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O HANDEBOL COM PARA Aluno: Conrado Paiva Brun Universidade de Brasília Faculdade de Educação Física Disciplina: Metodologia do Handebol Professor: Odiel Aranha Cavalcante O INSTRUMENTO NA EDUCAÇÃO FÍSICA A PROMOÇÃO DA CIDADANIA acci Matrícula: 00/13161 Brasília, 1 de agosto de 2002 2 “Uma proposta pedagógica não pode estar nem aquém nem além do nível desenvolvimento da criança. Uma boa proposta, que facilite esse desenvolvimento, é aquela em que a criança vacile diante das dificuldades, mas se sinta motivada, com seus recursos atuais, a supera-las, garantindo as estruturas necessárias para níveis mais elevados do conhecimento” Freire (1989) 3 Sumário 1. O que significa Handebol 4 2. Histórico do Handebol 4 3. A história do Handebol no Brasil 6 4. Introdução e uma breve explanação 7 5. Educando para a Convivência 7 6. Trabalhando com a Cidadania 8 7. Um processo contínuo 9 8. O Handebol como conteúdo 9 9. Sobre o profissional de Educação Física 10 10. Conclusão 11 11. Bibliografia 12 4 Universidade de Brasília Faculdade de Educação Física Disciplina: Metodologia do Handebol Professor: Odiel Aranha Cavalcante Aluno: Conrado Paiva Brunacci Matrícula: 00/13161 1- O QUE SIGNIFICA HANDEBOL (Do inglês handball) É um esporte de equipe (sete jogadores) em que se joga a bola especialmente com as mãos, sendo proibido salvo ao goleiro, chuta-la. 2- HISTÓRICO DO HANDEBOL O handebol é um esporte que combina basquetebol com o futebol. Joga-se numa quadra, com as mãos e atira-se uma bola especial contra o gol, protegido por um goleiro, como no futebol. Jogou-se handebol pela primeira vez em 1.895. Em 29 de outubro de 1917, surgiu o aperfeiçoamento do Handebol durante a 1º guerra mundial. O professor alemão da Escola Normal de Educação Física de Berlim Karl Schelenz, com a colaboração de dois patrícios, Max Heiser e Erich Konig trabalharam na formação do Handebol como esporte competitivo. No sentido de obter uma divulgação maior, enviou este trabalho, juntamente com as regras especiais do Handebol de campo, a países como: Estados Unidos, Irlanda, Itália, Suíça, França, etc. Em 1927 crio-se a federação Internacional do Handebol Amador. A primeira partida internacional foi em 1.935, entre Suécia e Dinamarca. O inicio como todo esporte, teve suas características especiais. Jogava-se com 11 jogadores por equipe e regras iguais ás do futebol ao ar livre. E foi assim que o handebol foi admirado nos jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, pois os alemães são tidos como os inventores do handebol de campo e conseguiram incluí-lo na competição que promoveram, conquistando o título. O curioso é que o handebol só voltou aos jogos Olímpicos em 1972, na mesma Alemanha, mas em recinto fechado, com 7jogadores de cada lado. Só em 1976 é que o handebol feminino do foi admitido nos jogos e não saiu do calendário Olímpico. 5 Foi assim que surgiu este esporte competitivo, que anteriormente mais jogado pelo sexo feminino. Agora, já seria praticado também pelo sexo masculino, o que aumentaria ainda mais o espírito de competição. É por essa razão que chamamos Karl Schelenz, o pai do Handebol, já que foi ele quem adaptou o Torball para o Handebol, forçando assim, a popularização do jogo em toda a Europa. Este trabalho foi favorecido pelo fato de ter sido ele, professor da Faculdade de Educação Física de Berlim, onde havia muitos alunos estrangeiros, que levaram para seus respectivos países os conhecimentos ali obtidos. O professor Schelenz fez palestras sobre a nova modalidade em vários países europeus, entre 1920 e 1930. O handebol que descrevemos não deve ser confundido com um jogo mais antigo, do mesmo nome, que constituiu uma variante da pelota basta e no qual se joga a bola contra uma parede (ou paredes) de tal forma que, no ricochete, o adversário não consiga devolvê-la. Handebol de Campo Por sua vez, existia na Tchecoslováquia desde 1892 um jogo praticado num campo de 45x30m e com 7 jogadores que também era jogado com as mãos e o gol era feito em balizas de 3x2m. Este jogo, o "Hazena", segundo os livros, foi regulamentado pelo Professor Kristof Antonin, porém, somente em 1921 suas regras foram publicadas e divulgadas