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1 GABRIELI CASARA MEDTXVI FIMCA– FARMACOLOGIA ➢ Os fármacos desenvolvidos para o sistema reprodutor podem ser utilizados para contracepção, tratamento de infertilidade, reposição hormonal, indução do parto.. CONTROLE NEUROHORMONAL DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ➢ Aumento da secreção hormonal do hipotálamo e neurohipofise na puberdade →estimulo da secreção dos estrógenos através do ovário → maturação dos órgãos sexuais ➢ O hormônio liberador de gonadotrofina, secretado pelo hipotálamo, age na hipófise anterior, que libera o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). ➢ O FSH e o LH estimulam o desenvolvimento do folículo no ovário. O FSH é o hormônio principal que estimula a liberação de estrógeno. O LH estimula a ovulação na metade do ciclo e é o principal hormônio que controla a secreção subsequente de progesterona pelo corpo lúteo. ➢ O estrógeno controla a fase proliferativa do endométrio e tem efeitos de retroalimentação negativa na hipófise anterior. A progesterona controla a fase secretora posterior e tem efeitos de retroalimentação negativa no hipotálamo e na hipófise anterior. ➢ Se um óvulo fertilizado se implanta, o corpo lúteo continua a secretar a progesterona. ➢ após a implantação, a gonadotrofina coriônica humana (HCG) do córion torna-se importante e, posteriormente, durante a gravidez, a progesterona, a HCG e outros hormônios são secretados pela placenta. fármacos que afetam a função reprodutora ESTRÓGENOS ➢ sintetizados pelo ovário e placenta ➢ substância inicial para sua síntese é o colesterol ➢ seus precursores imediatos são as substâncias androgênicas androstenediona e testosterona ➢ estradiol, estrona e estriol USO CLÍNICO ➢ Hipogonadismo primário: estimulam o desenvolvimento das características sexuais secundárias e aceleram o crescimento. ➢ Adultas com amenorreia primária: quando administrados clinicamente com progestágeno, induzem um clico artificial. ➢ Mulheres sexualmente maduras: junto da progesterona, são contraceptivos ➢ Durante ou após a menopausa: previne os sintomas e a perda óssea MECANISMO DE AÇÃO ➢ Se ligam a receptores nucleares ➢ Dois tipos adicionais de receptores: ERalfa ERbeta ➢ Após a ligação aos receptores, ocorre uma interação dos complexos resultantes com pontos nucleares e efeitos genomicos subsequentes ➢ Alguns efeitos estrogênicos, como os vasculares, acontecem pela interação com receptores de membrana, como o acoplado a proteína G PREPARAÇÕES ➢ Oral, transdérmica, intramuscular, implantável e tópica ➢ Naturais: estradiol, estriol ➢ Sintéticos: mestranol, etinilestradiol, dietilestilbestrol ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS ➢ Tanto os sintéticos quanto os naturais são bem absorvidos pelo TGI ➢ os estrógenos naturais são metabolizados no fígado rapidamente e os sintéticos mais lentamente. 2 GABRIELI CASARA MEDTXVI FIMCA– FARMACOLOGIA ➢ Podem ser usados como cremes e óvulos vaginais para ação local, pois sua absorção em pele e mucosa é alta ➢ No plasma, o estrógeno se liga a albumina e a globulina ligante de esteroides sexuais EFEITOS ADVERSOS ➢ Sensibilidade na mama, náuseas, vômitos, anorexia, retenção de sódio e líquido ➢ Aumento do risco de tromboembolia ➢ Na reposição hormonal da menopausa pode haver sangramento, como o da menstruação ➢ Hiperplasia endometrial ➢ Carcinoma vaginal pode ocorrer mulheres jovens que suas mães tenham feito uso de dietilestilbestrol para evitar abortamento na gravidez. PROGESTÁGENOS ➢ O hormônio progestacional natural é a progesterona e seus derivados PREPARAÇÕES Progesterona ➢ Inativa por via oral devido o metabolismo hepático ➢ A administração deve ser intramuscular ou com aplicação vaginal/anal ➢ Hidroxiprogesterona, medroxiprogesterona, didrogesterona Derivados de testosterona ➢ Noretisterona, norgestrel, etinodiol ➢ A administração pode ser por via oral ➢ Noretisterona e norgestrel são metabolizados em produtos estrogênicos ➢ As novidades dessa classe são o desogestrel e gestodeno; possuem menos efeitos colaterais e podem ser utilizados em mulheres que apresentam efeitos adversos expressivos como acne e depressão, mas possuem maior risco para ➢ tromboembolismo USO CLÍNICO ➢ Contracepção ➢ Reposição hormonal e mulheres com útero intacto para prevenção de hiperplasia