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2015 Usuario [Digite o nome da empresa] 01/01/2015 CITOLOGIA CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 2 INTRODUÇÃO A invenção do microscópio em 1591 por Zacharias Janssen e Hans Janssen, possibilitou a descoberta das células e inaugurou um novo campo de investigação da ciência, a Citologia (do grego kitus, célula, e logos, estudo). O termo “célula” deriva do latim cellula, diminutivo de cella, que significa pequeno compartimento. TEORIA CELULAR Hipótese: todos os seres vivos são formados por células. AMPLIAÇÃO DA TEORIA CELULAR 1- Todos os seres vivos são formados por células e por estruturas que elas produzem; as células são, portanto, as unidades morfológicas dos seres vivos. 2- As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células; estas são, portanto, as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos. 3- Novas células se formam pela divisão de células preexistentes, por meio da divisão celular; a continuidade da vida depende, portanto, da reprodução celular. Apesar das diferenças quanto à forma e função, todos os seres vivos têm em comum o fato de serem constituídos por células. OS VÍRUS E A TEORIA CELULAR Os vírus não apresentam células em sua constituição, portanto são acelulares. Os vírus são parasitos intracelulares obrigatórios, e precisam de células vivas para se reproduzir. Os vírus são formados por um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA) protegido por uma cápsula protéica. Alguns vírus possuem um envelope formado por membrana lipoprotéica semelhante á das células. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 3 CÉLULAS São unidades básicas dos organismos complexos, ou a sua estrutura morfológica e funcional. São as menores unidades das matérias vivas, capazes de uma existência independente e de reproduzir sua própria espécie. Alguns animais são constituídos por uma única célula. Classificação dos seres vivos quanto ao número de células: - Acelulares: ausência de estrutura celular. Ex.: vírus. Fonte das imagens: Google imagens - Unicelulares: presença de uma única célula. Ex.: Moneras (bactérias e cianobactérias), Protistas (protozoários e algas) e alguns fungos (leveduras) Fonte das imagens: Google imagens - Pluricelulares ou Multicelulares: presença de muitas células. Ex.: animais, plantas e fungos filamentosos. Fonte das imagens: Google imagens CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO DE VIDA Células lábeis: se dividem durante toda a vida do indivíduo. Possuem ciclo vital curto e baixa especialização. Ex.: células epiteliais, hemácias e gametas. Células estáveis: se dividem até certo estágio da vida do indivíduo (crescimento), retornando a capacidade de divisão em algumas condições (regeneração). Possuem ciclo vital médio. Ex.: células ósseas, cartilaginosas e glandulares. Células permanentes: possuem ciclo vital longo e pequena capacidade de multiplicação com elevado grau de diferenciação. Multiplicam-se apenas durante o período embrionário. Ex.: Neurônios, células adiposas. Em algumas situações as células nervosas podem se multiplicar. Todos os organismos, exceto os vírus, são constituídos de células. Existem dois tipos básicos de células. A mais simples e fundamental das classificações dos organismos vivos se baseia na ausência ou presença de um núcleo. PRO / CARIONTES As células procariontes, procariotos ou procarióticas, também chamadas de protocélulas, são muito diferentes das células eucariontes. A sua principal característica é a ausência de cariotéca individualizando o núcleo celular, pela ausência de algumas organelas. Possuem DNA na forma de um anel não-associado a proteínas, como acontece nas células eucarióticas, nas quais o DNA se dispõe em filamentos espiralados e associados à histonas. As células procarióticas se reproduzem rapidamente por divisão binária, dividindo-se em duas em um espaço de tempo muito curto (20 minutos), dessa forma em menos de 11 horas, por divisões repetidas, um único procarioto pode dar origem a 5 bilhões de descendentes (aproximadamente igual ao número total de humanos sobre a Terra). CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 5 EU / CARIONTES Célula eucariótica animal: Eu (grego) significa verdadeiro, real; Karion, significa núcleo, âmago. Essas células são mais complexas, possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos animais e das plantas é dotada deste tipo de células. São células que possuem o núcleo bem individualizado e delimitado por envoltório nuclear. Nesse grupo encontram-se: as células animais e as células vegetais. Célula eucariótica vegetal: CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 6 Organização geral da célula eucariótica Células eucariontes apresentam duas partes morfologicamente bem distintas. O CITOPLASMA que é envolto por uma membrana plasmática e o NÚCLEO que possui um envoltório nuclear. MEMBRANA CELULAR Uma célula é um sistema de moléculas reagindo dentro de um recipiente. Esse recipiente é a MEMBRANA PLASMÁTICA que