por toda a Europa. Mas, foi o Handebol jogado no campo de futebol, que chamamos de "Handebol de Campo", que teve maior popularização, tanto que foi incluído nos Jogos Olímpicos realizados em Berlim em 1936. Com o grande crescimento do futebol com quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades do rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o Handebol de Campo foi paulatinamente sendo substituído pelo Hazena que passou a ser o "Handebol a 7", chamado de "Handebol de Salão", que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos Jogos Olímpicos realizados em Munique -Alemanha, o Handebol (não mais era necessário o complemento "de salão") foi incluído na categoria masculina, reafirmou-se em Montreal - Canadá em 1976 (masculino e feminino) e não mais parou de crescer 6 3- A HISTÓRIA DO HANDEBOL NO BRASIL Apesar de muitas pessoas no Brasil ainda não conhecem o Handebol, este já tem vasta matéria a seu respeito, depois de sua introdução. Têm-se notícia de que o Handebol tenha chegado ao Brasil após 1930, introduzido pelas colônias européias, fugitivas, e que procuraram os estados do Sul do país, principalmente São Paulo, estados pioneiro e maior centro de desenvolvimento do esporte. Além de São Paulo, hoje vários estados possuem federações com um grande número de clubes filiados, promovendo competições a nível estadual e internacional. O Handebol, porém, só se tornou conhecido depois de incluído no Jogos Estudantis e Universitários (JEBs e JUBs). As primeiras experiências internacionais do Brasil foram: participou do terceiro Campeonato Mundial, na Alemanha (1958), da terceira Copa Latina de Esperanças (1970, em Lisboa), da quinta Copa Latina (Romênia, 1973), da sexta Copa Latina (Itália, 1974) e também das Eliminatórias para o Mundial de 1974, disputado na Argentina, juntamente com o país patrocinador mais Estados Unidos e Canadá. Em 1970, Niterói, sob o patrocínio da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), foi realizado o 1º Campeonato Juvenil Brasileiro, masculino e feminino, contando com a participação de oito estados. Em 1972, face ao impulso gerado por eventos internacionais e pela introdução do Handebol nos JEBs e JUBs, sua prática já se estendia por todo o Brasil. Filiado à CBD, o Handebol, agora modalidade olímpica, tem atividade intensa em todos os estados brasileiros. A Confederação Brasileira de Handebol foi fundada em 1º de junho de 1979, e instalada na cidade de São Paulo. Hoje sua sede encontra-se em Aracaju. Por suas qualidades excepcionais sob os pontos de vista formativo, educacional e esportivo, o Handebol é apreciado por ambos os sexos, isso porque desenvolve, simultaneamente, resistência, habilidade, coordenação, velocidade, força e coragem. Além de oferecer várias qualidades que lhe são específicas, reúne as três fases atléticas naturais: correr, saltar e arremessar. 7 4- INTRODUÇÃO E UMA BREVE EXPLANAÇÃO Quando pensamos em Educação Física, quase ao mesmo tempo pensamos em jogos, exercícios físicos, competições... Mas, o processo de ensino e aprendizagem nessa área não se restringe só ao simples exercício de certas habilidades e destrezas. Deixando para trás os preconceitos e conceitos errôneos que foram agregados ao conceito da Educação Física, passemos a analisar os benefícios que podem ser conseguidos através de uma metodologia satisfatória ao se trabalhar com o handebol. No handebol os aspectos lúdicos de descontração e de “libertação” centram toda a experiência na pessoa e na possibilidade de construção em conjunto. Há oportunidade de aprender a cooperar, relacionar-se com o outro através da empatia e da alteridade, exercitar a tolerância e a capacidade de conviver com as diferenças. E preciso colocar a competência esportiva a serviço da competência humana. Baseado neste ponto devista, é valido buscar a construção da educação para a Cidadania, onde os nossos alunos discutam sua realidade e partam para sua reconstrução constante, utilizando o handebol como ponto partida para futuras discussões. O handebol não pode ser ensinado de forma fragmentada, pois existe uma riqueza muito grande de situações no jogo que deve ser constantemente analisadas, enriquecendo o conhecimento dos alunos. A simples repetição gestual já não significa mais garantia de aprendizagem para o educando e a Educação Física. O trabalho dos profissionais que irão trabalhar com o handebol, é de entender que as questões relativas somente aos gestos puramente técnicos devem ser esquecidas e que é a busca pela compreensão do seu valor como expressão corporal, onde aspectos cognitivos, afetivos, expressivos e sociais é que têm relevante importância. 