Buscar

Relatório de estágio da Raça Dorper

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MEC/SETEC 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO 
CAMPUS SENHOR DO BONFIM 
CURSO TÉCNICO AGRICOLA COM HABILITAÇÂO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
 
João Paulo Nascimento Izidoro de Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Senhor do Bonfim-BA 
abril, 2019 
 
 
 
João Paulo Nascimento Izidoro de Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
 
 
 
Trabalho exigido como pré-requisito para a 
conclusão do Curso Técnico Agrícola com 
Habilitação em Agropecuária do Instituto 
Federal de Educação Ciência e Tecnologia 
Baiano – Campus Senhor do Bonfim. 
Produzido sob orientação dos professores 
Pedro Queiroz Júnior e Viviane Brito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Senhor do Bonfim-BA 
abril, 2019 
 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANA 
CAMPUS SENHOR DO BONFIM 
CURSO TÉCNICO AGRICOLA COM HABILITAÇÂO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO PARA DEFESA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
EXTERNO 
 
 
 
 
 
João Paulo Nascimento Izidoro de Brito 
 
 
 
 
 
 
Defesa apresentada como requisito parcial para 
obtenção do título de Técnico em Agropecuária, pelo 
Instituto Federal Baiano – Campus Senhor do Bonfim 
/ BA. 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: ___ de __________ de _____. 
 
 
 
 
 
 
 
Banca Avaliadora 
 
 
____________________________________________ 
Predo Queiroz Junior - Doutor em Zootecnia 
 
 
______________________________________ 
Viviane Brito Silva – Doutora em Letras 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 1- Instalação de ovinos ................................................................................. 9 
Figura 2- Croqui do ovil ............................................................................................. 9 
Figura 3- Limpeza das baias ................................................................................... 10 
Figura 2- Casqueamento ......................................................................................... 12 
Figura 5-Limpeza do depósito de produtos .......................................................... 13 
Figura 6- Limpeza do galpão de ração .................................................................... 13 
Figura 7- Palmas adubadas .................................................................................... 14 
Figura 8- Mudas de moringas .................................................................................. 15 
Figura 9- Triturador de palma ................................................................................. 16 
Figura 10- Alimentação com palma ......................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6 
2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 7 
2.1. Objetivo geral ................................................................................................ 7 
2.2. Objetivo específico ........................................................................................ 7 
3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 8 
 3.1. INSTALAÇÕES .................................................................................................. 8 
 3.2. MANEJO SANITÁRIO ...................................................................................... 10 
3.2.1. Limpeza das baias e bebedouros............................................................... 10 
3.2.2. Casqueamento............................................................................................ 11 
3.2.3. Limpeza dos galpões externos .................................................................... 12 
3.3. MANEJO NUTRICIONAL .................................................................................. 13 
3.3.1. Palma forrageira ......................................................................................... 13 
3.3.2. Introdução de moringa na propriedade. ..................................................... 15 
3.3.3. Alimentação dos animais ........................................................................... 16 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 18 
 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Os ovinos foram uma das primeiras espécies de animais domesticadas pelo 
homem. A sua criação possibilitou a produção de pele, lã e, principalmente, o 
consumo de carne e leite. 
A ovinocultura está presente em praticamente todos os continentes, a ampla 
difusão da espécie se deve principalmente a seu poder de adaptação a diferentes 
climas, relevos e vegetações. A criação ovina está destinada tanto a exploração 
econômica como a subsistência das famílias de zonas rurais (VIANA, 2008). 
Os primeiros ovinos chegaram ao Brasil no século XVI, trazidos por portugueses. 
E desde então possui grande influência no comércio. 
O efetivo de ovinos brasileiro foi de 18,41 milhões em 2015, uma variação de 
4,5% sobre 2014, de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2015, 
divulgada pelo IBGE. A região Nordeste concentrou 60,5% do rebanho nacional em 
2015. A região Sul apareceu em seguida, representando 26,5% do efetivo da 
espécie, seguida pelas regiões Centro-Oeste (5,6%), Sudeste (3,8%) e Norte (3,6%), 
(IBGE, 2016). 
Um dos grandes fatores que ajudou a expansão dos animais ovinos foi o 
melhoramento genético, que proporcionou ganho de fertilidade no rebanho e 
resistência às verminoses. 
Uma das raças ovinas que estão em destaque é a africana Dorper, que possui a 
capacidade de chegar pesar até 40 quilos de peso vivo em apenas 150 dias, além 
de ser um animal precoce. Suas características são de um animal com pelagem 
curta e suave, cabeça preta e corpo branco. E cada vez mais, podemos notar o 
crescimento da exploração dessa raça, por ter uma ótima resistência em climas 
variados, sendo usada tanto para corte como para reprodução. 
O presente relatório tem como objetivo descrever de forma clara as práticas que 
foram realizadas durante o Estágio Externo Supervisionado, exigido para a 
conclusão do Curso Técnico Agrícola com Habilitação em Agropecuária Integrado ao 
Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, 
Campus Senhor do Bonfim-Ba. 
 