serve como barreira não permitindo que o conteúdo da célula escape para o meio circulante. A membrana celular controla e seleciona a troca de substâncias entre a célula e o meio externo. As organelas ou compartimentos intracelulares são envolvidos também por membranas como a MP, porém mantêm características diferentes dependendo da função da organela. A Membrana plasmática é constituída basicamente por Lipídios e Proteínas. Fonte: Google imagens. CITOPLASMA O citoplasma é um espaço intracelular preenchido por uma matriz semi-fluida (com consistência de gel), denominada hialoplasma, onde está "mergulhado" tudo que se encontra dentro da célula, como moléculas e organelas. É composto principalmente por 80% de água, mas também contêm íons, sais e moléculas grandes, como proteínas, carboidratos e o RNA. Nas células eucarióticas o citoplasma contém organelas organizadas com sistemas de membranas, já nas células procarióticas o citoplasma não possui organelas membranosas. COMPONENTES E ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS MATRIZ CITOPLASMÁTICA O hialoplasma ou matriz citoplasmática é a parte da célula formada por uma solução coloidal composta por água, sais e moléculas orgânicas simples e complexas. Nele ocorrem as reações químicas mínimas para a sobrevivência da célula. CITOESQUELETO O citoesqueleto pode ser considerado o “esqueleto da célula”. Os microtúbulos que o compõe são formados por moléculas protéicas chamadas tubulina. Os microtúbulos podem aumentar ou diminuir de comprimento de acordo com a incorporação ou a saída de proteínas. O hialoplasma apresenta movimentos amebóides, caracterizado por prolongamentos temporários do citoplasma, chamados de pseudópodes. Esses movimentos têm a função de locomoção e captura de alimentos (fagocitose). CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 7 Ribossomo Estruturas citoplasmáticas encontradas em procariotos e eucariotos. Nos procariotos, são encontrados dispersos no citoplasma, enquanto nos eucariotos muitos ficam aderidos ao retículo endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso. São constituídos por duas subunidades, uma subunidade maior e uma subunidade menor, ambas formadas por proteínas ribossômicas e moléculas de rRNA (RNA ribossômico). Função: sítio para a síntese de proteínas. Retículo Endoplasmático (RE) Presente em todas as células eucarióticas, o RE é a maior estrutura celular, formada por uma rede de túbulos e vesículas achatadas, interconectadas e fechada que formam um espaço interno único, chamado lúmen do RE ou espaço cisternal. O RE se estende a partir do envoltório nuclear, percorrendo grande parte do citosol.Existem dois tipos morfológicos de RE: o retículo endoplasmático liso (REL), que não possui ribossomos, e o retículo endoplasmático rugoso (RER), que possuem ribossomos associados a sua membrana. Retículo Endoplasmático Rugoso: O retículo endoplasmático rugoso ou granular é formado por sistemas de túbulos achatados e ribossomos aderidos a membrana o que lhe confere aspecto granular. Função: Participa da síntese e o transporte de proteínas que serão eliminadas para o exterior da célula, ou seja, serão exportadas. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/grupo6/grupo6.html&ei=W109VfeYI4qXNtybgbAN&bvm=bv.91665533,d.cWc&psig=AFQjCNGKXFiEVCCc6c2UeEGJ6uHLqXtsog&ust=1430171208255022 CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 8 Retículo Endoplasmático Liso: é formado por sistemas de túbulos cilíndricos e sem ribossomos aderidos a membrana. Função: Participa principalmente do metabolismo de esteróides, fosfolipídios e outros lipídios como o colesterol. Atua também na degradação do etanol ingerido em bebidas alcoólicas e de medicamentos como o fenobarbital. Esse tipo de retículo é abundante principalmente em células do fígado e das gônadas. Complexo de Golgi (CG) ou Aparelho de Golgi É um sistema de cisternas achatadas e ligeiramente curvas, que se situam entre o RE e a Membrana Plasmática (MP). O CG possui uma face cis (convexa), voltada para o núcleo, e uma face trans (côncava), voltada para a membrana plasmática. Entre elas estão as cisternas medianas. As moléculas proteicas chegam ao CG pela incorporação de vesículas de transporte, advindas do RER, na face cis. Daí migram, também através de vesículas transportadoras, para as cisternas medianas e, finalmente para a cisterna trans, de onde serão endereçadas à MP, aos lisossomos, ao RE ou ao próprio Golgi. O CG modifica as proteínas produzidas pelo RER, alterando e empacotando em sacos (pequena vesículas) que podem ser exportados para fora da célula ou transformados em lisossomos. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 9 Lisossomos São compartimentos envoltos por membrana que contém um grupo de enzimas que digerem materiais introduzidos nas células ou elementos da própria célula (autofagia). Essas enzimas, cerca de 40 tipos, incluindo proteases, lípases, fosfatases, são todas ácidas, precisando de um ambiente com pH de valor próximo a 5,0 no seu interior. Por causa dessa diversidade, os lisossomos são organelas heterogêneas. Endocitose: processo pelo qual a célula engloba componentes externos para o interior celular. Esse mecanismo pode acontecer através de: Pinocitose: quando a célula engloba micropartículas (água, pequenas moléculas e proteínas solúveis) do meio externo através da invaginação da membrana plasmática. Geralmente as vesículas de pinocitose são pequenas e numerosas, uma vez dentro da célula essas vesículas fundem-se entre si e aos lisossomos, resultando na digestão do seu conteúdo. Fagocitose: quando a célula engloba macropartículas através da evaginação da membrana plasmática. Desempenha importante papel na defesa contra micro-organismos, na eliminação de células danificadas, envelhecidas ou em processo de morte celular. PEROXISSOMOS São organelas pequenas, com forma de esféricas a ovóides, envolvidas por membranas. Estão presentes em quase todas as células animais e funcionam no catabolismo de ácidos graxos de cadeia longa. Fornecem o ambiente de contenção para reações onde um perigoso agente químico é gerado e degradado – o peróxido de hidrogênio (H2O2) As proteínas dos peroxissomos não são formadas no RER, e sim no citosol (citoplasma) e são transportadas para os peroxissomos. MITOCÔNDRIA A mitocôndria é uma organela limitada por duas membranas. A membrana interna forma várias dobras chamadas cristas mitocondriais. Entre as cristas está localizada a matriz mitocondrial, uma solução coloidal idêntica ao citoplasma. Na matriz são encontradas enzimas responsáveis pelas reações químicas da respiração. As cristas mitocondriais aumentam a superfície de enzimas em aumentar o volume da organela. São encontrados também DNA, RNA e ribossomos. Com essa maquinaria, elas são capazes de sintetizar as enzimas respiratórias. O DNA garante a autoduplicação da organela, garantindo o número constante nas células. Função: Fornecer energia para a célula através da respiração celular. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 10 Respiração Celular: é o processo de oxidação de moléculas orgânicas acompanhado da liberação de energia que é aproveitada na síntese de ATP. Os compostos que resultam de alto rendimento são os carboidratos, lipídios e aminoácidos. CENTRÍOLOS, CÍLIOS E FLAGELOS A maioria das células procarióticas possui um par de centríolos. Cada centríolo é formado por nove grupos de três microtúbulos, responsáveis pela formação do fuso acromático, cílios e flagelos. Os cílios e flagelos são compostos por nove pares de microtúbulos periféricos e um par central. Servem para locomoção e captura de alimentos. A principal função dos cílios e dos flagelos é a locomoção celular. É através do movimento ciliar ou flagelar que a maioria dos protozoários e dos gametas masculinos se movimentam. Alguns protozoários têm a capacidade de criar correntes na água através do batimento de seus cílios da ciliatura oral, fazendo com que as partículas alimentares sejam ingeridas. VACÚOLOS São bolsas membranosas presentes no citoplasma das células eucariontes. Possui as funções: Formar os vacúolos digestivos (protozoário e animais); Formar os vacúolos pulsáteis, cuja função é expulsar o excesso de água que entra na célula por osmose (protozoários de água doce); Nos vegetais, forma-se o tonoplasto, cuja função é armazenar substâncias orgânicas (proteínas – nutrem o embrião em desenvolvimento) e constitui o principal reservatório de compostos inorgânicos (sódio e potássio). Podem servir também como local de despejo de restos metabólicos, ou ainda, substâncias venenosas ou de sabor desagradável, de modo a proteger o vegetal contra herbivoria. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 11 CLOROPLASTOS Os cloroplastos são um tipo de cromoplastos que contém pigmento chamado clorofila, que são capazes de absorver a energia eletromagnética da luz solar e a convertem em energia química por um processo chamado fotossíntese. As células vegetais e as algas verdes possuem um grande número de cloroplastos, de forma esférica ou ovóide, variando de tamanho de acordo com o tipo celular, e são bem maiores que as mitocôndrias. Sua função é fornecer energia para célula. COMPONENTES QUÍMICOS DA CÉLULA Toda célula é composta por substâncias diversas denominadas componentes químicos que podem ser divididos em dois grupos: • INORGÂNICOS ÁGUA SAIS MINERAIS ORGÂNICOS CARBOIDRATOS LIPÍDIOS PROTEÍNAS VITAMINAS ÁCIDOS NUCLEICOS CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 12 ÁGUA A quantidade de água e sais minerais na célula e nos organismos deve ser perfeitamente balanceada, qualificando o chamado equilíbrio hidrossalino. Esse equilíbrio é fator decisivo para a manutenção da homeostase. Além disso, eles desempenham numerosos papéis de relevante importância para a vida da célula. FUNÇÕES DA ÁGUA • Transporte de Substâncias • Difusão/Osmose - as células apresentam-se em estado coloidal (rico em água) o que facilita transporte de substâncias. • Sistema Excretor – eliminação de excretas nitrogenados, urina. • Sistema Circulatório – transporte através do sangue pelos vasos sanguíneos. • Termo regulação • A água evita variações bruscas de temperatura dos organismos. • A transpiração diminui a temperatura corporal. • Lubrificante• Nas articulações e entre os órgãos a água exerce um papel lubrificante para diminuir o atrito entre essas regiões. • A lágrima diminui o atrito das pálpebras sobre o globo ocular. • A saliva facilita a deglutição dos alimentos. • Facilita Reações Químicas • Síntese por desidratação. • Em algumas reações químicas a união entre moléculas ocorre com formação de água como produto. • Reações de hidrólise • Reações de quebra de moléculas em que a água participa como reagente. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 13 TAXA DE ÁGUA VARIA DE ACORDO COM: Idade Quanto mais jovem maior é a taxa de água. Feto humano – 94% de água Recém-nascido – 69% de água Adulto – 60% de água Espécie Há espécies com maior porcentagem de água (ex. Águas-vivas com 98%). Manutenção da homeotermia Transpiração em animais homeotérmicos. Hidratação Um corpo bem hidratado contém maior porcentagem de água. Atividade metabólica Quanto maior a atividade metabólica de um tecido maior é a sua taxa de água. Neurônio – 80% de água Célula óssea – 50% de água SAIS MINERAIS São substâncias reguladoras do metabolismo celular. São obtidos pela ingestão de água e alimentos como frutos, cereais, leite, peixes, etc. Os sais minerais têm participação nos mecanismos de osmose, estimulando, em função de suas concentrações, a entrada ou a saída de água na célula. A concentração dos sais na célula determina o grau de densidade do material intracelular em relação ao meio extracelular. Em função dessa diferença ou igualdade de concentração é que a célula vai se mostrar hipotônica, isotônica ou hipertônica em relação ao seu ambiente externo, justificando as correntes osmóticas ou de difusão através da sua membrana plasmática. Portanto, a água e os sais minerais são altamente importantes para a manutenção do equilíbrio hidrossalino, da pressão osmótica e da homeostase na célula. • São encontrados nas seguintes formas: • Associados: Formando cristais como o carbonato e o fosfato; • Ex: formando o esqueleto. • Dissociados ou solúvel: dissolvidos na forma de íons na água do corpo; • Combinados com moléculas orgânicas: como o ferro na molécula de hemoglobina e o cobalto na vitamina B12. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 14 COMPONENTES ORGÂNICOS I. Carboidratos • Componente orgânico conhecidos como hidratos de carbono, açúcares, sacarídeos ou glicídios. • Representam a principal fonte de energia para a célula. • Junto com as proteínas formam os principais constituintes dos organismos vivos. • São as moléculas biológicas mais abundantes na natureza. Compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 15 Funções: • Substâncias energéticas: a célula queima estas moléculas para obter energia. • Reservas energéticas: ficam armazenadas para delas obter energia no futuro. • Estrutural: forma a parede celular de algumas células. • Função genética: entram na composição dos ácidos nucléicos. • Reconhecimento celular. • Adesão celular CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 16 II. Lipídios • Componentes orgânicos conhecidos como gorduras e óleos. • Insolúveis em água; • Solúveis em solventes orgânicos como benzina, éter e álcool. • Funções • Participam da formação da membrana plasmática • triglicerídeos, os fosfolipídios e os esteróides. • Estrutural, • Energética, • Reguladora, • Hormonal, • Impermeabilizante, • Homeostase, • Isolante térmico, • Isolante elétrico. III. Proteínas • São constituintes básicos da vida; macromoléculas complexas; • Constituem cerca de 50 a 80% do peso seco da célula eucariótica; • São encontradas em carnes, leite e seus derivados e grãos. • Componentes orgânicos constituídos por moléculas menores denominadas aminoácidos ligados através das ligações peptídicas entre os grupos amino (-NH2) de um aminoácido e carboxílico (-COOH) de outro. • As proteínas diferem: • Pela quantidade de aminoácidos. • Pelo tipo de aminoácidos que tem; • As proteínas são formadas com 20 tipos de aminoácidos • Aminoácidos Naturais: Sintetizados pelo organismo. • Aminoácidos Essenciais: O organismo não sintetiza, são adquiridos através da alimentação. • Pela ordem dos aminoácidos na molécula da proteína. • Duas proteínas com o mesmo número de aminoácidos e do mesmo tipo não são necessariamente iguais. PAPEL BIOLÓGICO DAS PROTEÍNAS • A função de cada proteína depende de sua forma. 1. Função estrutural: • Colágeno: com alta resistência é encontrada na pele, cartilagens, ossos e tendões. • Actina e Miosina: permite a contração muscular. • Queratina: impermeabiliza a pele. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 17 • Albumina: regulação osmótica do sangue. • Fibrinogênio: relacionada ao mecanismo de coagulação sanguínea. 2. Função hormonal: • Alguns hormônios do organismo têm origem proteica como a insulina 3. Função nutritiva: • As proteínas são usadas como fontes de aminoácidos que podem ser oxidados fornecendo energia. 