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APOSTILA DIREITO CONSTITUCIONAL

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VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
ATUALIZADA EM 07/9/2020 
APOSTILA DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL PARA 
POLÍCIA CIVIL DO RIO DE 
JANEIRO 2020 Atualizada até a 
EC 107/2020. 
 
 
 
PROFESSOR RENATO BARROSO 
TEORIA 
EXERCÍCIOS 
PROVAS ANTERIORES 
SÚMULAS DO STJ E STF 
 
 
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Renato Barroso 
Policial Civil do Estado do Rio de Janeiro. 
Instrutor de Sistema de Controle Operacional da 
Academia de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro – 
ACADEPOL. 
Exerceu a Advocacia (2007/2009) 
Pós Graduado em Direito Administrativo, Direito 
Constitucional e Direito Tributário. 
Professor há mais de treze anos em cursos preparatórios 
para concursos públicos civis e militares. 
 
 
 
 
Agradeço a Jesus Cristo por todas as coisas. Não somos merecedores, 
mas Deus resolveu nos abençoar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONHECIMENTOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
1) Direito Constitucional: natureza, conceito e objeto PG 03. 
2) Poder Constituinte. PG 07. 
3) Supremacia da Constituição e controle de constitucionalidade. PG 12. 
4) Regimes políticos e formas de governo. PG 29. 
5) Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos 
sociais, da nacionalidade, direitos políticos e dos partidos políticos. PG 34. 
6) Organização político-administrativa da União, dos Estados Federados, dos Municípios 
e do Distrito Federal e repartição de competência na Federação. PG 53. 
7) Da Administração Pública. PG 67. 
8) Do Poder Legislativo: fundamento, atribuições e garantias de independência PG 77. 
9) Do Poder Executivo: forma e sistema de governo, Chefia de Estado e Chefia de 
Governo, atribuições e responsabilidades do Presidente da República. PG 93. 
 
 
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10) Do Poder Judiciário: fundamento, atribuições e garantias e Das Funções Essenciais 
à Justiça. PG 98. 
11) Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: do Estado de Defesa, do 
Estado de Sítio, das Forças Armadas, da Segurança Pública. PG 124. 
12) Da Ordem Social: base e objetivos da ordem social, da seguridade social, da 
educação, da cultura, do desporto, da ciência e tecnologia, da comunicação social, do 
meio ambiente, da família, da criança, do adolescente, do idoso e dos índios. PG 129. 
13) Provas já caídas. PG 151. 
 
Conceito, natureza e classificação da Constituição 
1. Conceito 
Lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do 
Estado, à formação dos Poderes Públicos, forma de governo e aquisição do Poder de 
governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. 
2. Sentidos de Constituição. 
 
a) Sociológico = FERDINAND LASSALE defendeu que uma constituição só seria 
legítima se representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que 
constituem o poder. Caso isso não ocorresse ela seria uma simples folha de papel. 
Constituição seria, então, a somatória dos fatores reais de poder dentro de uma 
sociedade. 
b) Político = CARL SCHMITT Constituição só se refere à decisão política fundamental 
(estrutura e órgãos do Estado, direitos individuais, vida democrática); as leis 
constitucionais seriam os demais dispositivos inseridos no texto documento 
constitucional, mas não contém matéria de decisão política fundamental. 
Na visão de Carl Schmitt, em razão de ser a constituição produto de uma certa decisão 
política, ela seria, nesse sentido, a decisão política do titular do Poder Constituinte. 
c) Material e Formal = do ponto de vista material o que vai importar para definirmos se 
uma norma tem caráter constitucional ou não será o seu conteúdo pouco importando 
como aquela norma foi introduzida no ordenamento jurídico. Trata-se do que Schmitt 
chamou de Constituição. No que tange ao critério formal, engloba o que schmitt 
chamou de Lei constitucional, não mais interessando o conteúdo da norma mas sim a 
forma como ela foi introduzida no ordenamento jurídico. 
d) Jurídico = HANS KELSEN aloca a Constituição no mundo do dever ser, e não no 
mundo do ser, caracterizando-a como fruto da vontade racional do homem, e não das 
leis naturais. 
e) Culturalista = J.H. Meirelles Teixeira, pode se dizer que a Constituição é produto de 
um fato cultural produzido pela sociedade e que sobre ela pode influir. 
f) Constituição Aberta – JJ Canotilho. que traz a ideia de flexibilidade material da ordem 
constitucional. Essa flexibilidade tem por objetivo manter a compatibilidade da 
constituição com as mudanças sociais ao longo do tempo, reduzindo o risco da perda 
de sua força normativa. 
 
Barroso, já caiu em prova? Sim candidato: Veja: 
 
“Questão (CESPE – Correios – Analista): Segundo os doutrinadores, a ideia de uma 
constituição aberta está ligada à possibilidade de sua permanência dentro de seu 
tempo, evitando-se o risco de perda ou desmoronamento de sua força normativa. 
Resposta: 
Certo 
 
 
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Comentário: O núcleo do conceito de constituição aberta é a ideia de flexibilidade da 
ordem constitucional. Essa flexibilidade busca evitar que a constituição perca sua força 
normativa com o tempo, frente a mudanças sociais, em decorrência da rigidez de sua 
aplicação ou interpretação.” 
 
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA Prova: IBFC - 2020 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Administrativa 
Doutrinariamente, o conceito e a classificação das constituições podem variar de acordo com o 
sentido e o critério adotados para sua definição. A respeito dessa temática, leia as afirmativas 
abaixo: 
I. Para o sociólogo Ferdinand Lassalle, "Constituição" seria a somatória dos fatores reais de poder dentro 
de uma sociedade, enquanto reflexo do embate das forças econômicas, sociais, políticas e religiosas de 
um Estado. Nesse sentido, por ser uma norma jurídica, ainda que não efetiva, uma Constituição legítima é 
aquela escrita em uma "folha de papel". II. O alemão Carl Schmitt define "Constituição" como sendo uma 
decisão política fundamental, cuja finalidade precípua é organizar e estruturar os elementos essenciais do 
Estado. Trata-se do sentido político delineado na teoria decisionista ou voluntarista, em que a 
Constituição é um produto da vontade do titular do Poder Constituinte. III. Embasada em uma concepção 
jurídica, "Constituição" é uma norma pura, a despeito de fundamentações oriundas de outras disciplinas. 
Através do sentido jurídico-positivo, Hans Kelsen define a Constituição como norma positiva suprema, 
dentro de um sistema escalonado e hierarquizado de normas, em que aquela serve de fundamento de 
validade para todas as demais. IV. "Constituição-dirigente ou registro" é aquela que traça diretrizes 
objetivando nortear a ação estatal, mediante a previsão de normas programáticas. Marcante em nações 
socialistas, visa reger o ordenamento jurídico de um Estado durante certo período de tempo nela 
estabelecido, cujo decurso implicará a elaboração de uma nova Constituição ou adaptação de seu texto. 
V. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é classificada, pela doutrina majoritária, 
como sendo de ordem democrática, nominativa, analítica, material e super-rígida. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas 
b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas 
c) Apenas as afirmativas II, III e V estão corretas 
d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas 
GABARITO LETRA D 
 
3. Aspectos conclusivos. 
Dalmo de Abreu Dallari conceitua o Estado como: a ordem jurídica soberana que tem por fim o 
bem comum de um povo situado em determinado território. 
 Soberania. 
 Finalidade. 
 Povo. 
 Território. 
 
4. Classificação das Constituições. 
 
4.1 Quanto ao conteúdo: 
a) Material = É aquela que contiver em seu texto as normas fundamentais e estruturaisdo Estado, a organização de seus órgãos, os direitos e garantias fundamentais. CF do 
Império de 1824. 
b) Formal = é aquela constituição que elege como critério o processo de sua formação, e 
não o conteúdo de suas normas. 
 
4.2 Quanto à forma: 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibfc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tre-pa
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibfc-2020-tre-pa-tecnico-judiciario-administrativa
 
 
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a) Escritas (instrumental ou positivas) = aquela que é sistematizada e organizada em 
um único documento. 
b) Não escritas (costumeiras ou consuetudinária) = é aquela que não traz as regras 
em um único texto solene e organizado. Constituição da Inglaterra. Israel. 
 
4.3 Quanto ao modo de elaboração: 
a) Dogmáticas (sistemáticas, ortodoxas) = se apresenta como produto escrito e 
sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios e ideais fundamentais da 
teoria política e do direito dominante. 
b) Históricas (ecléticas) = é fruto da lenta e contínua síntese da história de tradições de 
um determinado povo. Constituição Inglesa. 
 
