Buscar

Manejo e Formação de Pastagens

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCENTE: JOSUÉ DE SOUSA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
Paulistana PI 
Julho de 2021
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 2 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
 
Sumário: 
 
Parte 1 
1. Escolha da forrageira..............................................................................................3 
2. Preparo do solo...................................................................................................... 4 
3. Correção e adubação............................................................................................. 5 
4. Plantio ou semeadura.............................................................................................6 
 
Parte 2 
1. Manejo de pastagem............................................................................................. 7 
2. Importância.......................................................................................................... 8 
3. Sistema de pastejo................................................................................................ 8 
4. Estacionalidade de Produção de Forrageiras........................................................ 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 3 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
PARTE 1. 
 
1. ESCOLHA DA FORRAGEIRA 
Para a escolha de uma forrageira, uma série de fatores devem ser levados em 
consideração. É importante saber o objetivo da pastagem, para qual animal se destina, 
que categoria animal, forma de multiplicação da espécie, facilidade de pegamento ou 
germinação, resistência à seca, geada, pragas, doenças, pastejo e corte. 
Existe uma tendência atual em formar pastagens para gado de corte com 
brachiarão (Brachiaria brizantha) grande parte do Brasil e com tanzânia e tobiatã 
(Panicum maximum) em regi- ões mais quentes. Para gado de leite, a tendência é formar 
pastagens com napier (Pennisetum purpureum), bem como com Panicum, a exemplo do 
que ocorre com gado de corte. Porém, isto não quer dizer que não estejam sendo formadas 
pastagens com outras espécies, tais como Brachiarias, Andropogon e Cynodon. Com 
relação a leguminosas, a utilização destas forrageiras em consórcio não tem tido a 
eficiência prevista na teoria e a utilização opcional, na forma de banco de proteína, carece 
de maiores estudos. No que se refere ao pastejo, alguns estudos vêm sendo feitos com a 
cultura de alfafa (Medicago sativa) para gado de leite e com estilosantes (Stylosanthes 
guianensis) para gado de corte. 
Plantas de hábito de crescimento cespitoso (formam touceiras) são menos 
resistentes à desfolha do que plantas de crescimento estolonífero (formam gramado), 
principalmente em função da facilidade de eliminação do ponto de crescimento por ação 
do pastejo. Desta forma, quando está previsto o uso do pastejo contínuo, as plantas 
cespitosas se adaptam menos do que as estoloníferas, pois necessitam de manejo mais 
criterioso. De maneira geral, as forrageiras que usamos para formar pastagens nas regiões 
tropicais são de qualidade inferior às que são utilizadas em regiões clima temperado. No 
entanto, para a produção de leite, têm sido relacionados resultados satisfatórios em 
pastagens de gramíneas tropicais, encontrando-se dados de produção de até 8.700 
kg/ha/ano. Evidentemente, a produção vai depender do manejo do rebanho e da pastagem, 
além do uso de suplementação, que só é necessária para produção acima de 8-9 kg de 
leite por vaca/dia. 
Os trabalhos de melhoramento de forrageiras têm sido direcionados para a 
obtenção de plantas que tenham período de produção mais amplo, ou seja, tolerância ao 
frio e fotoperíodo curto. Porém, em função da diminuição do potencial de produção fora 
de estação de crescimento, em qualquer programa de uso de forrageiras em pastejo, é 
prudente a previsão de áreas para produção de forragem para conservar. Estudos 
permitem concluir que, com o uso intensivo das pastagens tropicais, aproveitando ao 
máximo seu potencial de produção, é possível passar a taxa de lotação de 0,5 UA/ha para 
6-7 UA/ha e consegue-se liberar cerca de 60% da área para produção de forragem 
conservada e aumento no número de animais na propriedade em cerca de 100%. A escolha 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 4 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
de uma forrageira também é influenciada pela sua qualidade e, nesse particular, deve-se 
levar em consideração o consumo e a digestibildade. Porém, forrageiras tropicais têm, em 
média, digestibilidade inferior a 65% - 70%, sendo que o ideal seria que a forragem 
tivesse valores acima desses observados nas forrageiras tropicais. É importante lembrar 
que não se resolve o problema de produção animal somente pela escolha da espécie 
forrageira. É fundamental, independente da espécie, empregar as técnicas de manejo 
correto 
 