endometrial e carcinoma ➢ Endometriose ➢ Carcinoma endometrial ➢ Doenças menstruais ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS ➢ Ao ser injetada, se liga apenas a albumina ➢ É metabolizada no fígado e eliminada pela urina ➢ Há deposição no tecido adiposo EFEITOS ADVERSOS ➢ Ações androgênicas ➢ Acne, retenção de liquido, mudança de peso, depressão, alteração da libido, desconforto mamário, SPM, escape, ciclo irregular. ➢ Incidência aumentada de tromboembolia GONADOTROFINAS E ANÁLOGOS ➢ FSH, LH E HCG ➢ Produzidas e secretadas pela adeno-hipofise, corion ou placenta ➢ São encontradas em grande quantidade na urina após a menopausa PREPARAÇÕES ➢ Extraídas da urina de mulheres gravidas ou mulheres que passaram pela menopausa ➢ FSH recombinante: folitropina ➢ LH: lutropina FARMACOCINETICA E USO CLÍNICO ➢ Injeção ➢ Tratamento de infertilidade ➢ Indução da ovulação com finalidade para coleta para fertilização in vitro 3 GABRIELI CASARA MEDTXVI FIMCA– FARMACOLOGIA fármacos utilizados para contracepção CONTRACEPTIVOS ORAIS ➢ Combinações de um estrógeno com uma progesterona (pílula combinada) ➢ Somente progesterona PÍLULA COMBINADA ➢ O estrógeno utilizado normalmente é o etinilestradiol, podendo também ser utilizado o mestranol ➢ A progesterona pode ser noretisterona, levonorgestrel, etinodiol ou dedogestrel e gestodeno ➢ 21 dias consecutivos, seguidos de 7 dias sem pílula MODO DE AÇÃO ➢ Estrógeno inibe a secreção de FSH via retroalimentação negativa na adenohipofise → suprime o ciclo ovariano ➢ A progesterona inibe a secreção de LH→previne ovulação e estimula a produção de um muco cervical menos suscetível a passagem do esperma ➢ Estrógeno e progesterona se combinam para alterar o endométrio impedindo implantação EFEITOS ADVERSOS COMUNS ➢ Ganho de peso, retenção de liquido ➢ Náusea, rubor, tontura, depressão e irritabilidade ➢ Mudanças na pele; acne ou hiperpigmentação ➢ Amenorreia nos dias de suspensão da pílula QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS ➢ Há risco aumentado de doença tromboembólica venosa, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral?Pílulas de segunda geração com estrógeno menor que 50ug possui baixo risco de tromboembolia Os riscos aumentam em mulheres tabagistas, hipertensas e obesas ➢ O risco de câncer é afetado? Chances de câncer ovariano e endometrial é diminuído ➢ A pressão sanguínea aumenta? Pode ocorrer devido o aumento do angiotensinogênio circulante, que desaparece com a suspenção do tratamento PÍLULA SÓ COM PROGESTERONA ➢ Noretisterona, levonorgestrel e etinodiol ➢ Tomada sem interrupção MECANISMO DE AÇÃO ➢ Muco cervical se torna inviável para o esperma ➢ Progesterona impede a implantação EFEITOS POTENCIAIS BENÉFICOS E ADVERSOS ➢ É uma alternativa para mulheres que possuem contraindicação para o estrógeno e mulheres que tem alteração significativa da PA ➢ Os efeitos contraceptivos são menos confiáveis, podendo ocorrer concepção caso uma dose seja esquecida ➢ Há presença de sangramento irregular (escape) INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS DOS ANTICONCEPCIONAIS ORAIS ➢ Pílulas combinadas e só com progesterona são metabolizadas pelas enzimas citocromo P450 hepáticas ➢ Pela baixa dosagem de estrógeno para evitar a tromboembolia qualquer alteração pode gerar falha ➢ Fármacos indutores de enzima podem gerar essa falha: rifampicina, rifabutina,carbamazepina, fenitoína ➢ Uso de erva de são João também pode gerar falha OUTROS FÁRMACOS UTILIZADOS PARA CONTRACEPÇÃO CONTRACEPÇÃO PÓS COITO (DE EMERGÊNCIA) ➢ Levonorgestrel, administrado via oral, dentro de 72 horas após o coito não protegido e repetida 12 horas mais tarde ➢ Pode haver náusea e vômitos CONTRACEPÇÃO DE AÇÃO PROLONGADA SÓ COM PROGESTERONA ➢ Medroxiprogesterona pode ser administrada por via intramuscular como contraceptivo, pode apresentar irregularidades menstruais e infertilidade por alguns meses após a suspensão do tratamento 4 GABRIELI CASARA MEDTXVI FIMCA– FARMACOLOGIA ➢ Levonorgestrel pode ser usado como implante subcutâneo, a capsula aplicada libera o conteúdo de progesterona lentamente ao longo de 5 anos; pode haver sangramento irregular e dores de cabeça ➢ O levonorgestrel ainda pode ser utilizado como implante intrauterino, é seguro e reduz o sangramento menstrual.
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