4.4 Quanto à origem: 
a) Promulgas (democrática, votada ou popular). É aquela fruto do trabalho de uma 
Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, para em nome dele 
atuar, nascendo portanto da legitimação popular. 1891, 1934, 1946 e 1988. 
OBS: Constituição da Islândia de 2012 Colaborativa ou participativa. Surgido de 
manifestação direta pelo povo que se utilizou de redes sociais. 
b) Outorgadas/ Autocráticas = é aquela imposta unilateralmente pelo agente 
revolucionário que não recebeu do povo a legitimidade para em nome dele atuar. 1824. 
1937. 1967/EC 1 de 1969. 
c) Cesaristas = José Afonso da Silva é aquela formada por plebiscito popular sobre um 
projeto elaborado por um imperador ou um ditador. A participação popular, nesses 
casos, não é democrática, pois visa apenas ratificar a vontade do detentor do poder. 
Exemplos: Venezuela, Bolívia e Equador. 
d) Pactuadas = Carta Magna de 1215 na Inglaterra. João sem Terra e o povo. 
 
4.5. Quanto à estabilidade/alterabilidade: 
a) Imutáveis = aquelas onde se veda qualquer alteração, constituindo-se relíquias 
históricas. 
b) Rígidas. = aquelas que poderão ser alteradas por um processo mais solene e 
dificultoso do que o estabelecido para as demais espécies normativas. 
c) Flexíveis = poderão ser alteradas pelo processo legislativo ordinário. 
d) Semirrígidas ou semiflexíveis = é um meio termo das duas anteriores, ou seja, parte 
de seu texto pode ser alterado por um processo mais solene e outro pelo processo 
ordinário. (CF 1824 artigo 178). 
Art. 178. E' só Constitucional o que diz respeito aos limites, e attribuições respectivas 
dos Poderes Politicos, e aos Direitos Politicos, e individuaes dos Cidadãos. Tudo, o 
que não é Constitucional, póde ser alterado sem as formalidades referidas, pelas 
Legislaturas ordinarias. 
e) Super-rígida - Alexandre de Moraes entende que a CF de 1988 já que além de 
possuir um processo legislativo diferente para alteração (rígida), algumas matérias 
(cláusulas pétreas) são imutáveis. Não é a posição adotada pelo STF o qual permitiu a 
taxação dos inativos. 
 
Atenção: Examinador pergunta o que é Constituição Fixa. Responde para ele. Vossa 
Excelência, as constituições fixas, são aquelas que podiam ser modificadas pelo 
mesmo poder constituinte que as elaborou, quando convocado para isso.
 
 
4.6 Quanto à extensão e finalidade: (Alexandre de Morais) 
 
 
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a) Analíticas (amplas, externas, largas, prolixas) = examinam e regulamentam todos 
os assuntos que entendam relevantes à formação, destinação e funcionamento do 
Estado. 
b) Sintéticas (concisas, breves, sumárias, sucintas) = é aquela que prevê somente 
princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu 
poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais. Constituição 
Norte-Americana. Com 7 artigos. 
Karl Loewenstein: (Quanto a correspondência ou não com a realidade) 
a) Normativas = são aquelas em que o processo de poder está de tal forma disciplinado 
que as relações políticas e os agentes do poder subordinam-se às determinações de 
seu conteúdo e do seu controle procedimental. CF 88 LENZA 
b) Nominais = contêm disposições de limitação e controle de dominação política, sem 
ressonância na sistemática de processo real de poder, e com insuficiente 
concretização constitucional. CF 88 Guilherme Pena e Flávia Bahia. 
c) Semânticas = são simples reflexos da realidade política, servindo como mero 
instrumento dos donos do poder e das elites políticas, sem limitação de seu conteúdo. 
Manoel Ferreira Gonçalves Filho: 
a) Garantia = visa garantir a liberdade, limitando o poder. 
b) Balanço = refletiria um degrau da evolução socialista. 
c) Dirigente = é a que traz um projeto de Estado. Ex: Portuguesa. 
Pinto Ferreira: 
a) Reduzida = único código. 
b) Variada = textos esparsos. 
c) Ortodoxa = formada por uma só ideologia. Chinesa, União Soviética. 
d) Eclética = formada por ideologia conciliatória. 
Jorge Miranda 
Quanto à origem de sua decretação: 
a) Heterônomas (heteroconstituições).- é a Constituição feita num país para vigorar em 
outro. Ou seja, aqui se trata da falta de poder que um povo tem de se dar uma 
Constituição. 
b) Autônomas (autoconstituições ou homoconstituições). Constituição decretada 
dentro do próprio Estado assim como a brasileira. 
 
Constituição Federal Brasileira de 1988. PEDRA FORMAL 
1. Quanto à origem = Promulgada. 
2. Quanto à forma = escrita-instrumental. 
3. Quanto à extensão = analítica, ampla, extensa, larga, prolixa. 
4. Quanto ao conteúdo = formal. 
5. Quanto ao modo de elaboração = dogmática-sistemática. 
6. Quanto á alterabilidade/estabilidade = rígida. 
7. Manoel Gonçalves Ferreira Filho = Garantia e dirigente. 
8. Critério sistemático = reduzida. 
9. Critério ideológico = eclética. 
10. Loewentein = normativa ou nominativa. 
 
 
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11. Raul Machado Horta = expansiva. 
12. Jorge Miranda – Autônoma. 
5. Elementos da Constituição. 
Orgânicos – são formados por normas que representam a estrutura do estado relativo à forma 
de estado, forma de governo. Títulos III e IV. 
Limitativos – direitos e garantias fundamentais a exceção do capítulo II. 
Socioideologicos – revelam o compromisso da CF entre o Estado individual e o Estado 
Social. Capítulo II do título II – direitos sociais. 
De estabilização constitucional – defesa das instituições democráticas. ADIN. Intervenção. 
Estado de sítio. 
Formais de aplicabilidade – preâmbulo, ADCT, artigo 5º §1° da CF. 
 
Poder Constituinte 
 
I - Conceito: 
É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente 
organizado. 
 
O Poder constituinte é o poder que tudo pode. 
 
Titularidade do Poder Constituinte: é predominante que a titularidade do poder constituinte 
pertence ao povo. Logo, a vontade constituinte é a vontade do povo expressa por meio de 
seus representantes. 
 
II - Espécies: 
 
a) Poder Constituinte Originário (Inicial, Inaugural, Genuíno ou de 1° Grau) - Estabelece 
a Constituição de um novo Estado, organizando-se e criando os poderes destinados a reger os 
interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não 
se subordina a nenhuma condição. 
 
O PCO pode ser histórico (fundacional) ou revolucionário. Histórico seria o verdadeiro 
PCO estruturado pela primeira vez, o Estado. Revolucionário seriam todos os posteriores ao 
histórico, rompendo por completo com a antiga ordem e instaurando uma nova, um novo 
Estado. 
 
Ocorre Poder Constituinte no surgimento da 1ª Constituição e também na elaboração de 
qualquer outra que venha depois.Características: 
 
i.Inicial- não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado; 
 
ii.Autônomo – visto que a estruturação da nova constituição será determinada autonomamente 
por quem exerce o PCO. 
 
 
 
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iii.Ilimitado juridicamente - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os 
limites postos pelo direito positivo anterior; 
 
iv.Incondicionado e soberano nas tomadas de suas decisões- não está sujeito a qualquer 
forma pré-fixada para manifestação de sua vontade; não está submisso a nenhum 
procedimento de ordem formal 
 
v.Poder de fato e poder político – podendo assim ser caracterizado como uma energia ou força 
social, sendo natureza pré-jurídica, sendo que, por essas características, a nova ordem jurídica 
começa com a sua manifestação, e não antes dela. 
 
vi.Permanente – já que o PCO não se esgota com a edição da nova constituição, sobrevivendo a 
ela e fora dela como forma e expressão da liberdade humana em verdadeira ideia de 
subsistência. 
 
o PCO Formal e Material. 
I – Formal – é o ato de criação propriamente dito e que atribui a roupagem com status 
constitucional a um complexo normativo. 
II – Material – é o lado substancial do PCO, qualificando o direito constitucional formal com 
status de norma constitucional. 
 
b) Poder Constituinte Derivado (CONSTITUÍDO, INSTITUÍDO, SECUNDÁRIO, DE 2º GRAU 
OU REMANESCENTE) é secundário, pois deriva do poder originário. Encontra-se na 
própria Constituição, encontrando limitações por ela impostas: explícitas e implícitas. 
 
o Características: 
 
▪ Derivado - deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do 
poder Constituinte originário; 
 
▪ Subordinado - está subordinado a regras materiais; encontra 
limitações no texto constitucional. Ex. cláusula pétrea 
 
▪ Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente 
estabelecidas no texto da CF; é condicionado a regras formais do procedimento legislativo. 
Este poder se subdivide em: 
 
I) poder constituinte derivado de revisão ou de reforma: poder de editar emendas à 
Constituição. O exercente deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma 
emenda ele não está no procedimento legislativo, mas no Poder Reformador. 
II) poder constituinte derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da federação, de 
elaborar as suas próprias constituições. O exercente deste poder são as Assembleias 
Legislativas dos Estados. Possibilita que os Estados Membros se autoorganizem. 
Pedro Lenza entende que se aplica ao DF. Página 223. 15ª Edição. STF ADI 3756/2007. 
Edição 21 também. Pg 205. 
Não se aplica aos Municípios. 
 