2. PREPARO DO SOLO 
 
Já foi o tempo em que as áreas improdutivas para cultivo de cereais passavam a 
compor as áreas disponíveis para a utilização na forma de pastagem. Felizmente, hoje, ao 
escolhermos uma área para pastagem, leva-se em consideração a estrutura da propriedade, 
condições climáticas, disponibilidade de terras para outros usos. 
Programa-se também, além da localização da pastagem, a localização das outras 
áreas de cultivo necessárias ao desenvolvimento de agropecuária. 9 Uma vez definida a 
área para uso, o preparo do solo deve ser o mais indicado, evitando-se a formação de 
camada excessivamente fofa, pelo uso inadequado de máquinas e equipamentos. Porém, 
o inverso também é danoso, ou seja, a presença de partículas grosseiras (torrões) pode 
prejudicar o contato de semente com o solo ou a emergência de gemas das forrageiras. A 
profundidade de preparo tem importância e deve ser adotada conforme o tipo de solo. 
Alguns solos tropicais são rasos e com subsolo ácido, dependendo de preparação mais 
superficial. As práticas de correções e conservação de solo devem estar previstas e afetam 
a tomada de decisão sobre a profundidade do preparo. De maneira simplificada, podemos 
generalizar que, em terrenos de matas, faz-se a derrubada, retirada de madeira e lenha, 
queimam-se os restos e faz-se a semeadura a lanço. Em cerrados, faz-se o arranquio das 
árvores por meio de correntões, retira-se a lenha para carvão, queimam-se ou enleiram-se 
os restos e parte-se para preparo convencional do solo, ou seja, aração e gradagem. 
 Em solos cultivados, parte-se direto para o preparo convencional do solo, aração e 
gradagem, conforme a necessidade, em função da presença de invasoras. Tem aumentado, 
em nosso país, a prática da semeadura direta para a produção de grãos. Em pastagens, a 
experiência a este respeito ainda é pequena, mas, em nosso entender, seria 10 uma boa 
forma para introduzir uma forrageira em área já explorada com uma espécie que não está 
correspondendo em termos de rendimento e qualidade. Como sugestão de manejo para 
plantio direto de forrageiras, pode-se rebaixar as plantas existentes (herbicida ou pastejo 
intenso) e semear a espécie a ser introduzida por processo mecânico e com adubação 
adequada, colocada junto com a semente no sulco. Para esta prática, é necessário que o 
solo não esteja degrado e compactado. Existe uma idéia de que as forrageiras devam ser 
semeadas na superfície do solo, o que é válido para jaraguá (Hyparrhenia rufa), braquiaria 
spp, colonião (Panicum maximum),gordura (Melinis minutiflora). Por outro lado, 
sementes médias têm pouco efeito da profundidade, variando até cinco centímetros e 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 5 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
plantas que têm sementes grandes, germinam melhor em profundidades maiores. 
Exemplo: lab-lab (Macrotiloma lablab). No caso de preparo de solo para plantas que se 
reproduzem por mudas, como é o caso do capim-elefante, deve-se prever a colocação da 
muda a 15 centímetros de profundidade, o que facilita o enraizamento das gemas e não 
significa que este sulco deva ser todo cheio com terra. A cobertura da muda é feita com 
pouca terra, de três a cinco centímetros. 
 
