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MAGNA NATALIA MARIN PIRES MARILDA TRECENTI GOMES NANCY TEREZINHA OLDENBURG KOCH 42 84 5 Fundação Biblioteca Nacional ISBN 978-85-387-5114-4 9 7 8 8 5 3 8 7 5 1 1 4 4 PRATICA EDUCATIVA DO PENSAMENTO MATEMATICO I PRATICA EDUCATIVA DO PENSAMENTO MATEMATICO I PR AT IC A ED UC AT IV A DO P EN SA ME NT O MA TE MA TI CO I Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br MAGNA NATALIA MARIN PIRES MARILDA TRECENTI GOMES NANCY TEREZINHA OLDENBURG KOCH PRATICA EDUCATIVA DO PENSAMENTO MATEMATICO I PRATICA EDUCATIVA DO PENSAMENTO MATEMATICO I IESDE BRASIL S/A Curitiba 2015 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________________________ P746p Pires, Magna Natalia Marin Prática educativa do pensamento matemático I / Magna Natalia Marin Pires, Marilda Trecenti Gomes, Nancy Terezinha Oldenburg Koch. - 1. ed. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, 2015. 176 p. : il. ; 24 cm. ISBN 978-85-387-5114-4 1. Matemática. 2. Lógica simbólica e matemática. I. Gomes, Marilda Trecenti. II. Koch, Nancy Terezinha Oldenburg. III. Título. 15-25775 CDD: 510 CDU: 51 ________________________________________________________________________________ 20/08/2015 21/08/2015 Capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: Istockphoto IESDE BRASIL S/A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br Todos os direitos reservados. © 2015 – IESDE Brasil S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Espe- cialista em Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Licenciada em Matemática pela UEL. Magna Natália Marin Pires Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Espe- cialista em Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Graduada em Matemática pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (CE- SULON), em Química pela Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio (FAFICOP) e em Ciências pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Marilda Trecenti Gomes Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especia- lista em Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Es- pecialista em Pedagogia Religiosa pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Licenciada em Matemática pelo Centro de Estudos Superiores de Lon- drina (CESULON). Nancy Terezinha Oldenburg Koch Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Apresentação Esta obra trata de uma relação de textos relacionados às práticas do ensino de Matemática. Nela trazemos formas de utilização de diversos materiais manipu- láveis apropriados aos conteúdos abordados em cada texto. O objetivo é que o estudante, ao ler cada texto, tenha compreensão do conteúdo matemático, da forma como ensiná-lo e do material que deverá utilizar para contribuir com a aprendizagem desse conteúdo. Para escrevê-lo, pautamo-nos em estudos e nas nossas práticas em sala de aula. Dessa forma, a obra que hoje se encontra em suas mãos tem “um pouco de uma sala de aula”. Esperamos que este trabalho contribua com a sua formação e daqueles que serão formados por você. As Autoras Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Geoplano ..................................................................................... 11 O que é o geoplano? ................................................................................................................ 12 Alguns tipos de geoplano ...................................................................................................... 12 Primeiro contato com o geoplano ...................................................................................... 14 Explorando localizações ......................................................................................................... 14 Explorando as figuras geométricas planas ...................................................................... 15 Só triângulos ............................................................................................................................... 16 Só quadriláteros ........................................................................................................................ 18 Ângulos ......................................................................................................................................... 19 Área e perímetro ........................................................................................................................ 20 O uso do tangram nas aulas de Matemática .................. 27 A compreensão do sistema de numeração decimal ........................................................... 43 O sistema de numeração egípcio ........................................................................................ 43 O sistema de numeração maia ............................................................................................. 45 O sistema de numeração decimal ....................................................................................... 47 Material Dourado: números naturais ................................ 57 Material Dourado: números decimais ............................. 79 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Algumas medidas convencionais .....................................105 Medidas de comprimento ....................................................................................................106 Perímetro ....................................................................................................................................107 Unidades de superfície .........................................................................................................107 Medidas de massa ..................................................................................................................108 Unidades de massa .................................................................................................................108 Volume e capacidade ............................................................117 O uso da calculadora nas aulas de Matemática .....................................................127 Utilização da calculadora no dia a dia e nas aulas de Matemática .................................................................................128 Desenvolvendo o conceito de chance ...........................139 Introduzindo o tema por meio de jogos ........................................................................140 Gabarito .....................................................................................149 Referências ................................................................................177 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A.,mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano Magna Natália Marin Pires Marilda Trecenti Gomes Nancy Terezinha Oldenburg Koch É de consenso geral entre os educadores a necessidade de uma mu- dança nas condições em que se processa a aprendizagem da Matemática. Entre as necessárias mudanças que são apontadas, estão: � a utilização de métodos de aprendizagem em que os alunos cons- truam o seu próprio conhecimento; � a utilização de materiais que contribuam para a formação de con- ceitos; � ligar a Matemática com o real; � abordar a Matemática por meio da resolução de problemas. Este capítulo pretende contribuir para a discussão da utilização de su- portes materiais para a aprendizagem da Matemática. Oportunizando ao aluno a experiência da matematização por meio da manipulação de materiais, estamos criando situações que favorecem o desenvolvimento do pensamento abstrato, além de estarmos fomentan- do uma atividade lúdica. Segundo Serrazina e Matos (1988), a formação de conceitos é a essência da aprendizagem da Matemática e ela deve ser baseada na experiência. O geoplano é um material que pode oferecer excelentes oportunidades no aprendizado da Geometria e das medidas por meio de experiências. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 12 O que é o geoplano? Consiste numa placa de madeira com pregos dispostos de modo a formar uma malha que pode ter vários aspectos estruturais. É acompanhado de um conjunto de elásticos que permitem desenhar. Configura um espaço geométrico em que os pontos são representados por pregos. Entre eles esticam-se elásticos do tipo atilho que possibilitam a repre- sentação de figuras geométricas. É um modelo que permite traduzir ou sugerir ideias matemáticas, constituin- do-se em um suporte para a representação mental, ou seja, um recurso que leva ideias abstratas à realidade. Alguns tipos de geoplano � Geoplano 3 x 3: aquele em que a malha é quadrada e tem três pregos de cada lado, totalizando nove pregos. � Geoplano 5 x 5: aquele em que a malha é quadrada e tem cinco pregos de cada lado, totalizando 25 pregos. