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Resumo de Bioquímica - Aula 4 - enzimas

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Resumo de Bioquímica
Aula 4) Enzimas Clínicas
· Enzimas Clínicas/ Enzimas Médicas: enzimas pedidas pelos médicos em exames para a realização de diagnósticos e acompanhamento de tratamentos.
· Todas elas são produzidas em um ou alguns órgãos (ex.: amilase salivar na boca e amilase pancreática no pâncreas).
· Causas do aumento dos níveis de enzimas no sangue:
· Lesão nas células o conteúdo delas extravasa para a corrente sanguínea, fazendo com que haja uma maior quantidade de enzimas no sangue (casos mais comuns, doenças de menor gravidade).
Essas lesões podem ocorrem por vírus, bactérias, agressões etc. Os exames de indivíduos nessa situação apresentarão valores alterados. 
· Multiplicação excessiva de células em casos de multiplicações celulares causadas por neoplasia – câncer –, mais células produzirão as enzimas, culminando numa maior liberação destas na corrente sanguínea.
· Demora certo tempo para que o nível das enzimas no sangue aumente, portanto, é necessário perguntar quanto tempo faz que o paciente vem apresentando os sintomas. 
· Amilase
· Enzima que atua na catálise do amido e do glicogênio.
· Enzima secretada pelo pâncreas, sensível no diagnóstico de pancreatite aguda.
· Eleva-se 12h após o início da pancreatite e persiste por 3 a 4 dias.
· Valores 3 vezes acima do nível normal são considerados significativos.
· Ingestão de álcool e o tipo de alimentação interferem muito na vida do doente. 
· Sensível, também, no diagnóstico de caxumba, úlcera péptica perfurada e obstrução intestinal.
· Caxumba: inflamação. Há a compressão da glândula, que passará a produzir mais amilase salivar. 
· Valores de referência: 20 a 105 U/L.
· Aproximadamente de 1 a 2% da população apresenta hiperamilasemia, que é assintomática.
Esta condição é denominada macroamilasemia, resulta da ligação da amilase com imunoglobulinas IgG e IgA ou outras proteínas plasmáticas de elevada massa molecular que não são filtradas pelo glomérulo. Neste caso não ocorre amilasuria aumentada (não há presença de amilase na urina).
· Em algumas pessoas, as amilases se ligam a proteínas e formam grandes estruturas. A isto denomina-se macroamilasemia.
Essas estruturas não serão filtradas, ou seja, não serão eliminadas pela urina, acarretando numa alta taxa de amilase – hiperamilasemia.
A hiperamilasemia será detectada no exame de sangue, pois, como as estruturas formadas não são liberadas pela urina, elas permanecem circulando na corrente sanguínea.
Cabe destacar que, nesses casos, se o indivíduo realizar um exame de urina, não aparecerá amilase.
A macroamilasemia acontece raramente e é assintomática.
· A administração de morfina e outros opiatos promovem níveis elevados de amilasemia. Estas drogas provocam a constrição do esfíncter de Oddi e ductos prancreáticos, com a consequente elevação da pressão intraductal, provocando a regurgitação da amilase no soro. 
· Existe a amilase salivar e a amilase pancreática
· A amilase pancreática é encontrada em maior quantidade no corpo.
· Amilase dosada no sangue é tanto a salivar quanto pancreática: as nossas células estão constantemente sendo renovadas e, quando viram produtos do metabolismo, são eliminadas pela urina. Porém, para isso, precisam antes passar pelo sangue.
· Lipase
· Enzima que catalisa a hidrólise dos ésteres de glicerol de ácidos graxos de cadeia longa (triglicerídeos). As ligações Ester, nos átomos de carbono 1 e 3, são rompidas, produzindo 2 moles de ácidos graxos de cadeia longa por mol de triglicerídeo hidrolisado.
· A lípase é útil no diagnóstico da pancreatite, sendo o pâncreas seu principal órgão secretor.
· Também é encontrada na mucosa gástrica, células intestinais e tecido adiposo.
· A dosagem da atividade da lipase sérica é um teste mais específico do que a dosagem de amilase no diagnóstico da pancreatite aguda, pois na dosagem de amilase, também consta a amilase salivar, enquanto a lipase é somente pancreática.
