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Embriologia (até 3ª semana) B9, Fe, B-HCG, USTV e tipos de gestação 01- Compreender o papel do ácido fólico e do ferro A) FERRO O organismo de um homem de 70 kg contém cerca de 4 g de Fe 65% - Hemoglobina 20% - Armazenado fígado, baço e medula 15%- Enzimas e mioglobina As necessidades diárias normais de ferro são de aproximadamente - 5mg para homens - 15mg para mulheres Uma grávida precisa de uma quantidade de ferro duas a dez vezes maior do que essa, em virtude da demanda fetal e do aumento das necessidades maternas Uma grávida precisa de uma quantidade de ferro duas a dez vezes maior do que essa, em virtude da demanda fetal e do aumento das necessidades maternas O ferro é então ou armazenado na célula mucosa como ferritina (se os estoques corporais de ferro forem altos) ou passa para o plasma (se os estoques forem baixos) O ferro é geralmente administrado por via oral, por exemplo, na forma de sulfato ferroso FARMACODINÂMICA/ CINÉTICA A administração de ferro pode ser de cunho profilático e terapêutico Na primeira opção se incluem condições etárias ou fisiológicas em que há aumento da demanda, como ocorre, por exemplo, na gravidez, amamentação Cerca de 20% do sulfato ferroso é constituído de ferro USO DURANTE A GRAVIDEZ Recomenda-se a administração durante o segundo e terceiro trimestre de gravidez BVS - SUPLEMENTAÇÃO Recomenda-se iniciar a suplementação de ferro oral a partir do conhecimento da gravidez até o terceiro mês após o parto para as gestantes A dose oral de ferro elementar para gestantes com hemoglobina (Hb) normal é de 30mg/dia,durante pelo menos três meses e até seis semanas pós-parto para reabastecer os estoques de ferro Caso a gestante for diagnosticada com anemia, em qualquer fase da gravidez (Hb < 110 g/l, no primeiro trimestre , Hb <105g/ l no segundo e terceiro trimestre e Hb <100g/ l no período pós-parto), recomenda-se o uso de ferro elementar oral (tabela 1) na dose de 100-200mg/dia até que a concentração de Hb atinja o nível normal, por 3 meses e, então, reajusta-se para a dose padrão Associar com vitamina C CAB 32 - PRÉ NATAL B) ÁCIDO FÓLICO A vitamina B12 e o ácido fólico, necessários para a síntese de DNA e, consequentemente, para a proliferação celular A deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico afeta os tecidos com renovação (turnover) celular rápida, particularmente a medula óssea. Entretanto, a deficiência de vitamina B12 também causa alterações neuronais importantes A deficiência dessas vitaminas causa hematopoese megaloblástica, na qual ocorre diferenciação eritroblástica alterada e eritropoiese defeituosa na medula óssea Surgem precursores eritrocíticos grandes anormais na medula, com uma alta relação RNA:DNA decorrente da diminuição da síntese de DNA O fígado e as verduras verdes são fontes ricas de folato Em adultos sadios fora da gestação, a necessidade diária é de cerca de 0,2 mg, mas esta se encontra aumentada durante a gravidez MECANISMO DE AÇÃO A redução do ácido fólico, catalisada pela di-hidrofolato redutase em dois estágios, gera dihidrofolato (FH2 ) e tetra-hidrofolato (FH4 ) O FH4 é essencial para a síntese do DNA devido ao seu papel como cofator na síntese de purinas e pirimidinas. Também é necessário para as reações que envolvem o metabolismo de aminoácidos Terapeuticamente, o ácido fólico é administrado por via oral e absorvido no íleo A deficiência de folato pode impedir a renovação celular adequada durante um momento crítico no fechamento do tubo neural, resultando assim na sua formação incompleta e/ou inadequada Ácido fólico (vitamina B9) é uma vitamina hidrossolúvel que apresenta papel fundamental no processo de multiplicação celular, na formação de proteínas estruturais e hemoglobina 5 MG/ DIA ATÉ O FINAL DO PRIMEIRO TRIMESTRE 02- Entender o exame 𝛃-HCG 03-Conhecer as alteraçõe que ocorrem na mãe e no feto da fecundação até a 5ª semana FECUNDAÇÃO (EXTRA-NÃO FALAR) -> Quimiotaxia dos espermatozoides para o oócito -> Passagem de um espermatozóide através da corona radiata resultar principalmente da ação da enzima hialuronidase liberada da vesícula acrossômica do espermatozoide -> Penetração da zona pelúcida A formação de uma passagem