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EXAME DO SISTEMA RESPIRATÓRIO - SEMIOLOGIA MÉDICA

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Exame do aparelho respiratório
GIOVANNA BOTTEZINI	SEMIOLOGIA MÉDICA I	TURMA LI 2021.1
	Introdução
Sistema respiratório
· Função: os organismos necessitam de energia para a manutenção de seu metabolismo
· Essa energia está armazenada nos alimentos e, para que os organismos a obtenham, é necessária a realização de um desses processos: respiração celular ou fermentação 
Oxigênio no APARELHO RESPIRATÓRIO 
· Disponibilidade de oxigênio na atmosfera: quanto maior a altitude, maior a PO2 no ar (mmHg) 
· A concentração de ar diminui à medida que a altitude aumenta
· Quanto mais se distancia da superfície da Terra, o ar se torna mais rarefeito 
· Exemplo: diferença de altitude de cidades no nível do mar e em cidades com grande altitude influencia na disponibilidade de oxigênio no ar 
· O oxigênio é tóxico para qualquer célula viva
· Exemplo: se ventilar um pulmão humano a uma concentração de 100% de O2 de durante algumas horas, durante alguns dias, ele ficará totalmente fibroso 
· O O2 gera radicais extremamente deletérios (exemplo: ânion superóxido O2) 
RESPIRAÇÃO CELULAR
· Troca de gases pelos alvéolos e capilares 
· Oxigenação do sangue e eliminação de gás carbônico nos alvéolos 
· Processo que ocorre por difusão 
· Ocorre nas mitocôndrias 
· Quebra das moléculas de glicose para formar ATP (energia) com o consumo de O2 
MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO
· Inspiração: diafragma aumenta e cria uma pressão intratorácia mais negativa, e a Patm empurra o ar para dentro
· Auxílio dos músculos intercostais externos
· Expiração: diafragma relaxa e cria uma pressão intratorácica mais positiva e o ar sai 
· Auxílio dos músculos intercostais internos e músculo abdominais (respiração forçada)
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
· Diminuição da PO2:
· Controle de concentração de oxigênio no sangue – estimula quimiorreceptores do arco aórtico e aumenta a demanda respiratória 
· PO2 baixo só funciona como controle quando abaixa muito (<60mmHg)
· Aumento da PCO2:
· Modificação da pressão parcial de gás carbônico: fica mais acidótico e estimula o centro respiratório a aumentar a demanda respiratória 
Funções da respiração 
· Hematose: 
· Fornecer oxigênio para produção de ATP
· Eliminar dióxido de carbono produzido no processo de respiração
· Equilíbrio térmico: pulmão é muito vascularizado e perde muito calor por convecção 
· Paciente com febre fica taquipneico pelo hipercatabolismo e pela perda de calor 
· Manutenção do Ph plasmático: manter o Ph aproximadamente 7,3 
· Quanto mais CO2 tiver no sangue mais baixo vai ser o pH (formação excessiva de ácido carbônico)
· Respirar rapidamente: o gás carbônico é eliminado e o pH do sangue sobe
· Fonação: presença de cordas vocais, boca e narina funciona como câmara de reverberação, então produzimos diferentes sons 
· Seios da face funcionam como câmara de eco 
· Olfação: quando o ar entra na narina, impregna várias substâncias que estimulam quimiorreceptores do olfato 
Manifestações respiratórias
Manifestações pulmonares primárias
· Manifestações das vias aéreas:
· Tosse: expiração explosiva acompanhada de um ruído característico (limpeza das vias aéreas inferiores e laringe) não existe tosse normal (filtro aéreo e aparelho mucociliar deveriam impedir a entrada de corpos estranhos) 
· Fenômeno reflexo: centro respiratório no bulbo e receptores periféricos 
