concentração aumenta ➔ atinge um valor máximo ➔ sabe que se é máximo pois começa a reduzir gradativamente. 
• O comportamento de curvas quando a droga tem administração única, é aumento súbito, atinge concentração plasmática, começa a 
descer. 
• Tem um momento que tem se igualdade entre esses processos? Sim, mas é muito rápido, pode ate acontecer, mas é um platô muito 
rápido e nele pode se dizer que a quantidade sendo absorvida é igual à quantidade sendo retirada do sangue. 
 
ESQUEMAS POSOLOGICOS ADMINISTRADOS EM DOSE REPET IDAS 
• Esquema posológico que apresenta intervalos, esses mantem a droga em níveis terapêuticos desejados e constantes. 
• Como isso acontece? 
• Tem-se a concentração plasmática em função do tempo. 
• É administrada a primeira dose de um medicamento, após isso a concentração plasmática aumenta até a Cmáx, em seguida a concentraçãocomeça a decair. 
• Na fase crescente dessa curva é possível dizer que absorção é maior que os processos de retirada. 
• Quando começa a decair, os processos de retirada se sobrepõem a absorção. 
• Quando a curva começa a decair, antes de haver a eliminação total da droga, é administrada a segunda dose do fármaco. 
• Essa segunda dose, eleva a concentração plasmática, atinge o valor máximo maior do que o primeiro. 
• Esse valor é maior pois a concentração da nova droga se soma a concentração da droga antiga. 
• Ao atingir valor máximo ➔ começa a decair ➔ nova dose ➔ ainda maior (resíduo 1° dose + resíduo 2° segunda + terceira) ➔ assim 
continuamente até o fármaco atingir a faixa terapêutica/toxica/subterapeutica. 
• As variações nas concentrações máximas e mínimas diminuem muito. Sendo assim, chega-se a um momento no esquema de doses múltiplas 
que se alcança um estado de equilíbrio tem-se uma concentração plasmática máxima media constante. 
• As doses de manutenção devem ser oferecidas antes de haver a queda total da concentração da dose anterior. 
• Faixa terapêutica: produz efeitos terapêuticos e o mínimo de efeitos adversos, ou esses são aceitáveis. 
• Faixa toxica: produz efeitos, mas efeitos adversos são inaceitáveis. 
• Subterapeutica: não produz efeito. 
• Essa concentração plasmática máxima media constante pode ser chamada de Css (concentração steady state). 
• A cada dose tem absorção e retirada, nesses picos, ainda se tem uma quantidade de droga que está entrando no organismo, que não é 
exatamente igual à que está saindo. Após algum tempo, a cada dose, se coloca no corpo a mesma quantidade em que está saindo. 
EXERCICIOS 6,7,8 
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FALTA A AULA DO D IA 22/05 E O COMECO (08 :00 – 10 :00) D I DUA 23/05 
 
 
REAÇÕES DE FASE I I 
• Reações de conjulgação. 
• Porem sem catalisadas por enzimas metabolizadoras que estão no citoplasma ou no REL. 
• Para que essas reações possam acontecer o substrato tem que ter um grupo funcionar reativo, para recber a molécula que sera 
adicionada: -OH, -NH2, -SH, -COOH (principais moléculas que recebem). 
• Moleculas endógenas fornecidas pelo organismo: sulfato, glicina, acetato, metil, etc. 
• A transferência dos grupos endógenos gera um fármaco mais polar, mais hidrossolúvel, facilita a excreção. 
• Compostos inativo e mais hidrossolúveis. 
• Fármaco ou metabolito do fármaco ➔ sofre ação das enzimas transferases ➔ D- glicina, D-acetato, D-sulfato, D-metila ➔ 
excreção do fármaco. . . 
• Essa reação tem objetivo de formar metabolitos mais fácil de serem excretados (menos ativos, mais hidrossolúveis). 
• Existe uma exceção. O grupo metil (CH3), não possui carga, logo não torna o fármaco mais hidrossolúvel. Logo, leva a síntese de um 
metabolito mais lipossolúvel. Então porque produz essa reação? Pois produz metabolitos inativos, que serão alvos de outras reações que 
acabam o transformando em um composto mais polar. 
• O ácido glicuronico, tem a reação de conjugação mais comum. É de difícil saturação, existe muito acido glicuronico no organismo e muita 
enzina. (grupo doador + transferase). 