4. Função enzimática: • Enzimas são proteínas que atuam como moléculas reguladoras das reações biológicas, como as lipases. 5. Função de defesa: • Proteínas chamadas anticorpos têm a função de identificar antígenos (invasores) neutralizando seus efeitos. VITAMINAS São substâncias orgânicas especiais que atuam a nível celular como desencadeadores da atividade de enzimas (coenzimas). Elas são atuantes em quantidades mínimas na química da célula, com função exclusivamente reguladora. São produzidas habitualmente nas estruturas das plantas e por alguns organismos unicelulares. Os seres mais desenvolvidos necessitam obtê-las através da alimentação. Algumas vitaminas são obtidas pelos animais na forma de provitamina, substância não ativa, precursora das vitaminas propriamente ditas. Assim acontece com a vitamina A, que é encontrada como provitamina A ou caroteno; e a vitamina D2 (calciferol), obtida de certos óleos vegetais na forma de ergosterol ou provitamina D2. A falta de determinada vitamina no organismo humano causa distúrbios que caracterizam uma avitaminose ou doença carencial. A melhor forma de se evitar as avitaminoses é consumir uma dieta rica em frutos, verduras, cereais, leite e derivados, ovos e carnes. As vitaminas se classificam em hidrossolúveis e lipossolúveis, conforme sejam solúveis em água ou lipídios (óleos e gorduras). Vitaminas lipossolúveis: vitaminas A, D, E e K; as demais são hidrossolúveis. As vitaminas hidrossolúveis dissolvem-se na água durante o processo de cozimento de verduras e legumes, por isso, recomenda-se o aproveitamento do caldo resultante. ÁCIDOS NUCLEICOS Tipos: Existem dois tipos básicos de ácidos nucleicos: o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA). São encontrados em todos os seres vivos, entretanto, os vírus possuem apenas um tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA. Localização e função: Nas células, o DNA é encontrado no núcleo da célula eucariótica, no nucleóide de célula procariótica, nos cloroplastos e nas mitocôndrias. Tem a função de sintetizar as moléculas de RNA e de transmitir as características genéticas. O RNA é encontrado tanto no núcleo como no citoplasma, embora sua função de controle da síntese de proteínas seja exercida exclusivamente no citoplasma. São encontrados no núcleo, formando os nucléolos e no citoplasma, formando os ribossomos. Os RNAs são formados a partir da informação genética contida nas moléculas de DNA (transcrição) e passam para o citoplasma, local onde determinará a síntese de uma proteína CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 18 (tradução). Essa proteína terá um papel na manifestação do caráter hereditário condicionado pela presença daqueleDNA nas células do indivíduo. Estrutura: As unidades estruturais de um ácido nucléico são as mesmas, tanto numa bactéria como em um mamífero. Todos os ácidos nucléicos são constituídos de filamentos longos nos quais se sucedem, por polimerização, unidades chamadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo é constituído por: um radical fosfato (P), proveniente do ácido fosfórico. uma pentose (monossacarídeo com 5 átomos de carbono): ribose no RNA, e a desoxirribose no DNA. uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina ou uracila). As bases nitrogenadas são de dois tipos: bases púricas e bases pirimídicas. Bases púricas: adenina (A) e a guanina (G), ambas encontradas tanto no DNA como no RNA. Bases pirimídicas: citosina, encontrada no DNA e no RNA; a timina (T), encontrada no DNA; e a uracila (U), encontrada no RNA. DNA - ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLÉICO • Seu comprimento linear seria de 2 m de comprimento. • Tem forma de uma escada em espiral. • Contém as informações genéticas das células. • Localizado no núcleo e nas mitocôndrias. • É um polímero formado por nucleotídeos, sendo o açúcar desoxirribose e as bases purinas e pirimídicas (C, T, G, A), proporcionando formação de uma fita dupla. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 19 RNA - ÁCIDO RIBONUCLÉICO • Está envolvido em decifrar a informação do DNA e carregar sua instrução. • É formado a partir do DNA. • Está localizado principalmente no citoplasma. • Auxilia o DNA no controle da expressão de características hereditárias. • É composto por nucleotídeos, porém difere em certos aspectos: • O açúcar é uma ribose; • A base pirimídica timina é substituída pela uracila; • Forma somente uma fita de RNA simples, isto implica que haverá uma porcentagem diferente de A com T e C com G. DNA O DNA é um ácido nucleico, pois tem um caráter ácido e está presente no núcleo das células eucarióticas (células animais, vegetais, fungos e algas), no nucleoide das células procarióticas (bactérias e cianobactérias), na mitocôndria (estrutura celular responsável pela respiração celular) e em alguns vírus. A molécula de DNA é helicoidal, formada por duas cadeias paralelas (dupla hélice), compostas por uma sequência linear de nucleotídeos. Essas cadeias