· A lipase aumenta de 2 a 12h após o inicio do quadro. Os valores voltam ao normal de 10 a 14 dias. Com isso, se houver passado mais de quatro dias desde o início dos sintomas até o paciente procurar o médico, a amilase (3 a 4 dias) não mais será encontrada em níveis alterados no sangue, mas a lipase pancreática sim. Contudo, a amilase é um exame mais barato. 
· Valores voltando ao normal em períodos maiores auxiliam o médico em casos que a dosagem apenas de amilase não funcionaria, como por exemplo, quando uma pessoa apresenta sintomas, faz uma automedicação e só algum tempo depois, em razão das dores não cessarem, vai ao médico.
· Na pancreatite crônica, a lipase sérica apresenta aumentos de valor, mas nos estágios finais da doença ocorre destruição do tecido glandular funcionante, provocando redução da quantidade de enzima que entra na circulação.
· Fosfatase Alcalina
· É uma enzima relativamente inespecífica, que catalisa a hidrólise do grupo fosfato terminal de vários fosfomonoesteres.
· Encontrada em reações que ocorrem em meio alcalino.
· A fosfatase alcalina é encontrada em vários tecidos como fígado (canalículos biliares canais que levam à saída do fígado), ossos e placenta.
· O fígado é composto por hepatócitos, mas não são essas células que possuem a fosfatase alcalina, e sim os canalículos biliares.
· Os níveis de fosfatase alcalina são de grande significado na investigação das desordens hepatobiliar e óssea.
· Nas enfermidades hepatobiliares, as elevações são encontradas principalmente na obstrução extra-hepática (cálculo ou câncer de cabeça de pâncreas).
· Sintoma mais marcante: dor abdominal.
· Estes aumentos são devido ao incremento na síntese da enzima, induzida pela colestase (processo de obstrução).
· Os principais locais desta síntese são os hepatócitos adjacentes aos canalículos biliares. 
· Dor abdominal com aumento significativo de fosfatase alcalina pode significar problema nos canalículos biliares. Quando, além da fosfatase alcalina, eleva-se também a gama GT, fala-se de cálculos biliares. 
· As desordens hepatocelulares, como a hepatite e a cirrose, mostram pequeno aumento.
· O aumento não está relacionado aos canalículos e sim aos hepatócitos.
· A hiperfosfatasemia é encontrada, também, em várias enfermidades ósseas, especialmente naquelas com osteólise.
· Discretos aumentos se verificam na osteomalácia (como se fosse o raquitismo do adulto), raquitismo, hiperparatireoidismo, fraturas e crescimento ósseo.
· Raquitismo e osteomalácia são doenças relacionadas à vitamina D.
· Valores muito aumentados são encontrados no câncer osteogênico.
· Por isso é um dos exames de escolha para diagnóstico de câncer ósseo (valores 15 a 20 vezes maiores).
· Pequenos aumentos são observados no 3º/4º mês de gravidez , mas depois normaliza, não é nada patogênico.
· Gama Glutamiltransferase (Gama GT ou GGT)
· Catalisa a transferência do grupo gama glutamil de peptídeos para outros peptídeos.
· É encontrada, predominantemente, no fígado e nos rins.
· A GGT se localiza na membrana das células.
· No fígado, a GGT se localiza nos canalículos das células hepáticas e nas células epiteliais que revestem os ductos biliares. Deste modo, eleva-se em todas as formas de desordem hepatobiliar.
· Maiores aumentos ocorrem na obstrução biliar pós-hepática.
· É mais sensível que a fosfatase alcalina na icterícia obstrutiva.
· Em pacientes com hepatite viral e fígado gorduroso ocorre aumento moderado. 
· No fígado, a GGT está presente em grande quantidade no reticulo endoplasmático liso e é, por tanto, suscetível à indução de drogas como a fenitoína e o fenobarbital sobre as estruturas microssomais.
· Os níveis de GGT atingem até 4 vezes o valor normal com o uso destas drogas.
· Devido aos efeitos tóxicos do álcool sobre as estruturas microssomais, a GGT é muito usada como um marcador alcoólico. O aumento da GGT caracteriza aumento do teor alcoólico. 