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano 13 Seguindo esse raciocínio, podem ser construídos inúmeros geoplanos desse tipo, mudando-se apenas o número de pregos dos lados. � Geoplano isométrico: aquele em que os pregos são colocados na inter- secção das linhas. � Geoplano circular: nesse tipo de geoplano, os pregos são dispostos de forma circular. Ao trabalhar com o geoplano, o professor deve delinear bem os objetivos a serem alcançados, pois dessa forma ele se tornará um excelente meio para explorar problemas geométricos. É aconselhável que, paralelamente ao trabalho com o geoplano, o professor utilize papel pontilhado imitando a disposição dos pregos, para que o aluno reproduza, ou registre, o que fez no geoplano. Este capítulo pretende indicar alguns caminhos, procedimentos e formas de trabalho que contribuam para o exercício do professor com o conteúdo de Geometria. As atividades desenvolvidas nesta aula devem ser realizadas no geo- plano 5 x 5. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 14 Primeiro contato com o geoplano Para iniciar, o professor deve propor atividades que facilitem a familiarização do aluno com o geoplano. O aluno deve explorar o material com o objetivo de expe rienciar ideias geométricas iniciais. O desenho livre no geoplano é uma atividade que facilita o primeiro contato do aluno com o material. Nessa atividade, o aluno conhecerá o material, desco- brirá a utilidade dos pregos e aprenderá a manipular os elásticos. As atividades que envolvem desenhos livres no geoplano podem ser desen- volvidas com alunos de todas as idades, que devem ser estimulados a registrar os desenhos no papel pontilhado, não só os que eles próprios fizeram mas também o que outros desenharam. Essa atividade é enriquecedora no que se refere à representação gráfica. Seguem alguns exemplos de atividades que podem ser utilizadas com alunos que ainda não conhecem o geoplano: � desenhar objetos no geoplano e pedir para que outro aluno adivinhe do que se trata; � reproduzir no geoplano figuras que estão desenhadas no papel pontilha- do (os desenhos no papel pontilhado podem ser feitos pelo professor ou pelos próprios alunos); � fazer um desenho no geoplano, copiá-lo no papel pontilhado e pedir para que um amigo volte a desenhá-lo no geoplano; � desenhar diversas letras do alfabeto no geoplano e depois reproduzi-las no papel pontilhado. Explorando localizações É possível trabalhar com as localidades “interior”, “exterior”, “direita”, “esquer- da”, “fronteira”, entre outras, no geoplano. Esse trabalho pode ser relevante com as crianças da pré-escola ou mesmo com crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano 15 O trabalho pode ser desenvolvido em atividades como as apresentadas abaixo. � Observe as figuras desenhadas no geoplano e determine quantos pontos (pregos) estão no interior, no exterior e na fronteira de cada figura. As figuras podem ser: � Desenhe no geoplano 5 x 5 figuras que possuam: � quatro pregos na fronteira e um no interior; � oito pregos na fronteira e três no interior; � nenhum prego no exterior. Explorando as figuras geométricas planas O geoplano é um material muito apropriado para a introdução dos polígonos e posteriormente para a classificação dos mesmos. Neste trabalho, pode-se fazer a análise dos componentes das figuras: os lados, os vértices, os ângulos e as diagonais. As atividades seguintes são sugestões que objetivam a exploração dos con- ceitos citados anteriormente. � Desenhe polígonos1 no geoplano. 1 Nesse momento, o pro fessor deve definir o que são polígonos: “São figuras fechadas simples formadas apenas por segmento de reta.” Se neces- sário, o professor deve ainda esclarecer a definição de figuras simples, segmento de reta etc. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 16 � A partir das construções dos alunos, o professor pode montar com eles uma tabela como a que segue abaixo: Desenhos N. o de lados N.o de vértices N.o de ângulos Classificação 3 3 3 triângulos 4 4 4 quadriláteros 5 5 5 pentágonos 6 6 6 hexágonos Só triângulos Utilizando as construções que as crianças fazem, o professor pode, depen- dendo da faixa etária dos alunos, trabalhar com a classificação dos triângulos. Observem as atividades que seguem: � construa triângulos no geoplano 5 x 5; � registre no papel pontilhado todos os que encontrar; � desenhe um triângulo, no geoplano 5 x 5, que possua um número máximo de pregos no seu interior; � encontre uma maneira de classificar os triângulos desenhados nas ativi- dades anteriores. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano 17 Nessa última atividade, o professor deve fazer perguntas que conduzam os alunos a classificarem os triângulos quanto aos lados e quanto aos ângulos. Podendo, ainda, montar com eles as tabelas abaixo. Classificação dos triângulos quanto à medida dos lados Desenhos possíveis Nomenclatura Definição Equilátero Triângulo que possui os três lados de mesma medida. Isósceles Triângulo que possui dois lados de mesma medida e um lado de medida diferente. Escaleno Triângulo que possui os três ladosde medidas diferentes. Classificação dos triângulos quanto à medida dos ângulos Desenhos possíveis Nomenclatura Definição Acutângulo Triângulo que possui todos os ângulos internos com medidas menores que 90º. Obtusângulo Triângulo que possui um ângulo interno com medida maior que 90º. Retângulo Triângulo que possui um ângulo interno medindo 90º. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 18 Só quadriláteros Da mesma maneira que em relação aos triângulos, o professor pode trabalhar no sentido dos alunos conhecerem a classificação dos quadriláteros. Para esse trabalho, seguem algumas sugestões de atividades. � Desenhar polígonos de quatro lados no geoplano. � Reproduzir, no papel pontilhado, os polígonos conseguidos na atividade anterior. � Encontrar a medida do lado menor e do lado maior do quadrado possível de se desenhar no geoplano 5 x 5. � Construir um polígono que tenha, ao menos, dois lados paralelos e dois perpendiculares. Partindo das figuras construídas nas atividades anteriores, construa com os alunos uma tabela para classificação dos quadriláteros. Classificação dos quadriláteros Desenhos possíveis Nomenclatura Alguma propriedade Quadrado Figura que possui os quatro lados de mesma medida e os quatro ângulos internos medindo 90º. * Retângulo Figura que possui quatro ângulos retos e os lados paralelos, dois a dois, têm mesma medida. * Não esquecer que o quadrado é um retângulo especial. Classificação dos quadriláteros quanto aos ângulos Desenhos possíveis Nomenclatura Alguma propriedade Losango Figura que possui os quatro lados de mesma medida (o quadrado é um caso espe- cial de losango). Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano 19 Classificação dos quadriláteros quanto aos ângulos Desenhos possíveis Nomenclatura Alguma propriedade Trapézio Figura de quatro lados que possui dois lados opostos paralelos. Paralelogramo* Figura que possui quatro lados e os lados paralelos, dois a dois, têm mesma medida. * Pela propriedade anunciada, todos os quadriláteros são paralelogramos, porém a figura apresen- tada é a que recebe esse nome particular. Ângulos Para o trabalho com ângulos, sugerimos atividades que os evidenciem para chegarmos à sua classificação. Vejam as atividades que seguem. � Desenhe triângulos, quadrados e retângulos no geoplano 5 x 5 utilizando um elástico para cada lado. � Retire alguns elásticos das construções feitas anteriormente, deixando apenas alguns lados que se tocam num vértice (lados consecutivos). Abaixo, estão exemplos de figuras encontradas com essa atividade: � Quais dos ângulos anteriores foram conseguidos a partir de quadrados e de retângulos? Esses ângulos são chamados de ângulos retos. Compare-os com o canto de uma folha do seu livro ou uma folha de sulfite. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 20 � Quantos ângulos retos tem um retângulo? � Quantos ângulos retos tem um quadrado? � Quantos ângulos retos tem um triângulo? � Como se classificam os ângulos conseguidos a partir dos triângulos? Nesse momento, o professor classifica e define os ângulos agudo e obtuso. � Desenhe, no geoplano 5 x 5, uma figura com: � quatro lados e nenhum ângulo reto; � três lados e um ângulo reto; � três lados e um ângulo obtuso; � quatro lados e todos os ângulos agudos; � ângulos agudos apenas. Área e perímetro O geoplano é um excelente material para o trabalho com área e perímetro. Ele favorece a compreensão da diferença entre esses dois conceitos. A princípio, deve-se tomar como unidade linear a distância entre dois pregos: E a região limitada por quatro pregos como a unidade de área: Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano 21 Uma questão importante para um bom entendimento do significado de uma medida é a boa compreensão do processo envolvido. Para isso, é necessário que as crianças realizem medições utilizando medidas informais. O geoplano é um dos materiais apropriados para essa experiência. � Os pontos A e B marcados no papel pontilhado representam a casa de uma criança e a escola na qual ela estuda. Existem duas opções de cami- nho para ir da sua casa (A) até a escola (B). Os caminhos estão representa- dos a seguir. Qual dos dois é o mais curto? � Desenhe alguns quadrados no geoplano. Calcule o perímetro de cada um deles. � Qual é a área de cada um dos quadrados para os quais você acabou de calcular o perímetro? � Discuta com seus colegas a diferença entre perímetro e área. � Determine a área das seguintes figuras: � Desenhe três figuras diferentes de área igual a 6 (seis) unidades. A seguir, calcule o perímetro de cada uma delas. � Desenhe, no geoplano, figuras com perímetro 10. Calcule a área de cada uma delas. Repita o procedimento para figuras com 12 de perímetro. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 22 � Desenhe uma figura com área de 8 unidades e perímetro máximo. Agora, de- senhe uma figura com área 8 e perímetro mínimo. � No geoplano, desenhe figuras com os seguintes perímetros e áreas: Perímetro Área 12 9 10 4 12 8 8 4 12 6 14 10 10 5 � Figuras de áreas iguais possuem perímetros iguais? � Figuras de perímetros iguais possuem áreas iguais? As atividades sugeridas são apenas exemplos de questões que, desenvolvi- das no geoplano, podem ajudar na compreensão dos significados das medidas de comprimento e de área. É importante que essas medidas sejam confrontadas para que os alunos percebam a particularidade de cada uma delas. Texto complementar Frações (SERRAZINA; MATOS, 1988) O geoplano pode ser utilizado para o estudo de números fracionários. A construção dos conceitos de metade e de partes iguais pode ser explorada como uma propedêutica ao estudo das frações começando pelo menos no ensino primário. Propomos, nesta seção, um conjunto de atividades em que o geoplano é transformado num modelo que pode servir de apoio ao estudo das frações. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano 23 Atividade 1 – Tomando como unidade de área a área do retângulo da figura VI.11.1, quais são as áreas das figuras VI.11.2 e VI.11.3? Fig. VI. 11.1 Fig. VI. 11.2 Fig. VI. 11.3 Agora, tomando como unidade de área o quadrado da figura VI.12.1, quais são as áreas das figuras VI.12.2 e VI 12.3? Fig. VI. 12.1 Fig. VI. 12.2 Fig. VI. 12.3 Atividade 2 – Um mapa do reino da Trianglovânia está representado na figura VI.13.1. O rei Isósceles morreu de repente e deixou o reino aos quatro filhos. Cada filho deverá receber uma parte igual do reino, e cada parte deverá ter a mesma forma que o reino original. Use só um elástico para divi- dir o reino para os quatro filhos. Fig. VI. 13.1 Atividade 3 – Construa, num geoplano 5 x 5, uma figura que possa ser dividida em três e depois em quatro partes iguais. Discuta as diversas solu- ções e compare-as. Ao exprimir a área de uma superfície em função da área de outra, aparece a necessidade dos números fracionários, como acontece na atividade 1. Os conceitos de metade e de partes iguais aparecem nas atividades 2 e 3. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 24 Atividades 1. Enumere alguns conteúdos que possam ser trabalhados utilizando o geoplano. 2. Cite alguns tipos de geoplanos. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parteintegrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Geoplano 25 3. Construa, num geoplano ou no papel pontilhado, figuras com 5, 6 e 7 lados. 4. Calcule o perímetro e a área das figuras construídas no item anterior. Dica de estudo PIRES, Célia C.; NUNES, Maria. Matemática no Planeta Azul – 3.ª série. [s.l.]: FTD. Esse livro traz atividades com o geoplano. Procure também em outros livros didáticos atividades desenvolvidas com o geoplano. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática Diversas são as referências feitas ao uso do jogo no ensino de Mate- mática. Eventos realizados por profissionais da Educação Matemática têm apresentado trabalhos que abordam o jogo como forma de ensinar. O jogo tem sido apresentado como alternativa para a utilização do lúdico no ensino de Matemática, uma vez que muitos são os trabalhos que apontam a Matemática como uma disciplina normalmente ensinada sem atrativos, levantando a problemática do fracasso no seu ensino. Embora o jogo tenha sido usado em Educação desde a Roma e a Grécia antigas, apenas no século XX, com Piaget, Bruner, Wallon e Vygotsky, se- gundo Kishimoto (apud MOURA, 1994), o jogo passou a ser utilizado com fins pedagógicos, buscando trazer contribuições ao ensino e à aprendiza- gem. É um elemento externo que atua internamente no sujeito, possibili- tando novas estruturas de pensamento. O jogo deve ser usado de modo intencional para que seja visto como uma ferramenta do conhecimento, e precisa de um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos tanto matemáticos como culturais. Assim, é percebido numa perspectiva de conteúdo com a finalidade de re- solver problemas, dando a oportunidade de trabalhar conteúdos culturais inerentes ao próprio jogo. Vários são os jogos que usualmente estão sendo empregados nas salas de aula. O tangram, por exemplo, está sendo utilizado para trabalhar vários conteúdos matemáticos. Várias são as versões desse jogo chinês milenar, o quebra-cabeça – tangram. A palavra tangram vem de Tchi Tchiao Pan, cujo significado, “sete peças da sabedoria”, parece ter algum propósito religioso ou místico quando emprega as suas sete peças para descrever o mundo. Há outras versões para o significado da palavra tangram. Tan pode estar relacionada à dinastia de Tan (618-906) e gram significa algo desenhado ou escrito tal qual um diagrama (SOUZA et al., 1997). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 28 O tangram tem sido utilizado nas aulas de Matemática para o desenvolvimen- to do raciocínio geométrico, percebendo formas, representando figuras geomé- tricas, construindo e criando. Com suas sete peças é possível criar e montar fi- guras diversas como animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números, figuras geométricas etc. Jogos como o tangram permitem promover a compreensão de um conceito, seu processo de construção e as habilidades envolvidas nessa construção. As regras desse jogo consistem em formar, por meio de montagem com suas sete peças, sem sobreposição, figuras diversas. Por meio das peças que compõem o tangram podem-se explorar conteúdos matemáticos específicos e também propiciar o desenvolvimento de habilidades de pensamento, de acordo com o envolvimento e a maturidade dos alunos. O tangram é formado por sete peças, com formas geométricas bem conhe- cidas. É composto por cinco triângulos retângulos e isósceles, sendo dois triân- gulos grandes (T), um médio (M) e dois pequenos (t), além de um quadrado (Q) e um paralelogramo (p), que se originam de um quadrado, conforme a figura abaixo: t p tT T M Q Figura 1. Para a construção do tangram é necessário observar os ângulos retos, os para- lelismos e pontos médios da construção. Pode-se, também, desenhar em cartolina, emborrachado ou outros materiais e, em seguida, recortar as sete peças. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática 29 A seguir estão representados os passos para a construção de um tangram. Primeiro passo: dobre o pedaço de papel na forma de um quadrado na sua diagonal, conforme a figura 2. Figura 2. Segundo passo: desdobre o papel e risque sobre a marca da dobra (fig. 3). Figura 3. Terceiro passo: dobre o papel na outra diagonal (fig. 4). Figura 4. Quarto passo: desdobre o papel e risque sobre a marca da dobra apenas do vértice até a outra diagonal, conforme a figura 5. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 30 Figura 5. Quinto passo: dobre o papel de forma que o vértice de onde não está desenha- da a diagonal una-se ao ponto de encontro das diagonais, conforme a figura 6. Figura 6. Sexto passo: risque sobre a marca da dobra, conforme a figura 7. Figura 7. Sétimo passo: prolongue a diagonal não finalizada até a última linha traçada (fig. 8). Figura 8. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática 31 Oitavo passo: dobre o papel de forma que o vértice que está sobre a diagonal riscada toque o centro do papel – encontro das diagonais (fig. 9). Figura 9. Nono passo: desdobre o papel e risque sobre a dobra que vai do ponto médio do lado do papel quadrado até encontrar a diagonal, conforme a figura 10. Figura 10. Décimo passo: dobre o papel de forma que o lado direito fique paralelo ao esquerdo e o ponto médio deste lado coincida com o ponto de encontro das diagonais (fig. 11). Figura 11. Décimo primeiro passo: desdobre o papel e risque sobre a marca dobrada apenas do ponto médio do triângulo do canto inferior direito até tocar a diago- nal (fig.12). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 32 t t p T T Figura 12. O tangram está pronto. Agora é só recortar as peças, a partir dos dois triângu- los grandes, um médio, dois pequenos, um quadrado e um paralelogramo. É importante o aluno perceber que o tangram se compõe de sete peças que, juntas, formam uma peça quadrada: a área das sete peças juntas equivale à área da peça quadrada que forma o tangram (princípio da conservação da área). O jogo do tangram se justifica por si só. No entanto, sua utilização pedagógica deve ir além do prazer de jogar, podendo ter diferentes objetivos. Ele pode ser utilizado para identificar formas geométricas, compor e decompor figuras, fazer relações entre os elementos de uma figura, explorar os conceitos de área e perímetro, resolver problemas que envolvam o Teorema de Pitágoras, relacionar área e perímetro, trabalhar classificação etc. É interessante que, no primeiro momento, as crianças brinquem tentando formar figuras quaisquer, como de animais (pato, coelho) e objetos (barco, vela) etc. Após, iniciar com outras atividades para que elas percebam as características das formas geométricas. Uma das atividades a ser feita com o aluno é separar as peças do tangram e solicitar que ele monte a peça quadrada novamente. Outra atividade para as crianças mais novas é oferecer-lhes um modelo de- senhado em tamanho reduzido e solicitar que montem um semelhante com as peças do tangram ou vice-versa. Isto é, oferecer a montagem de uma figura com as peças do tangram e solicitar que os alunos a reproduzam com lápis e régua. Os alunos também devem ser estimulados a observar as características de cada uma das peças e compará-las, como na explicaçãoa seguir. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática 33 Q M p t tT T As peças triangulares indicadas com a letra T são iguais e suas hipotenusas (lados opostos ao ângulo de 90º) são iguais ao lado da peça quadrada original (com as sete peças). Seus catetos medem o dobro dos catetos das peças triangu- lares indicadas pela letra t, que também equivale ao lado da peça quadrada. A peça triangular indicada com a letra M tem catetos iguais à metade do lado da peça quadrada original, e sua hipotenusa é igual à metade da diagonal da peça quadrada original. Relações como essas, feitas anteriormente, e também outras relações com as demais peças do tangram, devem ser percebidas pelos alunos. É relevante que o aluno perceba, por exemplo, que um dos lados do paralelogramo indicado pela letra p é igual à metade do lado da peça quadrada original. Embora a regra do jogo do tangram seja montar objetos com as sete peças, podem-se trabalhar outras variações, como a montagem de uma peça quadrada com apenas peças triangulares de alguns tangrans (nesse caso, faz-se necessário ter mais de um conjunto de peças). Com essa atividade, os alunos deverão perceber que cada conjunto de dois conjuntos de peças triangulares pequenas forma um médio e que cada con- junto de dois médios forma uma peça triangular grande. Com isso, para formar peças quadradas apenas com peças triangulares, os alunos terão que descobrir o número de tangrans necessários para formar certas peças quadradas maiores. In- clusive o quadrado do tamanho original do tangram. É sempre relevante que eles façam os contornos das peças numa folha de papel e enumerem a quantidade de peças triangulares que foi utilizada na construção de cada peça quadrada. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 34 Exemplos: Neste caso, foram utilizadas três peças triangulares médias e duas pequenas. Neste outro caso, utilizaram-se quatro peças triangulares pequenas e duas grandes. A Geometria permite desenvolver o senso espacial, favorecendo a capacidade de comparar, classificar, identificar e descrever figuras geométricas. Nesta atividade, o que se deseja é que o aluno perceba relações de composição exis- tentes entre as diversas peças do quebra-cabeça (tangram). Professor e alunos devem fazer novas proposições para novas montagens. Seguem alguns exemplos. � Figuras montadas com apenas duas peças triangulares pequenas. � Figuras montadas com duas peças triangulares pequenas e uma peça triangular média. � Pode-se montar uma peça triangular grande com as peças que se desejar. Existem quantas possibilidades para isso? � Caso se queira montar uma peça quadrada usando apenas duas das peças de um único tangram, como se poderia obtê-la? � E com três peças? E com quatro? � Mostre como foi possível cada uma dessas soluções. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática 35 São inúmeras as atividades que podem ser realizadas utilizando peças de um único tangram ou de mais de um. Exemplo: monte um octógono apenas com peças triangulares pequenas e peças quadradas. Como foi colocado anteriormente, pode-se utilizar o tangram para trabalhar outros conteúdos matemáticos como áreas, frações, relação de área e fração de uma peça em relação à outra etc. Ao se trabalhar com séries mais elevadas, podem-se propor problemas de níveis mais complexos, como solicitar aos alunos que construam um tangram não apenas com dobradura mas também utilizando régua e compasso para depois utilizá-lo trabalhando semelhança de peças triangulares, áreas de outros polígonos formados pela composição de peças etc. Como se pode perceber, o uso do tangram é uma estratégia rica para ensi- nar vários conteúdos matemáticos, os quais são trabalhados de forma lúdica e sem grandes gastos. Assim, esse jogo pode ser utilizado nas escolas de todos os níveis e condições econômicas, de forma individual ou em grupos. Texto complementar O lado sério do jogo: a possibilidade de aprender (MOURA, 1994) O raciocínio mais ou menos decorrente do fato de que os sujeitos apren- dem por meio do jogo é de que este possa ser utilizado pelo professor em sala de aula. As primeiras ações dos professores que se apoiam em teorias constru- tivistas foram as de tornar os ambientes bastante ricos, em quantidade e variedade de jogos, para que os alunos pudessem, pela manipulação dos mesmos, descobrir conceitos inerentes às estruturas dos jogos. Essa concep- ção tem levado a práticas espontaneístas de utilização dos jogos nas escolas. A sustentação de tal prática pode ser encontrada nas teorias psicológicas que colocam apenas no sujeito as possibilidades de aprender, desconside- rando elementos externos como possibilidades da aprendizagem. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 36 São concepções de aprendizagem subjetivistas que colocam o conheci- mento como produto de articulações internas aos sujeitos. Para essa visão, a atividade direta do aluno sobre os objetos de conhecimento é a única fonte válida de aprendizagem e assume implicações que qualquer tentativa de inter- venção do professor para transmitir um conhecimento estruturado está fadada ao fracasso ou a produzir um conhecimento meramente repetitivo (COLL). Essas concepções têm como principal característica a crença de que o desenvolvimento cognitivo é a sustentação da aprendizagem. Asseguram que para haver aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha um de- terminado nível de desenvolvimento. Tal crença tem levado muitos educa- dores a serem colocados na posição dos que apenas promovem situações desafiadoras para os sujeitos em situação escolar. As situações de jogo são consideradas como parte das atividades pedagógicas porque são elementos estimuladores do desenvolvimento. Nesse sentido, o jogo é elemento do ensino apenas como possibilitador de colocar o pensamento do sujeito em ação. O jogo é o elemento externo que irá atuar internamente no sujeito, possibilitando-o a chegar a uma nova estrutura de pensamento. Dessa forma, o jogo, ainda sendo essa concepção, deve ser usado na educação matemática, obedecendo a certos níveis de co- nhecimento dos alunos, tidos como mais ou menos fixos. O material a ser distribuído para os alunos deve ter uma estruturação tal que lhes permita dar um salto na compreensão dos conceitos matemáticos presentes. É assim que materiais estruturados como blocos lógicos, material dourado, cuisenaire e outros, na maioria decorrente destes, passaram a ser veiculados nas escolas. A visão do conhecimento puro, aquele que decorre apenas do amadure- cimento de estruturas internas, levou à prática na qual os conteúdos eram pouco relevantes e por priorizarem o desenvolvimento destas estruturas levou a uma concepção de jogo como promotor desse desenvolvimento. O uso de sucatas para a confecção de brinquedos, jogos de montar e a reto- mada do uso de materiais de ensino sem objetivos pedagógicos claros é a con- cretização da concepção que entende a construção do conhecimento como fe- nômeno essencialmente individual e regido apenas por leis internas ao sujeito. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática 37 A Educação Matemática, na década de 1960, viveu uma situação que po- deríamos dizer esteve à beira da esquizofrenia. Ao mesmo tempo em que se apoiava em teorias psicológicas que defendiam a utilização de materiais concretos como facilitadores daaprendizagem, utilizava-se de uma lingua- gem matemática altamente sofisticada, obedecendo às estruturas lógicas desta ciência, acreditando em outro paradigma da Psicologia da época: a estrutura do conhecimento matemático se aproxima das estruturas psicoló- gicas dos sujeitos (PIAGET). Disto decorreu o aparecimento de propostas de ensino de Matemática em que se destacou a ênfase na linguagem e na visão estruturalista, também presente na produção matemática. O surgimento de novas concepções sobre como se dá o conhecimento tem possibilitado novas formas de considerar o papel do jogo no ensino. São as contribuições da Psicologia, de cunho sociointeracionistas, que vêm estabelecer novos paradigmas para a utilização do jogo na escola. Também essa concepção acredita no papel do jogo na produção de co- nhecimentos tal como a ante rior. Diferencia-se daquela ao considerar o jogo como impregnado de conteúdos culturais e que os sujeitos, ao tomarem contato com os mesmos, fazem-no por meio de conhecimentos adquiridos socialmente. Ao agirem assim, esses sujeitos estão aprendendo conteúdos que lhes permitem entender o con junto de práticas sociais nas quais se inserem. Nesse sentido, as concepções sociointeracionistas partem do pressuposto de que a criança aprende ao lidar com o jogo de regra e também desenvolve suas estruturas cognitivas ao lidar com os mesmos. Nessa concepção, o jogo promove o desenvolvimento, porque está impregnado de aprendizagem. E isso ocorre porque sujeitos, ao jogarem, passam a lidar com regras que lhes permitem a compreensão do conjunto de conhecimentos veiculados socialmente, permitindo-lhes novos elementos para apreenderem os conhe- cimentos futuros. O jogo, nessa visão da Psicologia, permite a apreensão dos conteúdos, porque coloca os sujeitos diante das impossibilidades de resolverem, na prática, as suas necessidades psicológicas, para faz-de-conta, do jogo regra- do pela lógica vivenciada ou criada para solucionar as impossibilidades de tornar realidade o seu desejo (LEONTIEV). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 38 Uma decorrência dessa visão é o aparecimento dos cantinhos de jogos, das brincadeiras de faz-de-conta etc. O jogo como promotor da aprendiza- gem e do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares. A perspectiva de que é importante aliado de situações de jogos pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola, como também pode estar promovendo o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas. O jogo na Educação Matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando se considera que ele é promotor de aprendizagem da crian- ça, colocada diante de situações em que, ao brincar, apreen de a estrutura lógica do material e deste modo apreende, também, a estrutura matemática presente. Essa poderia ser tomada como fazendo parte da primeira visão de jogo que tratamos até aqui. Já na segunda concepção, esse deve estar carregado de conteúdo cultural e, sendo assim, o seu uso requer um certo planejamen- to que considere os elementos sociais em que se insere. O jogo, desse modo, é visto como conhecimento feito e também se fazen- do, é essa característica que exige o seu uso de modo intencional. É educati- vo e, sendo assim, requer um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais, de uma maneira geral. Nesta perspectiva, o jogo será conteúdo assumido com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas possibilitando ao aluno a oportunidade de estabelecer planos de ações para atingir determinados objetivos, a executar jogadas segundo este plano e a avaliar a eficácia destas jogadas nos resultados obtidos. Desta maneira, o jogo aproxima-se da Matemática via desenvolvimento de habilidade de resolução de problemas (MOURA) e, mais, permite traba- lhar os conteúdos culturais inerentes ao próprio jogo. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática 39 Atividades 1. Monte com todas as peças do tangram um peixe, um coelho e um navio (lembre-se que as peças não podem ser sobrepostas). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 40 2. Faça a leitura complementar e escreva as diferentes concepções de jogos apresentadas no texto. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br O uso do tangram nas aulas de Matemática 41 3. Com as peças de um único tangram, encontre todas as possibilidades de se construir uma peça quadrada usando: a) duas peças; b) três peças; c) quatro peças. Dica de estudo SOUZA, Eliane Reame de et al. A Matemática as Sete Peças do Tangram. 2. ed. São Paulo: IME-USP, nº 7, 1997. Esse livro traz atividades com o Tangram que abordam diversos conteúdos matemáticos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br A compreensão do sistema de numeração decimal Estamos habituados a fazer uso da numeração indo-arábica, de base dez, em várias situações. Mas nem sempre foi assim: houve um tempo em que o homem não sabia contar. Não sabia relacio nar a quantidade de elementos de uma coleção com uma ideia precisa, o que hoje denominamos número. Inúmeras línguas escritas, antigas ou modernas, trazem as marcas das limitações primitivas e, com o passar do tempo, o homem começou a fazer uso de estratégias para conseguir maior exatidão quantitativa. É chamado de sistema de numeração o conjunto de regras utilizado para escrever números. Antigas civilizações possuíam formas bastante or- ganizadas para registrar os números. Conhecer algumas delas nos ajuda a compreender nosso próprio sistema de numeração e suas propriedades. Faremos, a seguir, algumas atividades com a numeração egípcia e a nu- meração maia, tentando entender as regras de cada sistema, assim como a base sobre a qual cada um deles se apoia. O que é a base de um sistema de numeração? Base de um sistema é a quantidade escolhida no processo de agrupar e reagrupar os elementos de um conjunto. Por exemplo, no sistema de numeração decimal, a base é dez. O sistema de numeração egípcio Os egípcios da Antiguidade criaram um sistema muito interessante para registrar quantidades, baseado em agrupamentos. O número 1 era representado por uma figura que parecia um bastão: 2 I I 6 I I I I I I 3 I I I 7 I I I I I I I 4 I I I I 8 I I I I I I I I 5 I I I I I 9 I I I I I I I I I Quando chegavam a 10, eles trocavam as dez marcas I I I I I I I I I I por um novo símbolo: . Feito isso, continuavam até o 19: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 44 10 15 I I I I I 11 I 16 I I I I I I 12 I I 17 I I I I I I I 13 I I I 18 I I I I I I I I 14 I I I I 19 I I I I I I I I I O 20 era registrado por , 30 era , 40 era e assim por diante. Para registrar o 100, ao invés de dez marcas , eles troca- vam esse agrupamento por um símbolo novo, que parecia um pedaço de corda enrolada: Veja os símbolos usados pelos egípcios e o que significava cada marca. Símbolo egípcio Descrição Nosso símbolo bastão 1 calcanhar 10 rolo de corda 100 flor de lótus 1 000 dedo apontando 10 000 peixe 100 000 homem 1 000 000 Podemos explicitar as regras para o uso desses símbolos da seguinte forma: � cada marca só pode ser repetida nove vezes; Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrantedo acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br A compreensão do sistema de numeração decimal 45 � cada dez marcas são trocadas por outra, de um agrupamento superior; � para saber o valor do número escrito, é preciso somar o valor dos símbolos utilizados e por isso dizemos que nesse sistema está presente o princípio aditivo; � a numeração egípcia não possuía um símbolo para o zero; � a numeração egípcia não é posicional e assim tanto faz escrever o número 23 como sendo I I I ou I I I O sistema de numeração egípcia tem base dez, pois as trocas são efetuadas a cada grupo de dez símbolos. Observe como eles escreviam, por exemplo, o número 322: O sistema de numeração maia Agora, observe como os sacerdotes maias registravam os números. Numeração maia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 46 Você saberia dizer qual a base desse sistema? À primeira vista, essa numeração parece ter base cinco, mas não é assim. Uma mudança significativa ocorre ao se escrever o número 20 (como explicaremos abaixo) e então dizemos que a base da numeração maia é 20. As regras para o uso desses símbolos podem ser definidas conforme abaixo. � As unidades de primeira ordem – números até 19 – são representadas por símbolos bem simples: pontos e traços. � De um a quatro pontos para as quatro primeiras unidades. � Um traço horizontal para o 5. � Um, dois, três e quatro pontos acima do traço para os números de 6 a 9. � Dois traços para o 10 e assim por diante. � Números superiores a 20. � São escritos em forma vertical, com uma fileira para cada ordem de unidades. � Para números compostos de duas ordens, coloca-se o algarismo das unidades simples na parte de baixo e o algarismo das vintenas na parte de cima. Assim, o número 25 = 1 . 