 
 
7 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. Objetivo geral 
Desenvolver práticas na área de ovinocultura no intuito de adquirir 
conhecimentos e técnicas que possibilitem uma melhor formação para a conclusão 
do curso Técnico Agrícola com Habilitação em Agropecuária, além de aplicar os 
conhecimentos já adquiridos. 
2.2. Objetivos específicos 
• Entender o sistema de produção da ovinocultura. 
• Realizar manejos sanitários e nutricionais. 
• Aprimorar e aprender práticas da ovinocultura. 
• Concluir o curso Técnico Agrícola com Habilitação em Agropecuária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
O estágio supervisionado do curso Técnico Agrícola com Habilitação em 
Agropecuária foi realizado na Cabanha Arizona, propriedade de Gaudêncio da Silva 
Duarte localizada no distrito de Carrapichel, estrada de Carrapichel Igara, BK. 407, 
na cidade de Senhor do Bonfim, no Noroeste do estado da Bahia. 
Teve duração de vinte dias, com início no dia dois e término em vinte e nove de 
janeiro de dois mil e dezoito. 
Durante o período de estágio atuou-se na área de Zootecnia, com atividades 
referentes à criação de ovinos da raça dorper e mestiços. O Plantel era composto 
por trinta animaispuros de origem, com vinte adultos e 4 filhotes e seis mestiços 
com santa inês. 
O Estágio Externo Supervisionado tem como objetivo proporcionar ao estagiário 
o desenvolvimento de atividades referentes ao conteúdo do Curso Técnico, nele 
busca-se colocar em prática o conteúdo teórico recebido em sala de aula, 
possibilitando ao aluno uma experiência preparatória para o mercado de trabalho. 
 
3.1. INSTALAÇÕES 
 
A fazenda conta com um ovil, dez pastos, duas plantações de palmas e uma 
esterqueira. 
O ovil possui uma área de 616m2, no sentido Leste Oeste, com um pé direito de 
3,35m, com telhas de barro. Ele é dividido em seis partes distintas sem uso 
específico, cercadas com cerca de arame ovalada em piquetes de 1,20m, dispõe de 
canzil de madeira do tipo retangular convencional, e comedouros de cimento, um 
bebedouro automático por baia e detém a capacidade de abrigar aproximadamente 
100 animais na instalação. Fica localizado a 5 metros de distância da casa do 
vaqueiro. 
Os pastos são delimitados com cercas de arame farpado em piquetes de1, 30m, 
com capacidade em média para acomodar 50 animais, com tamanhos aleatórios, 
apresentam uma estrutura de solo areno, argiloso, bastante compactado, com baixo 
9 
 
valor mineral. O capim disponível é o pangolão que se encontrava em estado seco e 
baixo. 
As plantações de palmas ocupavam aproximadamente um hectare e meio, com 
duas variedades, mão de moça e orelha de elefante, utilizadas para alimentação 
animal. 
A esterqueira é feita entre muros de cimentos, de aproximadamente 2,75m por 
4,28m, composta por carcaças de animais doentes da fazenda, e por dejetos de 
ovinos e bovinos. 
 