· Centros superiores: permitem que a tosse seja suprimida, adiada ou provocada (intensidade aumentada ou diminuída) 7
· Fase nervosa: receptores da tosse nas vias aéreas são estimulados 
· Fase inspiratória: ocorre uma inspiração em que o pulmão e o lúmen da traqueia se dilatam 
· Fase compressiva: fechamento da glote ou fenda glótica efetuada pelos músculos expiratórios do tórax 
· Fase explosiva: glote se abre e o ar sai violentamente do pulmão com uma velocidade média de 100m/s – redução do lúmen das vias áreas para aumentar o fluxo de ar e aumentar a velocidade do ar expelido 
· Estímulos podem ser mecânicos (poeira, partículas, secreções, distorção das vias aéreas, alteração dos calibres dos brônquios); químicos (fumaça – diminui a eficiência dos batimentos ciliares, gases irritantes, vapores); térmicos (frio – diminui a velocidade dos batimentos ciliares – e calor excessivo) 
· Outros locais que podem provocar tosse: possuem receptores que causam estímulos reflexos – ouvido externo, esôfago, pericárdico e diafragma, vísceras abdominais (tosse reflexa inútil pois não elimina nada)
· Causas: infecções agudas das vias aéreas, rinossinusite alérgica, asma e hiperreatividaade brônquica, refluxo gastroesofágico, bronquite crônica, bronquiectasias, inibidores da ECA, insuficiência cardíaca esquerda, infecções pulmonares, câncer de pulmão, doenças intersticiais difusas 
· Complicações: fratura de costelas, hipertensão venosa (aumento da pressão intratorácica dificulta o retorno venoso), síncope, repercussão do aumento de pressão para tecido pulmonar (quando há tosse por período prolongado que causa a distensão e provável rompimento dos alvéolos), tosse ineficaz 
CLASSIFICAÇÃO DA TOSSE
· Aguda: menos de 3 semanas
· Crônica: mais de 8 semanas 
· Sintomático respiratório: possui outros sintomas
· Seca: não tem eliminação de secreção 
· Produtiva: tem eliminação de secreção (indicada por ruído nas vias aéreas)
· Rouca: som mais limpo e rouco – associada a laringe
· Metálica: lembra o som de um instrumento metálico - compressão extrínseca da traqueia 
· Quintosa: vários surtos de tosse sem inspiração seguida de um som de inspiração profunda 
· Espirro: expulsão de partículas pelas vias aéreas superiores – limpeza da nasofaringe e fossas nasais 
· Expectoração: mistura de secreções eliminadas pela boca – escarro (precisa necessariamente vir das vias aéreas infraglóticas) não existe expectoração normal 
· Defesa mecânica: partículas ficam aderidas no muco para serem eliminadas posteriormente – vias aéreas superiores são naturalmente contaminadas por bactérias e as vias aéreas inferiores não 
· Vários mecanismos de defesa que impedem a formação de escarro: coanas nasais, suspiro, espirro, tosse, células bronquiolares ciliadas, mucocinese, macrófagos alveolares, pneumócitos tipos I e II, sistema linfático pulmonar, flora normal da orofaringe
· Inspeção do escarro: volume; aspecto (seroso, mucoide, mucopurulento, sanguilíneo, em moldes brônquicos); cheiro (normalmente é característico)
· Hemoptise: qualquer sangramento proveniente do trato respiratório inferior (abaixo da glote) – acima da glote é falsa hemoptise 
· Falsa hemoptise: epistaxe (vem do nariz); hematêmese (vem do aparelho digestivo, geralmente sangue mais escuro)
· Causas: distúrbio da integridade do vaso ou coagulação, inflamação, necrose, invasão neoplásica, aumento da pressão hidrostática, distúrbios da coagulação 