 
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Não se aplica aos Territórios. 
c) PODER CONSTITUINTE DIFUSO 
Consiste em um processo informal de mudança da Constituição alterando o seu sentido 
interpretativo e não seu texto que permanece intacto e com a mesma literalidade. 
d) PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL 
Busca sua fonte de validade na cidadania universal, no pluralismo de ordenamentos jurídicos, 
na vontade de integração e em conceito remodelado de soberania. 
III – NOVA CONSTITUIÇÃO E ORDENAMENTO JURÍDICO ANTERIOR 
RECEPÇÃO 
 
REPRISTINAÇÃO 
 
DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO 
 
Todas as normas que forem 
incompatíveis com a nova CONST 
serão revogadas por ausência de 
recepção. Se forem compatíveis, 
serão recepcionadas. 
Podendo inclusive adquirir uma nova 
roupagem. EX. CTN. 
Não se admite INCONS 
SUPERVENIENTE. 
Consiste na restauração da vigência 
de uma lei que foi revogada. 
Regra, o Brasil não admite, salvo 
expressa previsão em lei. 
Trata-se de fenômeno pelo qual as 
normas da CONS anterior, desde 
que compatíveis com a nova ordem, 
permanecem em vigor, mas com 
status de lei infraconstitucional. 
Regra, não se admite. Salvo se o 
PCO admitir. 
 
Cai em prova: Veja: 
Ano: 2020 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Câmara de Patrocínio - MG Prova: FUNDEP (Gestão de 
Concursos) - 2020 - Câmara de Patrocínio - MG - Advogado 
No estudo do processo legislativo, os conceitos de repristinação, recepção e desconstitucionalização são 
importantes para entender os efeitos da elaboração de novas espécies normativas. 
A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, relacionando os referidos conceitos à 
sua definição. 
COLUNA I 
1. Desconstitucionalização 
2. Repristinação 
3. Recepção 
COLUNA II 
( ) Consiste no acolhimento que uma nova Constituição posta em vigor dá às leis e aos atos normativos 
editados sob a égide da Carta anterior, desde que compatíveis consigo. 
( ) Fenômeno que ocorre quando uma norma revogadora de outra anterior, que, por sua vez, tivesse 
revogado uma mais antiga, recoloca esta última novamente em estado de produção de efeitos. 
( ) É o nome técnico que se dá à manutenção em vigor, perante uma nova ordem jurídica, da Constituição 
anterior, que perde, porém, sua hierarquia constitucional para operar como legislação comum. 
Assinale a sequência correta. 
• A2 3 1 
• B1 2 3 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fundep-gestao-de-concursos
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/camara-de-patrocinio-mg
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fundep-gestao-de-concursos-2020-camara-de-patrocinio-mg-advogado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fundep-gestao-de-concursos-2020-camara-de-patrocinio-mg-advogado
 
 
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• C3 1 2 
• D3 2 1 
GABARITO LETRA D 
IV – PODER CONSTITUINTE E DIREITO ADQUIRIDO 
 RETROATIVIDADE MÁXIMA – a lei ataca fatos consumados. 
 RETROATIVIDADE MÉDIA – a lei nova atinge efeitos pendentes verificados antes 
dela. 
 RETROATIVIDADE MÍNIMA – a lei nova apenas atinge efeitos dos fatos anteriores, 
verificados após a data em que ela entra em vigor. 
 
STF admite a retroatividade mínima. 
Eficácia e aplicabilidade das Normas Constitucionais. 
Thomas Cooley (1927)– visão bipartida clássica: 
- SELF-EXECUTING PROVISIONS – NORMAS AUTOAPLICAVEIS. DIREITOS DE 1ª 
GERAÇÃO. 
- NOT SELF-EXECUTING PROVISIONS – NORMAS NÃO AUTOAPLICAVEIS. DIREITOS DE 
2ª GERAÇÃO. 
- NORMAS BASTANTES EM SI E NÃO BASTANTES EM SI RESPECTIVAMENTE. 
A QUE MAIS CAI EM PROVA É A DO PROFESSOR JOSE AFONSO DA SILVA COM SUA 
TEORIA TRI PARTIDA 
NORMAS AUTOAPLICAVEIS – PLENA E CONTIDA 
NORMAS NÃO AUTOAPLICAVEIS - LIMITADA 
1. Norma de eficácia plena. 
Normas de eficácia plena, aplicabilidade direta, imediata e integral são aquelas normas da 
Constituição que no momento que esta entra em vigor estão aptas a produzir todos os seus 
efeitos independentemente de norma integrativa infraconstitucional. 
 
2. Norma de eficácia contida. 
Normas de eficácia contida ou prospectiva têm aplicação direta e imediata, mas possivelmente 
não integral. Poderá norma infraconstitucional reduzir sua abrangência. Exemplo: Art. 5°, XIII 
da CF. OAB. LVIII Identificação criminal. 
A NORMA CONTIDA NÃO FUNDAMENTA MANDADO DE INJUNÇÃO E NEM ADIN POR 
OMISSÃO. 
3. Norma de eficácia limitada. (DIFERIDA) 
Normas de eficácia limitada são aquelas normas que de imediato no momento em que a 
Constituição é promulgada ou entra em vigor não tem o condão de produzir todos os seus 
efeitos, precisando de uma lei integrativa infraconstitucional ou até mesmo integração por meio 
de emenda constitucional. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Exemplo: Art. 37 VII da CF. 
Podem ser: 
a) Norma de eficácia limitada de princípio institutivo ou organizativo. 
Contêm esquemas gerais (iniciais) de estruturação de instituições, órgão ou entidades. Ex. Art. 
33 CF; 88; 91§2°; 113. 
Podem ser: 
I – Impositiva – aquela que determina o legislador a emissão de uma legislação. Exemplo: 
20§2°, 32§4° CF. 
II – Facultativa – quando não impõe uma obrigação. Ex. Art. 22 PU; 125§3° CF.b) Norma de eficácia limitada de princípio programático. 
Veiculam programas a serem implementados pelo Estado visando a realização de fins sociais. 
Ex. Art. 7° XX; XXVII; 173 §4°; 216§3°. 
CLASSIFICAÇÃO DE MARIA HELENA DINIZ 
1. Normas supereficazes ou com eficácia absoluta – sãos as cláusulas pétreas. 
2. Normas com eficácia plena: contém todos os elementos imprescindíveis para que haja a 
possibilidade da produção imediata dos efeitos previstos, já que apesar se suscetíveis de 
emenda, não requerem normação subconstitucional subseqüente. 
3. Normas com eficácia relativa restringível: são as normas de eficácia contida na 
classificação de José Afonso da Silva. 
4. Normas com eficácia relativa complementável ou dependente de complementação 
legislativa: dependem de lei complementar ou ordinária para o exercício do direito ou 
benefício consagrado. 
NORMAS DE EFICÁCIA EXAURIDA E APLICABILIDADE ESGOTADA 
São próprias do ADCT. 
As normas constitucionais de eficácia exaurida foram definidas pelo professor e advogado Uadi 
Bulos. Segundo ele, essas são normas cuja capacidade para produção de efeitos se encontra 
extinta. São chamadas também de normas de eficácia esvaída, esgotada, dissipada ou 
desvanecida. 
Essas normas são próprias do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Uma vez 
cumpridas as determinações por elas impostas, perdem sua aplicabilidade, tornando-se sem 
qualquer efeito. 
Questão de prova: 
Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE - 2020 - MPE-CE - Promotor de Justiça de Entrância Inicial 
Art. 5.º. (...) LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas 
hipóteses previstas em lei; 
Art. 18. (...) § 1.º Brasília é a Capital Federal. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uadi_Lammêgo_Bulos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uadi_Lammêgo_Bulos
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpe-ce
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2020-mpe-ce-promotor-de-justica-de-entrancia-inicial
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...) 
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
Brasil. Constituição (1988). Constituição da República 
Federativa do Brasil. Brasília – DF: Senado Federal, 1988. 
Quanto ao grau de eficácia, as normas constitucionais precedentes classificam-se, respectivamente, 
como de eficácia 
• Alimitada, plena e contida. 
• Bcontida, limitada e plena. 
• Cplena, contida e limitada. 
• Dcontida, plena e limitada. 
• Eprogramática, plena e contida. 
GABARITO LETRA D. 
Supremacia da Constituição e Controle de Constitucionalidade 
Inicio este tema com questão de prova no que tange ao princípio da fungibilidade 
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São Roque - SP Prova: VUNESP - 2020 - Prefeitura de São Roque - SP - 
Advogado 
A respeito do controle concentrado de constitucionalidade, assinale a alternativa correta. 
• AO Chefe do Poder Executivo não possui legitimidade para figurar no polo passivo de ação 
direta de inconstitucionalidade por omissão. 
• BPor serem legitimados para ajuizar ações de controle concentrado de constitucionalidade, os 
partidos políticos e as entidades de classe possuem capacidade postulatória especial para 
propositura da ação. 
• COs Tribunais de Contas podem exercer o controle de constitucionalidade abstrato relativamente 
às normas que lhe sejam submetidas à apreciação. 
• DA declaração de inconstitucionalidade por arrastamento, em respeito ao princípio da adstrição, 
somente pode albergar os dispositivos legais expressamente indicados na petição inicial. 
• EO princípio da fungibilidade pode ser aplicado ao processo constitucional objetivo nos casos em 
que, apesar da impropriedade da via escolhida, estiverem presentes os requisitos para outra 
ação. 
GABARITO LETRA E. 
 