• Ácido glicuronico + nucleotídeo = UDP-α-glicuronideo (a enzima que catalisa essa reação é glicuronil transferase), isso faz com que a 
droga/metabolito se torne mais hidrossolúvel. 
FATORES QUE ALTERAM A BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS 
INDUÇÃO ENZIMAT ICA 
• Isso significa aumentar a expressão de enzimas metabolizadoras. 
• Exemplos: etanol, benzopireno, fenobarbital, carbamazepina, fenitoina, rifampicina (CYP3A4), isoniazida (CYP2E1), omeprazol, erva-de-são-
joão, glicocorticoides, outros. 
• Atenção: beber/fumar, epilépticos e no tratamento da tuberculose. 
• Mecanismo: aumenta a expressão de genes que codificam a síntese de enzimas metabolizadoras (CYP450) 
• Ou seja, atuam a nível nuclear, vai lá no DNA e se associa a uma sequência de genes específicos e aumenta a expressão das proteínas 
codificadas por esses genes. 
• Outro mecanismo: ativação de receptores nucleares ➔ aumento da transcrição genica. 
• Sendo assim, quando há a ativação de receptores nucleares, esse receptor vai lá e recruta fatores de transcrição e aumenta a expressão 
genica. 
• Existem também fármacos que aumentam a estabilidade do RNAmensageiro, enquanto ele estiver na célula, há a transcrição da proteína 
que ele codifica. 
• Uma droga A aumenta a expressão das enzimas que biotransformam um determinado fármaco B, isso leva a diminuição da concentração 
desse fármaco no organismo, diminuindo seu efeito. 
• As drogas quando são administradas, já foi feito esse estudo geralmente, 
• Exemplo do aumento do metabolismo de drogas: há diminuição da eficacia (fenitoina X varfarina), as enzimas que biotransformam a 
varfarina, tem sua expressão aumentada pela ação da fenitoina, sendo assim, ao administrar as duas junta, diminui a eficacia da varfarina. 
• Pode acontecer a geração de metabolitos tóxicos. 
• Paracetamol por exemplo: na biotransformação dessa droga, ele é principalmente biotransformado por reações de fase II e na estrutura 
química dele tem-se uma hidroxila (grupo reativo), que permite a adição de moléculas endógenas. As principais vias de eliminação do 
25 
 
paracetamol são conjugadas com Ac. Glicuronico ou Sulfato (ação de transferases). Uma pequena fração do paracetamol vai pra via de 
fase 1, oxidase de função mista do P450 (catalisa reações de oxidação do paracetamol), quando o paracetamol é alvo da ação dessas 
enzimas (sistema citocromo p450), isso nela a formação de um metabolito toxico. Ela é toxica pois é extremamente instável e reativa. É 
como uma espécie reativa de oxigênio, ataca estrutura celulares como tentativa de roubar os elétrons. Ele tenta roubar elétron de lipídeo 
➔ destrói lipídeo ➔ destrói membrana ➔ mata a célula. 
• Isso acontece principalmente no fígado, logo há uma hepatotoxicidade causada pelos metabolitos tóxicos do paracetamol. Em doses 
terapêuticas não há consequências dessa toxicidade, pois a maioria sofre reações de fase II e tem glutationa o suficiente no organismo 
para estabilizar e excreta-lo. A glutationa pode ser encontrada em duas formas, ela pode estar reduzida (com elétrons para a doar) e 
reduzir uma outra molécula. Também pode estar na forma oxidada (recebe entrons), vai para a forma reduzida. Dessa forma as moléculas 
toxicas (reativas) interagem com a glutationa e está entrega seus elétrons para o metabolito, estabilizando-o e sendo assim ele vira alvo 
de outras enzimas, que o tornam hidrossolúveis e podem ser excretados. 
• Quando terá toxicidade causada pelo paracetamol? Em doses terapêuticas não é toxico, em doses maiores pode matar. Porque? Altas 
doses de paracetamol levam a saturação das enzimas de conjugação. Tem mais paracetamol disponível para as vias de rações de fase I, 
que é a que produz metabolito toxico (não tem glutationa o suficiente para estabilizar todos metabolitos). Antidoto: N-acteilcisteina, que é 
o precursor da glutationa. Vai aumentar a quantidade dela, aumenta a metabolização e excreção do metabolito toxico. 