estão unidas entre si por ligações denominadas pontes de hidrogênio, que se formam entre as bases nitrogenadas. A base nitrogenada A sempre se CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 20 pareia (liga) com a base nitrogenada T, através de 2 pontes de hidrogênio. Enquanto que a base nitrogenada C se pareia (liga) com a base nitrogenada G, por 3 pontes de hidrogênio. RNA Toda a informação genética de um indivíduo está presente no DNA, porém esta é uma molécula inerte que apenas possui a informação. Para que ocorra a produção de uma proteína é necessária a passagem da informação do DNA para o RNA (transcrição) e deste para as proteínas (tradução). Durante a transcrição são formados: o RNA mensageiro (mRNA) que leva a informação até o ribossomo que é constituído de RNA ribossômico (rRNA) e o RNA transportador CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 21 (tRNA), o responsável pelo transporte dos aminoácidos ao complexo para mRNA – ribossomo para formar a proteína. O RNA é uma molécula intermediária na síntese de proteínas. Faz a intermediação entre o DNA e as proteínas. As principais diferenças entre o RNA e o DNA são sutis, mas essas diferenças fazem com que o DNA seja mais estável. O RNA é formado por uma fita simples, o açúcar do seu esqueleto é a ribose, em vez de desoxirribose como no DNA e, uma de suas bases nitrogenadas é diferente da do DNA: o RNA possui uma Uracila (U) em vez de Timina (T). Os principais tipos de RNA são os RNAs mensageiros (mRNAs), os transportadores (tRNAs) e os ribossomais (rRNA). Os RNAs mensageiros são aqueles que codificam as proteínas. Os RNAs ribossomais fazem parte da estrutura do ribossomo, junto com diversas proteínas (proteínas ribossômicas) e são eles que permitem a ligação entre dois aminoácidos na síntese de proteínas. Os RNAs transportadores carregam o aminoácido específico para complementar a sequência de nucleotídeos do mRNA, quando este está ligado ao ribossomo. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 22 Transcrição: A transcrição consiste na síntese de RNA usando o DNA como molde. Ela é realizada por um complexo enzimático cuja enzima chave é a RNA polimerase, a qual realiza a polimerização do RNA a partir de um molde de DNA. Este processo ocorre em três etapas principais: a iniciação, o alongamento e o término, que serão explicados adiante. Iniciação: Uma importante etapa na iniciação da transcrição é a abertura da dupla fita de DNA (desenovelamento), que é feito rompendo-se as ligações por pontes de hidrogênio entre as bases das duas fitas. A fita dupla do DNA não serve como molde para síntese de RNA quando suas bases estão pareadas. Portanto, é necessário que os nucleotídeos de um dos filamentos estejam disponíveis a novos pareamentos. Para que isso aconteça, a RNA polimerase deve desenrolar o DNA dupla hélice, formando uma bolha de transcrição, que consiste em pares de bases desenrolados. Após a transcrição, o RNA resultante é denominado transcrito primário. Os transcritos primários de RNA mensageiro (mRNA), em procariontes, sofrem pouco ou nenhum processamento após sua síntese e, em geral, são traduzidos ainda durante a sua produção. Entretanto, nos eucariotos, o transcrito primário necessita de algumas alterações para adquirir maior estabilidade e caracterizar a molécula de RNA que irá para o citoplasma ser traduzida. O conjunto dessas alterações necessárias é denominado processamento do RNA, o que inclui a remoção dos íntrons (sequências não codificantes) e a adição de uma molécula de GTP e átomos de fósforo (P) na extremidade 5’ e uma cauda de poli-A na extremidade 3’. Tradução: A tradução refere-se a todo o processo pelo qual a sequência de bases de um mRNA é usada para codificar a sequência de aminoácidos para a formação de uma proteína. Os ribossomos são as estruturas celulares onde as proteínas são sintetizadas. Eles são compostos por rRNA e proteínas ribossômicas. Os ribossomos são constituídos de uma subunidade maior e uma subunidade menor. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 23 Para o início da síntese de proteínas, é necessário que ocorra uma ligação entre o mRNA e o ribossomo. Durante a síntese de proteínas, os ribossomos deslocam-se ao longo do mRNA, possibilitando um pareamento entre esse e os tRNAs que carregam os diferentes aminoácidos que irão compor as proteínas. Cada tRNA contém em sua composição um anticódon que é complementar ao códon do mRNA e que é específico para cada aminoácido. Uma mesma molécula de mRNA é traduzida simultaneamente por diferentes ribossomos. O processo de síntese de proteínas pode ser dividido em três etapas: Início, Alongamento e Terminação. Fonte: Google imagens CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 24 Fonte:http://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=http%3A%2F%2Fpessoal.utfpr.edu.br%2Fleilamarques%2Farquivos%2FA POSTILA%2520METABOLISMO%2520DE%2520PROTEINAS.doc Ciclo Celular A finalidade do ciclo celular, em qualquer célula, seja ela procariótica ou eucariótica, consiste