20 + 5, é escrito do seguinte modo: 25 O que coloca em evidência o princípio multiplicativo. � Também dizemos que o sistema de numeração maia é posicional, uma vez que o lugar ocupado pelos algarismos determina seu valor. � Nesse sistema, vale o princípio aditivo, pois é necessário somar para saber o valor do número. � Os maias possuíam um símbolo para o zero. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br A compreensão do sistema de numeração decimal 47 O sistema de numeração decimal Para demonstrar o funcionamento deste sistema usaremos a ilustração de um ábaco, porque essa visualização facilita a sua compreensão. Dessa forma, também podemos reproduzir a tentativa dos antigos hindus e traduzir a ação do ábaco na linguagem dos numerais. Possivelmente, essa organização contribuiu para a invenção posicional do nosso sistema. Vamos imaginar uma situação na qual efetuamos uma contagem com auxílio do ábaco. As unidades são representadas na primeira coluna da direita para a esquerda, à qual chamaremos coluna da primeira posição. 4 unidades O número máximo de unidades que se pode representar nessa coluna é nove: quando são inseridas dez unidades, é necessário fazer uma troca. Tiram-se as dez unidades que são trocadas por uma unidade, e é colocada na coluna que ocupa a segunda posição. Os elementos dessa segunda coluna representam uma ordem imediatamente superior, ou seja, uma dezena. 10 unidades 1 dezena Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 48 Após a primeira dezena, a contagem continua pela casa das unidades. Mais dez unidades na primeira coluna são trocadas por uma unidade na segunda, e continua-se a contagem sempre pela posição das unidades. Supondo que o número de unidades contadas seja 35, a representação no ábaco será: Podemos resumir as regras desse sistema conforme abaixo. � Sua base é dez, porque os agrupamentos são feitos de dez em dez. � É posicional, pois um mesmo símbolo representa valores diferentes de- pendendo da posição que ocupa. Por exemplo, no número 544, o numeral 4 na primeira posição tem valor 4 e na segunda posição vale 40. � O sistema também utiliza o zero. � É multiplicativo, pois cada algarismo representa o produto dele mesmo pelo valor da posição que ocupa. Por exemplo, o número 245: 245 = 2 . 100 + 4 . 10 + 5 . 1 � É aditivo: 245 = 200 + 40 + 5 � É econômico em relação aos símbolos que utiliza, pois com apenas dez símbolos diferentes (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0), escreve-se qualquer número. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br A compreensão do sistema de numeração decimal 49 Texto complementar Senso numérico e contagem Algumas aves e alguns insetos possuem aquilo que os cientistas chamam de senso numérico. Dentre os mamíferos, somente os homens também o possuem. É isso que nos permite olhar uma coleção e dizer instantaneamen- te: são duas árvores, três canetas ou quatro homens. O senso numérico per- mite apenas isso: dois, três ou quatro. Embora alguns insetos e mesmo pássaros o possuam em escala maior, seu uso parece restrito à própria sobrevivência, mas o homem foi além, de- senvolvendo um atributo bem mais eficaz, a contagem. Numerando os ob- jetos, um a um, podem ser contados conjuntos de coisas muito maiores do que os percebidos pelo senso numérico. Como conseguimos atravessar o caminho do senso numérico para o da contagem? Não existe uma resposta simples, mesmo porque temos de ima- ginar que o homem primitivo não escrevia, só falava. E, palavras, como sabe- mos, o vento leva. Devemos também considerar que algumas tribos muito primitivas, nossas contemporâneas, possuem palavras numéricas, mas ne- nhuma palavra para “número”. Da mesma forma, têm palavras para “verme- lho”, “azul”, “amarelo” ou “branco”, mas nenhuma para “cor”. Deve ter passado muito tempo antes de o homem perceber que um par de pombos, um casal de coelhos, dois namorados, o dia e a noite, eram todos instâncias de uma mesma ideia: o número 2. Quando crianças, nosso sono foi embalado por histórias de pastores que passavam o dia na montanha tomando conta de ovelhas. O que essas his- tórias não contavam é que, naquele tempo em que não existiam computa- dores, papel, lápis e qualquer registro de números, os pastores carregavam consigo dois embornais: um vazio e outro com tantas pedrinhas quantas ovelhas havia no rebanho. Pela manhã, o pastor tirava uma pedrinha do embornal cheio e punha no vazio para cada ovelha que saísse do curral. Ao voltar à tarde, repetia a operação. Procedendo assim, ele sabia se todas as ovelhas haviam voltado em segurança. Embora não fosse capaz de contar como nós fazemos hoje, o pastor chegava a um conceito numérico sem usar o artifício da contagem. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 50 Como o pastor, até hoje chegamos a um conceito numérico sem usar o artifício da contagem. Você vai ao teatro, entra na sala de espetáculos e ve- rifica: não há nenhuma cadeira vazia, mas também não há ninguém em pé. Você conclui que as duas coleções, a de pessoas e a de cadeiras, têm exata- mente o mesmo número, ainda que não saiba qual é ele. Esse processo de verificação é muito usado em matemática e tem o nome de “correspondência um a um”. Associamos objetos de duas coleções, um a um, até que uma das coleções (ou as duas, como no nosso exemplo do teatro) esteja esgotada. Muitos matemáticos, filósofos, antropólogos e historiadores já estudaram, e ainda estudam, a dificuldade que devemos ter enfrentado para chegar ao con- ceito abstrato de número, a partir do nosso precário senso numérico. Seja uma pessoa primitiva, seja uma que trabalha com computadores, creiam, semcerto truque não conseguimos perceber conjuntos com quatro ou mais elementos. Parece ser esse o nosso limite quanto ao senso numérico. E o truque é associar senso numérico com o artifício da comparação de coleções: a contagem. Nossos ancestrais recorreram a esse truque durante muito tempo, antes de serem capazes de dar símbolos e, mais tarde, nomes às coleções-padrão, aquelas que serviam sempre para serem comparadas com as outras. Para fazer registros de rebanhos ou de exércitos, faziam entalhes em árvores ou em ossos, ou ainda empilhando seixos ou cálculos. Podemos rastrear essa origem verificando que as palavras “talha” e “cálculo”, respectivamente, vêm do latim talea, que significa corte, e calculus, que significa seixo. Daí para os números foi um pulo. Antes, porém, foi preciso criar as coleções- -modelo para fazer a correspondência um a um. Parece que nossos antepassa- dos escolheram esses modelos em seu ambiente natural. As asas de um pássaro, por exemplo, podem ter simbolizado o número II, que é a propriedade comum a todas as coleções que podem ser colocadas em correspondência, um a um, com as asas de um pássaro. Um trevo representou o algarismo III; as pernas de um animal, o quatro; os dedos das mãos, o cinco; e assim por diante. Depois de muito tempo, o símbolo e a palavra numérica tornaram-se um modelo tão bom quanto o objeto natural. Perceba que esse processo baseia- -se na correspondência e não implica nenhuma contagem. Ele é chamado de número cardinal. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br A compreensão do sistema de numeração decimal 51 Falamos sobre os números cardinais, aqueles que se baseiam na corres- pondência. Suponha que numa sala existam cinco cadeiras. Se alguém per- guntar quantas cadeiras há na sala, não será necessário gastar muito para responder. Basta levantarmos os cinco dedos de uma mão (número cardinal) e se estará, dessa forma, associando um a um os elementos de uma coleção- -padrão (a mão) à coleção de cadeiras da sala. Se se quiser, porém, contar a mesma coleção de cadeiras, pode-se erguer ou abaixar os dedos em sucessão e pronto. Os dedos serviram, agora, como modelo ordinal, ou seja, foi possível contar as cadeiras em ordem, uma após a outra. Essa espécie mágica de dedos e mãos é só um artifício que nos permite passar, sem perceber, dos números cardinais para os ordinais. Essa é a sutil diferença entre um e outro. Desde pequenos aprendemos a passar com tanta facilidade dos cardinais para os ordinais que esses números acabam se confundindo e parecem uma coisa só. E essa história de usar os dedos da mão como recurso é muito antiga. Vestígios dessa contagem aparecem praticamente em todas as línguas primitivas. Na maioria delas, o número 5 é expresso pela palavra “mão”, o 10, por “duas mãos” ou “homem”, e os números, até 4, receberam os nomes dos quatro dedos. Embora se possa cair na tentação de achar que os números cardinais tenham surgido antes dos ordinais, pesquisas sobre antigas civilizações e mesmo a origem das palavras revelam que não foi assim. Onde quer que se encontre uma técnica numérica, os dois aspectos – car- dinal e ordinal – estão presentes. Sozinho, o número cardinal não consegue criar uma aritmética. Para isso, precisamos passar de um número para outro, e daí a necessidade da ordinalidade. A comparação isolada parece ser inca- paz de criar a arte de calcular. Por esse motivo, foi preciso os homens apren- derem a arranjar as coisas de forma ordenada. São os princípios da correspondência (os cardinais) e da sucessão (ordi- nais) que formam a base da matemática. Com a ajuda das mãos, é claro! Sem elas, talvez o homem não conseguisse sucesso nos cálculos para, a partir daí, desvendar indefinidamente os mistérios da ciência. (Disponível em: <www.scipione.com.br/educa/ oficinas/matematica/01/artigo/artigo_062002.htm>.) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 52 Atividades 1. Escreva em algarismos egípcios os seguintes números: a) 205 b) 1 430 c) 2 007 d) 100 036 2. Represente com o nosso sistema os números: a) b) c) d) Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br A compreensão do sistema de numeração decimal 53 3. Escreva com numerais maias os seguintes números: a) 43 b) 82 c) 106 4. Represente, com o nosso sistema de numeração, os números: a) b) c) d) e) 5. Faça a leitura das quantidades representadas nos ábacos: a) b) c) 6. Represente, nos ábacos, as quantidades solicitadas: a) 528 b) 604 c) 450 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 54 7. Segundo o texto, o que significa posicionalidade de um sistema? 8. Quais as principais vantagens do sistema de numeração decimal sobre o sis- tema egípcio? Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br A compreensão do sistema de numeração decimal 55 Dica de estudo IFRAH, Georges. Os Números: a história de uma grande invenção. 9. ed. São Paulo: Globo, 1998. Esse livro traça uma resumida, mas completa história da matemática. Pode-se acompanhar a evolução do raciocínio dos nossos ancestrais desde a Pré-História e passando por todos os povos que aprenderam a arte de calcular – egípcios, babilônios, gregos, romanos, chineses, hindus e árabes. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais O sistema de numeração que utilizamos é o sistema decimal, chamado assim porque a contagem é feita na base dez. O material dourado, idealizado pela médica italiana Maria Montessori, organiza as quantidades de acordo com a base dez e, por isso favorece a compreensão do nosso sistema de numeração e das operações feitas nele. A seguir, as peças que o compõem: Cubo 1 milhar ou 10 centenas ou 100 dezenas ou 1 000 unidades Placa 1 centena ou 10 dezenas ou 100 unidades Barra 1 dezena 10 unidades Cubinho 1 unidade Considerando as peças como dispostas anteriormente, encaminha- remos o trabalho para a compreensão das operações com os números naturais. Na sequência, apresentaremos atividades que favorecem a manipulação com o material e ajudam na compreensão das trocas e na formação dos conceitos embutidos nelas, ou seja, o significado dos algarismos nas ordens. 58 Atividade 1: descobrindo relações Nesta atividade, os alunos devem manipular o material livremente. Depois de um tempo, o professor pode perguntar se eles descobriram algumas coisas nas peças do material. É possível que os alunos percebam algumas relações do tipo: � a barra tem 10 cubinhos; � a placa tem 100 cubinhos; � a placa tem 10 barras; � o cubo tem 10 placas; � o cubo tem 100 barras; � o cubo tem 1 000 cubinhos. Essas relações devem ser exploradas pelo professor e se algumas delas não forem sugeridas pelos alunos, o professor deve fazer perguntas que possam fa- zê-los pensar em cada uma delas. As perguntas podem ser como abaixo. � Quantos cubinhos vão formar uma placa? � E quantos formarão um cubo? � De quantas barras preciso para formar um cubo? É importante também que os alunos façam desenhos e anotações para regis- trar essas relações. Atividade 2: representando quantidades O professor pede para os alunos representarem quantidades usando as peças do material dourado. Seguem alguns exemplos. a) 16 Pode ser que o aluno represente usando apenas cubinhos:Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 59 Então, o professor pergunta se é possível fazê-lo de outra maneira, usando perguntas do tipo: – É possível substituir quantidades de cubinhos por outra peça? Qual? O aluno deve perceber que a quantidade 16 também pode ser representada assim: b) 135 Mesmo sendo uma quantidade relativamente grande, pode ser que o aluno represente usando apenas cubinhos. É aconselhável que o professor permita que ele assim o faça. Então o professor pergunta se é possível fazê-lo de outra maneira. O aluno deve perceber que a quantidade 135 pode ser representada de ma- neiras diferentes: � 135 cubinhos (135 unidades); � 13 barras e 5 cubinhos (13 dezenas e 5 unidades); � 1 placa, 3 barras e 5 cubinhos (1 centena, 3 dezenas e 5 unidades). Após algumas atividades, o professor deve introduzir as nomenclaturas: � unidade para o cubinho; � dezena para a barra; � centena para a placa; � milhar para o cubo. Atividade 3: contando e escrevendo O professor pede aos alunos que escrevam a quantidade que ele mostra, uti- lizando as peças do material dourado. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 60 Seguem alguns exemplos. a) Dependendo das respostas e considerações dos alunos, o professor pode ex- plorar as quantidades aproveitando os agrupamentos visualizados nas peças. 231 = 200 + 30 + 1 231 = 2 centenas, 3 dezenas e 1 unidade 2 centenas = 200 3 dezenas = 30 1 unidade = 1 b) 305 = 300 + 5 305 = 3 centenas e 5 unidades 3 centenas = 300 5 unidades = 5 Esse exemplo é importante porque faz o aluno perceber a ausência de deze- nas soltas e a importância de representar essa ausência com o algarismo zero. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 61 Atividade 4: contando pontos de um jogo Esta atividade pode ser decorrente de jogos de dados. Por exemplo, é importan- te que o jogo utilizado não se destaque demais. A intenção é que os alunos façam trocas entre as ordens das classes numéricas para marcar pontos de um jogo. A regra é que, para fazer essa marcação, o aluno nunca possa usar dez peças iguais. Simulamos aqui um jogo de dados (dois dados cada jogada) entre dois alunos. O jogo será composto por quatro rodadas. O aluno A joga os dados e obtém: O aluno, então, pega 4 + 3 cubinhos para representar as quantidades: O aluno B joga os dados e procede da mesma forma que o aluno A para regis- trar o número de pontos obtidos por ele. Na segunda rodada, o aluno A joga novamente os dados e pode obter, por exemplo, Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 62 O aluno, então, pega 6 + 2 cubinhos para representar as quantidades e junta as quantidades da primeira e da segunda rodadas: Por obedecer a regra do jogo (o aluno nunca pode usar dez peças iguais), deve trocar dez cubinhos por uma barra (dez unidades por uma dezena), ficando com: E assim o jogo prossegue até que seja realizada a quantidade de rodadas combinadas no início. Se o professor desejar, pode sugerir um número maior de rodadas: dessa forma, os alunos podem realizar trocas e chegar à centena. No final, os alunos devem escrever a quantidade de pontos obtidos e comparar com a quantidade obtida pelo parceiro de jogo. Vence o que obtiver o maior ou o menor número de pontos, dependendo do que foi combinado no início do jogo. Atividade 5: somando e subtraindo quantidades Para realizar somas e subtrações com o material dourado, vamos sugerir a utilização de um “cartaz valor lugar”, conhecido como ábaco de papel. Esse ábaco de papel pode ser confeccionado pelos próprios alunos. Precisa- remos apenas de uma cartolina, régua e pincel atômico ou canetinha. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 63 M C D U Realizaremos agora algumas operações. a) 124 + 53 Devemos representar as duas quantidades com o material dourado e dispor no ábaco de papel. M C D U A seguir, devemos juntar as quantidades de mesma ordem iniciando pelas unidades. M C D U É muito importante que, paralelamente à representação com o material dou- rado, seja feita a representação escrita. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 64 M C D U 1 2 5 4+ 3 1 7 7 Então, juntando 124 com 53, temos 177. b) 267 + 235 Representando as duas quantidades com o material dourado, temos M C D U M C D U 2 2 6 3 7+ 5 Juntando as quantidades de mesma ordem: M C D U Vejam que nesse caso temos uma quantidade na ordem das unidades que podem ser trocadas por dezena: Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 65 M C D U M C D U 2 2 1 6 3 7+ 5 2 Agora temos dez dezenas, que podem ser trocadas por uma centena: M C D U Então, a soma resulta em: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 66 M C D U M C D U 1 2 2 1 6 3 7+ 5 5 0 2 c) 345 – 233 No algoritmo da subtração com o material dourado, é recomendável que se utilize a ideia de tirar. A ideia de comparar necessita de uma grande quantidade de peças do material dourado e isso pode tornar o trabalho inviável. Usando então a ideia de tirar para realizarmos subtrações, devemos repre- sentar apenas o minuendo: M C D U Do minuendo, retiramos o subtraendo: M C D U Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 67 Então resta: M C D U M C D U 3 2 4 3 5- 3 1 1 2 d) 327 – 173 M C D U Nesse caso, retiramos 3 unidades de 7 unidades: M C D U Ficamos com: M C D U M C D U 3 1 2 7 7- 3 4 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 68 Agora, temos que retirar 7 dezenas. Para isso, devemos trocar 1 centena por 10 dezenas. Representamos essa troca assim: M C D U M C D U 32 1 12 7 7- 3 4 Agora, retiramos 7 dezenas de 12 dezenas e 1 centena de 2 centenas: M C D U Ficamos com: M C D U M C D U 32 1 12 7 7- 3 1 5 4 Vamos passar, agora, para a discussão da multiplicação e da divisão. Para realizarmos multiplicações no ábaco de papel e não corrermos o risco de confundir os alunos com excesso de peças, trabalharemos apenas multiplica- ções com números baixos, como os exemplos que seguem. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 69 e) 3 . 5 M C D U Temos um total de 15 unidades e dez delas podem ser trocadas por 1 dezena. Ficamos, então, com M C D U M C D U D U 3x 5 1 5 f) 2 . 26 M C D U Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 70 Temos um total de 12 unidades soltas, e dez delas podem ser trocadas por 1 dezena. Ficamos, então, com: M C D U M C D U D U 1 6x 2 5 2 Passemos agora à divisão. Para realizar divisões com o auxílio do material dourado, não usaremos o ábaco de papel. g) 45 : 3 Primeiramente, representamos a quantidade 35 com as peças do material dourado. Distribuiremos as dezenas em três grupos e dessa formacada grupo fica com uma dezena e resta uma dezena: Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 71 IE SD E BR A SI L S/ A . 45 3 1 1 Agora, trocamos uma dezena por 10 unidades e juntamos, a estas, cinco uni- dades, totalizando 15 unidades: 45 3 15 1 Agora, dividimos 15 unidades por 3: 45 3 15 15 Dessa forma, distribuímos todas as 15 unidades, restando nenhuma: 45 3 15 15 0 h) 213 : 2 Representamos a quantidade 213 com as peças do material dourado: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 72 Distribuindo as centenas em dois grupos, cada grupo fica com 1 centena, res- tando nenhuma centena: 213 2 0 1 Distribuímos agora a dezena, porém não é possível dar nenhuma dezena in- teira para cada grupo: 213 2 01 10 Devemos colocar zero no quociente, indicando que além da centena ele não terá dezenas inteiras. Trocamos, então, uma dezena por 10 unidades e a elas juntamos mais três unidades, totalizando 13 unidades: Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 73 213 2 013 10 Agora, dividimos 13 unidades por 2: 213 2 013 106 1 Dessa forma, distribuímos 12 unidades e sobrou 1 unidade. Texto complementar O ábaco de papel (CARDOSO, 1998, p. 27-28) Ábaco de papel é a denominação dada pela CENP (Coordenadoria de Estu- dos e Normas Pedagógicas) nas AMs (Atividades Matemáticas) para o material “quadro valor lugar” juntamente com uma adaptação das peças do material dourado apresentadas e cortadas em papel quadriculado de 1cm x 1cm. O motivo da denominação ábaco deve-se ao fato de que sua estrutura assemelha-se ao ábaco de pinos e também porque é um contador. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 74 centena dezena unidade Este modelo revela algumas vantagens sobre o ábaco de pinos em termos pedagógicos, primeiro porque pode ser construído facilmente apenas com papel e tesoura pelo professor ou até mesmo pelos alunos e segundo porque as trocas de ordens de grandezas realizadas nas operações são de fácil visualização. Queremos observar que o ábaco não é o único material que pode ser usado para o trabalho aqui proposto e não deve ser usado todo o tempo. Utilizar vários recursos e materiais é importante no ensino de Matemática, uma vez que as ideias a serem desenvolvidas não estão em cada material, mas nas ações e relações mentais que os alunos podem fazer com e entre os diferentes objetos e atividades propostas. Se o professor quiser, pode trabalhar com os alunos em grupo e pedir que construam cada um o seu ábaco de papel. Basta, para isso, duas folhas de papel quadriculado (de 1cm) para o recorte das peças e uma folha de papel sulfite para o “quadro valor” de posição. Os números no ábaco de papel podem ser representados da seguinte maneira: C D U 1 2 3 2 0 1 C D U O professor deve chamar a atenção, como no ábaco de pinos, e desenvol- ver várias atividades, para o fato de que dez peças de uma coluna (ordem) representam o mesmo que uma peça da coluna seguinte à esquerda. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 75 Exemplo: C 12 unidades 10 dezenas 1 centena 1 dezena e 2 unidades D U C D U C D UC D U Atividades 1. Enumere alguns motivos que tornam o material dourado indicado para o trabalho com as quatro operações fundamentais. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 76 2. Utilizando o material dourado ou o desenho de suas peças, represente as quantidades. a) 1 025 b) 357 c) 603 Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números naturais 77 d) 81 3. Se você não tiver à mão o material dourado, construa centenas, dezenas e unidades com o papel quadriculado e realize, junto com seus colegas, as operações. a) 124 + 38 b) 300 – 127 c) 34 . 3 d) 128 : 5 Dica de estudo Construir, utilizando papel quadriculado, a unidade, a dezena e a centena. Realize algumas operações com os alunos da sua turma. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números decimais Já vimos como trabalhar com o material dourado para tornar os algoritmos das operações fundamentais com os números naturais mais significativos. Nessa aula, veremos que o material dourado também pode ser traba- lhado para compreensão dos algoritmos com os números decimais. Para o trabalho mencionado, consideraremos as peças do material da seguinte forma: cubo 1 unidade placa 1 décimo barra 1 centésimo cubinho 1 milésimo É aconselhável que o trabalho com o material dourado e os números decimais seja feito com um tempo razoável em relação ao trabalho com o material dourado e os números naturais. As crianças devem estar bem cientes dos valores das peças. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br 80 Considerando as peças conforme dispostas anteriormente, estaremos enca- minhando o trabalho para a compreensão das operações com os decimais. As atividades que seguem têm os mesmos objetivos da sequência de ativida- des para os números naturais, porém agora esses objetivos são transferidos para os números decimais. Atividade 1: relacionando as peças Os alunos manipulam o material livremente. Depois de um certo tempo, o professor pode perguntar que relações existem entre as peças. As relações devem ser exploradas. � O cubo tem 10 placas, logo uma placa é a décima parte do cubo. � O cubo tem 100 barras, logo uma barra é a centésima parte do cubo. � O cubo tem 1 000 cubinhos, logo um cubinho é a milésima parte do cubo. � A placa tem 10 barras, logo uma barra é a décima parte da placa. � A placa tem 100 cubinhos, logo um cubinho é a centésima parte da placa. � A barra tem 10 cubinhos, logo um cubinho é a décima parte da barra. Para nomear as peças de décimo, centésimo e milésimo, é importante que o professor frise que sempre estará se referindo ao inteiro. Dessa forma, chamaremos a placa de décimo, a barra de centésimo e o cubi- nho de milésimo. Área de Conhecimento: Matemática Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br Material Dourado: números decimais 81 1 inteiro 1 1 décimo 1 centésimo 1 milésimo 1 10 = 0,1 1 100 = 0,01 1 1000 = 0,001 Atividade 2: representando quantidades O professor pede para os alunos representarem quantidades usando as peças do material dourado. Para esta atividade, seria interessante que cada grupo ti- vesse fácil acesso a duas caixas de material dourado, mesmo que para isso os grupos tivessem um número maior de crianças. Se isso não for possível, as quan- tidades devem ser pensadas de forma a não utilizar mais de um inteiro ou mais de dez décimos. Seguem alguns exemplos. a) Um inteiro e 12 centésimos. Pode ser que os alunos representem assim: Então, o professor indaga se é possível fazê-lo de outra maneira e usa pergun- tas do tipo: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br
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