1. Noções Preliminares. 
Imprescindível leitura das Leis 9.868/99 e 9.882/99. 
• A CRFB é rígida. 
• Atribuição de competência a um órgão. 
• A CRFB está no ápice do escalonamento normativo caracterizando-se como 
norma de validade. 
• Princípio da Supremacia da Constituição. 
 
2. A inconstitucionalidade das leis e a regra geral da “teoria da nulidade”. Sistema 
Austríaco (Kelsen) versus sistema norte-americano (Marshall). Anulabilidade 
versus nulidade. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-sao-roque-sp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2020-prefeitura-de-sao-roque-sp-advogado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2020-prefeitura-de-sao-roque-sp-advogado
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
• A maioria da doutrina brasileira acatou a teoria da nulidade. 
• Trata-se de ato declaratório. 
Sistema Austríaco (Kelsen) Sistema Norte-Americano (Marshall). 
Decisão tem eficácia constitutiva. Decisão tem eficácia declaratória. 
Regra, vício no plano da existência. Regra, vício no plano da validade. 
Regra, decisão gera efeitos ex nunc 
(prospectivos) 
Regra, decisão gera efeitos ex tunc 
(retroativos) 
A lei inconstitucional é ato anulável. A lei inconstitucional é ato nulo. 
Lei provisoriamente válida produzindo 
efeitos até sua anulação. 
Lei inválida desde o início (ab initio). 
O reconhecimento da ineficácia da lei 
produz efeitos ex nunc. 
A lei (natimorta) nunca chegou a produzir 
efeitos, apesar de existir, não entrou no 
plano da eficácia. 
 
Importante: 
I – Mitigação do princípio da nulidade no controle concentrado – art. 27 da Lei 
9868/99 
“Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista 
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal 
Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração 
ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento 
que venha a ser fixado.” 
Trata-se da denominada, pela doutrina, técnica de modulação dos efeitos da decisão e 
que, nesse contexto, permite uma melhor adequação da declaração de 
inconstitucionalidade, assegurando, por consequência, outros valores também 
constitucionalizados como os da segurança jurídica, do interesse social e da boa fé. 
II – Mitigação do princípio da Nulidade no controle difuso. 
Ação Civil Pública ajuizada pelo MP para reduzir o nº de Vereadores do Município de Mira 
Estrela de 11 para 9 uma vez que o referido Ente tem 2651 habitantes. Art. 29, IV da CF. 
dois além do mínimo. 
Ministro Maurício Corrêa ponderou e votou: que os efeitos ex tunc traria um caos social 
quanto a validade atos já praticados fundamentou no princípio da segurança jurídica. 
3. Espécies de Inconstitucionalidade 
I – Por Ação (positiva – por atuação) 
• Vício formal (nomodinâmica): 
a) Orgânica. 
b) Formal propriamente dita. 
c) Por violação a pressupostos objetivos do ato. 
• Vício material (nomoestática) 
• Vício de decoro parlamentar (mensalão). 
II – Por Omissão (negativa “silêncio legislativo”) 
3.1. Vício Formal (nomodinâmica) 
O ato possui vício em sua forma. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
a) Orgânica = decorre da inobservância da competência legislativa para prática do ato. 
Exemplo: Lei Municipal dispondo sobre uso de cinto de segurança, já que é de 
competência privativa da União. Art. 22, XI da CF. 
b) Formal propriamente dita = decorre da inobservância do devido processo legislativo. 
b.1. Vício formal subjetivo = verifica-se na fase de iniciativa. Art. 61, §1º da CF. Aqui 
no RJ, a Lei 7296/2017 (alterando a lei 3586/2001) que elevava o nível de 
escolaridade do cargo de investigador para o 3° grau o que declarado 
inconstitucional pelo TJRJ! 
b.2. Vício formal objetivo = verifica-se nas demais fases doprocesso legislativo. 
Exemplo: art. 69 da CF. LC aprovada por maioria simples!!! Inconstitucional. 
c) Por violação a pressupostos objetivos do ato = Exemplo: edição de MP sem os 
pressupostos de relevância e urgência (62 da CF); Criação de Município sem Lei 
Estadual (18, §4º da CF). 
 
3.2. Vício Material (nomoestática). 
Diz respeito ao conteúdo do ato normativo. 
Exemplo: Lei que afronta o princípio da igualdade. Lei que fixa remuneração de servidores 
acima do teto remuneratório. 
3.3. Vício de decoro parlamentar (mensalão). 
 As PEC aprovadas pelos Deputados que receberam propina para votarem a favor do 
governo são inconstitucionais???? Pedro Lenza: Sim. Vamos aguardar o STF. 
 
4. Momentos de Controle 
I – Prévio ou Preventivo: 
a) Legislativo = próprio parlamentar e CCJ. 
b) Executivo = veto. 
c) Judiciário = MS impetrado por Parlamentar. 
 II – Posterior ou Repressivo: 
a) Político = Cortes ou Tribunais Constitucionais ou Órgão de Natureza Política. 
b) Jurisdicional misto (difuso/concentrado) = Exceções: Legislativo; executivo e TCU. 
c) Híbrido = há tanto o Político como Jurisdicional. 
 
I – Controle prévio ou preventivo. 
É realizado durante o processo legislativo de formação do ato normativo. Realiza-se sobre o 
Projeto de Lei. 
• Realizado pelo Poder Legislativo. 
Art. 32, IV do regimento interno da Câmara dos Deputados: Comissão de Constituição 
e Justiça e Cidadania. 
Art. 101 do regimento interno do SF Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. 
 
• Realizado pelo Poder Executivo. 
Veto jurídico = PL inconstitucional. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Veto político = PL contrário ao interesse público. 
 
• Realizado pelo Poder Judiciário. 
O STF entendeu que os parlamentares têm direito a não ver deliberada uma emenda 
que seja tendente a abolir cláusula pétrea. O controle nesse caso é pela via de 
exceção. 
 
Cai em prova: Veja: 
Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Assessor Jurídico Legislativo 
Considere que o Governador do Estado tenha reapresentado à Assembleia Legislativa projeto de lei 
ordinária versando sobre matéria de iniciativa privativa sua, na mesma sessão legislativa em que havia 
sido rejeitado, e que a proposição assim reapresentada tenha recebido parecer favorável das comissões 
permanentes competentes da Casa legislativa. Deputados estaduais de oposição pretendem, ainda 
durante a tramitação da proposição legislativa, adotar medida judicial com vistas a impedir seu 
prosseguimento. Nessa situação, considerada a disciplina constitucional pertinente e a jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, 
Aembora se admita em tese a adoção de medida judicial para tutela do direito de parlamentares ao 
devido processo legislativo, é inaplicável, no caso, a regra constitucional que impede seja 
reapresentada matéria objeto de projeto de lei na mesma sessão legislativa em que rejeitada, salvo 
mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Casa legislativa, por se tratar de matéria de 
iniciativa privativa do chefe do Executivo, que está legitimado a fazê-lo. 
Bé cabível mandado de segurança, para tutela do direito dos Deputados Estaduais ao devido 
processo legislativo, por ofensa a regra constitucional que impede seja reapresentada matéria objeto 
de projeto de lei na mesma sessão legislativa em que rejeitada, salvo mediante proposta da maioria 
absoluta dos membros da Casa legislativa. 
Cnão há medida judicial cabível, por implicar hipótese de controle preventivo de constitucionalidade 
não albergada pelo ordenamento, embora haja ofensa a regra constitucional de processo legislativo 
no âmbito federal de observância obrigatória na esfera estadual. 
Dnão há medida judicial cabível, por inexistir ofensa a regra constitucional de processo legislativo 
federal que seja de observância obrigatória na esfera estadual. 
Eé cabível ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, por ofensa a 
regra constitucional que impede reapresentação da matéria objeto de projeto de lei na mesma sessão 
legislativa em que rejeitada, salvo mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Casa 
legislativa. 
GABARITO LETRA B 
II – Controle posterior ou repressivo 
Realiza-se sobre a lei. 
• Controle Político. 
Realizado por órgão estranho ao Judiciário. Tal sistema é comum na Espanha e 
Portugal que se dá pelas Cortes ou Tribunais Constitucionais. 
No Brasil, Luís Roberto Barroso entende que o veto jurídico é uma forma de controle 
político. 
 