basicamente na sua divisão, a fim de gerar duas células idênticas à mãe. Para que esta divisão ocorra é necessário que haja a duplicação de DNA e segregação ou separação cromossômica. A divisão somente poderá ocorrer após etapas estabelecidas. Os eventos descritos acima ocorrerão em quatro fases. Podemos dividir esses eventos em dois tipos, mecânicos, referindo-se à divisão gênica e a separaçãodos cromossomos, e regulatórios, que antecedem cada evento mecânico. Para que cada evento ocorra, seja mecânico ou regulatório, é necessário que todas as ações do evento anterior estejam concluídas. Assim, todas as células devem completar sua duplicação gênica para que ocorra o alinhamento cromossômico antes da mitose iniciar-se. Os eventos do ciclo celular são agrupados em quatro grandes fases: G1 (Gap 1), S, G2 (Gap 2) e M. O sistema de controle do ciclo celular é uma maquinaria bioquímica constituída de um conjunto de proteínas que interagem, induzem e coordenam o processo de duplicação e divisão celular. Características Gerais das Fases do Ciclo Celular CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 25 Fase G1: Durante a fase G1 ocorre aumento de volume celular, concomitante com a produção de uma série de enzimas, componentes estruturais e moléculas que mais tarde serão utilizados para a replicação de DNA (cópia do DNA). Em células de mamíferos, é na fase G1 que ocorre o maior crescimento celular. A necessidade de fatores de crescimento e de síntese proteica para o início de um novo ciclo indica a existência de um ponto de controle no final desta fase. Depois de uma a duas horas após esse ponto de controle é iniciada a replicação de DNA. Fase S (síntese): Nela ocorre a síntese e, portanto, a duplicação ou replicação da molécula de DNA, permitindo que a célula duplique precisamente seus cromossomos; Fase G2: A fase G2 assemelha-se à fase G1, pois também há crescimento celular e preparação para a divisão celular que ocorre na próxima fase; Fase M: A fase M consiste na mitose e na citocinese. Os diversos estágios que constituem a mitose são: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Nesses estágios os cromossomos são alinhados e separados. No final desta fase ocorre a citocinese, na qual há a divisão do citoplasma e a formação de duas membranas plasmáticas e células distintas; Fase G0: Ao fim de um ciclo celular, a célula poderá retornar à fase G1, recomeçando o ciclo. Mas poderá também seguir outros caminhos “alternativos”. Em alguns casos sofrerá diferenciação. Ou ainda tornar-se quiescente. Neste último caso, dir-se-á que a célula está em G0. Ela poderá retornar à fase G1 mediante estimulação por certos fatores. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 26 ESTADO FISIOLÓGICO DA CÉLULA 1. Transição de G1 para S Os sinais mitogênicos, transmitidos através das membranas pelos fatores de crescimento, atuam sobre uma série de proteínas responsáveis pela entrada da célula no ciclo celular. A fase G1 possui um ponto de checagem controlado pela via do pRb (proteína do retinoblastoma). Uma vez que essa célula passe este ponto, ela é encaminhada para a fase S, na qual ocorrerá a replicação do DNA. 2. Transição de G2 para M A duração da fase G2 varia de poucos minutos a algumas horas. Nota-se que nesta fase há síntese proteica e de RNA, o que permite dizer que novas proteínas são necessárias nesta fase e na mitose. Presume-se que, sendo G2 uma fase intermediária entre a síntese de DNA e a mitose, nesta etapa ocorra uma verificação (check-up) das condições celulares para o ciclo celular prosseguir sem nenhum erro. Caso ocorra cópia incorreta do DNA durante a fase S ou alguma lesão no DNA, a célula não passará o CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 27 ponto de checagem G2/M, e ocorrerá a parada do crescimento celular e a apoptose, induzida pelo gene p53. 3. Fase M Conceito de Pontos de Checagem (Checkpoints) Os pontos de checagem são mecanismos que garantem que cada fase completada esteja totalmente ausente de falhas para que a próxima se inicie. Caso haja algum tipo de falha, o ciclo não poderá continuar até que esse dano seja corrigido. Um recurso usado é o bloqueio momentâneo do ciclo na fase G2 quando há algum dano no DNA. A mitose é inibida na presença de DNA parcialmente ou não replicado. 4. Controle do Feedback e Câncer Duas classes pequenas de genes têm papel fundamental no desenvolvimento do câncer. Elas dirigem o ciclo celular em uma sequência de eventos que permitem o crescimento e a divisão celular. Proto-oncogenes estimulam o crescimento e a divisão celular, enquanto genes supressores inibem os processos da divisão celular. Ambas as classes de genes são responsáveis pela proliferação descontrolada encontrada nos cânceres humanos. Irradiação faz com que os níveis de p53 em células sejam alterados. Células deficientes da p53, ou com a p53 não-funcional, mostram um aumento da frequência de anormalidades cromossômicas. 