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Fisiopatologia da Lactação

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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO
LACTAÇÃO
Produção de leite, ocorre nas glândulas mamárias, que na maioria das espécies se localiza na região inguinal (fêmeas e machos). Está em quantidade diferenciada dependendo da espécie. Pode mudar sua posição (sendo também mais abdominal ou torácica) dependendo da espécie. Estão sempre em números pares.
Glândula mamária com formação pré-natal, quando se tem formação do órgão. O desenvolvimento maior ocorre no pós-nascimento, principalmente para promover/possibilitar a lactação.
Do nascimento até a puberdade se tem o chamado crescimento isométrico, onde o crescimento da glândula mamária é proporcional ao desenvolvimento corporal.
Já quando a fêmea chega próximo à puberdade ou está prenhe, se observa crescimento alométrico, onde há desenvolvimento maior/mais acelerado da glândula mamária em relação ao desenvolvimento corporal, o que ocorre principalmente por estimulação hormonal (estrógeno, progesterona, GH hormônio do crescimento, somatotropinas).
Crescimento maior da glândula na prenhez, principalmente no final da prenhez, devido a prolactina, lactogenio placentário, hormônio córtex adrenal. Preparando a glândula para se tornar produtiva.
Do início até o pico de lactação há aumento/crescimento da glândula. 
Quando a lactação começa a parar a produção de leite (naturalmente ou de maneira forçada), se observa involução/redução do tamanho do órgão.
Vacas leiteiras geneticamente selecionadas para produção leiteira, para cada litro de leite que produzem precisam que ocorra a passagem de 500 litros de sangue pela glândula mamária, pois é através dessa passagem sanguínea que se consegue retirar os nutrientes/componentes para a produção do leite.
Exemplo: Vaca que produz 60 litros de leite por dia, precisa de 30.000 litros de sangue passando pela glândula mamária.
· Hormônios envolvidos
Hormônios reprodutivos: Estrógeno, progesterona, lactogênio placentário, prolactina, ocitocina.
Hormônios metabólicos: GH (hormônio de crescimento), corticosteroides, hormônios da tireóide, insulina, hormônios gastrointestinais (principalmente CCK), IGF (fator semelhante à insulina).
Hormônios produzidos localmente (pela própria gl. mamária): GH, prolactina, hormônio peptídico relacionado à paratireoide (PTHrp), leptina.
· Fases da lactação
· Mamogênese:
Se observa o desenvolvimento da glândula mamária.
Para que ocorra o desenvolvimento, depende do estrógeno que vai estimular a morfogênese do ducto (formação dos ductos alveolares). Receptores para estrógeno vão aumentar durante a gestação por conta da prolactina. 
A formação dos alvéolos ocorre na gestação.
A progesterona vai estimular o desenvolvimento alveolar.
GH e prolactina são necessários para a ação dos esteroides ovarianos, principalmente estrógeno e progesterona. O GH atua estimulando a formação dos ductos alveolares.
A prolactina vai possibilitar/favorecer a formação dos alvéolos.
Em resumo, nesta fase tem a formação/preparação da estrutura.
· Lactogênese:
Início da secreção de leite. Produção do colostro.
Início da secreção láctea começa quando se observa início da diminuição da progesterona peri-parto. A queda de progesterona estimula a secreção leiteira.
A presença de prolactina também é observada nesse final de gestação, estimulando maior expressão do gene de caseína e outras proteínas. Induz a síntese de alfa-lactalbumina, lactose e gordura do leite (componentes do leite). Durante a gestação, mesmo tendo secreção de prolactina, não exerce seu efeito devido aos altos níveis de estrógeno (E2) e progesterona (P4).
A progesterona se liga aos receptores de glicocorticoides da glândula mamária, e no pré parto quando se tem redução de progesterona se terá início da secreção de leite. Após esse início (start), a progesterona perde a capacidade de inibição de secreção láctea.
Resumindo, a lactogênese é decorrente da queda de progesterona (observado no pré parto) e aumento da sensibilidade à prolactina.
· Galactopoese:
Manutenção da produção leiteira.
A amamentação estimula a galactopoese, pois toda vez que a cria se alimenta ou quando a fêmea é ordenhada, ocorre diminuição da pressão intramamária (diminuição da pressão dentro dos alvéolos), o que estimula a secreção de outros hormônios – prolactina, ocitocina, ACTH. Esses hormônios provocarão o aumento da produção leiteira.
A insulina aumenta o metabolismo da glândula mamária, aumentando a captação de aminoácidos e ácidos graxos. Com isso se terá aumento dos níveis de gordura e proteína dentro da glândula mamária, favorecendo maior produção leiteira.