3. CORREÇÃO E ADUBAÇÃO 
 
As ações para corrigir e adequar a fertilidade do solo para a formação da pastagem 
são de fundamental importância para se garantir um bom estabelecimento, o que tem 
reflexo sobre o stand inicial e a longevidade da cultura. A correção do solo assume papel 
muito importante quando vai cultivar-se leguminosa, principalmente quando entende-se 
que o calcário pode ser fonte de cálcio e magnésio. No caso de gramíneas, embora estas 
sejam menos exigentes em calagem, o pH baixo pode limitar o aproveitamento dos 
elementos cedidos pelos fertilizantes. Na maioria dos solos de cerrado, é necessária a 
adição de calcário, tendo como indicador de quantidades a análise de solo e a exigência 
da cultura que vai ser implantada. Com relação à resposta ao calcário de acordo com a 
variedade, observa-se que, mesmo entre gramíneas, ocorrem respostas diferenciadas. 
 Os fosfatos naturais foram recomendados para a correção dos solos e está 
recomendação tinha suporte no fato de que o fósforo presente nesses compostos, seria 
liberado gradativamente. Hoje embora esta premissa seja verdadeira, muitas vezes o 
custo, principalmente do transporte, torna esta prática antieconômica. 
 Caso não haja limitação de custo, pode-se usar 2/3 do fósforo necessário, na 
forma de fosfato natural. Ao nos preocuparmos com a adubação de pastagem, com a 
finalidade de ceder N, P e K, devemos ter consciência que os resultados estão na 
dependência das interações entre estes elementos, em função de teores no solo, exigências 
da planta e manejo da pastagem, tornando difícil a abordagem dos efeitos destes 
elementos isoladamente. 
Contudo, faremos algumas considerações que julgamos importantes. O fósforo é 
comumente deficiente para o desenvolvimento das plantas na maioria dos solos 
brasileiros onde a sua aplicação promove aumento da produção e perfilhamento das 
gramíneas. Comumente, considera-se solo com baixo teor de fósforo aquele 13 que tem 
menos de 5,4 mg/dm 3 deste elemento, teor bom tem o solo que apresenta acima de 8 
mg/dm 3. O potássio é muito importante nas diversas funções orgânicas da planta, 
podendo, sua deficiência, provocar baixos teores de proteína verdadeira no vegetal. 
 A adubação potássica se faz necessária com muito mais intensidade em áreas com 
forrageiras destinadas ao corte. 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 6 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
 No pastejo ocorre reposição (desuniforme e insuficiente) por meio de fezes e 
urina dos animais. Solos com teores de K até 16 mg/dm 3 são considerados de baixo teor 
e, acima de 71 mg/dm 3, são considerados de bom teor. A adubação com potássio em 
excesso pode provocar consumo de luxo na planta ou lixiviação. 
 
4. PLANTIO OU SEMEADURA 
 A época de plantio é variável, indo do início do período chuvoso até o seu final 
o que em grande parte do país, estendesse de outubro a março. A implantação da cultura 
no início do período chuvoso frequentemente leva à possibilidade de utilização (pastejo 
e corte) no mesmo ano agrícola. Plantios tardios, salvo em casos do uso de irrigação e 
dependendo da espécie, só resultará em produção utilizável no decorrer do próximo 
período chuvoso. As forrageiras que multiplicam-se por mudas levam a um maior gasto 
na implantação o que, muitas vezes, limita o seu emprego (capim-elefante, estrela 
africana, coastcross, tifton, hemarthria, quicuio). 
Porém, com o avanço do emprego de sistemas tecnificados na exploração 
agropecuária, o plantio de capim elefante para pastejo foi bastante intensificado, 
principalmente para vacas leiteiras, destacando o sistema de pastejo rotacionado. Hoje 
em dia, cresce o uso de Panicum (mombaça, tanzânia) para uso em pastejo rotacionado, 
principalmente em função da multiplicação por sementes. As forrageiras coastcross e 
tifton podem ser consideradas de dupla aptidão, plantando-se para a produção de feno e 
para pastejo. Tanto os capins do grupo Panicum, como o tifton e o coastcross são 
forrageiras já consagradas pelo rendimento e qualidade, com bons resultados 
experimentais em propriedades agrícolas no país. 
Das forrageiras que produzem semente, a de maior procura nos últimos anos tem 
sido o brachiarão (B. brizantha), com possibilidade de uso na criação de gado de leite ou 
corte. Vale lembrar que esta espécie é mais exigente que as demais Brachiarias e, assim, 
necessita de maiores cuidados com a fertilidade do solo e manejo da forrageira. 
Tanto para o plantio de forrageiras, como para a semeadura, as modalidades a 
lanço, sulco ou cova, podem ser empregadas. Tudo vai depender de uma série de fatores 
que deverão ser analisados caso a caso, levando-se em consideração o nível técnico da 
propriedade, recursos 24 técnicos da propriedade, recursos disponíveis, topografia, 
disponibilidade de mudas ou sementes e época de implantação. 
A taxa de semeadura ou densidade de mudas é um fator que também está na 
dependência de muitos outros, tais como: disponibilidade de mudas ou sementes, 
qualidade, sistema de implantação (lanço, sulco ou cova). De maneira geral, estima-se 
que, para forrageiras tropicais, de 10 e 20 plantas/m 2 seja uma boa densidade. 
Com relação ao gasto de muda, estima-se que 1ha de muda de capim-elefante, 
proporcione a formação de outros 10 ha. A mesma proporção poderia ser adotada para 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 7 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
forrageiras de haste fina, ou seja 1:10. Porém, a qualidade da muda e o 
espaçamento/densidade vão afetar estes valores. 
PARTE 2. 
 
