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FARMACOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 2 (16-03-2021)

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Fármacos de primeira escolha: diuréticos e inibidores da 
ECA 
 
Caso clínico 
H.F.R, 35 anos, sexo masculino, procurou atendimento 
médico com queixa de dispneia e edema de membros 
inferiores. Relata que nos últimos 6 meses, a dispneia que 
era aos esforços moderados rapidamente progrediu até 
estar presente no repouso. Anamnese e exames 
complementares levaram ao diagnóstico de insuficiência 
cardíaca congestiva (ICC) de etiologia a ser esclarecida. 
Foram prescritos 80mg de furosemida, 0,125mg de 
digoxina, 50mg de losartana, 25mg de espironolactona, 
50mg de hidroclorotiazida e 300mg de ranitidina diários, 
além de metoprolol (150mg/dia). Em relação aos 
tratamentos prescritos, responda a questão a seguir: 
Quais dos fármacos acima são da classe dos diuréticos? 
Explique seus respectivos mecanismos de ação. 
 
 
 
 
Fármacos que aumentam o volume urinário 
 
Qual a função dos diuréticos? 
Inibir os transportadores renais de íons e diminuir a 
reabsorção de sódio em diferentes partes do néfron, o 
que levará ao aumento dos íons na urina - Na+/K+/Cl- e 
aumento de água para manter o equilíbrio osmótico. 
 
Função dos diuréticos 
o Diminui volemia 
o Diminui reabsorção de água (diurese) 
o Diminui reabsorção de sódio (natriurese) 
 
 
 
 
 
 
 
Isso ocorre pela ação direta sobre as células do néfron e 
indiretamente, por modificação do conteúdo do filtrado. 
 
A maioria dos diuréticos com ação direta sobre as células 
do néfron atua a partir do interior do lúmen tubular e 
chega aos locais de ação pelo fato de serem secretados 
para o túbulo proximal – com exceção da espirolactona 
 
Os principais diuréticos terapeuticamente úteis 
atuam sobre 
o O ramo ascendente da alça de Henle 
o O início do túbulo distal 
o Os túbulos e ductos coletores 
 
 
 
 
 
 
Isabelle Maia Teixeira 
Sistema cardiovascular II 
 
 
 
 
Importantes: diuréticos de alça – alça de Henle; 
diuréticos tiazídicos – túbulo contorcido distal 
 
Diuréticos tiazídicos 
 
 
 
o São menos potentes do que os diuréticos de alça 
 
Mecanismo de ação: inibição do cotransportador 
sódio/cloro, diminuindo assim a absorção transcelular de 
NaCl neste seguimento. Causa natriuerese com perda de 
íons sódio e cloreto na urina. 
A contração do volume sanguíneo decorrente estimula 
a secreção de renina, levando à formação de 
angiotensina e a secreção de aldosterona. 
 
Vantagens: redução de fraturas, osteoporose, 
osteopenia visto que não há perda de cálcio. 
 
 
 
Os diuréticos tiazídicos estão associados à redução da 
calciúria, redução/manutenção dos níveis de 
paratormônio e aumento de densidade óssea. 
 
Usos clínicos 
o Hipertensão 
- Tem ação vasodilatadora e quando usados no 
tratamento de hipertensão, a queda inicial da pressão 
arterial decorre da diminuição do volume sanguíneo 
causada pela diurese, mas a vasodilatação contribui 
para a fase tardia. 
o Edema (ICC, hepatopatias, doença renal, 
glicocorticoides) 
 
Os tiazídicos e fármacos relacionados são eficazes VO. 
Todos são eliminados na urina, principalmente, por 
secreção tubular 
 
Efeitos adversos 
o Hipocalemia (reduz muito potássio), hiponatremia 
(reduz muito sódio), hipercalcemia (retém muito 
cálcio) – Realizar tratamento de hipercalcemia após 
reposição do volume plasmático usando solução 
intravenosa de NaCl 
o Fadiga, cansaço 
o Aumenta LDL, colesterol, triglicérides 
 
Caso clínico 
Jovem,19 anos, no pronto atendimento de um hospital 
relata história de febre e dor de garganta há 12 dias. Há 
dois dias começou a apresentar inchaço nos tornozelos. 
Ao exame clínico nota-se aumento das tonsilas palatinas 
com presença de pontos de pus nas mesmas, edema 
nos tornozelos e sopro cardíaco. Solicitado 
ecocardiograma que mostrou alteração de função da 
valva atrioventricular esquerda. Para este paciente foi 
prescrito antibiótico, furosemida e cloreto de potássio. 
Com base no caso responda: 
Porque a furosemida e cloreto de potássio foram 
prescritos como tratamento para este paciente? A 
furosemida inibe os cotransportadores e por isso, foi 
indicada com intuito de diminuição do edema e o cloreto 
de potássio foi prescrito pra prevenção de hipocalemia. 
 
