Buscar

Eritema nodoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Eritema nodoso
Introdução
Mais frequente na faixa dos 20 aos 30 anos, o eritema nodoso é uma afecção cutânea decorrente de reação de hipersensibilidade a diferentes agentes patogênicos, particularmente infecção por estreptococos beta-hemolíticos, hanseníase, tuberculose. 
Os principais achados histopatológicos são paniculite septal, infiltrado de neutrófilos nos septos do tecido adiposo, predomínio de células mononucleares e histiócitos na fase tardia. Pode haver comprometimento da derme inferior, bem como fibrose septal.
Causas
•Infecção estreptocócica, tuberculose, hanseníase
•Sarcoidose
•Micoses profundas: coccidioidomicose, histoplasmose, blastomicose
•Infecções virais e por clamídia
•Enteropatias: colite ulcerativa, doença de Crohn
•Neoplasias malignas: linfomas, leucemias, sarcomas
•Após radioterapia
•Medicamentos: sulfonamidas, clortalidona, contraceptivos orais, brometos, penicilinas/analgésicos
•Em 20% dos casos não se consegue definir a causa.
Manifestações clínicas
•Nódulos eritematosos elevados, dolorosos, com diâmetro de 1 a 5 cm, localizados principalmente na superfície anterior da tíbia e nos antebraços, que regridem após poucas semanas, sem ulcerar
•Febre, mal-estar e artralgia, são frequentes
•Pigmentação azulada na fase tardia
•Adenopatia satélite.
Diagnóstico diferencial
•Tromboflebite superficial
•Celulite
•Eritema endurado
•Doença de Weber-Christian (nódulos violáceos)
•Paniculite do lúpus; poliarterite nodosa
•Granulomas da sarcoidose; linfoma
•Tuberculose cutânea.
Exames complementares
•VHS: aumentada
•Hemograma: leucocitose
•Radiografia do tórax: pesquisa de adenopatia hilar e infiltrados pulmonares
•Exame de escarro: pesquisa de BAAR
•Dosagem de antiestreptolisina O (ASLO)
•Linfa dos cotovelos ou lóbulos das orelhas: pesquisa de BAAR
•Outros exames conforme a hipótese diagnóstica.
Comprovação diagnóstica
•Dados clínicos
•Biopsia da pele, incluindo a gordura subcutânea, em casos selecionados.
Tratamento
•Repouso no leito, mantendo as pernas elevadas
•Compressas úmidas
•Suspensão dos medicamentos capazes de provocar esse tipo de reação
•Tratamento da causa (o mais importante).
 Tratamento medicamentoso
•Ácido acetilsalicílico, VO, 2 a 3 g/dia; ou naproxeno, VO, 500 a 1.000 mg/dia, 12/12 h
•Casos graves: corticoide oral – prednisona, VO, 1 mg/kg/dia, por 10 a 15 dias, com redução gradual da dose
•Eritema nodoso hanseniano: talidomida, VO, 100 mg/dia
•Medicamentos tópicos não são úteis.
Evolução e prognóstico
•Resolução das lesões em um período de 3 a 6 semanas
•As lesões não deixam cicatrizes
•Dores articulares podem persistir durante anos
•Recidivas podem ocorrer (14% dos casos).
Atenção 
Em todo paciente com eritema nodoso, deve-se pensar em infecção estreptocócica, hanseníase e tuberculose, as causas mais frequentes.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

Continue navegando