Figura 1 - Instalação de ovinos 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2018 
 
Figura 2- Croqui do ovil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulação 
 
Telhado da área de alimentação externa dos cochos 
Beiral 
Beiral 
Cercado 1 Cercado 2 Cercado 3 
 
Cercado 4 Cercado 5 Cercado 6 
10 
 
3.2. MANEJO SANITÁRIO 
O manejo sanitário das instalações são práticas que devem ser rotineiras na 
propriedade, pois a ausência dessas atividades podem trazer grandes riscos ao 
rebanho. Elas são essenciais para preservação da saúde dos animais, bem como 
para prevenir, controlar e eliminar doenças. 
3.2.1. Limpeza das baias e bebedouros 
 
A limpeza das baias era realizada com frequência, utilizando-se uma 
vassoura ou enxada para juntar e recolher o material, que é transportado em um 
carrinho de mão para o local de fermentação, para ser futuramente usado como 
esterco na propriedade. 
Para a limpeza dos bebedouros, retirava-se o suporte superior, removendo-se 
sua água e com uma bucha molhada esfregava-o até a retirada de possíveis dejetos 
e musgos. 
 
 
 
Figura 3 – Limpeza das baias 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2018 
 
 
 
 
 
11 
 
3.2.2. Casqueamento 
 
Na ovinocultura, diversas práticas de manejo são necessárias para que o 
rebanho se mantenha saudável e produtivo. Dentre esses manejos destacam-se os 
cuidados com os cascos, pois os animais que apresentam cascos sadios 
desempenham melhor suas funções, seja na busca pelo alimento, na vida 
reprodutiva, na interação com o rebanho e no bem-estar animal, (SOUZA, et al, 
2016). 
 Os ovinos são animais biangulados, ou seja, cada membro apresenta cascos 
partidos, que são compostos, exteriormente, por sola, linha branca e parede (ou 
muralha), onde a sola reveste a parte inferior do casco e apresenta o formato 
côncavo, sem ter contato total e direto com o solo, sendo que a parede ou muralha 
do casco reveste a falange distal (osso do casco) apoiando e suportando todo o 
peso do animal e, por fim, a linha branca que realiza a união da periferia da sola com 
a muralha, composta por um tecido mais macio (SOUZA, et al, 2016). 
Lesões envolvendo o casco do animal são problemas relativamente comuns 
em sistemas de produção de ovinos, principalmente na estação chuvosa, (SOUZA, 
2008). Então é importante se fazerem manejos preventivos. 
O uso de pedilúvios é uma ferramenta essencial no controle das doenças 
podais, sendo a forma mais fácil de prevenir e tratar diversas doenças podais na 
ovinocultura. O objetivo é limitar a difusão das doenças reduzindo sua prevalência 
no rebanho e minimizar a severidade dos casos diminuindo o impacto sobre os 
animais afetados, (SOUZA, 2008). 
O casqueamento é uma prática que deve ser realizada na intenção de 
prevenir doenças através do amparo funcional e ajudar na mobilização do animal. 
Foi realizado o procedimento de casquear em todos os animais, usando 
cabrestos para prendê-los na cerca, imobilizando, enquanto que com um canivete 
seus cascos eram nivelados. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Figura 4 – Casqueamento 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2018. 
3.2.3. Limpeza dos galpões externos 
 
É importante que todas as instalações estejam limpas, para a preservação do 
bem-estar dos animais. 
A limpeza do galpão de ração e seus maquinários, era feita espanando e 
varrendo o local, para em seguida arrumá-lo devidamente. 
No depósito de produtos químicos, retiramos todos os produtos e materiais do 
local, avaliando os produtos vencidos a serem descartados de forma correta. Em 
seguida, varremos o ambiente e com uma mangueira aspergimos água nas 
prateleiras, passando um pano para secá-las, salpicando ainda água no chão para 
retirada da poeira. Colocamos todos os produtos e materiais, que eram limpos com 
um pano umedecido, em locais que favoreciam a um melhor acesso. 
A fazenda também continha algumas aves e bovinos. Então, foi também 
realizado a limpeza do aviário e do curral com auxílio de uma vassoura, uma pá e 
um carrinho de mão, para retirada dos dejetos a serem usados como esterco. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Figura 5 – Limpeza do depósito de produtos Figura 6 – Limpeza do galpão de ração 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2018. Fonte: Acervo pessoal, 2018. 
 
 3.3. MANEJO NUTRICIONAL 
 
O manejo nutricional vai depender de cada fase em que o animal esteja 
passando, sempre atendendo a uma alimentação mista e equilibrada entre 
volumosos e concentrada. Assim como outros requisitos, é importante para a 
produção e o desenvolvimento do animal. 
 