· Chieira torácica: traduz obstrução brônquica de grandes vias aéreas (forma um barulho chiado) – fluxo aéreo mais rápido e turbulento (bronquíolos cartilaginosos)
· Lei de Poiseuille (modificada)
R = 8 x comp. X viscosidade / r4 (pode-se modificar a viscosidade do gás para compensar possíveis alterações) 
· Mecanismos: broncoespasmo, edema, inflamação da mucosa brônquica, muco, fibrose cicatricial, tumores, corpo estranho
· Manifestações pleurais:
· Pleura parietal, traqueia e grossos brônquios, artérias pulmonares, grandes vasos e estruturas mediastinais 
· Pleura parietal é inervada por fibras nervosas somáticas – causa dor torácica 
· Dor torácica: sensação penosa desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a estes estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter 
· Particularidades: nocicepção (permite detectar o estímulo nocivo); percepção (forma como o organismo sente o estímulo); sofrimento e comportamento 
· Limiar de percepção: limite abaixo do qual a dor não é sentida 
· Limiar de tolerância: limite acima do qual a dor se torna insuportável 
CLASSIFICAÇÃO DA DOR
Quanto à fisiopatologia:
Nociceptiva: ocorre por estímulo nociceptivo – somática ou visceral 
Neuropática: ocorrepor alteração do sistema nervoso; pode ocorrer também por estímulo nociceptivo – central ou periférica
Psicogênica: possui características psicossomática
Quanto à duração:
Aguda: ocorre de forma súbita – indicador de uma possível lesão (pode ser acompanhada por mudanças do SNA se for muito intensa)
Crônica: influenciada pelo ambiente e envolve muito mais que dano tecidual e incapacidade física – dor que persiste no tempo (duração superior a três/seis meses); normalmente não está associada ao evento causal
Quanto à sensibilidade:
Superficial: sentina na pele e mucosas
Profunda: sentida em músculos, tendões, nervos, articulações
Quanto à localização:
Parietal: na parede torácica
Muscular: dor nos músculos torácicos
Costal: dor nas costelas 
Nervosa: relacionadas aos nervos torácicos
· Dor pleural: somática e bem localizada, tipo pontada, ventilatório dependente (ocorre durante o momento da ventilação pela relação entre as pleuras)
· Até o nível da 7ª costela – percebida no tórax 
· 8ª à 12ª pleura costal e porção periférica da pleura diafragmática, percebida no abdome até fossas ilíacas 
· Causas: pneumonia, infarto pulmonar, pleurite, pneumotórax, repouso respiratório e inibição do reflexo da tosse
· Dor mediastinal: visceral, dolente e profunda – projetada em região retroesternal 
· Alguns casos como ansiedade, depressão e ataques de pânico podem causar dor torácica 
· Manifestações funcionais: 
· Dispneia: sensação de uma respiração difícil – “falta de ar” (o ato de respirar é percebido como esforço desagradável)
· Subjetivo: aperto no peito, falta de ar, fôlego curato, sufocação, cansaço, incapacidade de encher os pulmões 
· Mecanismos: demanda excessiva de ventilação; patológico (anemia – menor transporte de oxigênio; hipertireoidismo – aumenta a frequência cardíaca; ansiedade; insuficiência alvéolo-capilar); fisiológico (gravidez, exercício, altitude)
· Distúrbios ventilatórios: neuromuscular (miastenia, esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla); restritivo (fibrose pulmonar difusa, edema pulmonar, cifoescoliose, pneumotórax, derrame pleural); obstrutivo (asma, DPOC); misto (sequelas de tuberculose)
· Cianose: coloração azulada-arroxeada causada pela falta de oxigênio; sinal de dessaturação (abaixo de 70% de saturação de oxigênio); ocorre pela presença de hemoglobina não saturada quando a hemoglobina é reduzida o sangue vai ficando mais escuro pele fica azulada e escura 