1. MANEJO DE PASTAGEM 
O manejo de pastagens trata dos cuidados que devem ser observados na formação, 
recuperação e utilização de pastagens. Por serem o principal componente da alimentação 
dos bovinos, a oferta e o valor nutritivo do pasto afetam diretamente a produtividade do 
rebanho, e o manejo adequado destas pode prolongar sua vida produtiva, reduzindo os 
custos de reforma ou recuperação. 
É sabido, que à medida que aumenta a quantidade de forragem disponível, há 
tendência de diminuição de qualidade. O que se deve buscar é o ponto adequado para 
obter-se o máximo rendimento, com a melhor qualidade possível, o que corresponde a 
estar empregando uma pressão de pastejo compatível com a capacidade de suporte da 
pastagem 
 
 
Diretrizes relacionadas com o manejo de pastagens 
• O manejo adequado dos pastos, além de garantir a qualidade e a oferta regular, 
permite, ainda, prolongar a sua vida produtiva, reduzindo os custos de produção. Para 
que isso ocorra, é necessário observar alguns pontos: 
• Adequar a taxa de lotação à capacidade de suporte, tanto no pastejo contínuo como 
no rotacionado, para garantir produções adequadas, evitar o aparecimento de ervas 
daninhas e o desenvolvimento de erosão superficial do solo. 
• Adotar o orçamento forrageiro, que consiste em um planejamento estratégico que visa 
a assegurar a utilização adequada dos pastos e a manutenção de condições favoráveis 
à sua produtividade e ao desempenhoanimal. 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 8 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
• Não utilizar a queima como prática de manejo de pastagens, pois, além de 
comprometer a qualidade do ar, essa prática reduz a fertilidade do solo e favorece o 
aparecimento de erosão. 
• A queima controlada somente poderá ser realizada quando autorizada pelo órgão 
ambiental competente. 
• Efetuar a reposição periódica de nutrientes, de acordo com as análises do solo. 
• Controlar, quando necessário, as plantas invasoras. 
• Utilizar equipamentos de proteção individual e capacitar os funcionários para o uso 
correto destes, seguindo as recomendações do fabricante e legislação em vigor, 
quando da utilização de defensivos agrícolas. 
2. IMPORTÂNCIA 
Para atender às demandas nutricionais das diversas categorias animais durante todo o ano, 
o pasto deve possuir um equilíbrio entre quantidade e valor nutritivo suficiente. Portanto, 
na formação de uma pastagem, a escolha de espécies de forrageiras adaptadas ao tipo de 
exploração, solo e clima da região é o primeiro fator a ser considerado. 
 
