Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
neoplasias da mama A mama feminina estende-se, verticalmente, da segunda à sexta costela, medialmente, até a borda do esterno e, lateralmente, até a linha axilar média. Uma pequena porção do tecido mamário projeta-se para a região axilar, denominada cauda de Spence. A mama é composta por três estruturas principais: pele, tecido subcutâneo e tecido mamário. O tecido mamário é formado por parênquima e estroma. O parênquima, que constitui a glândula mamária, compreende o sistema ductal e o lobular. O estroma é formado pelos tecidos gorduroso e conectivo, pelos vasos sanguíneos e linfáticos e pelos nervos. O parênquima é dividido em 15 a 20 segmentos ou lobos que drenam por meio de ductos coletores em direção à papila. Cada lobo é composto por 20 a 40 lóbulos (unidade morfofuncional da mama) e cada lóbulo, por 10 a 100 alvéolos. O sistema ductal é representado por um ducto coletor principal e por vários pequenos dúctulos intralobulares e extralobulares. O ducto principal converge para a papila, onde se dilata, formando o seio galactóforo, em número de 10 a 20. O aporte sanguíneo da mama é suprido principalmente pelas artérias torácica interna (mamária interna) e torácica lateral (mamária externa). Cerca de 60% da mama, essencialmente quadrantes internos e centrais, são irrigados por ramos da artéria torácica interna. A drenagem venosa é realizada por ramos perfurantes da veia torácica interna, tributárias da veia axilar e ramos perfurantes das veias intercostais posteriores. A drenagem linfática é de extrema importância para a disseminação metastática do câncer de mama; é realizada por plexos superficiais e profundos. O sistema superficial é avalvulado, com a drenagem direcionada para o plexo profundo (intraparenquimatoso e subcutâneo profundo). Do plexo profundo, ocorre a drenagem da linfa preferencialmente para a axila (95%) e para a cadeia da artéria torácica interna. Os linfonodos axilares são classificados em níveis, conforme a localização anatômica em relação ao músculo peitoral menor. Os de nível I estão localizados lateralmente à borda externa do músculo, os de nível II estão localizados posteriormente ao músculo e os de nível III estão localizados medialmente à borda interna do músculo. A obtenção de história clínica detalhada é fundamental para o diagnóstico. Além da queixa atual, devem ser levantados dados relativos ao padrão menstrual e a fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Além desses aspectos gerais, é fundamental avaliar e caracterizar a queixa específica da paciente. O nódulo de mama é a queixa clínica mais frequente e é a apresentação mais comum do câncer de mama. O exame clínico deve ser executado com a paciente com o tronco desnudo. É dividido em três partes: inspeção estática, inspeção dinâmica e palpação. A inspeção deve ser iniciada com a paciente sentada e de frente para o examinador. 1. Inspeção estática – Com os braços relaxados ao longo do corpo, observa-se a simetria mamária e a presença de retrações ou abaulamentos. As retrações de pele geralmente sugerem doença maligna, por comprometimento dos ligamentos de Cooper. A pele da mama e o complexo aréolo-mamilar devem ser cuidadosamente avaliados. Edema e hiperemia podem ser indicativos de carcinoma inflamatório, que tem como característica a invasão dos linfáticos cutâneos, ocasionando edema (casca de laranja). Retração do mamilo, principalmente unilateral, também pode significar malignidade. Ulcerações em mamilo e lesões eczematoides lembram a doença de Paget. 2. Inspeção dinâmica – Depois da avaliação estática, solicita-se à paciente que levante os braços, permitindo melhor avaliação do polo inferior das mamas. Depois, ela deve pressionar as mãos contra a cintura, contraindo, dessa forma, os músculos peitorais e ocasionando a visualização de retrações sutis que não são observadas na inspeção estática. 3. Palpação – É o próximo passo do exame. Inicia-se pela palpação das cadeias linfáticas supraclaviculares e axilares com a paciente sentada. A axila direita é examinada pela mão esquerda do examinador, enquanto o braço direito da paciente está flexionado e apoiado na mão direita do examinador. O inverso é realizado no lado oposto. Essa manobra permite o relaxamento do músculo peitoral e facilita a abordagem de todo o espaço axilar. Se linfonodos forem palpáveis, devem ser anotados o tamanho, as características (elástico/firme), bem como se são únicos, múltiplos ou fusionados. Também se avalia se são móveis ou fixos a planos profundos. Com base nesses achados, categoriza-se como suspeitos ou não. Muitas mulheres possuem linfonodos palpáveis secundários a processos infecciosos nas unhas, abrasões no braço e foliculites na axila. Geralmente, esses linfonodos são pequenos (<1 cm), elásticos e móveis. Ao contrário, a linfadenopatia supraclavicular palpável é incomum e indicativa de maior investigação. Completada