5. Apoptose O ciclo celular pode dirigir a célula à apoptose. A apoptose ou morte celular programada é composta por uma série de eventos geneticamente controlados que resultam na remoção das células indesejadas, sendo um importante mecanismo de controle celular. A quantidade de morte programada que ocorre em um organismo é impressionante. Por exemplo, durante o desenvolvimento do sistema nervoso de vertebrados, mais da metade das células nervosas morrem logo após serem produzidas. Diferentemente da morte por necrose, que provoca uma resposta inflamatória potencialmente prejudicial. A proteína p53, entre as suas funções, auxilia o início da apoptose. A inativação dessa proteína por mutação reduz a chance de células geneticamente modificadas serem eliminadas, iniciando um processo carcinogênico. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 28 DIVISÃO CELULAR: MITOSE E MEIOSE Divisão Celular É o mecanismo pelo qual uma célula se reproduz. Há dois tipos de divisão celular: Mitose e Meiose. Mitose é uma divisão equacional, porém com alterações citoplasmáticas e nucleares. Na mitose, uma célula haplóide origina duas células também haplóides, assim como uma célula diplóide origina duas outras células também diplóides e geneticamente idênticas. A importância da mitose está em permitir o crescimento celular (aumento no número de células sadias ou alteradas geneticamente) e a renovação celular dos tecidos. Além disso, é responsável pela reprodução assexuada de organismos unicelulares eucariontes (brotamento das leveduras). Durante a mitose ocorrem as seguintes fases: a. Prófase (pró = antes; primeira): corresponde ao inicio da divisão celular. A cromatina se espiraliza e condensa formando o cromossomo. Formação das fibras do fuso ou fuso mitótico. Desaparecimento do nucléolo e do envoltório nuclear e migração dos centríolos para os pólos da célula. b. Metáfase (meta = metade): Disposição dos cromossomos no equador da célula ou placa equatorial, em máxima condensação. Essa fase é importante para a elaboração de cariótipos que auxiliam o diagnóstico de síndromes cromossômicas. c. Anáfase (ana = separação; movimento): Separação das cromátides-irmãs, uma para cada pólo da célula. Encurtamento das fibras do fuso, movimentando os cromossomos. d. Telófase (telo = final): Fase final da divisão celular. Os cromossomos migram para os pólos e se descondensam. O envoltório nuclear reaparece e as fibras do fuso desaparecem. As organelas são distribuídas e ocorre a citocinese (divisão da célula). Meiose é uma divisão celular reducional que visa à formação de gametas. Apresenta duas divisões sucessivas onde uma célula diplóide (2n) origina quatro células haplóides (n), geneticamente diferentes entre si, com a metade da quantidade do material genético. Compreende 8 fases em 2 divisões. CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 29 I. Primeira divisão meiótica: uma célula 2n origina duas células-filhas n. Divisão reducional. Fases: a. Prófase I: Condensação da cromatina. Desaparecimento do nucléolo e do envoltório nuclear. Migração dos centríolos para os pólos da célula. Aparecimento das fibras do fuso. Pareamento dos cromossomos homólogos (sinapse) e ocorre a permutação (crossingover) b. Metáfase I: Disposição dos cromossomos no equador da célula ou placa equatorial, em máxima condensação. c. Anáfase I: Migração dos cromossomos homólogos já permutados. Encurtamento das fibras do fuso, movimentando os cromossomos. d. Telófase I: Os cromossomos migram para os pólos e se descondensam. O envoltório nuclear reaparece e as fibras do fuso desaparecem. As organelas são distribuídas e ocorre a citocinese (divisão da célula). Resultam duas células haplóides (n) geneticamente diferentes. II. Segunda divisão meiótica: as células-filhas haplóides resultantes da primeira divisão meiótica se dividem equacionalmente resultando quatro células filhas haplóides. Fases: a. Prófase II: Desaparecimento da membrana em cada célula recém formada. b. Metáfase II: Formação da placa equatorial e separação das cromátides que passam a constituir cromossomos individualizados. c. Anáfase II: Ascensão polar dos cromossomos. d. Telófase II: Reconstituição nuclear e citocinese. Resultam quatro células haplóides (n) geneticamente diferentes. Fonte: Google imagens CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 30 CITOLOGIA P r o f . J o ã o M e n d e s 31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ALBERTS, B, JOHNSON, A, BRAY, D. Fundamentos de Biologia Celular. 1ª ed., Artmed, Porto Alegre, 2002. • ALBERTS, B. et al. Biologia Molecular da Célula. 4° Ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. • ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular: Uma Introdução à Biologia Molecular da Célula. 2° ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. • ALZUGARAY, D.; SARAIVA, A. Biologia. São Paulo: Nova Geração, 2000. • AMABIS, J. M., MARTHO, G. R. Biologia das Células, 2. ed. v. 1. São Paulo: Moderna, 2004. 464 p. • AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia dos organismos. Vol.1. 1.ed. 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