· Neste caso, eleva-se de 2 a 3 vezes o valor normal.
· É usada na medicina do trabalho. Determinadas pessoas que manipulam máquinas perigosas esses indivíduos são chamados aleatoriamente a laboratórios,a fim de detectar teores alcoólicos. 
· Usada, também, em clínicas de reabilitação, quando pacientes saem para passar datas comemorativas.
· Em caso de abstenção do álcool, os níveis retornam ao normal em 2 semanas.
· A GGT é utilizada, ainda, para pessoas que tomam remédios de uso contínuo, para saber se a dosagem está correta, pois, às vezes, os benefícios que o medicamento traz ao paciente não compensam quando comparados aos danos que traz ao fígado.
· Especificidade: não se altera com problemas ósseos ou gravidez. 
· Creatina Quinase (CK)
· Catalisa a fosforilação reversível da creatina pela adenosina trifosfato (ATP) com a formação de creatina fosfato.
· A CK se encontra em vários tecidos, sendo os principais o músculo esquelético, o cérebro e os músculos cardíacos.
· Logo, a atividade CK é um indicador sensível no infarto do miocárdio, distrofia muscular, AVC e degeneração nervosa.
· Apresenta alta sensibilidade mas pouca especificidade.
· Isoenzimas da CK
· Dois produtos gênicos correspondem à CK 
· M – Músculo B – Brain (cérebro)
A) CK1 /BB encontrada no cérebro
B) CK2 / MB encontrada no coração
C) CK3 /MM encontrada no músculo esquelético
CK = Soma da CK1, CK2 E CK3
· O aparecimento da CK MB (CK2) no plasma apresenta especificidade para o Infarto do Miocárdio.
· Após o infarto do miocárdio, a CK MB aparece no sangue com aumento, aproximadamente de 4 a 8 hrs após o infarto, com PICO DE VALOR após 24hrs.
· Desidrogenase Lática (DHL)
· Catalisa a conversão reversível do lactato a piruvato, em reação de oxidorredução na presença do NAD+.
· A DHL está presente no citoplasma de praticamente todas as células do organismo, sendo que alguns tecidos possuem DHL em maior quantidade, como coração, fígado, músculo esquelético, rins e eritrócitos.
· Pouco específico.
· Admite isoenzimas – mais que a CK. 
· Isoenzimas da DHL
· LDH1 – Infarto do Miocardio – Hemácias
· LDH2 – Miocárdio – Hemácias 
· LDH3 – Cérebro – Rins 
· LDH4 – Fígado 
· LDH5 – Fígado – Músculo Esquelético 
· Hemólise intracelular é medida através dessa enzima, o que indica anemia falciforme. 
· Usada para o diagnóstimo de infarto porque persiste por duas semanas alterada – diferença para a CK. 
· TGO – Transaminase Glutâmica Oxalacética ou AST – Aspartato Transferase
· Catalisa a transferência reversível da amina do glutamato para o Oxalacetato, formando ácido Alfa-ceto Glutárico e ac. Aspártico.
· É encontrado em vários tecidos, sendo os que apresentam maior importância o fígado e coração.
· Apresenta aumento de até 5x o valor normal em pacientes com cirrose e doenças hepática obstrutiva.
· Pode aumentar em até 25x o valor normal em pacientes com hepatite viral (parte hepatocelular do fígado).
· Apresenta aumento, também, no infarto do miocárdio.
· TGP – Transaminase Glutâmica Pirúvica ou ALT – Alanina Transferase
· Catalisa a transferência reversível da amina do glutamato para piruvato.
· É encontrada em vários tecidos, sendo que apresenta maior importância no fígado.
· Os aumentos de valores são relacionados aos da TGO.
· Não diagnostica infarto do miocárdio (não tem nada a ver com o coração!!!)
· Aumento maior em casos de hepatite viral (Parte hepatocelular)
· Alguns médicos também utilizam-na para ver a função hepática com relação à cirrose futura (saber se o fígado já está comprometido).
· Curiosidade: 
1) PSA Antígeno Prostátito Específico.

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