a avaliação dos linfonodos, solicita-se que a paciente deite em posição supina, colocando as mãos atrás da cabeça. Deve-se examinar com a polpa digital em sentido radial ou concêntrico, abrangendo toda a mama. O exame estende-se superiormente até a clavícula, inferiormente até o sulco mamário, medialmente até a borda lateral do esterno e lateralmente até a linha axilar média. O exame é feito com uma mão, enquanto a outra mão estabiliza a mama. Os exames complementares por imagem são importantes no rastreamento, na propedêutica de pacientes com queixas mamárias ou com alterações no exame físico e no seguimento de patologias mamárias. Os principais exames complementares utilizados são a mamografia e a ultrassonografia (US). A RM não é utilizada como exame de rastreamento, tendo seu uso reservado para populações de alto risco e casos com indicação clínica específica. A mamografia é a ferramenta mais empregada na detecção do câncer de mama, sendo considerada método de rastreamento e também indicada no processo diagnóstico e no acompanhamento de lesões mamárias. Atualmente, existe intenso debate sobre qual a idade ideal para o início do rastreamento e qual a periodicidade. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) recomenda mamografias bianuais dos 50 aos 69 anos. 12 Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) recomendam mamografia anual a partir dos 40 anos e sem limite de idade para interromper o rastreamento. As alterações mamográficas mais comumente encontradas consistem em: Nódulos – São lesões que ocupam espaço, detectadas em duas projeções, e classificadas quanto ao formato (ovoide, redondo, irregular), às margens (circunscritas, obscurecidas, microlobuladas) e à densidade (alta densidade, isodensa, contendo tecido adiposo). Geralmente, os nódulos de limites bem-precisos, arredondados ou ovalados são benignos, enquanto os irregulares e espiculados sugerem malignidade; Assimetrias – Global, focal, em desenvolvimento; Calcificações – Em geral, benignas (pele, vascular, “em pipoca”, grande em bastão, redonda, anelar, distrófica, leite de cálcio, sutura), suspeitas (amorfa, grosseira heterogênea, pleomórfica fina, linear final ou fina linear ramificada), de distribuição (difusa, regional, agrupada, linear, segmentar). As microcalcificações agrupadas, pequenas, irregulares e lineares sugerem malignidade. Aproximadamente 60 a 90% dos carcinomas in situ da mama manifestam-se por microcalcificações; Distorção da arquitetura – Vista como espículas irradiadas de um ponto, pode ser decorrente de cicatriz pós-cirúrgica, cicatriz radial ou carcinoma de mama. A US mamária é um valioso complemento da mamografia, sendo o primeiro exame realizado em mulheres jovens ou grávidas. Comparado à mamografia e à RM, a US é um exame rápido, seguro, bem-tolerado e relativamente barato. Uma de suas limitações é não conseguir detectar microcalcificações agrupadas fora do tumor e em mamas adiposas, que diminuem sua acuidade diagnóstica. Seu principal papelestá na diferenciação de lesões císticas e sólidas, mas presta grande auxílio na caracterização de nódulos benignos e malignos, com alta sensibilidade na diferenciação de lesões malignas, entretanto, com considerável taxa de falsos-positivos. A US mamária tem indicação na avaliação de nódulos palpáveis, de achados clinicamente ocultos na mamografia e de tecido mamário denso, após cirurgia de reconstrução ou de aumento com implantes de silicone, em mulheres com alto risco e orientação durante técnicas de intervenção (agulhamentos). A RM com contraste apresenta alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de câncer de mama. São indicações para RM: - Casos de imagens inconclusivas por meio dos métodos convencionais como mamografia e US mamária, não sendo utilizada, entretanto, como substituta da avaliação histológica dessas lesões; - Rastreamento em pacientes de alto risco (mutações de BRCA1 e BRCA2); - Avaliação de implantes mamários; - Diferenciação de cicatriz pós-operatória e recorrência do carcinoma; - Avaliação da resposta terapêutica à quimioterapia neoadjuvante; - Estadiamento local pré-operatório, a fim de determinar a extensão da lesão, e detectar lesões satélites bem como outros cânceres ipsolaterais ou contralaterais. ➔ Neoplasias benignas As patologias benignas da mama representam uma grande parcela das alterações mamárias, e requerem sempre a diferenciação com a patologia maligna. Geram desconforto e ansiedade às pacientes que manifestam algum sintoma ou achado no exame clínico. Essas patologias devem ser compreendidas e, excluída a possibilidade de câncer, deve-se explicar à paciente seu caráter benigno e, prontamente, apontar a conduta terapêutica, quando necessária, seja clínica ou cirúrgica. Pela ordem de frequência, os principais tumores de mama são: fibroadenoma, papiloma intraductal e lipoma. O fibroadenoma é um tumor constituído pela proliferação do tecido conectivo