• Controle Jurisdicional. 
O sistema de controle jurisdicional dos atos normativos é realizado pelo Poder 
Judiciário, tanto através de um único órgão (controle concentrado) como por qualquer 
juiz ou tribunal (controlo difuso). 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/al-ap
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2020-al-ap-analista-legislativo-assessor-juridico-legislativo
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
 
• Controle híbrido. 
Adota-se os dois sistemas acima referidos. 
Importante!!! 
• Exceção à regra geral do controle jurisdicional posterior ou repressivo: 
I – Controle posterior ou repressivo exercido pelo Poder Legislativo. 
a) Art. 49, V c/c 84, IV e 68 da CF. 
b) Art. 62 da CF 
 
II - Controle posterior ou repressivo exercido pelo Poder Executivo. 
O Poder Executivo pode deixar de aplicar uma Lei inconstitucional? 
Antes da CF de 1988 = sim. 
Após a CF de 1988 = não, pois ampliou-se o rol dos legitimados para ADIN (art. 103 da CF). 
(controvérsia). Pedro Lenza entende que é possível o descumprimento de Lei inconstitucional 
pelo Chefe do Poder Executivo. 
STF ADIMC 221/DF = sim. 
STJ RESP 23121/GO = sim. 
Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Matinhos - PR Prova: NC-UFPR - 2019 - Prefeitura de Matinhos - PR - 
Advogado 
Sobre controle de constitucionalidade no Brasil, considere as afirmativas abaixo: 
1. Há controle de constitucionalidade difuso. 
2. Há controle de constitucionalidade concentrado. 
3. Juízes de primeiro grau não fazem controle de constitucionalidade. 
4. O poder executivo faz controle de constitucionalidade. 
 
Assinale a alternativa correta. 
• ASomente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
• BSomente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
• CSomente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
• DSomente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. 
• ESomente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. 
GABARITO LETRA D 
III - Controle posterior ou repressivo exercido pelo TCU. 
Súmula 347 do STF. “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/nc-ufpr
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-matinhos-pr
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/nc-ufpr-2019-prefeitura-de-matinhos-pr-advogado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/nc-ufpr-2019-prefeitura-de-matinhos-pr-advogado
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
 
5. Sistema e vias de Controle Judicial 
I – Critério Subjetivo ou Orgânico. 
a) Sistema difuso. 
b) Sistema concentrado. 
II – Critério Formal: 
a) Sistema pela via incidental (ou de exceção – caso concreto). 
b) Sistema pela via principal (ou de ação em abstrato ou direto). 
Controle Difuso 
I – Origem histórica: Marbury versus Madison 
• John Adams (Presidente EUA) 
• William Marbury – nomeado “juiz de 
paz” (juiz federal) – mas a “comissão” 
para o cargo, embora assinada, não lhe 
foi entregue. 
• Thomas Jefferson (novo presidente 
EUA) 
• James Madison – nomeado 
Secretário de Estado – não efetivou a 
“comissão” por ordem de Jefferson. 
• John Marshall, Chief de Justice 
• A lei X Constituição de 1787 que não 
fixoucompetência originária para 
apreciar a questão. 
• Solução: Havendo conflito entre a 
aplicação de uma lei e a Constituição, 
aplica-se a regra constitucional, por ser 
hierarquicamente superior. 
 
