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Tratamento de Micoses em Veterinária

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Terapêutica Veterinária MEDICINA VETERINÁRIA 
 
Pertencem ao grupo dos Antimicrobianos 
Os Fungos podem ser patógenos primários ou 
oportunistas (infecção secundária). As micoses 
podem ser classificadas em: 
 Sistêmicas (profundas)- criptococose 
 Subcutâneas – esporotricose 
 Superficiais (cutâneas) – dermatomicoses ou 
dermatofitoses 
• Cândida, malassezia, 
• Mycrosporum, Trichophyton 
 As micoses de pele ainda são classificadas 
em Localizadas, multifocais (vários locais), 
generalizadas (quando está comprometida). Isso 
interfere no tipo de produto tópico que será 
prescrito. 
 A criptococose é diagnostico diferencial 
para carninoma de células escamosas. 
 Geralmente dermatofitoses vem 
acompanhadas de alopecias. 
PRINCÍPIO GERAL DE TRATAMENTO: 
USO TÓPICO: além de identificar o tipo de lesão, 
escolhe-se também o melhor tipo de produto 
para o tratamento. 
 veículo oleoso - regiões sem pelo 
 solução – melhor para otite 
 xampus, sabonetes – lesões multifocais ou 
generalizadas 
 Utilizada isolada ou associada a terapia sistêmica 
 Antes de iniciar terapia tópica: Tricotomia e 
Agente queratolítico (clorexidina, peróxido de 
benzoila, sulfeto de selênio). Um agente 
teratolítico é aquele que amolece ou quebra a 
barreira de queratina da pele e com isso os 
produtos são melhores absorvidos. A clorexidina 
é muito utilizada pois tem prorpiedades 
secativas, antibacterianas e antifungicas. O 
peróxido de benzoila é tóxico para gatos. 
 Outro coadjuvante: Clorexidina a 3% e Enxofre 
2% - Xampus, sabonetes e soluções: Auxiliam 
para secar a lesão. 
Como na maioria das vezes as lesões multifocais 
ou generalizadas, são prescritos os shampoos e 
sabonetes. 
A maioria das doenças fungicas se prescrevem 
em média o tratamento de 30 dias. 
 A clorexidina para ter efeito terapêutico 
precisa ser acima de 2%. É usado para banhos. 
Tem muita eficácia. 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
1. SOMENTE POR VIA TÓPICA: micoses 
superficiais localizadas 
2. SOMENTE POR VIA ORAL: Alguns tipos 
de micoses subcutâneas e profundas 
3. VIA TÓPICA+ ORAL: micoses superficiais 
extensas ou generalizadas 
4. VIA INTRAVENOSA + ORAL: micoses 
sistêmicas onde muda-se o tratamento para via 
oral a medida que o paciente for melhorando. 
 
Tempo de tratamento – Geralmente sempre 
será com 30 dias, exceto para alguns casos de 
otite. 
Sistêmicas (profundas)- criptococose - 6 a 8 
semanas / 1 a 2 meses 
Subcutâneas – esporotricose - 30 a 60 dias 
após cura clínica – média 2 a 3 meses / 8 a 12 
semanas 
Superficiais (cutâneas) – dermatomicoses ou 
dermatofitoses - 3 a 6 semanas – média 30 
dias. 
Terapêutica Veterinária MEDICINA VETERINÁRIA 
 
GRUPOS DE MEDICAMENTOS: 
 Imidazóis e Triazóis (itraconazóis) – são muito 
utilizados pois são de amplo espectro e 
apresentam alto índice terapêutico. 
 Flucitosina (não é um grupo, mas uma substância 
isolada). 
 Antibióticos antifúngicos (anfotericina B) 
 Alilaminas – Terbinafina 
 O mecanismo de ação dos antifúngicos: a 
maioria tem um menaismo de ação similar. A 
célula do fungo além de ter uma membrana 
celular, tem uma parede celular. Essa membrana 
celular para se manter integra é necessário que 
haja a sintese de um substancia chamada 
ergosterol. E a maioria dos antifungicos agem 
interferindo na sintese do ergosterol. Assim, a 
célula não consegue se manter integra. Apenas 
a fuscitosina (interfere na sintese do DNA) e a 
griseofuvina (ação na formação do fuso 
mitótico). 
IMIDAZÓIS 
Cetoconazol, miconazol, clotrimazol, econazol, 
tioconazol, enilconazol. São de amplo espectro, 
impedem a síntede do ergosterol e tem uso 
mínimo por 30 dias. 
Cetoconazol: 
Uso oral e tópico; 
Administrar após alimentação; 
Não pode ser associado com anti-ácidos 
(dependem de uma ambiente mais ácido para 
serem absorvidos, por isso administrados após 
a alimentação por causa da liberação do HCL); 
Meia- vida aumenta em pacientes com 
insuficiência hepática pois sofre 
biotransformação. 
Atua bem em malassezia, cândida e 
dermatófitos; 
Não usar em fêmeas prenhes, pois tem efeito 
teratogênico (pode levar a má formação fetal). 
Efeitos colaterais: anorexia, náusea e vômito. 
 Geralmente é mais visto quando o 
medicamento é adminstrado separado da 
alimentação. 
• Exemplo: Malassezia cutanea: xampu de 
cetoconazol a cada 5 dias associado a 
cetoconazol via oral por 30 dias. 
 