do estroma e pela multiplicação de ductos e ácinos. Acomete preferencialmente mulheres jovens, entre a menarca e os 30 anos; depois dessa idade, entra em degeneração e calcifica, sendo achado comum em mamografias de rotina. Apresenta-se como nódulo de limites nítidos, formato arredondado ou lobulado, consistência firme e ampla mobilidade. O crescimento é lento e raramente ultrapassa 4 cm. Pode ser múltiplo em 20% dos casos. O tratamento consiste em excisão com anestesia local, sempre que possível. A exérese de pequenos fibroadenomas em pacientes jovens – com menos de 25 anos – é relativa, não havendo urgência em sua execução. É rara a transformação de componentes epiteliais do fibroadenoma em carcinoma. A incidência de carcinoma surgindo em um fibroadenoma é de 0,002 a 0,125%. O papiloma intraductal é uma lesão hiperplásica caracterizada pela proliferação do epitélio ductal com um eixo vasculoconectivo que enche o canalículo e, geralmente, o distende. Em geral, é solitário, não excede 2 a 3 mm e localiza-se nos ductos terminais. Mais frequentemente observado nas mulheres entre 30 e 50 anos, costuma produzir derrame sanguinolento ou seroso e, em 50% deles, nota-se nódulo subareolar. As cicatrizes radiais podem parecer carcinomas em exames mamográficos, macro e microscópicos. Embora a relação entre a presença de cicatrizes radiais e o câncer de mama subsequente tenha sido motivo de controvérsia, há muito tempo as evidências sugerem que a cicatriz radial está associada ao risco aumentado de câncer de mama. Costumam ser descobertas acidentais, mais frequentes em tecido mamário excisado por outra anormalidade. São comumente múltiplas e, eventualmente, são tão grandes a ponto de serem detectadas na mamografia, em que aparecem como massas espiculadas indistinguíveis, com certeza, dos carcinomas, sendo necessário o diagnóstico histopatológico. O termo hiperplasia simples implica uma condição benigna; já a hiperplasia com atipias tende a ser associada a pequeno ou moderado aumento no risco de câncer de mama. As hiperplasias atípicas podem ser ductais ou lobulares e são lesões proliferativas que apresentam algumas características, mas não todas, de carcinoma in situ. A hiperplasia atípica é identificada em 12 a 17% das biópsias feitas, devido à presença de microcalcificações na mamografia. O lipoma é uma proliferação benigna das células lipídicas. Apresenta-se como nódulo amolecido, bem delimitado e que pode atingir grandes proporções, causando deformidades. Também pode sofrer cistoesteatonecrose e causar o aparecimento de áreas endurecidas que se confundem com carcinoma. A conduta é a remoção cirúrgica, e a própria macroscopia antecipa o diagnóstico. O risco de uma mulher desenvolver carcinoma de mama pode ser avaliado por meio de três parâmetros: epidemiologia clínica, testes genéticos (pesquisa de BRCA1 e BRCA2) e histologia. Lesões não proliferativas (LNP) / Lesões proliferativas típicas (LPT) / Lesões atípicas (LPA) Os seguintes princípios gerais devem orientar o manejo das alterações benignas da mama: - Eliminar, o mais prontamente possível, o desconforto causado por essa alteração; - Excluir câncer, utilizando todo o arsenal propedêutico necessário; - Preservar a estética, sempre que for indicada intervenção; - Classificar o risco para câncer a partir de uma biópsia benigna e propor o esquema de seguimento; - Tranquilizar sempre. ➔ Neoplasias malignas O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, respondendo por cerca de 25% dos casos de neoplasia maligna diagnosticados a cada ano, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Embora as estatísticas demonstrem aumento mundial da sua incidência em todas as idades, sabe-se que após os 35 anos e, especialmente, após os 50 anos, há crescimento progressivo na sua incidência. A maioria dos cânceres de mama inicia no tecido mamário glandular que produz leite (lóbulos) e nos ductos que conectam esses lóbulos até a papila. O resto da mama é composto por gordura, tecido conectivo e tecido linfático. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver câncer de mama: idade, fatores endócrinos, idade reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários. A idade, em decorrência das alterações biológicas em função do envelhecimento e do acúmulo de exposições ao longo do tempo, é um dos principais fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer de mama. Além da idade, fatores endócrinos e reprodutivos referentes ao estímulo hormonal prolongado influenciam a incidência da doença. Menarca precoce (antes dos 12 anos), menopausa após os 55 anos, nuliparidade, primeira gestação após os 30 anos e uso de terapia hormonal na pós-menopausa por tempo prolongado são fatores de risco. A utilização de anticoncepcionais hormonais – embora haja resultados controversos em muitos estudos – é considerada fator de risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O dispositivo intrauterino com levonorgestrel, por sua vez, também parece aumentar o risco de câncer de mama em usuárias por 10 anos ou mais. Ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade na pós-menopausa, exposição à radiação ionizante e, provavelmente, o tabagismo também são fatores de risco para câncer de mama. Por fim, fatores genéticos/hereditários relacionados à presença de mutações em determinados genes (BRCA1 e BRCA2 são os mais frequentes) podem estar implicados na predisposição ao câncer de mama em cerca de 10% dos casos. Há critérios para identificar quais pacientes que devem ser investigadas nesse sentido. O carcinoma lobular in situ refere-se à presença de células de aspecto neoplásico dentro dos lóbulos mamários. Apesar de sua denominação, não é considerado uma neoplasia maligna, nem mesmo lesão precursora do carcinoma lobular invasor (CLI). Ainda hoje, representa apenas um marcador de risco para o desenvolvimento do câncer de mama; esse risco fica entre 30 e 40% ao longo da vida. Alguns estudos avaliando alterações genéticas em pacientes com CLIS, comuns de serem encontradasem pacientes com CLI, sugerem que, em algumas mulheres, pode ser lesão precursora. Representa apenas cerca 13% dos carcinomas in situ de mama e, na maioria das vezes, acomete pacientes entre 40 e 50 anos. Costuma ser achado anatomopatológico incidental de peças cirúrgicas, pois não tem representação imaginológica ou clínica. Não requer tratamento. Seu achado determina classificar a paciente acometida como de alto risco, passando a ter indicação de rastreamento rigoroso, quimioprevenção ou cirurgias redutoras de risco. O carcinoma ductal in situ (CDIS), ou intraductal, caracteriza-se pela substituição das células ductais epiteliais normais por células neoplásicas que se expandem dentro dos ductos sem invadir a membrana basal. Dessa forma, não têm capacidade de metastatizar, seja por via linfática ou hematogênica, não requerendo tratamento sistêmico adjuvante. É considerado lesão precursora do carcinoma invasor e sua presença aumenta em 10 vezes o risco de carcinoma invasor no futuro. Comumente manifesta-se pela presença de microcalcificações pleomórficas, agrupadas e com trajeto ductal na mamografia. Representa 15 a 30% dos cânceres detectados por mamografia e acomete, preferencialmente, mulheres entre 50 e 70 anos de idade. O tratamento local deve ser criterioso e tem intenção curativa. Entre as pacientes com CDIS que apresentam recorrência, a metade recorrerá como carcinoma invasor. Sua ressecção cirúrgica na totalidade está sempre indicada, e, apesar de não ter capacidade de disseminação sistêmica, o comprometimento mamário pode ser extenso a ponto de requerer mastectomia. Os carcinomas invasores são aqueles nos quais as células tumorais invadem tecidos adjacentes aos ductos mamários e apresentam a capacidade de metastatizar para sítios anatômicos distantes. Existe amplo espectro de fenótipos morfológicos, com tipos histológicos específicos, com diferentes prognósticos e, por vezes, características clínicas próprias. O tipo histológico mais comum é o CDI. Na maioria das vezes, os carcinomas invasivos estão associados com uma extensão variável de componente de carcinoma in situ. O carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum, correspondendo a 80 a 90% dos carcinomas de mama, dependendo da série avaliada. Os carcinomas ductais de tipos especiais (medular, tubular, etc.) compreendem 10 a 20% dos carcinomas invasivos, e apresentam, em geral, melhor prognóstico quando comparados ao CDI. Costuma apresentar-se como um nódulo sólido ou uma área de condensação no parênquima, com coloração acinzentada ou esbranquiçada, em geral, endurecido, com consistência de pera verde ao corte (carcinoma cirroso), o que depende da quantidade de fibrose no estroma, da elastose peritumoral e da presença de necrose e de calcificações relativamente grosseiras. As lesões podem ter formato espiculado ou circunscrito. O carcinoma lobular invasor constitui o segundo tipo mais comum de carcinoma infiltrante da mama, correspondendo a 5 a 15% dos carcinomas mamários, 13,14 sendo mais frequente em mulheres na pós-menopausa, principalmente após os 60 anos. Estudos recentes sugerem forte associação entre a terapia de reposição hormonal pós-menopausa e o aumento da incidência de CLI. Esse carcinoma também caracteriza-se pela maior frequência de multifocalidade e multicentricidade (30% dos casos), assim como maior tendência à bilateralidade (6-8% dos casos). A forma mais comum de apresentação é densidade assimétrica à palpação, sem nódulo bem definido e presença de assimetria e distorção arquitetural mamária no exame mamográfico. Apesar de considerado como condição única, existem subclassificações histológicas que apresentam padrões de agressividade diversos, desde o clássico (menos agressivo), o sólido, o alveolar, o em “anel de sinete” até o pleomórfico (mais indiferenciado e agressivo).
Compartilhar