também é resultado da ação de enzimas acrossômicas A mais importante dessas enzimas é a acrosina, uma enzima proteolítica -> Reação zonal uma alteração nas propriedades da zona pelúcida, tornando-a impermeável a outros espermatozóides -> Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozóide -> Término da segunda divisão meiótica do oócito e formação do pronúcleo feminino Quando o espermatozóide penetra o oócito, este é ativado e termina a segunda divisão meiótica formando um oócito maduro e um segundo corpo polar Em seguida, os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino -> Formação do pronúcleo masculino Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino A cauda do espermatozóide degenera -> Logo que os pronúcleos se fundem em um único agregado diplóide de cromossomos, a oótide se torna um zigoto Os cromossomos no zigoto se organizam em um fuso de clivagem É geneticamente único porque metade dos cromossomos é materna e a outra metade é paterna O crossing-over dos cromossomos, por relocação dos segmentos dos cromossomos paterno e materno “embaralha” os genes, produzindo uma recombinação do material genético Ocorre determinação do sexo (XX OU XY) PRIMEIRA SEMANA 1- CLIVAGEM DO ZIGOTO A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um aumento rápido do número de células (blastômeros) Essas células embrionárias tornam-se menores a cada divisão A clivagem ocorre conforme o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero Durante a clivagem, o zigoto continua dentro da zona pelúcida Começa após 30h da fecundação Após o estágio de nove células, ocorre COMPACTAÇÃO ---> os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma bola compacta de células ↳ Possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré-requisito para a separação das células internas que formam o embrioblasto (massa celular interna) do blastocisto Quando existem 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento é chamado de MÓRULA As células internas da mórula são circundadas pelas células trofoblásticas A mórula se forma aproximadamente 3 dias após a fecundaçãoe chega ao útero 2- BLASTOCISTO Logo após a mórula ter alcançado o útero (cerca de 4 dias após a fecundação), surge no interior da mórula um espaço preenchido por líquido ----> A CAVIDADE BLASTOCÍSTICA O líquido passa da cavidade uterina através da zona pelúcida para formar esse espaço Conforme o líquido aumenta na cavidade blastocística, ele separa os blastômeros em duas partes: A) TROFOBLASTO Uma delgada camada celular externa Que formará a parte embrionária da placenta B) EMBRIOBLASTO Um grupo de blastômeros localizados centralmente Que formará o embrião Depois que o blastocisto flutuou pelas secreções uterinas por aproximadamente 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece A degeneração da zona pelúcida permite o rápido crescimento do blastocisto Enquanto está flutuando no útero, o blastocisto obtém nutrição das secreções das glândulas uterinas Aproximadamente 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao polo embrionário Logo que o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas A) CITOTROFOBLASTO Uma camada interna B) SINCICIOTROFOBLASTO Uma camada externa, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada na qual nenhum limite celular pode ser observado Em torno de 6 dias, os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem pelo epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo No final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtém a sua nutrição dos tecidos maternos erodidos O sinciciotrofoblasto produz enzimas que erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto se “entocar”, ou seja, se implantar, no endométrio As células endometriais também participam controlando a profundidade da penetração do sinciciotrofoblasto Por volta de 7 dias, uma camada de células, o HIPOBLASTO (endoderma primário), aparece na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística SEGUNDA SEMANA 1- TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO A implantação do blastocisto termina durante a segunda semana Ela ocorre durante um período restrito entre 6 e 10 dias após a ovulação e a fecundação Conforme o blastocisto se