Miconazol: Uso tópico e intravenoso. 
Medicamento de eleição para Pneumonias 
fúngicas graves onde é administrado IV a cada 8 
horas. Deve ser aplicado de forma lenta para 
evitar as reações adversas. 
Reações adversas da aplicação IV: vômito, 
tremores e convulsão. 
Clotrimazol (canesten), econazol, tioconazol 
(tralen), enilconazol: 
Somente aplicação tópica. 
Forma farmaceutica: creme, loção. 
Indicação para Otite por malassezia. 
 
A otite pode ser causada por 3 agentes: 
Fúngica (geralmente malassezia), parasitária e 
otite bacteriana (bactéria gram positiva ou gram 
negativa). Quando o animal está com otite é 
importante fazer o diagnóstico correto da 
causa. Há medicamentos que já tratam os 3 
tipos de otite, isso não é interessante para o 
paciente que tem apenas um pois pode causar 
resistencia. Ainda é importante fazer a 
avaliação correta para saber se o tímpano 
perfurado, pois há medicamentos que podem 
causar surdez nesses casos. 
Terapêutica Veterinária MEDICINA VETERINÁRIA 
 
Os medicamentos para otite tem pelo menos 
dois principios ativos e a maioria tem em comum 
o uso de antiinflamatórios na composição. Isso 
ocorre porque ocorre uma reação inflamatória 
no local. Alguns ainda trazem além do 
antiinflamaório um anestésico local. O problema 
é quando ocorre a presença de um 
antibacteriano e um antifungico juntos. Isso 
pode acarretar uma resistencia.  Não é 
recomendado administrar ao paciente se ele 
não tiver multiplas otites, se não encontrar o 
fármaco com apenas o principio ativo de uma 
otite é melhor mandar para farmácia de 
manipulação. 
 
TRIAZÓIS 
Itraconazol e fluconazol; Voriconazol, 
Posaconazol (otite). Esses medicamentos 
aumentaram a eficácia e diminuiram a 
toxicidade.  Possuem grande eficiência e 
baixa toxicidade 
Itraconazol: Uso oral ou spray; 
Mais efetivo em doses menores e maior 
espectro de ação que o cetoconazol; 
Administração junto com alimento; 
Não pode ser administrado junto com anti-
ácidos; 
Apresenta maior concentração nos tecidos 
queratinizados (por isso é o medicamento de 
escolha para tratamento da esporotricose); 
Eliminação pelas fezes; 
Tem efeito teratogênico; 
Tem possibilidade para uso na Meningite fúngica 
onde é possivel associar com o itraconazol + 
flucitosina. 
Fluconazol: Uso oral e injetável; 
Malassezíase, candidíase, criptococose, 
histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose 
Tratamento de escolha para meningite fúngica 
– consegue atingir bons níveis no SNC; 
Também é indicado para tratamentos de 
Criptococose; 
Eliminado íntegro na urina, ou seja, passa ativo 
pelo rim; 
Contra-indicado para nefropatas. 
Voriconazol: Uso oral e IV, dependendo da 
gravidade do caso; 
Tratamento de dermatofitoses e micoses 
sistêmicas; 
Atualmente: um dos antifúngicos mais ativos 
contra Histoplasma, Aspergillus e Blastomyces. 
Usar com cautela em hepatopatas. 
Não é indicado para gatos pois causa 
neurotoxicidade. 
Náuseas, vômitos e, em altas doses, 
hepatoxicidade. 
Indicado para aves, cães e equinos. 
Em aves, uma das principais doenças fungicas é 
a aspergilose, causando um quadro respiratório, 
acometendo a avicultura comercial e aves 
ornamentais. É um quadro difícil de controlar, 
mas o itraconazol, voriconazol e enilconazol são 
indicados para o tratamento. 
FLUCITOSINA: Interfere com o DNA do fungo, 
ou seja, não age no ergosterol. 
Uso oral 
Utilizado para tratamento de leveduras 
(cândida), porém, só é utilizada em protocolos de 
plano B, ou seja, quando há resistencia. 
Utilizada para tratamento da meningite por 
criptococose – Com associação coma 
anfotericina B ou com imidazóis ou triazóis.  
para diminuir as doses e assim, diminuir os 
efeitos colaterais. 
Contra-indicado para pacientes com problema 
Terapêutica Veterinária MEDICINA VETERINÁRIA 
 