5- EDUCANDO PARA A CONVIVÊNCIA Meninos e meninas aprendem juntos? O que se aprende nessa convivência? Existem diferentes níveis de habilidades presentes no mesmo grupo. É preciso trabalhar as diferenças para incluir todos. Deve-se discutir como, através de práticas coletivas, podendo-se determinar as relações de inclusão e exclusão do indivíduo no grupo. Além disso a função do professor como mediador da aprendizagem é essencial já que, na escola, quem deve determinar o caráter de cada dinâmica coletiva, a fim de viabilizar a inclusão de todos os alunos, é o próprio professor. 8 Cada professor, a partir de sua prática, poderá certamente contribuir com muitos outros questionamentos. • Por que, como e para que adaptar regras, espaços e materiais? • Quais as expectativas de aprendizagem que estão por trás da proposta curricular? • Quais aspectos devem ser considerados na motivação durante a aprendizagem? • Como propiciar a diversidade de conteúdos incluindo, além dos jogos e esportes, a ginástica, as danças e as lutas? • Meninos e meninas aprendendo juntos? O que se aprende nessa convivência? • Existem diferentes níveis de habilidade presentes no mesmo grupo. Como trabalhar com as diferenças para incluir todos? • É possível incentivar a participação dos alunos no gerenciamento das atividades, proporcionando diferentes grupos de trabalho? • Qual a função do professor como mediador da aprendizagem? • Como incluir e o que pode e deve ser incluído a partir da participação dos alunos nas propostas das aulas? • Como podemos trabalhar com as diferentes habilidades dentro de um grupo? • Como resolver os conflitos nas relações de forma democrática, repudiando a violência? 6- TRABALHANDO COM A CIDADANIA O que trabalhar e como trabalhar Cidadania, envolvendo Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e no âmbito da Educação Física deve ser fator de importância relevante neste processo. Através das práticas corporais, particularmente nas situações que envolvem interação social, permite-se criar situações em que o caráter ético do indivíduo se explicita por meio de suas atitudes. Sendo, portanto, uma prática de auto-conhecimento e de convivência. • Que trabalhar e como trabalhar Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Cidadania? • O que se entende por conteúdo oculto e por que explicitá-lo? 9 7- UM PROCESSO CONTÍNUO A importância da continuidade no ensino da Educação Física é uma verdade, desde a Educação Infantil até as séries finais do Ensino Fundamental. Geralmente observamos, nos dois primeiros ciclos da escolarização, uma ênfase nas atividades lúdicas, considerando a inadequação de uma especialização técnica precoce e seus efeitos. Ou, então, por entender que a técnica nos jogos e brincadeiras é muito precária, prioriza-se o trabalho com exercícios de habilidades e fundamentos esportivos, tendo em vista uma preparação para a aprendizagem esportiva nos ciclos posteriores. Nesses dois casos, o lúdico acaba sendo visto como ausência de técnica. • Como trabalhar sem rupturas o processo de ensino e aprendizagem? • Qual é o significado que adquire a cultura corporal ao longo dos anos de escolarização? • Qual é o papel do aluno na aprendizagem, na transformação e no aprofundamento dos conteúdos? • Por que, como e para que adaptar regras, espaços e materiais? • Quais as expectativas de aprendizagem que estão por trás da proposta curricular? • Quais aspectos devem ser considerados na motivação durante a aprendizagem? • Como propiciar a diversidade de conteúdos incluindo, além dos jogos e esportes, a ginástica, as danças e as lutas? 