implanta, mais o trofoblasto entra em contato com o endométrio e se diferencia em duas camadas: --> CITOTROFOBLASTO Uma camada interna, que é mitoticamente ativa (isto é, figuras mitóticas são visíveis) e forma novas células que migram para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem as membranas celulares --> SINCICIOTROFOBLASTO Uma massa multinucleada que se expande rapidamente, na qual nenhum limite celular é visível É erosivo e invade o tecido conjuntivo endometrial enquanto o blastocisto vagarosamente vai se incorporando ao endométrio Os mecanismos moleculares da implantação envolvem a sincronização entre o blastocisto invasor e um endométrio receptivo O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na circulação sanguínea materna através de cavidades isoladas (lacunas) no sinciciotrofoblasto 2- FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA, DO DISCO EMBRIONÁRIO E DA VESÍCULA UMBILICAL Com a progressão da implantação do blastocisto, surge um pequeno espaço no embrioblasto, o primórdio da CAVIDADE AMNIÓTICA Logo, as células amniogênicas (formadoras do âmnio), os amnioblastos, se separam do epiblasto e formam o âmnio, que reveste a cavidade amniótica Concomitantemente, ocorrem mudanças morfológicas no embrioblasto (massa celular da qual se desenvolve o embrião) que resultam na formação de uma placa bilaminar, quase circular, de células achatadas O DISCO EMBRIONÁRIO que é formado por duas camadas: A) EPIBLASTO uma camada mais espessa, constituída de células cilíndricas altas, voltadas para a cavidade amniótica Forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade com o âmnio B) HIPOBLASTO Composto de células cubóides pequenas adjacentes à cavidade exocelômica Forma o teto da cavidade exocelômica e é contínuo à delgada membrana exocelômica Essa membrana, juntamente com o hipoblasto, reveste a VESÍCULA UMBILICAL PRIMÁRIA O disco embrionário agora situa-se entre a cavidade amniótica e a vesícula As células do endoderma da vesícula produzem uma camada de tecido conjuntivo, o mesoderma extraembrionário, que passa a envolver o âmnio e a vesícula umbilical Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e a vesícula umbilical aparecem lacunas (pequenos espaços) no sinciciotrofoblasto As lacunas são preenchidas por um mistura de sangue materno proveniente dos capilares endometriais rompidos e os restos celulares das glândulas uterinas erodida Esse fluido dos espaços lacunares, o embriotrofo, chega ao disco embrionário por difusão e fornece material nutritivo para o embrião A comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas no sinciciotrofoblasto estabelece a circulação uteroplacentária primitiva O sangue oxigenado passa para as lacunas a partir das artérias endometriais espiraladas das lacunas pelas veias endometriais No décimo dia, o concepto (embrião e membranas) está completamente implantado no endométrio uterino Por volta do 12º dia há regeneração epitelial. Isso resulta parcialmente da sinalização de AMPc e progesterona A principal função da reação decidual é fornecer nutrientes para o embrião e um local imunologicamente privilegiado para o concepto Conforme ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e aparecem espaços celômicos extraembrionários isolados dentro dele Esses espaços rapidamente se fundem e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extraembrionário 3- DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas primárias As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias, que são o primeiro estágio de desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta (órgão fetomaternal de troca metabólica entre o embrião e a mãe) O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos dentro desse saco pelo pedículo de conexão A ultrassonografia transvaginal (endovaginal) é usada para medir o diâmetro do saco coriônico (Fig. 3-7). Essa medida é importante para a avaliação do desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gestação TERCEIRA SEMANA A terceira semana do desenvolvimento coincide com a semana seguinte à primeira ausência do período menstrual, isto é, 5semanas após o primeiro dia do último período menstrual normal 1- GASTRULAÇÃO A gastrulação é o processo pelo qual