Central: acomete o corpo todo, inclusive o centro (exemplo: alteração da perfusão no pulmão)
Periférica: acomete as extremidades do corpo
Concentração hemoglobina reduzida para cianose: 15g/dL
MANIFESTAÇÕES PULMONARES SECUNDÁRIAS
· Manifestações gerais:
· Febre: costuma acompanhar as doenças respiratórias (exemplo: pneumonia) 
· Astenia: ausência de força ou vigor por consumo da musculatura causada pela falta de oxigênio (exemplo: tuberculose)
· Fraqueza: diminuição da força muscular (pode acometer um ou vários músculos)
· Anorexia e emagrecimento: causada pela falta de consumo da glicose pela falta de oxigênio
· Caquexia: síndrome complexa e multifatorial que se caracteriza pela perda de peso, atrofia muscular, fadiga, fraqueza e significante perda de apetite em pessoas que não estão ativamente tentando perder peso 
· Manifestações mediastinais:
· O aumento excessivo de determinadas estruturas (como tumores nos pulmões) pode comprimir outras estruturas próximas a elas
· Síndrome da veia cava superior: alguma massa comprime a veia cava e ela colaba não consegue levar o sangue ao coração drena o sangue pelos vasos colaterais do tórax para a veia cava inferior (causa pletora nos vasos) 
· Compressão do nervo frênico: se alguma massa envolver o nervo frênico pode causar paralisia diafragmática no lado comprimido e só metade do diafragma se expande (a paralisia bilateral do nervo frênico é incompatível com a vida pois o paciente não consegue respirar; pode ser causada por aneurisma da aorta) 
· Compressão do nervo laríngeo-recorrente: causa paralisia de cordas vocais (causa rouquidão) 
· Compressão do nervo simpático cervical: causa síndrome de Claude-Bernard-Horner miose, ptose palpebral, enoftalmia, anisocoria
· Tumor no ápice do pulmão (Tumor de Pancoast): pode destruir corpos vertebrais, nervos e outras estruturas próximas (como o plexo braquial) causa dor no membro superior 
· Síndromes extratorácicas:
· Braqueteamento digital: hipocratismo digital (indicativo de DPOC ou câncer de pulmão) – causa indefinida (teoria mais aceita é pelo acúmulo de plaquetas nas extremidades)
· Síndrome da osteoartropatia hipertrófica (doença de Bamberger-Pierre-Marie): espessamento do periósteo 
· Síndromes paraneoplásicas: 
· Sinais e sintomas presentes em pacientes com câncer, distantes do tumor ou de suas metástases, e que não são causados por invasão, obstrução ou efeito de massa
· Representam um conjunto de manifestações extremamente complexas, podendo envolver vários sistemas da economia humana
· Dentre eles citam-se o dermatológico, dermatológico, neurológico, endócrino e osteomuscular 
Semiologia do sistema respiratório
REFERÊNCIAS PARA OS PULMÕES
· Anteriormente: esterno e costelas 
· Posteriormente: processo espinhosos 
· 5ª costela na linha axilar média: fissura oblíqua
· Segmentos pulmonares: 
· Pneumonias normalmente acometem os segmentos da pirâmide basal 
· Pulmão esquerdo é mais fino e mais comprido: possui área ocupada pelo coração 
· Pulmão direito é mais achatado 
REGIÕES DO TÓRAX
· Linhas de referência na posterior:
· Linhas escapulares e linha medioespinal
· Linhas de referência na anterior:
· Linhas hemiclaviculares, esternais e medioesternal 
· Linhas de referência na lateral: 
· Linhas axilares: anterior, média e posterior
VIAS AÉREAS INFERIORES 