• Em felinos, a administração de paracetamol é fatal, pois felinos tem deficiência enzimática nas transferases (glicuronil-transferase) ➔ vai 
mais paracetamol para via fase I ➔ formam mais metabolitos tóxicos ➔ atuam sobre estruturas orgânicas, em felinos destrói as células 
do sangue ➔ sendo assim, animal fica com mucosa cianótica, taquipineico, hemoglobinúria, etc ➔ antidoto: N-acetilcisteina também, mas 
pode não surtir efeito dependendo do grau de intoxicação. 
IN IB IÇÃO ENZIMAT ICA 
• Inibição de enzimas de um sistema. Inibidores de CYP (inibidores de proteases, cimetidina...); IMAO, inibidores da colinesterase 
(organofosforados), dissulfram, antibióticos, fluconazol, alopurinol, outros. 
• Mecanismos: ligação reversível ou irreversível ao sitio ativo da enzima. 
• Os efeitos terapêuticos e tóxicos de alguns fármacos são consequência direta da inibição de enzimas.• Consequências: diminuição do metabolismo de drogas / substancias endógenas: aumento da eficacia / toxicidade. 
• Com a inibição da enzima que degrada uma droga, ela fica presente no sangue e aumenta sua concentração. Se for uma droga que tem 
baixo índice terapêutico (um leve aumento na concentração causa grandes efeitos). 
• Cimetidina com varfarina. Se usar a cimetidina ela inibe o sistema citocromo P450, que é o que metaboliza a varfarina. Logo se aplicar 
cimetidina e dose normal de varfarina, tem uma chance maior de hemorragia, uma vez que varfarina é anticoagulante. 
• Fármaco para elitistas crônicos: a biotransformação do álcool acontece no fígado. La ele pode seguir uma via que envolve outras enzimas 
e uma pequena fração do álcool (25%) é biotransformado pela via do citocromo p450. 75% do etanol que chega ao fígado é substrato 
da álcool desidrogenase que converte o álcool e um aldeído (reação de oxidação), envolve perda de elétrons. Pela enzima álcool 
desidrogenase. Depois esse acetaldeído é convertido em ácido acético (pela aldeído desidrogenase). O consumo do disulfiram (fármaco), ele 
inibe a enzima aldeído desidrogenase (acumula acetaldeído no corpo). Esse acumulo leva a enjoo, rubor fácil, taquicardia, dispneia, excitação, 
etc. Isso é importante pois desestimula o alcoólatra a beber, devido aos efeitos ruins. 
OUTROS FATORES QUE ALTERAM A BIOTRANSFORMAÇÃO 
• Insuficiência cardíaca ou hepática 
• Fatores genéticos: menos atividade de enzimas metabolizadoras (aldeído desidrogenase em orientais). 
• Nutricionais: alimentos que aumentam a CYP450; desnutrição. 
• Idade: bebe tem fígado PODRE, individuo criança jovem/adulto (fígado saudável, dose normal), idoso tem fígado PODRE. Alterações na 
atividade enzimática, alterações na taxa metabólica, perfusão hepática, massa hepática. 
• Espécie: a espécie também influencia. Uma vez que peixes (raros sistemas enzimáticos de oxidação e conjugação). No caso de anfíbios 
(reações de oxidação ausentes; reações de conjugação presentes). Já no caso das aves e mamíferos: tem a presença de sistema 
enzimáticos de oxidação e conjugação. 
• EXISTEM VARIAÇÕES ENZIMATICAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS ENTRE AS DIFERENTES ESPECIES. 
• Felinos: deficiência na enzima glicuroniltranferase (acetaminofeno: toxicidade importante). 
• Cães: ausência de reações de acetilação. 
• Suínos: deficiência em reações de sulfatação. 
26 
 
CICLO ENTERO-HEPATICO 
• Alguns fármacos que são biotransformados e passam pelas reações de fase 2 sendo conjugados com ao ácido glicuronico (ou seja, 
glicuronideos), podem passar por esse ciclo. 
• Esses fármacos ao serem biotransformados e glicorunideos no fígado, são secretados com a bile, assim são excretados no intestino. 