 
II – Noções Gerais 
O controle difuso, repressivo ou posterior, é também chamado de controle pela via de exceção 
ou defesa ou controle aberto, sendo realizado por qualquer juízo ou tribunal do Poder 
Judiciário. 
Dá-se no caso concreto e a declaração de inconstitucionalidade dá-se de forma incidental 
(incidenter tantum) prejudicialmente ao exame do mérito. 
III – Controle difuso nos tribunais. 
Art. 97 CRFB Cláusula de Reserva de Plenário. 
“Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Poder Público.” 
A regra do 97 destaca-se como verdadeira condição de eficácia jurídica da declaração de 
inconstitucionalidade dos atos pelo Poder Público. 
No entanto, enaltecendo o princípio da segurança jurídica e da economia processual e na 
busca da desejada racionalização orgânica da instituição judiciária brasileira, vem-se 
percebendo a inclinação para a dispensa do procedimento do art. 97 toda vez que já haja 
decisão do órgão especial ou pleno do tribunal, ou do STF, o guardião da Constituição sobre a 
matéria. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Cai em prova: Veja: 
Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE - 2020 - MPE-CE - Promotor de Justiça de Entrância Inicial 
Conforme a jurisprudência do STF, a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare 
expressamente a inconstitucionalidade de lei, afaste sua incidência, no todo ou em parte, viola, 
especificamente, 
• Ao princípio da segurança jurídica. 
• Ba cláusula de reserva de plenário. 
• Ca presunção de constitucionalidade da lei. 
• D sistemática do controle difuso de constitucionalidade. 
• Eo princípio da motivação adequada das decisões judiciais. 
GABARITO LETRA B 
IV – Efeitos da decisão 
1. Para as partes 
Como regra, os efeitos de qualquer sentença valem somente para as partes que litigaram em 
juízo. 
No momento em que a sentença declara a lei inconstitucional, produz-se efeitos pretéritos 
tornando-a nula. 
Assim, serão: 
a) Inter partes 
b) Ex tunc; 
Atenção!!!! O STF tem dado efeito ex nunc em alguns casos em nome do princípio da 
segurança jurídica (caso MIRA ESTRELA). INF 341 do STF. 
Em relação ao efeito inter partes? Será que há algum mecanismo para ampliar os efeitos? 
Sim. Art. 52, X da CF. Nova tendência: transcendência dos motivos determinantes da 
sentença em controle difuso ou abstrativização do controle difuso ou objetivização do 
controle difuso 
2. Para terceiros 
Art. 52, X da CF 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão 
definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
Erga omnes porém ex nunc. 
O SF é obrigado a suspender os efeitos? 
Não é obrigado. Separação dos Poderes. 
V – Teoria da Transcendência dos motivos determinantes da sentença no controle 
difuso: análise crítica – abstrativização do controle difuso 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpe-ce
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2020-mpe-ce-promotor-de-justica-de-entrancia-inicial
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
A regra, efeitos para as partes. Incidenter tantum (Alfredo Buzaid e Ada Pelegrine Grinover). 
Contudo, Respeitável doutrina, STF e STJ rumam para uma nova interpretação dos efeitos da 
declaração de inconstitucionalidade no controle difuso pelo STF. 
Argumentos: 
▪ Força normativa da Constituição. 
▪ Princípio da supremacia da Constituição e a sua aplicação uniforme a todos os 
destinatários. 
▪ O STF enquanto guardião e seu intérprete máximo; 
▪ Dimensão política das decisões do STF. 
O efeito erga omnes da decisão só previsto para o controle concentrado e para súmula 
vinculante. 
VI – Controle difuso em sede de Ação Civil Pública 
Só é cabível o controle difuso, em sede de ação civil pública, como instrumento idôneo de 
fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de quaisquer leis ou atos do 
Poder Público, mesmo quando contestado em face da Constituição da República, desde que, 
nesse processo coletivo, a controvérsia constitucional, longe de identificar-se como objeto 
único da demanda, qualifique-se como simples questão prejudicial, indispensável à resolução 
do litígio principal (inf. 212 do STF). 
Mas, atente-se a regra geral: ação civil pública não pode ser ajuizada como sucedâneo ADI, 
pois, em caso de produção de seus efeitos erga omnes, estaria provocando verdadeiro controle 
concentrado de constitucionalidade, usurpando competência do STF. 
Controle Concentrado 
Inicio esse tema com INF 962 de 2019 STF 
Controle de Constitucionalidade Falta de prestação de contas e suspensão automática do 
registro ou anotação de órgão partidário – 
O Plenário, em conclusão e por maioria, julgou parcialmente procedente pedido formulado 
em ação direta para conferir interpretação conforme à Constituição às normas do art. 47, 
caput e § 2º, da Res./TSE 23.432/2014 (1); do art. 48, caput e § 2º, da Res./TSE 23.546/2017 
(2); e do art. 42, caput, da Res./TSE 23.571/2018 (3), afastando qualquer interpretação que 
permita que a sanção de suspensão do registro ou anotação do órgão partidário regional ou 
municipal seja aplicada de forma automática, como consequência da decisão que julga as 
contas não prestadas, assegurando que tal penalidade somente pode ser aplicada após 
decisão, com trânsito em julgado, decorrente de procedimento específico de suspensão de 
registro, conforme o art. 28 da Lei 9.096/1995 (4) (Informativos 954 e 956). Preliminarmente, o 
Colegiado, por maioria, conheceu da ação direta em sua integralidade. Vencido, no ponto, o 
ministro Roberto Barroso, que dela conheceu parcialmente, tendo em vista a revogação da 
Res./ TSE. 23.432/2014. Em seguida, o Plenário converteu o julgamento do referendo em 
medida cautelar em julgamento definitivo de mérito. No mérito, entendeu que as normas 
impugnadas, ao determinarem a suspensão do registro ou a anotação do partido como 
consequência imediata do julgamento das contas, violam o devido processo legal. Pontuou 
que a legislação eleitoral prevê um procedimento específico para o cancelamento do registro 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
em relação ao partido em âmbito nacional. Por questão de coerência, relativamente aos 
órgãos regionais ou municipais, consequência análoga deve ser precedida de processo 
específico em que se possibilite o contraditório e a ampla defesa. Assim, não permitir a 
suspensão do órgão regional ou municipal que omita a prestação de contas da Justiça Eleitoral 
abre uma lacuna no sistema eleitoral e inviabiliza a fiscalização desses órgãos de direção 
partidária, o que acarreta riscos para a própria democracia. Entretanto, é necessário 
compatibilizar as diversas normas incidentes sobre o dever dos partidos políticos de prestar 
contas em todos os níveis de direção partidária, de modo a concluir que a suspensão do órgão 
regional ou municipal por decisão da Justiça Eleitoral só poderá ocorrer após o citado processo 
específico. Vencidos os ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Cármen Lúcia, que julgaram 
improcedente o pedido; e o ministro Roberto Barroso, que, na parte conhecida, também 
julgou o pleito improcedente. (1) Res./TSE 23.432/2014: “Art. 47. A falta de prestação de 
contas implica a proibição de recebimento de recursos oriundos do partidário, enquanto não 
for regularizada a situação do partido político. (...) § 2º Julgadas não prestadas as contas dos 
órgãos regionais,municipais ou zonais, serão eles e os seus responsáveis considerados, para 
todos os efeitos, inadimplentes perante a Justiça Eleitoral e o registro ou anotação dos seus 
órgãos de direção e ficará suspenso até a regularização da sua situação.” (2) Res./TSE 
23.546/2017: “Art. 48. A falta de prestação de contas implica a proibição de recebimento de 
recursos oriundos do Fundo Partidário, enquanto não for regularizada a situação do partido 
político. (...) § 2º O órgão partidário, de qualquer esfera, que tiver as suas contas julgadas 
como não prestadas fica obrigado a devolver integralmente todos os recursos provenientes do 
Fundo Partidário que lhe forem entregues, distribuídos ou repassados, bem como terá 
suspenso o registro ou a anotação, no caso de órgão de direção estadual ou municipal.” (3) 
Res./TSE 23.571/2018: “Art. 42. Será suspenso o registro ou a anotação do órgão de direção 
estadual ou municipal que tiver suas contas partidárias julgadas como não prestadas, devendo 
o órgão ser inativado e novas anotações indeferidas até que seja regularizada a situação.” (4) 
Lei 9.096/1995: “Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, 
determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique 
provado: I – ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira; 
II – estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros; III – não ter prestado, nos termos 
desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral; IV – que mantém organização paramilitar.” ADI 
6032 MC-Ref/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 5.12.2019. (ADI-6032) (Informativo 
962, Plenário) 
I – Noção geral. 
Concentra-se nas mãos de um único Órgão. 
Constituição Federal = STF. 
Constituição Estadual = TJ. 
Verifica-se em cinco situações: 
1. ADIN ou ADI Genérica. 
2. ADPF 
3. ADIN por omissão. 
4. ADIN interventiva. 
5. ADECON ou ADC 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
II – ADIN Genérica 
1. Conceito. 
O que se busca com ADIN genérica é o controle de constitucionalidade de ato normativo em 
tese abstrato, marcado pela generalidade, impessoalidade e abstração. 
2. Objeto. 
Lei ou ato normativo. 
2.1. Leis 
Art. 59 da CRFB 
 Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
 I - emendas à Constituição; 
 II - leis complementares; 
 III - leis ordinárias; 
 IV - leis delegadas; 
 V - medidas provisórias; 
 VI - decretos legislativos; 
 VII - resoluções. 
2.2. Atos Normativos 
Atos de caráter normativo: resoluções administrativas; regimentos internos; deliberações 
administrativas etc. 
2.3. Súmulas? 
Súmula não possui o grau de normatividade qualificada, não podendo, portanto, ser 
questionada ao STF pelo controle concentrado. ADIN 594 DF. 
E a súmula vinculante? 
Também não. O que existe é um processo de revisão pelo qual se poderá cancelar a súmula. 
Art. 103 A, § 2º da CRFB. 
2.4. O fenômeno da Recepção 
Todo ato antes da CRFB de 1988 não pode ser objeto de controle de constitucionalidade. 
O que se verifica é se foi ou não recepcionado. 
Não se admite inconstitucionalidade superveniente. 
2.5. Atos estatais de efeitos concretos 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Esses atos não estão sujeitos a controle de constitucionalidade (STF, RTJ 154/432), na medida 
em que a ADIN não constitui sucedâneo da Ação Popular Constitucional. 
2.6. Ato normativo revogado ou de eficácia exaurida 
O STF não admite ADIN. 
2.7. Lei revogada ou que tenha perdido a sua vigência após a propositura da 
ADIN 
Nesse caso a ADIN fica prejudicada por perda do objeto. 
2.8. Alteração do parâmetro constitucional invocado 
Prevalece o entendimento no STF de que se ocorrer alteração no parâmetro constitucional 
invocado e já proposta a ADIN, esta deverá ser julgada prejudicada em razão da perda do seu 
objeto. 
Exemplo: houve alteração por Emenda Constitucional. 
2.9. Leis Orçamentárias 
De modo geral, o STF entende que as leis orçamentárias, ou a lei de diretrizes orçamentárias, 
não podem ser objeto de controle, já que se trata de lei com efeito concreto, ato administrativo 
em sentido material, vale dizer, lei com objeto determinado e destinatário certo. 
3. Elementos essenciais do controle de constitucionalidade: o conceito de bloco de 
constitucionalidade e o elemento temporal. 
a) Elemento conceitual = consiste na determinação da própria ideia de constituição e nas 
definições das premissas jurídicas, políticas e ideológicas que lhe dão consistência. 
b) Elemento temporal = cuja configuração torna imprescindível constatar se o padrão de 
confronto, alegadamente desrespeitado, ainda vige, pois, sem a sua concomitante 
existência, descaracterizar-se-á o fator de contemporaneidade, necessário a 
verificação desse requisito. 
Diante do exposto, busca-se fixar, com clareza, para o direito brasileiro, o conceito de bloco de 
constitucionalidade, qual seja, o que deverá servir de parâmetro para que se possa realizar a 
confrontação e aferir a constitucionalidade. 
4. Teoria da Transcendência dos Motivos Determinantes 
Obter dictum = são comentários laterais 
de passagem, que não influem na 
decisão. Portanto, não vinculam para 
fora do processo. 
Ratio decidendi = é a fundamentação 
essencial que ensejou aquele 
determinado resultado da ação. 
 
Obter dictum = “coisa dita de passagem”. 
Ratio decidendi = é a fundamentação que ensejou a decisão. 
O STF vem entendendo que a ratio decidendi passa a vincular outros julgamentos. 
5. Teoria da Inconstitucionalidade por “arrastamento” ou por “atração” ou 
inconstitucionalidade consequente de preceitos não impugnados, ou 
inconstitucionalidade consequencial ou inconstitucionalidade consequente ou 
derivada. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Caso em determinado processo de controle concentrado for julgada inconstitucional a norma 
principal, em futuro processo, outra norma dependente daquela que foi declarada 
inconstitucional em processo anterior – tendo em vista a relação de instrumentalidade que 
entre ela existe – também estará eivada pelo vício de inconstitucionalidade “consequente”, ou 
por arrastamento ou por atração. 
6. Lei ainda Constitucional ou Inconstitucionalidade progressiva ou declaração de 
constitucionalidade de norma em trânsito para a inconstitucionalidade. 
a) A instituição da Defensoria Pública pela CF/88 
b) A questão do prazo em dobro no processo penal. 
c) Ação civil ex delicto ajuizada pelo MP.Art. 68 do CPP. 
 