8- O HANDEBOL COMO CONTEÚDO O Handebol faz parte do cotidiano de todos nós e, muitas vezes, fica restrito apenas aos momentos de jogo livre ou treinamento fora do horário, não aparecendo no planejamento do professor. Deve-se sempre indagar quais são as possibilidades de ampliação das aprendizagens através do Handebol, além do fato de se poder explora esta modalidade como uma porta para se discutir a mídia na escola. • Quais as possibilidades de ampliação das aprendizagens através do Handebol? • O Handebol pode ser uma porta para discutir a mídia na escola? • Como discutir o Handebol e a cultura, traçando junto com os alunos diferenças entre o contexto profissional e o escolar? • É possível trabalhar a Educação Física como projeto, utilizando o Handebol e a mídia, alavancando a aprendizagem de conteúdos de outras disciplinas? 10 9- SOBRE O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA A humanização da atividade física deve ser uma das preocupações do professor que pretende ter sucesso ao ministrar uma aula de handebol. Agindo de maneira crítica e reflexiva, que demonstrando o domínio do esporte para que, eticamente exerça papel de agente de desenvolvimento social na formação integral de crianças, adolescentes e jovens, contribuindo, assim, com intervenções que promovam na sociedade a educação para a saúde. Assim, a adoção de uma postura ética e de cidadania é indispensável. Tendo como alguns de seus objetivo: • Debater alternativas para o ensino da Educação Física que efetivamente promovam a inclusão do aluno na construção de um conhecimento que o permita compreender e transformar a realidade e trabalhar sua cidadania. • Debater questões específicas do ensino da área, tais como adaptações de regras e espaços, a motivação durante a aprendizagem, meninos e meninas aprendendo juntos, a diversidade de conteúdos, incluindo, além dos jogos e esportes, a ginástica, as danças e as lutas, etc. • Refletir sobre a Educação Física, se utilizando do handebol como meio, enquanto uma forma de perceber e compreender o mundo, que tem uma linguagem e uma estética próprias, e possibilitar a análise crítica dos valores sociais, como os padrões de beleza e saúde, desempenho, competição exacerbada, que se tornaram dominantes na sociedade, e do seu papel como instrumento de exclusão e discriminação social. • Explicitar que a perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem, seja do handebol ou de outra atividade esportiva, busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos. 11 10- CONCLUSÃO Quais são as tarefas que um profissional de Educação Física possui para obter sucesso na associação entre a prática do Handebol e a Cidadania: • Utilizar o Handebol como “MEIO” para se chegar ao “FIM” , a CIDADANIA. • Criar alternativas para combater a marginalidade infanto-juvenil através do handebol utilizando alunos das escolas públicas municipais para que cada vez mais crianças tenham acesso ao esporte como atividade rotineira. • Criar meios de manter as crianças matriculadas e assistindo aulas nas escolas públicas municipais, assim elevando o nível de educação em nosso país. • Desenvolver o senso de cidadania, utilizando o esporte e particularmente o handebol como exemplo dos direitos e deveres do cidadão. • Democratizar as oportunidades da prática esportiva estudantil aos alunos matriculados nas escolas. • Despertar no aluno o gosto, o valor e o hábito pela contínua, sistemática e organizada práticade atividades esportivas. • Desenvolver os fundamentos básicos de forma lúdica à iniciação desportiva nos núcleos inicias e núcleos de aperfeiçoamento a prática do handebol. 12 11- BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Cadernos da TV Escola. Convívio escolar. Técnicas didáticas. Educação Física. Brasília. MEC/SEF, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1a a 4a séries. Brasília. MEC/SEF, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 5a a 8a séries. Brasília. MEC/SEF, 1998. Candau, Vera Maria (org.). Magistério: Construção Cotidiana. 4a edição. Petrópolis, Ed. Vozes, 2001. Castro, Amélia Domingues de; Carvalho, Ana Maria Pessoa de (org.). Ensinar a ensinar. Didática para a Escola Fundamental e Média. São Paulo, Pioneira Thomson Learning, 2001. Site eletrônicos pesquisados: http://www.futuro.usp.br http:/ /www.eduk.com.br http://www.brasilhandebol.com.br
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