· Nas grandes vias áreas não ocorrem trocas gasosas pois os brônquios possuem uma parede espessa de tecido conjuntivo para que não se colabem 
· O fechamento dos brônquios causa problemas respiratórios
· Nas pequenas vias áreas ocorrem trocas gasosas pois os vasos possuem parede mais finas 
· Possuem maior tendência de se colabarem 
· Ácino: parte do pulmão que é suprida pelo bronquíolo terminal 
· Unidade ventilatória onde ocorrem as trocas gasosas (hematose)
· Cada bronquíolo terminal dá origem a ductos que dão origem aos alvéolos 
· Zona respiratória:
· 300 milhões de alvéolos 
· Alta pressão superficial que impede que os vasos se colabem
· A filtragem do ar inspirado é garantida pelo muco liberado na zona de condução (que segue para a cavidade oral pela ação dos cílios) e pela ação dos macrófagos que retém partículas que atingem os alvéolos (poluição e fumo inibem esses mecanismos)
PONTOS IMPORTANTES DE REPARO
· Pulmões: 
· Limite superior: 2 a 4 cm acima do 1/3 médio da clavícula
· Limite inferior: 6ª costela na linha hemiclavicular; 8ª costela na linha axilar média; 10ª apófise espinhosa na linha axilar posterior 
· Outros pontos importantes: 
· Processo espinhoso de C7 (vértebra proeminente)
· Bordo inferior 12ª costela
· Ângulo inferior da escápula – 7ª costela
· Ângulo de Louis (ângulo esternal): referência para a articulação manubrioesternal
· Ângulo de Charpy (ângulo subcostal): normalmente é de 90 graus no normolíneo (no longilíneo é mais fechado e no brevilíneo é mais aberto) 
· Processo xifoide
· Margens costais
· Cúpula diafragmática direita (LHC 4º-5º EIC)
· Cúpula diafragmática esquerda (LHC 5º-6º EIC)
· Limite inferior do tórax (T12)
· Plano diafragmático: limita as vísceras superiormente
· Plano subcostal (última costela – L3) 
· Fissura oblíqua: divide o pulmão em uma parte superior e uma inferior – 3º processo espinho e 6 costela LAM
· Fissura horizontal: divide o pulmão em superior e médio (no pulmão direito) – 5ª costela na LHC 
Exame físico do tórax
INSPEÇÃO
· Mãos:
· Hipocratismo digital: sinal importante que indica DPOC e cardiopatias (aumento do ângulo hiponiquial até aproximadamente 180 graus – tecido cutâneo subungueal está proliferando) 
· Cianose periférica: verificar falta de oxigênio 
· Tórax:
· Tórax posterior:examinar sentado
· Tórax anterior: examinar em decúbito dorsal 
· Sempre comparar um lado do tórax com o outro para verificar possíveis alterações observáveis (exame comparativo)
· Paciente acamado se examina em decúbito lateral 
· Forma do tórax:
· Longilíneo: tórax mais alongado – predomínios longitudinais
· Normolíneo: relação 2:1 (o tórax é 2x a largura da lateral)
· Brevilíneo: tórax mais achatado – predomínios horizontais
· Tórax globoso ou em tonel: quando está hiper insuflado o tórax toma a proporção 1:1 e fica mais arredondado (peitoral maior e mais projetado antero-superiormente) – indica enfisema pulmonar
· Tórax em quilha ou peito de pomba: tórax mais projetado anteriormente – pode indicar asma
· Tórax escavado: possui uma depressão no tórax (pectus excavatum) – pode indicar raquitismo
· Tórax em sino: possui a base mais larga e provoca aumento do volume abdominal – pode indicar hepatoesplenomegalia ou ascite 
· Cifoescoliose: coluna curvada para um dos lados; pode causar dificuldade respiratória ou DPOC pela variação ergonômica – indica lesão das vértebras
· Simetria do tórax:
· Verifica-se desvio de coluna, tamanho dos dois lados do tórax, altura dos ombros e escápulas
· Volume do tórax:
· Espaço aéreo – 90% ar 