Diuréticos de alça 
 
o São os mais potentes 
o Atua no bloqueio do cotransportador de sódio, 
potássio e cloro na membrana luminal 
o São absorvidos do TGI e geralmente administrados 
via oral. Também pode ser administrado IV em 
situações de urgência ou quando a absorção 
intestinal estiver comprometida. 
o A fração de diurético não eliminada na urina é 
metabolizada, sobretudo no fígado – a bumetanida 
pelas vias do citocromo P450 e a furosemida pela 
formação de glicuronídio. 
 
 
 
Cada porção do néfron tem uma porcentagem de 
reabsorção, alça de Henle tem uma porcentagem de 
25% de reabsorção. 
Ducto contorcido distal: tem uma reabsorção fisiológica 
de 5% e os fármacos tiazídicos bloqueiam essa região. 
Alça ascendente: é responsável por 25% da reabsorção 
do filtrado glomerular. Ao dar a furosemida, bloqueia toda 
a alça e deixa de reabsorver 25%, reabsorvendo só 75%. 
 
 
Usos clínicos 
o ICC, edema pulmonar agudo 
o Hipertensão 
o Edema, ascite (IRC, hepática) 
o Hipercalcemia 
A administração intravenosa de furosemida a pacientes 
com edema pulmonar causado por IC provoca efeito 
vasodilatador terapeuticamente útil, independente do 
início da diurese. 
 
Efeitos adversos 
o Desequilíbio hidroeletrolítico 
o Alcalose metabólica (diminuição de H+) 
o Arritmia cardíaca (diminuição de potássio, cálcio e 
magnésio) 
 
Diuréticos poupadores de potássio 
 
 
 
1. Inibidores de Canais de Na+ em nível distal 
2. Inibidores dos receptores de aldosterona 
 
 
 
Usos clínicos: 
o Hipertensão associado a outros diuréticos 
o Hiperaldosteronismo 
o Aumenta a sobrevida no ICC (evita remodelamento 
que ocorre como compensação no IC progressiva) 
o Efeitos antiandrogênicos: tratar hirsutismo e 
síndrome do ovário policístico. 
 
Podem prevenir a hipopotassemia quando combinadas a 
diuréticos de alça ou tiazídicos 
 
Espironolactona e Eplerenona – antagonistas dos 
receptores de aldosterona (Competem com a 
aldosterona por seus receptores intracelulares, inibindo a 
retenção de Na+ e a secreção de K+ em nível distal.) 
 
Efeitos adversos 
o Distúrbios gástricos 
o Azotemia (ureia, creatinina e ácido úrico) 
o Diminuição da libido (efeitos antiandrogênicos 
inespecíficos) 
o Ginecomastia em homem e irregularidades 
menstruais em mulheres 
o Hipercalemia 
o Letargia e confusão mental 
 
 
 
o Têm eficácia apenas limitada como diuréticos, 
porque também atuam no néfron distal, onde ocorre 
apenas pequena fração de reabsorção de Na+. 
Atuam sobre os túbulos coletores e ductos 
coletores, inibindo a reabsorção de Na+ por bloqueio 
dos canais de sódio luminais, diminuindo, assim, 
indiretamente a eliminação de K+ 
o Podem ser administrados juntamente com diuréticos 
de alça ou tiazídicos, com a finalidade de manter o 
balanço de potássio. 
 
Usos clínicos 
o Hipertensão associado a outros diuréticos 
o Diminui edema e ascite na ICC 
 
Efeitos adversos 
o Hipercalemia 
o Cãibras nas pernas 
o Tontura, fadiga, cefaleia. 
o Distúrbios gástricos (diarreia, náusea) 
 
Também chamados de diuréticos inibidores dos canais 
de sódio do epitélio renal 
 
Ação anti-hipertensiva dos diuréticos 
o Efeitos natriuréticos, com diminuição do volume 
extracelular. 
o Redução da resistência vascular periférica (RVP) - o 
volume circulante praticamente se normaliza, após 
quatro a seis semanas de uso do fármaco. 
o A administração intravenosa de furosemida a 
pacientes com edema pulmonar causado por ICC 
aguda provoca um efeito vasodilatador 
terapeuticamente útil antes do início do efeito 
diurético. 
 
Uso clínico dos diuréticos 
o Deve-se dar preferência aos DIU tiazídicos ou 
similares (clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida) 
em doses baixas, pois são mais suaves e com maior 
tempo de ação; 
o Reservar os DIU de alça (furosemida e bumetanida) 
aos casos de insuficiênciarenal e situações de edema 
(IC ou insuficiência renal). 
o Os poupadores de potássio (espironolactona e 
amilorida) são habitualmente utilizados em associação 
com os tiazídicos ou DIU de alça. 
 