as três camadas germinativas – que são as precursoras de todos os tecidos embrionários e a orientação axial – são estabelecidos nos embriões Durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar Grandes mudanças na forma celular, reorganização, movimento e alterações nas propriedades de adesão celulares contribuem para o processo de gastrulação A gastrulação é o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo) e é o evento mais importante que ocorre durante a terceira semana Cada uma das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a tecidos e órgãos específicos A) ECTODERMA EMBRIONÁRIO Dá origem à epiderme, aos sistemas nervosos central e periférico, aos olhos e ouvidos internos, às células da crista neural e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça B) ENDODERMA EMBRIONÁRIO É a fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo as glândulas que se abrem no trato digestório e as células glandulares de órgãos associados ao trato digestório, como o fígado e o pâncreas C) MESODERMA EMBRIONÁRIO dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras, ao revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas genitais e excretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma (tecido conjuntivo) dos órgãos internos 2- LINHA PRIMITIVA O primeiro sinal morfológico da gastrulação é a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário bilaminar No começo da terceira semana, uma faixa linear espessada do epiblasto aparece caudalmente no plano mediano do aspecto dorsal do disco embrionário A linha primitiva resulta da proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário . Tão logo a linha primitiva aparece, é possível identificar o eixo craniocaudal, as extremidades cranial e caudal, as superfícies dorsal e ventral do embrião Conforme a linha primitiva se alonga pela adição de células à sua extremidade caudal, sua extremidade cranial prolifera para formar o nó primitivo 3- SULCO PRIMITIVO Simultaneamente, um sulco estreito, o sulco primitivo, se desenvolve na linha primitiva e é contínuo com uma pequena depressão no nó primitivo, a fosseta primitiva O sulco primitivo e a fosseta primitiva resultam da invaginação (movimento para dentro) das células epiblásticas Pouco tempo depois do aparecimento da linha primitiva, as células migram de sua superfície profunda para formar o mesênquima ↳ mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião, assim como a maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e a trama de tecido conjuntivo das glândulas Uma parte do mesênquima forma o mesoblasto (mesoderma indiferenciado), que forma o mesoderma intraembrionário As células do epiblasto, bem como as do nó primitivo e de outras partes da linha primitiva, deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário no teto da vesícula umbilical As células remanescentes do epiblasto formam o ectoderma embrionário A linha primitiva diminui em tamanho relativo e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião Normalmente, a linha primitiva sofre mudanças degenerativas e desaparece no final da quarta semana 4- PROCESSO NOTOCORDAL E NOTOCORDA Algumas células mesenquimais migram através da linha primitiva e, como consequência, adquirem os destinos de célula mesodérmica Essas células então migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva, formando um cordão celular mediano, o processo notocordal Lúmen - o canal notocordal O processo notocordal cresce cranialmente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal ↳ uma pequena área circular no qual o ectoderma e o endoderma se fundem O mesoderma pré-cordal é uma população mesenquimal que tem origem na crista neural, localizada rostralmente à notocorda A placa pré-cordal dá origem ao endoderma da membrana bucofaríngea, localizada no futuro local da cavidade oral Algumas células vão formar o mesoderma cardiogênico na área cardiogênica, na qual o primórdio do coração começa a se desenvolver no final da terceira semana Na região caudal à linha primitiva existe uma área circular, a membrana cloacal, que indica o futuro local do ânus Os sinais instrutivos da região da linha primitiva induzem as células precursoras notocordais a formar a NOTOCORDA, uma