· Pede-se para pessoa esvaziar e inflar os pulmões para observar a simetria e se a quantidade de ar é igual nos dois lados
· Desvio da traqueia pode causar maior volume de ar em um dos lados
· Atelectasia: perda volumétrica do pulmão (o ar sai e não entra novamente) – o mediastino desvia para o lado da atelectasia
· Consolidação: substitui-se o ar por líquido inflamatório – volume preservado
· Fibrose cicatricial: fibrose pulmonar pode causar menos volume de ar em um dos pulmões – desvio para o lado lesado 
· Derrame pleural e pneumotórax: abalado, mediastino desviado para o lado oposto pelo aumento da pressão intrapulmonar 
· Cifoescoliose: um dos pulmões será comprimido – volume do hemitórax reduzido, mediastino para o lado de compressão maior
· Enfisema: hiperinsuflação pulmonar 
· Tiragem: durante a inspiração, a pressão interpleural torna-se mais negativa e a parte correspondente do pulmão não se expande; a pressão atmosférica ao atuar na parede provoca uma leve depressão – indica obstrução da via respiratória
· Frequência respiratória:
FR normal: 12 a 16 IPM
Taquipneia: >16 IPM
Bradipneia: <12 IPM
· Apneia: sem movimentos respiratórios (parada respiratória)
· Polipneia: aumento do volume/minuto junto com a FR
· Hipopneia: diminuição do volume/minuto junto com a FR
· Ortopneia: dispneia em decúbito (sente falta de ar quando se deita)
· Platipneia: respira melhor em decúbito lateral (direito ou esquerdo)
· Processos restritivos: FR aumentada e volume/minuto
· Expiração forçada <4 segundos – aumenta nas DPOC
· Mediastino:
· Posição central 
· Tipo de respiração:
· Diafragmática: a barriga se projeta anteriormente na inspiração 
· Costal: o tórax se projeta anteriormente na inspiração
· Mista: ambos os tipos 
· Sinais de esforço:
· Tiragem intercostal: indica obstrução das vias respiratórias
· Depressão da fossa supraclavicular e supra-esternal
· Musculatura abdominal: expiração laboriosa
· Arritmia da respiração: assincronia dos movimentos respiratórios
· Respiração acidótica de Kussmaul: causada pela acidose do sangue (para compensá-la); inspiração rápida e profunda, seguida de uma pausa, uma expiração subida, seguida de uma nova pausa (comum em coma diabético)
· Hiperventilação neurogênica central: padrão respiratório rápido (frequência em torno de 25 IPM), regular e profundo (comum em lesões mesoencefálicas)
· Ritmo de Cheyne-Stokes: uma respiração mais leve e uma apneia seguida de uma taquipneia (indica insuficiência cardíaca grave e doença cerebral difusa)
· Ritmo de Biot: antecede a parada respiratória; ritmo totalmente irregular e sem sincronismo; respiração curta e rápida com pausas que duram entre 10 e 30 segundos (comum em meningite)
· Respiração apnêustica: fase inspiratória prolongada seguida por apneia, que pode ser seguida por uma salva inspiratória (comum nas lesões pontinhas)
· Respiração deprimida: padrão superficial, lento e ineficaz (comum em depressão bulbar geralmente por drogas) 
· Alterações de parede:
· Cicatrizes
· Inflamações (drenagem)
· Tumores 
Descrição normal da inspeção
Inspeção estática: tórax de forma atípica, volume atípico, simétrico, ausência de lesões de pele, abaulamentos ou retrações da parede. Ausência de baqueteamento digital e cianose. 
Inspeção dinâmica: presença de movimentos respiratórios, eupneico, ausência de tiragem. Tipo respiratório toracoabdominal. Ritmo regular. Presença de expansibilidade simétrica. Não utiliza músculos acessórios. Amplitude dos movimentos respiratórios atípico. Ausência de batimento de asa de nariz. 