 
 
Mecanismo de ação: Fármacos que atuam sobre o 
musculo liso vascular e/ou sobre o endotélio vascular – 
diminuir tônus vascular. 
 
Nitroprussiato de Sódio - NPS 
 
o Nitrato - Doador direto de NO 
o Diminui pré-carga e pós carga 
 
Uso clínico 
o Emergências hipertensivas 
o Angina 
o Insuficiência Cardíaca 
- Secundária ao Infarto Agudo do Miocárdio 
 
Efeitos adversos 
o Hipotensão, taquicardia reflexa, rash cutâneo 
o Tontura, cefaleia 
o NPS cianeto tiocianato (convulsão e acidose lática) 
o Insuficiência renal ou hepática intoxicação 
o Metemoglobinemia (oxidação da Hb pelo NO) 
 
Não associar com sildenafil (nenhum nitrato) 
Adm prolongada do fármaco ou insuficiência renal pode 
ocorrer toxicidade por cianeto. 
 
Nitratos Orgânicos 
Dinitrato de isossorbida, nitroglicerina 
 
o Maior atividade em vasos de capacitância 
 
Uso clínico 
o Angina estável 
o Angina instável 
o IAM 
o HAS 
o IC aguda e crônica 
 
Efeitos colaterais 
o Hipotensão Ortostática 
o Taquicardia Reflexa 
o Cefaléia 
o Tolerância (Taquifilaxia) 
Não associar com sildenafil (nenhum nitrato) 
 
 
 
Inibidores de PDE - fosfodiesterase 
Milrinona e Amrinona 
 
o Seletivas para isoformas PDE3 de presentes no MLV 
e coração 
o Reduz pré-carga e pós carga 
 
Indicação: ICC severa 
Tratamento iv de curto prazo 
 
Efeito adverso: 
o Hipotensão 
o Trombocitopenia (uso prolongado - Anrinona) 
 
NÃO ASSOCIAR COM NITRATOS 
 
Sildenafil 
 
Altamente seletivo para a PDE5 presente no ML do 
corpo cavernoso 
 
Efeito adverso: 
• Tontura 
• Distúrbios visuais 
• Ondas de calor, rubor 
• Congestão nasal 
• Náusea, dispepsia 
 
NÃO ASSOCIAR COM NITRATOS 
 
Ativadores de canais de K+ 
Minoxidil, Cromakalim, Nicorandil 
 
o Principalmente reduz pós-carga 
o Tratamento da hipertensão refratária a outros 
agentes anti-hipertensivos 
 
Efeitos adversos 
o Cefaleia 
o Edema (associar com diuréticos) 
o Taquicardia reflexa (associar com beta-bloqueadores 
ou IECA) 
o Hirsutismo 
 
 
 
 
 
 
 
Os canais de cálcio sensíveis à voltagem (canais de tipo 
L ou lentos) medeiam a entrada do cálcio extracelular 
nas células musculares (miócitos) dos músculos liso e 
cardíaco, bem como nas células do nodo sinatrial e do 
nodo atrioventricular, em resposta a despolarização 
elétrica. 
 
Mecanismo de ação: bloqueiam a entrada de cálcio 
por se ligarem à subunidade α1 dos canais de cálcio do 
tipo L no coração e nos músculos lisos dos vasos 
arteriolares coronarianos e periféricos. 
 
o Reduzem a excitabilidade do coração e a frequência 
o Promovem relaxamento da musculatura lisa arterial e 
redução da resistência vascular periférica. 
 
 
 
 
 
 
o Diidropiridinas: nifedipina (curta), anlodipina (longa) 
o Não-diidropiridinas: verapamil e diltiazem 
 
Usos Clínicos: 
o Verapamil e Diltiazem: angina, HAS, taquicardia 
supraventricular paroxística, fibrilação atrial 
o Diidropiridinas: HAS, doença arterial coronariana, 
angina 
 
Efeitos Adversos 
Dihidropiridinas - Nifedipina 
o Hipotensão – Tontura – Cefaléia – Rubor – Náuseas 
o Taquicardia Reflexa 
o Constipação – Edema periférico – Edema pulmonar 
– Tosse 
 
Verapamil - Ditilazem 
o Hipotensão 
o Bradicardia Sinusal 
o Depressão Cardíaca – falência cardíaca 
o Bloqueio de condução no nodo átrio-ventricular 
 
Contraindicação 
o Bradicardia sinusal –BAV 
o Falência cardíaca

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