estrutura celular semelhante a um bastão A NOTOCORDA: - Define o eixo longitudinal primordial do embrião e dá a ele alguma rigidez - Fornece sinais que são necessários para o desenvolvimento das estruturas musculoesqueléticas axiais e do sistema nervoso central (SNC) - Contribui para a formação dos discos intervertebrais localizados entre corpos vertebrais adjacentes A região proximal do canal notocordal persiste temporariamente como o canal neuroentérico A notocorda funciona como um indutor primário (centro de sinalização) no embrião inicial. O desenvolvimento da notocorda induz o ectoderma embrionário sobreposto a se espessar e formar a placa neural, o primórdio do SNC 5- ALANTOIDE O alantoide aparece aproximadamente no 16° dia como um pequeno divertículo (evaginação) da parede caudal da vesícula umbilical, que se estende para o pedículo de conexão O alantoide permanece muito pequeno, mas o mesoderma do alantoide se expande para baixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta A porção proximal do divertículo do alantoide original persiste durante a maior parte do desenvolvimento como um cordão, o úraco, que se estende da bexiga até a região umbilical Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se as artérias umbilicais 6- NEURULAÇÃO O processo envolvido na formação da placa neural e das pregas neurais e no fechamento das pregas para formar o tubo neural constitui a neurulação A neurulação está completa até o final da quarta semana A) PLACA E TUBO NEURAL Conforme a notocorda se desenvolve, ela induz o ectoderma localizado acima dela ou adjacente à linha média, a se espessar e formar uma placa neural alongada de células epiteliais espessas O neuroectoderma da placa dá origem ao SNC, o encéfaloe a medula espinhal Aproximadamente no 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central para formar o sulco neural mediano longitudinal, com as pregas neurais em ambos os lados As pregas neurais se tornam particularmente proeminentes na extremidade cranial do embrião e são o primeiro sinal do desenvolvimento do encéfalo Ao final da terceira semana, as pregas neurais se movem e se fusionam transformado a placa neural em tubo neural B) FORMAÇÃO DA CRISTA NEURAL À medida que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas situadas ao longo da margem interna de cada prega neural perdem a sua afinidade epitelial e a ligação às células vizinhas Conforme o tubo neural se separa do ectoderma superficial, as células da crista neural formam uma massa achatada irregular, a crista neural A crista neural logo se separa em porção direita e esquerda, e estas se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural Nesse local elas dão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos Os gânglios dos nervos cranianos V, VII, IX e X também são parcialmente derivados das células da crista neural 07- DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS Além da notocorda, as células derivadas do nó primitivo formam o mesoderma paraxial Próximo ao final da terceira semana, o mesoderma paraxial se diferencia, se condensa e começa a se dividir em corpos cuboides pareados, os somitos, que se formam em uma sequência craniocaudal Cerca de 38 pares de somitos se formam durante o período somítico do desenvolvimento humano Ao final da quinta semana, 42 a 44 pares de somitos estão presentes Os somitos surgem primeiro na futura região occipital da cabeça do embrião Eles logo se desenvolvem craniocaudalmente e dão origem à maior parte do esqueleto axial e à musculatura associada, assim como à derme da pele adjacente 08- DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRAEMBRIONÁRIO O primórdio do celoma intraembrionário (cavidade do corpo do embrião) aparece como espaços celômicos isolados no mesoderma intraembrionário lateral e no mesoderma cardiogênico (coração em formação) Esses espaços logo coalescem para formar uma única cavidade em formato de ferradura, o celoma intraembrionário Divide o mesoderma lateral em duas camadas: A) CAMADA SOMÁTICA Localizado abaixo do epitélio ectodérmico Que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio Formam a parede do corpo do embrião B) CAMADA VISCERAL Localizado adjacente ao endoderma