PALPAÇÃO
· Elasticidade: verificar a presença de cartilagem
· Expansibilidade: verificar o quanto o pulmão consegue expandir na inspiração
· Manobra de expansibilidade dos ápices e das bases: 
· Lobos superiores: antero-superior
· Lobo médio e língua: antero-superior e lateral
· Lobos inferiores: postero-lateral 
· Posição do mediastino:
· Palpação da traqueia
· Impulso cardíaco apical
· Palpação na dor torácica: arcos costais e parede torácica
· Verificar se a dor é proveniente da cavidade torácica ou da parede 
· Pesquisa de linfonodos: 
· Verificar se há linfonodos palpáveis no tórax
· Transmissão vocal:
· Transmissão dos sons vocais no tórax
· A transmissão do som é melhor no sólido do que no líquido e gasoso – a vibração é mais forte se houver um sólido nos pulmões do que se ele estiver preenchido por ar
· Quanto menor a frequência da voz (mais grave) mais se sente a vibração
· Frêmito toracovocal: vibração de um corpo num meio elástico na região torácica; o aumento traduz consolidação de uma área pulmonar (como pneumonias e infarto no pulmão) e a diminuição ou desaparecimento caracteriza anormalidade que impede a transmissão de ondas sonoras (como derrame pleural, atelectasia ou pneumotórax)
· Frêmito brônquico: origina-se durante as vibrações causadas por secreções na árvore brônquica em contato com o ar 
· Frêmito pleural: sensação palpatória de vibrações originadas na região pleural 
Descrição normal da palpação
Sensibilidade e mobilidade presentes e normais. Ausência de tumorações, vibrações ou pontos dolorosos. Frêmito toracovocal e expansibilidade normais. 
PERCUSSÃO
· Consiste em produzir vibrações na parede torácica, que se transmite aos órgãos e tecidos subjacentes
· Depende da relação ar/tecido 
· Essa manobra deve ser aplicada digito-digital, sendo que a mão que percute deve ser a mais hábil, e o movimento se faz por flexão e extensão do punho 
· O tórax possui densidades diferentes que geram sons diferentes na percussão
· Ar: 0
· Parte moles: água/1
· Arcabouço ósseo (cálcica): maior densidade
· Som normal: ressonante
· Som nas doenças: som carnes 
· Tipos de sons:
· Som claro pulmonar atimpânico: projeção do pulmão normal
· Hipersonoridade pulmonar: enfisemas
· Submacicez: derrames, pneumonias, neoplasias
· Macicez: derrames, pneumonias, neoplasias
· Timpanismo: caverna tuberculosa
· Sensibilidade de 6cm (a hipertrofia muscular ou obesidade pode diminuir o rendimento da percussão)
· Espaço de Traub: 
· Pontos de percussão:
Descrição normal da percussão
Som claro pulmonar por toda a projeção no tórax. Macicez hepática e cardíaca. Espaço de Traub livre. 
AUSCULTA
· Ausculta direta – Hipócrates: com o próprio ouvido
· Ausculta indireta – Laenec: com o uso de instrumental como o estetoscópio 
· Sons normais produzidos na respiração:
· Som bronquial (sopro laringofaringeo): audível na região dos brônquios de maior calibre na faze anterior do tórax, expiração mais sonora e longa
· Som broncovesicular (regiões apicais) – som intermediário: intensidade da inspiração e da expiração tem a mesma magnitude, ambas mais fortes que o som vesicular
· Som vesicular (todo o pulmão): produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas;inspiração é mais intensa e duradoura; não se percebe intervalo entre as duas fases 
· Ruídos adventícios: qualquer som diferente dos sons normais pulmonares 
· Contínuos: roncos (maior frequência) e sibilos (menor frequência)
· Descontínuos: crepitações (estertores)
· Roncos: sons graves que se originam nas vibrações das paredes brônquicas quando há estreitamento desses ductos 
· Ocorre na asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas 