3. SISTEMA DE PASTEJO 
Para explorar pastagens, existem basicamente dois sistemas de pastejo: o 
contínuo, em que os animais permanecem o tempo todo na área e o rotacionado, onde, à 
medida que a forragem disponível é “eliminada”, os animais são transferidos de área, para 
que a forragem se reestruture (descanso). Existem ainda variações e adaptações destes 
sistemas, porém, visam a situações muitas vezes momentâneas (diferimentos, alternância 
e suplementação a pasto, etc). 
 Sistema contínuo - Durante muitos anos este foi o único sistema empregado, 
porém, com o avanço do nível tecnológico, o sistema contínuo, da forma que vinha sendo 
utilizado, ou seja, com baixa carga animal/área, foi tornando-se ineficiente. A princípio, 
é um sistema que adapta-se melhor à exploração de gado de corte e é composto por 
forrageiras estoloníferas ou postadas, que cobrem bem o solo (Ex: Brachiarias). No 
entanto, ultimamente, para bovino de corte já se tem adotado o sistema rotacionado ou 
melhorias do sistema contínuo. No sistema de pastejo contínuo, a manutenção das 
condições ideais de pressão de pastejo se dá pela inclusão ou retirada de animais (animal 
controle) da pastagem. Isso pode gerar necessidade de descarte em momento inoportuno 
(animal magro ou matriz). 
Algumas medidas melhoraram a eficiência do sistema contínuo tradicional, tais 
como: a consorciação, a adubação e limpeza de pastagem e a suplementação dos animais 
no período crítico de produção de forragem. 
 
 
 
 
MANEJO E FORMAÇAO DE PASTAGEM 9 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
Sistema rotacionado - Este sistema tem permitido aumento de rendimento da 
propriedade, mas, muitas vezes, é mais em função do emprego de recursos técnicos do 
que pelo efeito isolado de adoção do sistema. O agricultor, ao passar da exploração de 
bovino em sistema contínuo para o rotacionado, cultiva forrageira mais produtiva, corrige 
o solo, faz adubação, condiciona aguadas e utiliza animais melhores. Resta a dúvida de 
que, se ele fizesse estas melhorias na pastagem em exploração contínua, os resultados 
positivos não seriam alcançados em mesmo grau. 
No sistema rotacionado, prevê-se algumas diretrizes iniciais: 
1. Período de ocupação - 1 a 7 dias (piquete com animais); 
2. Período de descanso - 20 a 45 dias; (piquete sem animais); 
3. Área disponível por ua (unidade animal) por dia de permanência no piquete 30-
150 m 2; 
4. Separação de animais por categoria (animais em produção, novilhas, matrizes, 
vacas secas, etc.); 
5. Divisão da pastagem em piquetes, conforme plano de uso adotado e com 
infraestrutura de cercas corredores e aguadas; 
6. Não é dispensável a previsão de recursos forrageiros para períodos críticos de 
produção de forragem; 
7. Reposição periódica de nutrientes retirados no pastejo; 
8. Implantação de forrageira de alta produção com correção adequada do solo. 
A adoção de um ou outro esquema de divisão de pastagem está na dependência de 
muitos fatores e deve ser analisado caso a caso. Um número muito grande de divisões 
pode onerar o processo e um número muito pequeno não permite obter os benefícios de 
divisões com relação aos efeitos na fisiologia de planta 
Do nosso ponto de vista, a adoção de período de uso de três dias e descanso de 
trinta dias nos parece um esquema favorável à implantação do sistema rotacionado, para 
respeitar a fisiologia da forrageira, mantendo-se o valor nutritivo e rendimento 
4. ESTACIONALIDADE DE PRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS 
Embora sempre que uma forrageira nova surge no mercado, os comerciantes de 
mudas ou sementes insistam em afirmar que a novidade é resistente à seca, ao frio, ao 
pisoteio, ao pastejo, ao fogo e às pragas e doenças, na prática isto não tem ocorrido. 
Temos, sim, forrageiras mais tolerantes à seca ou a algum outro fator desses 
mencionados, o que, por si, não é suficiente para atingir o equilíbrio entre a 
disponibilidade e a demanda por forragem no decorrer do ano. Em função da realidade da 
baixa produção de inverno seco, a produção de forragem para armazenamento é 
fundamental e, para tal, destacam-se os processos de ensilagem e de fenação.

Continue navegando