Que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula umbilical Formam o intestino embrionário 09- DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR No final da segunda semana, a nutrição do embrião é obtida a partir do sangue materno pela difusão através do celoma extraembrionário e da vesícula umbilical No início da terceira semana, a formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário da vesícula umbilical, do pedículo de conexão e do córion Os vasos sanguíneos embrionários começam a se desenvolver aproximadamente 2 dias depois A formação inicial do sistema cardiovascular está relacionada com a necessidade crescente por vasos sanguíneos para trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna através da placenta Durante a terceira semana, se desenvolve uma circulação uteroplacentária primordial A) VASCULOGÊNESE E ANGIOGÊNESE VASCULOGÊNESE - É a formação de novos canais vasculares pela união de precursores individuais celulares (angioblastos) ANGIOGÊNESE - É a formação de novos vasos pelo brotamento e ramificação de vasos preexistentes A formação de vasos sanguíneos no embrião e nas membranas extraembrionárias, durante a terceira semana, começa quando as células mesenquimais se diferenciam em precursores das células endoteliais, ou angioblastos (células formadoras de vasos) Os angioblastos se agregam para formar aglomerados celulares angiogênicos isolados, ou ilhotas sanguíneas Os angioblastos se achatam para formar as células endoteliais que se organizam ao redor das cavidades das ilhotas sanguíneas para formar o endotélio As células mesenquimais ao redor dos vasos sanguíneos endoteliais primitivos se diferenciam nos elementos de tecido muscular e tecido conjuntivo da parede dos vasos sanguíneos B) SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMÁRIO O coração e os grandes vasos se formam a partir das células mesenquimais na área cardiogênica Os canais longitudinais e pareados revestidos por células endoteliais, ou tubos cardíacos endocárdicos, se desenvolvem durante a terceira semana e se fusionam para formar o tubo cardíaco primitivo O coração tubular se une aos vasos sanguíneos do embrião, do pedículo de conexão e da vesícula umbilical para formar o sistema cardiovascular primitivo Ao final da terceira semana, o sangue está circulando e o coração começa a bater no 21° ou 22° dia O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos a alcançar um estado funcional 04- Pesquisar tipos de gestação TÓPICA - Quando se implanta no útero ECTÓPICA Ocorre quando o ovo se implanta fora do útero, e, nesse sentido, é sinônimo de gravidez extrauterina (tubária, ovariana, abdominal) Lesão das tubas uterinas, doença inflamatória pélvica (DIP), cirurgia tubária prévia ou gravidez ectópica anterior são importantes fatores de risco para a ectopia Do ponto de vista anatomopatológico, a gravidez ectópica pode ser primitiva ou secundária PRIMITIVA - quando a nidificação ocorre e prossegue em zona única do aparelho genital SECUNDÁRIA - quando, após implantar-se em um lugar, o ovo se desprende do aparelho genital e continua o desenvolvimento em outro local FORMAS A) GRAVIDEZ TUBÁRIA Representa mais de 95% das gestações ectópicas O ovo fertilizado pode se alocar em qualquer posição da tuba uterina, dando origem às gestações tubárias ampular, ístmica e intersticial O abortamento tubário depende, em parte, do local de implantação; é comum na gravidez tubária ampular, enquanto a ruptura é usual na gravidez ístmica - GRAVIDEZ INTRALIGAMENTAR --> Quando a ruptura ocorre no local da tuba uterina não coberto pelo peritônio, o saco gestacional (SG) pode se desenvolver entre os folhetos do ligamento largo - GRAVIDEZ INTERSTICIAL --> A implantação dentro do segmento tubário que penetra a parede uterina resulta em gravidez intersticial ou cornual. A ruptura ocorre com sangramento massivo, e muitos casos são fatais - GRAVIDEZ HETEROTÓPICA --> A gravidez tubária,quando coexiste com gestação intrauterina, é chamada de heterotópica (ou combinada) B) GRAVIDEZ ABDOMINAL Constitui cerca de 1% das ectocieses RISCO MM = 7,7 vezes superior ao da gravidez tubária O ovo pode implantar-se em qualquer ponto do abdome e nos diferentes órgãos revestidos pelo peritônio