 
7. Inconstitucionalidade chapada 
Inconstitucionalidade mais evidente, clara, flagrante, não restando qualquer dúvida sobre o 
vício, seja formal, seja material. 
8. Competência 
• Lei ou ato normativo federal ou estadual que contrariar CF = STF. 
• Lei ou ato normativo estadual ou municipal que contrariar CE. TJ. 
Lei ou ato normativo municipal em face da CF??? 
Não há que se falar em controle concentrado. O máximo que pode se falar é em 
controle difuso. 
Lei ou ato normativo distrital em face da CF??? 
Natureza estadual que contrariar a CF = STF. 
Natureza municipal que contrariar a CF = não há controle concentrado, porém há difuso. 
9. Legitimidade. 
1. o Presidente da República (LU) 
2. a Mesa do Senado Federal; (LU) 
3. a Mesa da Câmara dos Deputados; (LU) 
4. a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
(LE); 
5. o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (LE); 
6. o Procurador-Geral da República; (LU) 
7. o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (LU) 
8. partido político com representação no Congresso Nacional; (LU) (advogado). 
9. confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. (LE); 
(advogado). 
Atenção aluno: Conforme o mestre Marcelo Novelino: 
Os legitimados ativos universais podem propor a ADI e a ADC 
independentemente da existênciade pertinência temática. Enquadram-se 
nesta categoria o Presidente da República, a mesa do Senado Federal, a 
Mesa da Câmara dos Deputados, o Procurador-Geral da República, o 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e partido político com 
representação no Congresso Nacional. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Os legitimados ativos especiais são aqueles dos quais se exige 
pertinência temática como requisito implícito de legitimação. Consistente 
no nexo entre a norma questionada e os objetivos institucionais específicos 
do órgão ou entidade, a pertinência temática deverá ser demonstrada pela 
Mesa de Assembleia Legislativa e da Câmara Legislativa do Distrito Federal, 
pelo Governador de Estado e do Distrito Federal e pelas confederações 
sindicais e entidades de classe de âmbito nacional. Mesmo após o veto 
oposto ao dispositivo legal que trazia esta exigência (Lei 9.868/1999, 
art. 2º, parágrafo único), a jurisprudência do STF manteve seu 
entendimento. 
Cai em prova: Veja: 
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA Prova: IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário - Administrativa 
A Constituição Federal estabelece alguns legitimados para propor a ação direta de 
inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade. Sobre o assunto, analise as 
afirmativas abaixo. 
I. Mesa da Câmara dos Deputados. II. Procurador-Geral da República. III. Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil. IV. Tribunal de Contas da União. 
Assinale a alternativa que não contemple um desses legitimados: 
• AII e IV apenas 
• BI e III apenas 
• CI, II, III e IV 
• DIV apenas 
GABARITO LETRA D. 
10. A figura do amicus curiae (amigos da corte). 
 
É possível sim. Intelecção do art. 7º, §2º da Lei 9868/99. 
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de 
inconstitucionalidade. 
§ 1o (VETADO) 
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, 
poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a 
manifestação de outros órgãos ou entidades. 
• Relator = é ato discricionário. 
• Decisão será irrecorrível. 
• Requisitos = relevância da matéria e representatividade dos postulantes. 
 
11. Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADECON ou ADC) 
 
Essa ação foi introduzida pela EC 3/93. Nos governos instalados depois da CF/88, várias 
medidas foram questionadas em todo o país, perante os diversos órgãos do Poder Judiciário, 
ocorrendo profusão de medidas liminares. Para ilustrar esse fato basta lembrar o Plano Collor, 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103459/lei-da-ação-direta-de-inconstitucionalidade-lei-9868-99
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11267078/artigo-2-da-lei-n-9868-de-10-de-novembro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11266716/parágrafo-1-artigo-2-da-lei-n-9868-de-10-de-novembro-de-1999
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibfc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tre-pa
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibfc-2020-tre-pa-analista-judiciario-administrativa
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1999/Mv1674-99.htm
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
em que os depósitos de poupança foram bloqueados em todo o país. A medida era a todos os 
títulos inconstitucionais e grande número de prejudicados propôs ações, principalmente de 
mandado de segurança contra ela. E o governo ficou, assim, acuado. 
 
Optou-se por criar a ação declaratória de constitucionalidade. Assim, toda vez que uma norma 
federal estiver sendo questionada quanto à constitucionalidade em diversos órgãos do Poder 
Judiciário, passou-se a ter um mecanismo que vai provocar a intervenção do Supremo Tribunal 
Federal. Assim, quaisquer dos órgãos relacionados nos incisos do art. 103 poderão propor a 
ação, conforme expressa o "caput" deste artigo que foi alterado pela emenda constitucional 45 
de 2004. Se o STF deferir o pedido e declarar constitucional essa norma, nenhum órgão do 
Poder Judiciário mais poderá acolher ações no sentido da inconstitucionalidade. O STF, 
entretanto, poderá, no julgamento, declarar a inconstitucionalidade da lei e esse julgamento 
terá o mesmo efeito da ADIN. 
 
Essa ação declaratória de constitucionalidade só tem pertinência se a norma legal estiver 
sendo questionada. Tanto que a Lei 9.868/99 estabelece que o requerente deverá indicar a 
controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição. Não atende a essa relevância o 
fato de ocorrer esporadicamente um questionamento da lei. Isso se explica também pelo fato 
de que toda lei se presume constitucional. Vale dizer que a lei goza da presunção de 
constitucionalidade e, assim, não demanda que a mesma seja declarada. 
Cabe pedido de cautelar, assim, o Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta 
de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de 
constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o 
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação 
até seu julgamento definitivo. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará 
publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo 
de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta 
dias, sob pena de perda de sua eficácia. 
12. Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 
Prevista na primeira parte do artigo 102, I, "a" da Constituição Federal, esta ação visa a 
declaração da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual perante a 
própria Constituição. Sua competência originária é do Supremo Tribunal Federal e seu 
procedimento está previsto na Lei 9.868/99. 
Se a arguição pela inconstitucionalidade versar sobre lei estadual ou municipal perante a 
Constituição Estadual, terá por competência originária o Tribunal de Justiça do Estado em 
questão, conforme prevê o artigo 125, §2° da CF. 
Por exemplo, se uma lei aprovada na cidade de Sorocaba (SP) fere a Constituição Estadual de 
São Paulo, deve ser impetrada uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de 
Justiça de São Paulo. 
A ADIN admite pedido cautelar que salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação 
direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o 
disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato 
normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. O relator, julgando 
indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo 
de três dias. No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos 
representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela 
expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. Em caso de excepcional 
urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das 
autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Concedida a medida 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da 
União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, 
devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no 
que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo. A medida cautelar, dotada 
de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que 
deva conceder-lhe eficácia retroativa. A concessão da medida cautelar torna aplicável a 
legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. 
Havendopedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu 
especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das 
informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do 
Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o 
processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. 
 
13. Ação de Inconstitucionalidade por Omissão 
Importante ler o art. 12ª ao 12H da Lei 9868/99. 
Prevista no artigo 103, §2° da Constituição Federal, tem por objetivo suprir uma omissão dos 
poderes constituídos que deixaram de elaborar normas para regulamentar a possibilidade de 
exercício de determinado direito previsto na Constituição Federal. O §2° deste artigo em 
questão institui que "declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar 
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das 
providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta 
dias". 
Assim sendo, quando a omissão for administrativa, o órgão competente será cientificado para 
que providencie a edição e complementação da mesma. Entretanto, se esta for legislativa, o 
Congresso Nacional deverá ser comunicado da mora, mas não será estipulado nenhuma prazo 
para a elaboração da norma complementadora que, de certa forma, é considerada 
indispensável para o exercício do direito previsto, porém não aplicado por falta de previsão 
legal pela Constituição Federal. 
A omissão pode ser total ou parcial, sendo total quando não houver uma norma 
regulamentadora possibilitando o exercício de determinado direito e parcial quando a norma 
apenas possibilitar parte do exercício do direito previsto na CF. 
Exemplo de omissão total pode ser encontrado no artigo 7°, XI, da CF que prevê a 
participação do trabalhador na gestão da empresa e isto não ocorre até hoje, pois não há 
norma regulamentadora. E, um exemplo de omissão parcial pode ser encontrado no artigo 7°, 
IV, também da Constituição Federal, que prevê uma série de direitos garantidos ao cidadão, 
por meio do salário mínimo, que não pode ser atingido devido o fato de este possuir um valor 
muito irrisório. 
A decisão proferida em decorrência de uma ação de inconstitucionalidade só terá caráter 
mandamental quando a omissão for meramente administrativa, já que este órgão deverá 
proceder sua edição no prazo máximo de 30 dias, conforme estabelece o artigo 103, 2°, da CF, 
já mencionado. E se assim não agir, responderá pela prática do crime de desobediência. 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão é regulamentada pela Lei 12.063/09, que 
acrescenta à Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, o Capítulo II-A. 
14. Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Deve ser proposta como pressuposto para haver a decretação da intervenção federal ou até 
mesmo estadual, pelos Chefes do Executivo, por não terem sido observados alguns princípios 
essenciais estabelecidos pelas Constituições (Federal e Estadual). 
Diz-se, assim, que a ADIN interventiva visa a resguardar os princípios sensíveis: forma 
republicana; sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa; autonomia 
municipal; prestação de contas da administração pública, direta ou indireta; aplicação do 
mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino e da saúde. 
15. ADIN interventiva federal 
O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não respeita os princípios 
sensíveis estabelecidos pela Constituição Federal, sendo estes os elencados no artigo 34, VII, 
isto é, quando a lei estadual contrapor-se a: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e 
serviços públicos de saúde. 
A legitimidade ativa para propor esta ação é do procurador geral da república e o Supremo 
Tribunal Federal é o detentor da competência para julgá-lo. 
16. ADIN interventiva estadual 
Esta, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal desrespeitar os princípios 
indicados na Constituição Estadual e por isso, o Estado necessitar intervir, servindo também 
como pressuposto desta intervenção. A competência para o julgamento desta ADIN é do 
Tribunal de Justiça do Estado que teve os princípios de sua Constituição desrespeitados, 
devendo ser proposta pelo Procurador Geral de justiça, conforme prevê o artigo 129, IV, da 
Constituição Federal. 
 