· Ocorrem tanto na inspiração quanto na expiração (predominante)
· Sibilos: sons agudos que se originam nas paredes bronquiolares 
· Ocorrem na asma e bronquite 
· Monofônicos: obstrução localizada
· Polifônicos: obstrução difusa
· Crepitações (estertores): 
· Finas: sons de maior frequência; ocorrem no final da inspiração; não são audíveis ao nível da boca; tendem a se modificar conforme a mudança de posição
· Grossas: sons de menor frequência; ocorrem mais precoces na inspiração; podem ser audíveis ao nível da boca; tendem a se modificar com a tosse
· Podem ser inspiratórios ou expiratórios e serem classificados de acordo com o momento em que ocorrem (proto, meso, tele e holo) 
· Pontos de ausculta pulmonar: 
· Respiração produz turbulência do ar que diminui à medida que se aproxima das vias aéreas inferiores em direção aos alvéolos 
· Traqueia: fluxo turbulento
· Brônquios: fluxo transicional
· Bronquíolos: fluxo laminar
· Alvéolos: fluxo difusional 
· Perda do filtro acústico: ausculta do pulmão possui som similar ao da traqueia (som bronquial deslocado – sopro tubário)
· Consolidação: sopro tubário
· Cavitação: sopro cavernoso
· Ausculta da voz:
· Em condições normais, a ressonância vocal constitui-se de sons incompreensíveis, mas quando está consolidada a transmissão é facilitada e as palavras ficam nítidas
· Ressonância vocal: sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica
· Broncofonia: aumento da ressonância vocal 
· Pectoriloquia fônica: quando se ouve com nitidez a voz falada
· Pectoriloquia afônica: quando se ouve com nitidez a voz sussurrada 
· Egofonia: broncofonia nasalada e metálica; surge na parte superior dos derrames pleurais e condensação pulmonar
Descrição do exame físico das doenças pulmonares
	inspeção
	Palpação
	percussão
	ausculta
	diagnóstico
	
	FTV
	EXPANSIBILIDADE
	
	Aumento do diâmetro antero-posterior
	Diminuído simetricamente
	Diminuída simetricamente
	Hipersonoridade
	Diminuição simétrica do murmúrio vesicular
	Enfisema pulmonar
	Explicação: por causa da destruição dos alvéolos, os pulmões ficam insuflados (maior presença de ar na cavidade torácica, que aumenta o diâmetro antero-posterior, diminui a transmissão vocal e a expansibilidade e causa a Hipersonoridade)
	Dispneia e tiragem
	Aumentado assimetricamente
	Diminuída assimetricamente
	Macicez
	Crepitação
	Pneumonia
	Explicação: na pneumonia os alvéolos ficam cheios de secreção, por isso resulta em maior esforço respiratório 
	Tiragem
	Ausente
	Diminuída
	Timpanismo
	Murmúrio vesicular abolido
	Pneumotórax
	Explicação: o espaço interpleural preenchido por ar diminui a transmissão do frêmito toracovocal, diminui a expansibilidade, causa o timpanismo e causa o murmúrio vesicular abolido 
	Dispneia
	Ausente
	Diminuída
	Macicez
	Murmúrio vesicular abolido
	Derrame pleural 
	Explicação: memo com o espaço interpleural preenchido por líquido, o frêmito toracovocal é ausente pois ele isola a transmissão do som, assim como causa o som maciço pelo preenchimento
	Aumento da frequência respiratória
	Normal
	Diminuída
	Normal
	Sibilo
	Asma
	Explicação: na asma ocorre o aumento da frequência respiratória para compensar a falta de ar causada pela obstrução das vias aéreas; essa obstrução também é o que causa o sibilo no final da expiração 
	Aumento da frequência respiratória
	Normal
	Diminuída
	Normal
	Sibilo
	Aspiração de corpo estranho
	Explicação: a aspiração de corpo estranho revela sintomas parecidos com o das asma por também causar a obstrução das vias aéreas, e normalmente esses sintomas se manifestam no lobo inferior direito pois a traqueia é levemente inclinada para a direita

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