visceral A gravidez abdominal primitiva é rara; a maioria é secundária à ruptura ou ao abortamento tubário C) GRAVIDEZ OVARIANA Representa 3% das gestações ectópicas A gravidez ovariana pode ser resultante de: - Ruptura com reabsorção ovular; evolução mais frequente - Ruptura evoluindo para um tipo secundário: abdominal D) GRAVIDEZ EM CICATRIZ DE CESÁREA Constitui a forma mais rara de ectopia, < 1% das ectocieses 05- Elucidar os parâmetros da USTV Transdutor curvo (convexo) - destinado aos exames dos órgãos internos (fígado, vesícula biliar, rins, feto, útero, ovários, coração, etc.) Transdutor linear - destinado aos exames dos órgãos externos e superficiais (tireóide, mamas, testículos, músculos e tendões, pele, etc.) Transvaginal - Tem como objetivo avaliar as doenças dos órgãos internos do aparelho genital feminino (vagina, útero, tubas uterinas, ovários e ligamentos), bem como as doenças dos órgãos adjacentes (uretra, bexiga, ureter inferior, intestino, cavidade pélvica, etc.) Na verdade, o exame ultrassonográfico tem marcos importantes antes de 11 semanas O primeiro passo é determinar a presença do saco gestacional (SG) no útero em local apropriado O SG, que representa a cavidade coriônica, é coleção pequena de líquido, anecoica, cercada por halo (anel) ecogênico, o trofoblasto e a reação decidual Com a ultrassonografia transvaginal é possível identificar o SG com 5 semanas O SG deve ser avaliado para a identificação da vesícula vitelina (VV) e do embrião, quando poderá ser medido o comprimento cabeçanádega (CCN A VV pode ser visualizada a partir de 5,5 semanas RELACIONAR ESSAS INFORMAÇÕES COM O RESULTADO DO PROBLEMA 06- Abordar o conceito de hematoma retrocoriônico e fundo de saco HEMATOMA RETROCORIÔNICO A circulação materna no interior da placenta inicia-se na periferia (margem) e está associada a fenômenos oxidativos fisiológicos que podem levar à ruptura e à formação de membrana O desenvolvimento anormal dessas membranas pode resultar em hemorragias subcoriônicas, predispondo a um desfecho adverso no terceiro trimestre O descolamento ovular parcial é também denominado hemorragia subcoriônica ou hematoma retrotrofoblástico Na ultrassonografia apresenta-se em forma de crescente, adjacente ao saco gestacional, com debris, podendo exercer compressão sobre o saco gestacional, deformando-o FUNDO DE SACO É o espaço anatômico localizado entre o útero e o reto no caso das mulheres e entre a bexiga e o reto no caso dos homens A presença de algum tipo de líquido (claro, com sangue ou pus) pode indicar alguma patologia como doença inflamatória pélvica, peritonite, cistos de ovário ou gravidez ectópica COLO UTERINO FECHADO Durante a gravidez o colo do útero se fecha para não deixar o feto sair Mas ele também está fechado no período não-fértil da mulher 07- Estudar a diferença aceitável entre a IG do DUM e da USTV 08- Aplicar cálculo IG e DPP IDADE GESTACIONAL A partir da DUM, o dia seguinte começa o ínicio da primeira semana No entanto, vale lembrar que o primeiro dia do último ciclo menstrual ocorre aproximadamente 2 semanas antes da ovulação (e consequente fecundação). Sendo assim, há uma diferença aproximada de duas semanas entre a idade gestacional e a idade embrionária, isto é, a idade real do embrião/feto (considerada a partir da fecundação) DATA PROVÁVEL DO PARTO Outra forma de cálculo consiste em somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março) APLICAÇÃO - DPP A PARTIR DA DUM 1- 03/09/2019 2- 28/12/2019 3- 17/05/2019 4- 31/01/2019 5- 19/062019 APLICAÇÃO - IG NA CONSULTA EM 19/08/2019 1- DUM 28/12/2018 2- DUM 03/04/2019 3- DUM 15/02/2019 4- USTV COM 5 SEMANAS FEITO EM 19/06/2019 As semanas calculadas pelo ultrassom não coincidem com os cálculos baseados na DUM. Desse modo, os médicos obstetras orientam a seguir uma ordem de escolha, que pode ser: 1. Ultrassom realizado nos primeiros três meses de gestação; 2. Data da última menstruação (DUM); 3. Ultrassom realizado entre o 4º e 6º mês de gestação BIBLIOGRAFIA MOORE - EMBRIOLOGIA REZENDE - OBSTETRÍCIA CAB 32 - MS RANG & DALE - FARMACOLOGIA https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X2014000700014&script=sci_arttext&tlng=es
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