• Essas drogas podem sofrer ação de enzimas que estão na mucosa intestinal e enzimas da flora intestinal. Essas enzimas quebram o 
complexo (droga + ac glicuronico = glicuronideo). 
• Logo esse fármaco que estava conjugado com o acido glicuronico, passa a ser menos hidrossolúvel. A droga volta a sua forma mais 
lipossolúvel. Logo esse fármaco pode ser reabsorvido, cai no sistema porta hepático ➔ vai para o fígado ➔ parte retorna a circulação 
sistema ➔ parte é conjugado de novo ➔ volta para o ciclo enterro hepático. 
• Drogas que sofrem um extenso ciclo enterro hepático permanecem por mais tempo no organismo, pois tem a via de reabsorção. 
• Logo o tempo tem meia vida de fármacos de fármacos que sofrem extenso ciclo enterro hepático é maior. 
• Anticoncepcionais de progesterona, passam por esse ciclo. Passam por esse ciclo e aumenta o tempo de meia vida. Ao tomar 
antimicrobianos de amplo espectro que alteram a flora intestinal e isso pode diminuir a quebra dos glicuronideos, e ele vai ser excretado, 
o que diminui o tempo de meia vida, logo a concentração ideal fica diminuída. Sendo assim a atividade do anticoncepcional diminui. 
ELIMINAÇÃO DE FARMACOS 
• A eliminação de uma droga, ou seja, a saída irreversível da droga e/ou seus metabolitos do organismo, ocorre através de dois processos: 
biotransformação ou excreção. 
• Como as drogas/metabolitos deixam o organismo? Através do processo de excreção. 
• Algumas vias de excreção são: excreção renal, excreção biliar, excreção pulmonar, suor, saliva, lagrimas, leite materno. 
• A via renal é a principal via de excreção de drogas. 
EXCREÇÃO RENAL DE DROGAS 
F ILTRAÇÃO GLOMERULAR 
• Não é a melhor forma de eliminar fármacos. 
• O tamanho molecular é um critério que determina se um fármaco poderá ser excretado por essa via ou não. Drogas maiores que 20.000 
Dalton não passam por essa via. 
• Há muitos fármacos que se ligam a proteínas plasmáticas (albumina a principal), ela é uma proteína com alto peso molecular, logo se uma 
droga estiver ligada a albumina, o tamanho desse complexo não permite a filtração glomerular. 
• Além disso, se considerarmos um volume qualquer de sangue que chega ate aos capi lares glomerulares, 20% do volume total é filtrado. 
Ou seja, 80% retorna para a circulação sistêmica via arteríola eferente. 
• Isso nos faz pensar que esse mecanismo não seja o ideal para a excreção renal de drogas. 
• Dos 20% filtrados, mais de 19% retorna a circulação sistêmica, sendo reabsorvida pelos capilares peri tubulares. 
• Sendo assim, menos de 1% de fluido filtrado é excretado pela filtração glomerular. 
 
SECREÇÃO TIBULAR AT IVA 
• 80% que saiu dos capilares e que não foi filtrado, dentro desses 80% existem várias moléculas que podem ser transportadas para o 
interior dos túbulos renais. 
• Como esse mecanismo acontece? Ao longo dos túbulos, principalmente os próximos, existem na membrana das células epiteliais, na 
membrana basolaterais. 
• Nessa membrana basolateral, na proximidade intimamente ligada aos capilares peritubulares, existem transportadores de íons, existem 
transportadores catiônicos (+) e aniônicos (-). 
• O transportador se liga ao fármaco (que está no capilar) e o passa para o interior da célula. E da célula para o lúmen dos túbulos o 
transporte acontece por meio de outro transportador. 
• Como a droga vai contra um gradiente de concentração, é um transporte que precisa de energia. Sendo assim, é ativo. 
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• Pode ter eliminação mesmo de fármacos que estão ligados a proteínas. Você elimina a fração livre ➔ causa desequilíbrio, droga que 
estava ligada a proteína se desliga para manter o equilíbrio ➔ ao se desligar pode ser excretada. 
• Ambas as formas de excreção levam o fármaco para o lume dos túbulos. Ao chegar ali, ele pode seguir por algumas vias. 
• Fármaco no lumem pode ser secretado ou reabsorvido. Isso depende da natureza química da droga (acido ou base) e do pH tubular.

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