renal – excretada intacta na urina. 
Contra-indicada para fêmeas prenhes pois é 
teratogênica. 
ANTIBIÓTICOS ANTIFÚNGICOS: Nistatina 
(tratamento de otite); Anfotericina B e 
Griseofulvina. 
• São classificadas em fungicidas (mata o fungo e 
não depende do sistema imune) em doses 
maiores ou fungiostáticos (inibe o crescimento 
do fungo e depende do sistema imune) em 
doses menores, dependendo da dose utilizada. 
Nistatina: Uso tópico; Fungiostático (liga-se ao 
ergosterol do fungo, impedindo o seu 
crescimento). Utilizado para tratamento de otite 
e mastite. Malassezia e candida (mastite). 
 Tratamento de otites por malassezia: 2 a 
3x/dia durante 30 dias 
Anfotericina B: Liga-se ao ergosterol do fungo, 
causando poros na membrana – fungicida; 
Aplicação intravenosa - Infecções sistêmicas 
(graves); 
Se deposita no fígado, pulmão, rins e baço – 
metabolizado lentamente, dessa forma, os 
intervalos de aplicação são longos; 
Não deve ser usada em animais gestantes 
(efeito teratogênico) e Insuficiencia Renal; 
Efeitos colaterais: nefrotoxocidade, 
tromboflebite (inflamação do vaso), hipotensão, 
vômitos, anemia e cardiotoxicidade. 
Aplicações com intervalo de 48 a 72Hs, diluída 
em 250 ou 500ml de glicose a 5%, durante 3 
horas; 
Associação com fluocitosina, imidazóis ou triazóis 
diminui toxicidade; 
Acompanhamento exames laboratoriais, pois ela 
traz muitos efeitos colaterais. 
Griseofulvina: Fungiostático - Inibe a mitose; 
Possui ação anti-inflamatória; 
Administração via oral – melhor absorção junto 
com alimentos gordurosos; 
Eliminação pelas fezes; 
Usada para dermatófitos (doenças de pele) – 
microsporum e Trichophyton; 
Associação com terapia tópica.  Griseofulvina 
é pouco utilizada pois hoje há fármacos mais 
modernos e seguros. 
Tratamento 40 dias; 
Animais em tratamento não devem pegar sol – 
Pode causar Erupções cutâneas; 
Não usar em gatas prenhes, pode causar o 
nascimento de filhotes com fenda palatina; 
Efeitos colaterais: Hepatotoxicidade e 
neutropenia (diminuição no número de 
neutrófilos). 
TERBINAFINA 
Antimicótico fungicida VO e spray; 
Dermatofitoses cutâneas e ungueais (cascos e 
unhas);  Consegue penetrar bem em tecidos 
altamente queratinizados. 
Via tópica ou sistêmica. 
Uso Sistêmico: Em combinação por via oral com 
o itraconazol - pitiose. 
Não se conhece seu efeito em micoses 
sistêmicas de pequenos animais. 
Uso tópico: Extremamente eficaz frente a 
dermatófitos, podendo ser utilizada em 
concomitância com a terapia sistêmica. 
Efeitos Colaterais: hepatoxicidade, distúrbios GI, 
animais com problemas renais e hepáticos 
devem receber doses menores. 
Osurnia: terbinafina (antifúngico), florfenicol 
(antibacteriano), betametasona (antiinflamatorio 
esteroidal) gel para otite cães 1 bisnaga a cada 
7 dias – 2 bisnagas.  Uma aplicação a cada 7 
dias! 
Terapêutica Veterinária MEDICINA VETERINÁRIA 
 
Não use em caso de tímpano perfurado (em 
função de alguns principios ativos que não 
podem ser utilizados).  Não utilizar em cães 
com demodicose generalizada, (os corticoides 
diminuem a imunidade e esses cães já estão 
imunosuprimidos. 
GRANDES ANIMAIS 
Pode ocorrer dermatomicoses, mastite fúngica, 
pitiose (causada por um psudofungo, pois sua 
parede celular é diferente já que não tem 
ergosterol) e micotoxinas (não é uma doença 
fúngica, mas são toxinas produzidas por fungos 
em alimentos morfados, em especial o milho. 
Aspergillus e Fusarium). 
 Geralmente se usam produtos que tem soluções 
de sulfato de cobre 1 a 3%, violeta genciana a 
1% e ácido salicílico em álcool a 5% podem ser 
utilizadas para banho dos animais.  Isso 
porque o tratamento com o verdadeiro 
antifungico seria muito caro em função do 
tamanho desses animais. Assim, utilizam-se 
medicamentos que tem propriedades 
cicatrizantes, secativas e anti-inflamatórias. 
 Produtos para aplicações tópicas - soluções a 
base de iodo (PVPI), Iodeto de potássio, unguento 
de mercúrio amoniacal a 10%, cal sulfurada 
(enxofre) e soluções contendo compostos 
quaternários de amônia (1:200 até 1: 10000).

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