 
3.3.1. Palma forrageira 
 
A palma é tida como um alimento alternativo por apresentar baixo custo e 
grandes valores nutricionais. As variedades de palma forrageira cultivadas no 
semiárido brasileiro são de origem mexicana. Adaptadas às condições ambientais 
da região, essas forrageiras são de grande importância para o fornecimento de 
nutrientes e suprimento de parte das necessidades de água dos animais no período 
seco do ano. Essas cactáceas são imprescindíveis para garantira segurança 
alimentar dos rebanhos caprinos e ovinos (MAIA, 2017). 
http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/0322-Palma-forrageira-na-alimentacao-caprinos-ovinos
http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/0322-Palma-forrageira-na-alimentacao-caprinos-ovinos
14 
 
A palma, em grande parte, é composta por água. O alto teor de umidade, por 
sua vez, reduz a necessidade de fornecimento de água aos animais durante o 
período seco. Outra característica importante é que não precisa ser cortada ao 
amadurecer. Pode ser deixada no campo como reserva de alimento para os 
rebanhos. 
Uma das variedades que ganhou destaque ultimamente por apresentar 
resistência contra a praga cochonilha-de-carmim é palma mão de moça (Nopalea 
cochenillifera), porém apresenta um material propagativo baixo. O seu plantio é 
através da forma de propagação por fragmentação de raquete, para melhor obter 
resultados. 
A fazenda possuía duas plantações de palma, sendo uma mais velha com 
aproximadamente 3500m2, que já era utilizadapara alimentação, ao lado do ovil, e 
outra mais nova ao fundo da propriedade com 5000m2, possuindo apenas seis 
meses de iniciação. 
A palma a depender de sua variedade não precisa de um solo bem úmido ou 
bem adubado, contudo ela não está isenta da irrigação ou da adubação. Os 
estagiários ajustaram o sistema de irrigação para melhor aproveitamento da água. 
Eles também adubaram a plantação utilizando esterco ovino, que contribui na 
liberação de CO², além de conservar a umidade do solo com uma boa 
disponibilidade em potássio, fósforo e magnésio. Foram usados dois carrinhos e 
meio por fileira, despejados com uma pá. Em outros dias eles acrescentam uma 
adubação de cinzas rica em potássio, foram adicionados 10 quilos por fileira, 
despejadas com uma pá. E ainda, em duas fileiras de uma plantação mais antiga, 
foram adicionados, calcários e superfosfato simples. 
15 
 
Figura 7– Palmas adubadas 
 
Fonte de acervo pessoal, 2018. 
3.3.2. Introdução de moringa na propriedade. 
 
A moringa oleífera é mais conhecida na alimentação humana, mas com o 
tempo, devido à seca, começaram-se estudos para esta ser usada como fonte 
alternativa na alimentação animal, pois é uma árvore que apresenta bastante 
resistência à seca, com baixo custo, rápido crescimento, e com seis meses pode ser 
feita a primeira poda, sendo totalmente aproveitada. Segundo dados da Embrapa, 
ela possui 22% de proteína. 
Os estagiários realizaram a implantação de moringas oleífera, com o objetivo 
de utilizá-las na alimentação animal. Para isso foram feitas 125 mudas. Elas foram 
dispostas em sacos plásticos pretos, de 1kg, no formato 20 X 30 X 0,15. A 
composição do solo utilizado era arenosa, argiloso, com adubação de superfosfato 
simples, calcário e esterco ovino e eram irrigadas duas vezes por dia. 
Também foram feitas adubações em algumas mudas que já se encontravam 
na propriedade através do plantio direto, com aproximadamente 200 gramas de 
esterco ovino por planta. 
16 
 
 
Figura 8 – Mudas de moringas. 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2018. 
 