 
17. Arguição de descumprimento de preceito fundamental 
Prevista no artigo 102, §1°, da Constituição Federal, a arguição de descumprimento de preceito 
fundamental é de competência do Supremo Tribunal Federal, o qual deve apreciá-la e julgá-la. 
Esta ação será sempre subsidiária, ou seja, não pode ser admitida se houver outro meio válido 
para sanar a lesividade, conforme dispõe o artigo 4°, 1° da lei 9.882/99. 
 
Por exemplo, só poderá ser proposta se não for cabível uma ADIN, ADECON, mandado de 
segurança, recurso extraordinário, ação popular, entre outros. 
Têm legitimidade ativa para propor esta arguição todos os elencados no artigo 103 da 
Constituição Federal, sendo estes: 
• o Presidente da República; 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
• a Mesa do Senado Federal; 
• a Mesa da Câmara dos Deputados; 
• a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
• o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
• o Procurador-Geral da República; 
• o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
• partido político com representação no Congresso Nacional; 
• confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
É inteiramente facultativo, mas os demais interessados podem solicitar a propositura desta 
arguição mediante representação ao Procurador Geral da República. E esta ação pode ser 
proposta: 
a) para reparar ou até mesmo evitar lesão a um preceito fundamental decorrente de ato ou 
omissão do poder público (não definição do que é preceito fundamental na Lei, tarefa que 
caberá à doutrina e à jurisprudência); 
b) quando for importante salientar o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato 
normativo federal, estadual ou municipal anteriores à Constituição Federal. 
 
 
Pertinência temática 
Segundo Rodrigo Rebello Pinto, "é a relação existente entre a norma impugnada e a entidade 
que ingressa com a ação direta de inconstitucionalidade", ou seja, a pessoa ou o órgão 
interessado que impetrar uma ação de controle de constitucionalidade deve demonstrar um 
interesse real em obter a declaração almejada da norma impugnada. 
Conforme decisões do Supremo Tribunal Federal, a pertinência temática tem se tornado um 
pressuposto da legitimidade ativa para a ação de inconstitucionalidade. São considerados 
autores interessados, que precisam demonstrar esta pertinência temática: 
• as Mesas das Assembléias Legislativas; 
• as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional; e 
• os Governadores de Estado. 
Já, por sua vez, são considerados autores neutros, ou seja, não precisam demonstrar 
nenhuma pertinência temática uma vez que possuem legitimidade ativa universal: 
• o Presidente da República; 
• o Procurador geral da República; 
• as Mesas do Senado Federal; 
• as Mesas da Câmara dos Deputados; 
• o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; e 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
• o partido político com representação no Congresso Nacional. 
Cai em prova: 
Ano:2020 Banca: FCC Órgão: TJ-MS Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto 
A Constituição Federal estabelece que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), 
dela decorrente, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na forma da lei. A esse propósito, 
considerada a regulamentação da matéria à luz da jurisprudência da referida Corte, 
• Aem sede de medida liminar, pode ser determinada a suspensão dos efeitos de decisões 
judiciais relacionadas com a matéria objeto da ADPF, admitida a relativização dos decorrentes 
de coisa julgada, por decisão de maioria qualificada do STF, diante de circunstâncias de 
excepcional interesse social. 
• Badmite-se o ingresso de amici curiae na ADPF, pela aplicação, por analogia, do estabelecido 
em lei relativamente à ação direta de inconstitucionalidade, desde que demonstradas a 
relevância da matéria e a representatividade dos postulantes. 
• Cconsiderado seu caráter subsidiário, não pode a ADPF ser conhecida como ação direta de 
inconstitucionalidade, acaso manejada em hipótese de cabimento desta, sendo inaplicável o 
princípio da fungibilidade entre ações de controle concentrado. 
• Dnão se admite a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade em sede de 
ADPF, por ausência de previsão legal, diferentemente do que ocorre em relação às ações direta 
de inconstitucionalidade e declaratória de constitucionalidade. 
• Eas normas processuais destinadas a resguardar os interesses da Fazenda Pública, a exemplo 
da exigência de intimação pessoal dos entes públicos para início da contagem de prazos, são 
aplicáveis no âmbito da ADPF, embora não o sejam nos demais processos de controle 
concentrado, por sua natureza objetiva. 
GABARITO LETRA B 
Regime Político e Forma de Governo 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo 
e o Judiciário. 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2020-tj-ms-juiz-substituto
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, 
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações 
 
1. Noções de Estado 
Vários são os conceitos em que firmam acerca do Estado dependendo do ângulo pelo qual é 
visto. O conceito que é relevante no momento é o ponto de vista jurídico do Estado, que é 
conceituado pela doutrina como “Ente político juridicamente organizado e obediente às 
suas próprias leis.” 
2.1. Conceito. 
Estado é uma ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em 
determinado território. Acrescenta-se a finalidade do Estado, a busca do bem comum. 
2.2. Elementos do Estado 
São elementos do Estado o povo que é o componente humano do Estado, Território que é 
sua base física e Governo Soberano que é sua peculiaridade, ou seja, é o condutor do 
Estado. 
2.3. Governo e Administração Pública. 
Embora pareçam sinônimos Governo e Administração apresentam conceitos distintos pela 
Doutrina. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
Governo – É um conjunto de Poderes e órgãos constitucionais. Administração é o conjunto de 
órgãos criados para realizar os objetivos do Governo. 
Segundo Hely Lopes Meirelles, 
“podemos dizer que governo é atividade política e discricionária; administração é atividade 
neutra, normalmente vinculada à lei. Governo é conduta independente; administração é 
conduta hierarquizada. O Governo comanda com responsabilidade constitucional e política, 
mas sem responsabilidade profissional pela execução; a Administração executa sem 
responsabilidade constitucional ou política, mas com responsabilidade técnica e legal pela 
execução A Administração é o instrumento de que dispõe o Estado para pôr em prática as 
opções políticas do Governo.” 
3. Poderes, Organização, Natureza, Fins. 
Segundo reza o art. 2º da CRFB “São Poderes da União, Independentes e Harmônicos entre si 
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” 
A organização do Estado está prevista no art. 18 da CRFB que compreende a União, os 
Estados, os Municípios e o Distrito Federal, logo nosso Estado é uma Federação (forma de 
Estado), uma vez que não admite-se a Secessão, ou seja, não pode quebrar o pacto 
Federativo. 
A finalidade do Estado é o bem estar social, ou seja, o Estado tem que garantir assegurar o 
exercício dos direitos previstos no ordenamento jurídico. 
 
4. República e Federação 
Forma de Governo 
O vocábulo República origina-se do latim res publica, com o significado de a coisa (res) pública 
(publica, forma feminina de publicus), sendo a coisa comum, aquilo que é de todos. 
Desta feita a forma republicana representa que o poder estatal não é atribuído apenas a uma 
pessoa (como na Monarquia), mas a todo o povo (República Democrática) ou a um grupo 
"privilegiado" (República Aristocrata). 
Forma de Estado 
Estado Federal 
O Estado Federal distingue-se por existir uma descentralização político-administrativa. O 
território do Estado é dividido em diversas unidades territoriais - no Brasil são os Estados-
membros - que gozam de autonomia administrativa, financeira e legislativa. Assim, o poder se 
reparte no espaço territorial, gerando uma multiplicidade de organizações governamentais. 
Brasil, Argentina, Estados Unidos e Suíça são Estados que adotam esta forma. 
Entes que Constituem a Federação brasileira 
De acordo com o art. 18, CRFB, os entes que compõem a federação brasileira são: 
União; Estados; Municípios; Distrito Federal. 
Estas entidades recebem a denominação de pessoas políticas, entes políticos, entidades 
políticas, pessoas federativas, entes federativos ou entidades federativas. 
 
 
VER ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. DIGA NÃO À PIRATARIA. 
5. Sistema de Governo 
A forma com que se dá a relação entre o Poder Legislativo e o Poder executivo no exercício 
das funções governamentais consubstancia outro importante aspecto na organização estatal. A 
depender do modo como se estabelece esse relacionamento, se há uma maior independência 
ou maior colaboração entre eles, teremos dois sistemas de governo o presidencialismo ou 
parlamentarista. 
Presidencialismo. O Presidente da República exerce a chefia do Poder Executivo em toda a 
sua inteireza, acumulando as funções de Chefe de estado e Chefe de Governo. 
Parlamentarismo

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