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COVID-19

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1 
Equipamentos usados no tratamento da 
covid-19
 Cateter Nasal: 
O cateter nasal é utilizado para 
administrar oxigênio de baixo fluxo (1 a 
5 lpm) em pacientes adultos e 
pediátricos. Sua utilização é simples e 
permite que o paciente mantenha suas 
atividades diárias, como falar e comer, 
sem dificuldades. 
 
É a primeira opção para quem chega ao 
hospital com falta de ar leve ou 
moderada. “Consiste em um sistema de 
pequenos tubos ligados a uma fonte de 
oxigênio com duas aberturas que são 
adaptadas às narinas da pessoa”, Como 
o cilindro de oxigênio é acoplado 
diretamente ao equipamento, o próprio 
pulmão que faz o trabalho de puxar o ar 
para dentro. O modelo mais comum é o 
do “tipo óculos”, devido à forma como é 
colocado nas orelhas. 
 Máscaras faciais: 
A máscara de oxigênio deve ser utilizada 
junto com o concentrador 
de oxigênio durante a oxigenoterapia – 
tratamento que tem como objetivo 
aumentar ou manter a saturação de O2 
acima de 90%, que é a quantidade 
considerada saudável. 
 
Aqui, os pulmões seguem tendo de 
trabalhar para puxar o ar. Contudo, as 
máscaras faciais — parecidas com 
aquelas de inaladores domésticos — 
aumentam o fluxo de oxigênio. São uma 
opção para quando o cateter nasal não 
dá conta do recado. Elas podem ser 
acopladas diretamente a um cilindro de 
oxigênio por um cabo fino, ou do tipo 
Venturi. “Esse último modelo possui um 
sistema de válvulas que garante o 
controle mais apurado da fração do gás 
fornecido, evitando os efeitos nocivos”, 
acrescenta o especialista. Essa opção 
rebuscada é ideal para aqueles 
indivíduos que estão passando pelo 
desmame de O2. Eles vêm melhorando, 
mas ainda não podem abdicar do 
suporte de equipamentos. Há uma 
terceira alternativa, chamada de 
máscara não reinalante. Ela possui uma 
bolsa na frente, onde fica armazenado o 
oxigênio que vem do cilindro. Ao 
contrário das outras, essa estrutura 
impede o internado de inalar o gás 
carbônico que ele mesmo expirou. 
 
2 
 
 Cateter nasal de alto fluxo: 
É, digamos, uma versão 2.0 do cateter 
nasal, que fornece ainda mais oxigênio 
através de dutos com um diâmetro 
maior ligados ao nariz. Essa tecnologia 
permite administrar uma mistura de ar 
aquecido e umidificado com diferentes 
níveis de concentração de O2. Além do 
fluxo elevado, há uma maior 
comodidade e aceitação”, conta López. 
Tanto esse dispositivo como os 
próximos que citaremos são 
empregados quando a Covid-19 é mais 
grave e provocou danos para além dos 
pulmões. 
 
 Ventilação não invasiva: 
Aqui começamos a falar de respiradores 
mecânicos. Esses equipamentos geram 
uma pressão que joga o oxigênio dos 
cilindros para dentro dos pulmões. 
Entretanto, na ventilação não invasiva, 
os médicos não fazem a chamada 
intubação. “Usamos distintas interfaces, 
como as próprias máscaras nasais e 
faciais ou os capacetes, conhecidos 
como helmets. Os tais helmets lembram 
um capacete de astronauta com cabos 
acoplados ao respirador. O paciente 
basicamente o coloca na cabeça, sem 
necessidade de tubos no nariz ou 
máscaras. A técnica faz com que o 
oxigênio chegue rapidamente aos 
pulmões. E, na hora de comer, a pessoa 
só precisa abrir uma espécie de portinha 
na frente. É uma vantagem em 
comparação com as máscaras. 
 Ventilação mecânica 
invasiva: 
O respirador é similar ao do tópico 
anterior. A diferença é que, nessa 
situação, os médicos intubam o doente. 
Um tubo é inserido pela boca e vai até a 
altura da traqueia. A ideia é jogar o 
oxigênio o mais diretamente possível 
aos pulmões, para facilitar o seu 
trabalho. É, claro, um recurso para os 
casos críticos. Para não causar 
desconforto, essa operação é feita com 
o indivíduo sedado. E assim ele 
permanece até que seja extubado. A 
ventilação mecânica é uma técnica que 
exige conhecimentos complexos”, 
comenta López. Daí porque se fala tanto 
da necessidade de intensivistas que 
saibam lidar com esses quadros mais 
severos para aumentar as chances de 
recuperação. López explica que o 
método pode ser bastante 
personalizado, de acordo com 
características individuais e a gravidade 
da doença. “Mas, em alguns casos, nem 
esses ajustes são suficientes. Aí 
utilizamos outros recursos, como a 
posição prona, na qual o paciente é 
colocado de bruços, aumentando a área 
ventilável do pulmão”, conclui. 
 
3 
 Oxigenação de membrana 
extracorpórea (ECMO): 
Uma alternativa disponível em alguns 
hospitais do Brasil caso o intubamento 
não esteja surtindo efeito é a 
oxigenação por membrana 
extracorpórea. O cirurgião 
cardiovascular Diego Gaia, responsável 
pelo time de ECMO institucional do 
Hospital Santa Catarina, conta que o 
equipamento visa oxigenar o sangue por 
uma via alternativa, externa, que não 
dependa de pulmões bastante abalados. 
Funciona assim: o indivíduo é conectado 
a uma máquina com dois tubos. Um 
entra com uma agulha pela virilha, que 
puxa o sangue sem oxigênio para fora do 
corpo. “O líquido então passa pela 
bomba, que é o que chamamos de 
membrana extracorpórea, onde é feita a 
troca dos gases. Ela remove o CO2 e 
injeta O2”, informa Gaia. Depois, o 
sangue volta para o corpo por outro 
duto, que é conectado ao pescoço. 
“Assim, mesmo que o pulmão não esteja 
funcionando direito, a máquina 
consegue oxigenar o organismo”, 
arremata o cirurgião. A ECMO pode 
ajudar bastante, porém a lista de 
contraindicações não é pequena. Só 
uma avaliação detalhada é capaz de 
verificar quando ela vale mesmo a pena. 
Apesar da eficiência alta, o acesso ainda 
é limitado. Além de estar disponível 
basicamente na rede privada e em 
alguns hospitais universitários, a técnica 
demanda uma equipe multidisciplinar 
especializada.

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