Então toda vez que ocorre a mamada: Estimulação do hipotálamo – hipófise libera prolactina e ocitocina – prolactina estimula produção de leite, ocitocina estimula liberação do leite (por meio da contração das células mioepiteliais dos alvéolos, relaxamento do esfíncter e liberação do leite para cisterna da glândula, posteriormente para o meio externo).
A ejeção do leite depende da ocitocina, que é sintetizada no hipotálamo e armazenada na hipófise. Todo estímulo de palpação, amamentação, bezerro, baldes, alimentação, ordenhador acaba promovendo liberação de ocitocina. Vacas que entram na sala de pré-ordenha já começam eliminar o leite.
Quando se tem qualquer fator estressante, atrapalha a fêmea durante o processo de amamentação/ejeção do leite, pois há liberação de adrenalina, que inibe secreção de ocitocina, promove vasoconstrição periférica, reação de estresse e fuga pelo animal. Bloqueia união da ocitocina com receptor mamário. Retenção do leite. Toda vez que for ordenhar fêmea, fazer isso em ambiente muito tranquilo.
Quando há ordenha e consequente estimulação do teto, quanto maior o número de estímulos (cria, número de ordenhas) maior a liberação de ocitocina, maior liberação de leite, maior contração alveolar, maior diminuição de pressão intra alveolar, maior estimulação de produção leiteira. Ou seja, quanto mais leite é retirado, mais ela produz.
Se a retirada de leite diminui (seja por diminuição de mamada ou pouco número de ordenhas) não haverá redução da pressão intra alveolar e isso é entendido como não necessidade de manter a produção de leite, havendo queda na produção.
Quanto maior o número de ordenhas ou mamadas, maior a produção leiteira, pois haverá aumento de receptores de prolactina nas células epiteliais com aumento da secreção de ocitocina.
· Involução:
Regressão da glândula mamária. Redução da produção láctea. 
A medida que a cria cresce, reduz a frequência de mamadas. A fêmea entra em redução da produção leiteira, juntamente com a involução da glândula mamária.
Porque ocorre a involução: principalmente pela apoptose das células epiteliais dos alvéolos. Isso ocorre mediante a queda de prolactina, GH e IGF1.
Outros fatores que aceleram a apoptose: Nutrição, estresse oxidativo imposto pela alimentação (excesso de produção de radicais livres que promovem a morte celular), hormônios reprodutivos (estradiol ou progesterona, que inibem secreção de prolactina), redução da frequência da ordenha ou mamada.
· Demais informações
Animais primíparas (fêmea na sua primeira lactação/gestação) tem maior persistência de lactação por causa de menor apoptose por serem células que acabaram de ser criadas/desenvolvidas. Persistência – inclinação da queda de produção leiteira, a queda não é tão acentuada.
Vacas com maior produção leiteira ou que tem pico de lactação maior acabam tendo queda da produção leiteira de forma mais lenta do que as fêmeas que tem menor produção e pico de lactação muito próximo ao parto, com a produção leiteira caindo mais rápido.
Persistência da lactação (queda na produção): É influenciada principalmente pela presença do hormônio de crescimento (GH), quanto mais GH se tem menor será a queda da produção láctea, consequentemente maior será a persistência. GH mobiliza as reservas corporais para que se consiga manter a produção leiteira.
Período seco: Período de descanso entre uma gestação e outra. É necessário que a fêmea pare de produzir leite em um tempo prévio à próxima parição. A fêmea nessa fase nãoestá ingerindo grande quantidade de alimentos (terço final de gestação = espaço estomacal reduzido, espaço abdominal ocupado pela cria), embora esteja ganhando peso pelo desenvolvimento do feto (fase em que tem maior desenvolvimento). A fêmea tem que parar de produzir leite para que todos os nutrientes que ela ingira sejam direcionados para o desenvolvimento fetal (priorização do desenvolvimento da cria) e não mais para a produção leiteira. Nesse período seco também haverá a involução/regressão e nova mamogênese/criação de tecido alveolar. Com isso o tecido alveolar da glândula mamária se renovará.
A medida que aumenta o número de partos, se tem maior produção leiteira, pois no primeiro parto se tem formação de ductos, tecido alveolar e produção leiteira. Havendo a involução posteriormente, irá involuir principalmente o tecido alveolar e haverá pouca redução de ductos. Quando vai para segunda gestação, a maior parte da estrutura da glândula mamária já está formada, e quando haver nova mamogênese não se parte do zero, já se terá certa quantidade pronta, tendo nessa segunda gestação maior quantidade de ductos e alvéolos, consequentemente a capacidade produtiva da fêmea vai aumentar.
Se não fazer o período seco (não havendo involução da glândula mamária entre uma gestação e outra), não terá renovação do tecido alveolar, consequentemente o aumento da produção láctea da segunda gestação será menor.

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