3.3.3. Alimentação dos animais 
 
Os animais eram alimentados com ração, palma forrageira, vagem de 
algaroba e nos pastos, com duas refeições, sendo uma no início do dia e outra no 
final da tarde. Das nove horas da manhã até às quatro horas da tarde tendo 
disponibilidade de pastejo nos pastos, os animais se alimentavam com a pastagem. 
A ração era fornecida apenas em alguns dias, misturada com as palmas. Ela 
era feita na propriedade usando o triturador e misturador. Para fazer a ração eram 
triturados 30 quilos de milho, logo eram despejados no misturador e adicionados 60 
quilos de farelo de trigo. Esta era distribuída de acordo com a orientação do tratador. 
A palma forrageira era fornecida em dias alternados aos animais. Quando 
eles iam para os pastos, se houvesse escassez de capim, a palma era dada em 
menor quantidade. Os cortes eram feitos nas juntas da palma, com facão, deixando 
um ou duas raquetes de altura, sendo transportadas em carrinho de mão ou em uma 
carroça de boi. Antes de serem fornecidas para os animais elas eram passadas no 
17 
 
triturador ou eram cortadas manualmente com facão. A quantidade de palma 
distribuída variava entre dois a três carinhos por turno, com ou sem ração. As 
vagens de algaroba só eram oferecidas como complemento das palmas. 
 
 Figura 9 – Triturador de palma Figura 10 – Alimentação com palma 
 
 Fonte de acervo pessoal, 2018 Fonte de acervo pessoal, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Através do estágio externo, os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de 
aula foram postos em prática, aumentando assim, o grau de conhecimentos na área 
técnica e a qualificação do estagiário para a formação acadêmica. 
Além das atividades que foram aprendidas em aulas, o aluno pode ter contato 
com outras que nunca foram praticadas. Desse modo, pode-se observar que houve 
uma melhor aquisição de aprendizagens. Além disso, o estágio nos proporcionou a 
experiência de trabalhar em equipe, adquirindo informações, necessárias à prática, 
com os funcionários da Fazenda. 
 
A Fazenda Cabanha Arizona apresenta boas instalações, pastos com grande 
disponibilidade de área e equipamentos que facilitam o trabalho no dia a dia, mas, 
contudo, apresentava-se depreciada, com cercas quebradas, invasão de animais 
externos (gansos e burro), um manejo nutricional inadequado, falta de limpeza das 
instalações e pastos sem pastagem. Então, pode-se observar a necessidade de 
investir na propriedade para que esta possa ter um melhor desenvolvimento. 
 
Este relatório reuniu as práticas desenvolvidas com o rebanho da raça Dorper, 
realizadas durante o estágio externo, as quais variaram desde o manejo sanitário até 
o manejo nutricional. 
 
O estágio teve grande importância na vida acadêmica e, além de fornecer a 
preparação para a formação no Curso Técnico Agrícola com Habilitação em 
Agropecuária, também promoveu a vivência no mercado de trabalho e qualificação 
para o estagiário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
REFERÊNCIAS 
 
MAIA, Otávio. Palma forrageira na alimentação de caprinos e ovinos. Disponível 
em:<http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/0322-Palma-forrageira-na-
alimentacao-caprinos-ovinos >. Acesso em: 18 de março de 2019. 
 
IBGE. Pesquisa da Pecuária Municipal. Disponível em: 
<https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/quadros/brasil/2017>. Acesso em: 1 de maio. 
2018. 
 
SOUZA, A,A ; SOUZA A, F; RAMELLA, J, L. Claudicação em Ovinos. SB Rural. 
Chapecó, nº 180, pág 01-02, setembro, 2016. 
 
SOUZA, Daniel, Utilizando pedilúvio para afecções podais. Disponível em: 
<https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/utilizando-pediluvio-para-afeccoes-
podais-47781n.aspx>. Acesso em: 1 de maio. 2018. 
 
VIANA, João. Panorama geral da ovinocultura no Mundo e no Brasil. Disponível 
em: 
<https://www.researchgate.net/publication/228460370_Panorama_geral_da_ovinocul
tura_no_mundo_e_no_Brasil>. Acesso em: 1 de maio. 2018. 
 
 
 
 
 
https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/quadros/brasil/2017
https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/utilizando-pediluvio-para-afeccoes-podais-47781n.aspx
https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/utilizando-pediluvio-para-afeccoes-podais-47781n.aspx
https://www.researchgate.net/publication/228460370_Panorama_geral_da_ovinocultura_no_mundo_e_no_Brasil
https://www.researchgate.net/publication/228460370_Panorama_geral_da_ovinocultura_no_mundo_e_no_Brasil

Continue navegando