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Diagramação funcional APRESENTAÇÃO Os esquemas e diagramas são muitas vezes vistos como uma instância inferior de projeto, porém, dentro do processo de criação e construção da obra, eles podem ser ferramentas muito potentes para analisar e organizar diversos elementos trabalhados. Na prática, diagramas arquitetônicos são desenhos que ajudam o arquiteto a pensar de maneira isolada e objetiva sobre um aspecto do projeto que ele está executando. Esses desenhos são recursos importantes que não fazem parte necessariamente da lista de informações gráficas obrigatórias para apresentar um projeto, mas sua utilzação pode facilitar e enriquecer muito o processo de criação do arquiteto. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar conceitos e aplicações de diferentes diagramas inseridos na dinâmica de projeto. Vai ver quais as funções representadas pelos desenhos esquemáticos e avaliar a maneira com que os arquitetos apresentam suas ideias a partir de elementos gráficos simples, estudando diversos exemplos e sendo provocado a imaginar novos diagramas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir os conceitos de diagramas funcionais.• Analisar exemplos de aplicação dos diagramas em edificações.• Elaborar um modelo de diagrama funcional.• DESAFIO Os profissionais de arquitetura, por atuarem em uma área tão ampla, necessitam cada vez mais mostrar suas habilidades profissionais no momento em que os desafios são apresentados em um ambiente profissional. Imagine que você trabalha como arquiteto concursado em uma prefeitura da capital de um estado. Como próximo projeto, você foi incumbido de conduzir o zoneamento de funções de uma biblioteca pública de porte médio. Diante desse cenário, produza esboços desses desenhos e descreva-os textualmente em termos das conexões entre as funções e de sua disposição em andares ou setores separados da edificação. Para executar essa tarefa, considere o seguinte programa de necessidades simplificado: - empréstimo/devolução; - acervo; - administração; - sanitários; - guarda-volumes - área de leitura/estudos. INFOGRÁFICO O diagrama é uma representação por meio de figuras geométricas, linhas, pontos, áreas, etc., usada para organizar e comunicar ideias em um processo de síntese de informação. Na arquitetura esse recurso está ligado às etapas de projeto, aparecendo, normalmente, nas últimas instâncias do processo. Não obstante isso, seu uso como ferramenta de criação na origem da ação de projetar pode resultar em elementos gráficos que auxiliem na compreensão das ideias em formação, levando o projeto em novas direções. No Infográfico a seguir, você vai conhecer alguns conceitos-chave a respeito da representação arquitetônica por meio de diagramas. CONTEÚDO DO LIVRO O mercado de trabalho para o profissional de arquitetura vem se tornando cada vez mais amplo e diversificado. Diante disso, é essencial que os arquitetos conheçam as ferramentas de projeto e comunicação em arquitetura que possam ser utilizadas durante o desenvolvimento de qualquer projeto. No capítulo Diagramação funcional, da obra Introdução ao projeto arquitetônico, você vai estudar os conceitos e aplicações de diversos modelos de diagramas utilizados em projetos de arquitetura. Além disso, você vai ver quais funções são representadas pelos desenhos esquemáticos e analisar a forma com que os arquitetos mostram suas ideias tendo como base os elementos gráficos simples. Boa leitura. INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO Tiago Giora Diagramação funcional Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Definir os conceitos de diagramas funcionais. � Analisar exemplos de aplicação dos diagramas em edificações. � Elaborar um modelo de diagrama funcional. Introdução Os esquemas e diagramas são vistos, muitas vezes, como uma instância inferior do projeto, porém, dentro do processo de criação e construção da obra, eles podem ser ferramentas muito potentes para a análise e organização de diversos elementos. Neste capítulo, você vai estudar conceitos e aplicações de diferen- tes diagramas inseridos na dinâmica de projeto. Verá também quais são as funções representadas pelos desenhos esquemáticos, podendo avaliar a maneira como os arquitetos apresentam suas ideias a partir de elementos gráficos simples, além de estudar diversos exemplos e criar novos diagramas. Conceitos de diagramas funcionais O diagrama é uma representação feita por meio de figuras geométricas, linhas, pontos, áreas, etc., usada para organizar e comunicar ideias em um processo de síntese de informação. Na arquitetura, esse recurso está ligado às etapas de projeto, aparecendo, geralmente, nas últimas instâncias do processo. Não obstante, seu uso como ferramenta de criação na origem da ação de projetar pode resultar em elementos gráficos que auxiliem a compreensão das ideias em formação, levando o projeto em novas direções (Figura 1). Figura 1. Exemplo de diagrama de projeto. Fonte: adaptada de Saga Fotografia (2014). Blocos originais dos antigos barrangeiros Estruturas mantidas Intervenção Diagramas de partido Na etapa inicial de projeto, começa a ser definida uma concepção formal, por meio de desenhos e representações, que pode ser chamada de partido arquitetônico, uma descrição dos traços elementares da proposta desenvolvida em linguagem apropriada. O partido arquitetônico é gerado a partir da intenção do arquiteto em um processo de síntese dos condicionantes internos e externos do problema de projeto, constituindo a representação de uma possibilidade de solução a ser proposta. Durante o processo de criação arquitetônica, o projetista deve ser capaz de representar seu pensamento de forma clara, tanto para especialistas, quanto para leigos no assunto. Por isso, a comunicação de ideias por meio de esquemas diagramáticos assume o importante papel de explicar, facilitando a compreensão da proposta como um todo e permitindo a análise das decisões formais e conceituais do projetista (HEIDRICH; DOMINGUEZ, 2013). Nesse estágio de representação do partido arquitetônico, os desenhos são utilizados para verificar os fatores condicionantes para a elaboração do projeto, assim como os diagramas, que são muito úteis para explicar o pensamento do projetista. O conceito de diagrama aplicado à arquitetura pode ser enten- dido como um recurso gráfico de representação de informações, ou seja, a materialização de dados e pensamentos, não necessariamente empregando as normas e convenções da representação usual do projeto. Um diagrama tem a Diagramação funcional2 função de tornar visível a ideia, ou seja, ele é a representação do modo como o desenho organiza ou estabelece relações entre os problemas de projeto e o objeto. Assim, entende-se como diagrama a representação formada por desenhos que, com o auxílio de palavras, números e/ou símbolos, expressa graficamente a ideia formulada pelo projetista (GHIZZI, 2006). O diagrama é uma ferramenta explicativa por excelência. Sua aplicação varia de acordo com a pessoa para quem o projeto está sendo explicado. No caso dos diagramas de projeto, o arquiteto usa esquemas gráficos para definir com mais clareza o problema abordado, para que possa propor soluções para os problemas da forma e da função. Exemplos de aplicação dos diagramas em edificações Nesta seção, analisaremos alguns modelos de diagramas de acordo com o tipo de questão que ele pretende abordar no contexto dos fatores variantes e limitantes de um projeto de arquitetura. Diagramas de representação e análise da distribuição de atividades dentro de um programa de necessidades Esse tipo de diagrama é, geralmente, usado para identificar as diferentes partes funcionais de um projeto, separando e agrupando as atividades por semelhança ou contraste. Essa estratégia pode facilitar o dimensionamentode áreas em planta baixa, estabelecer conexões entre funções afins, definir diferentes possibilidades de compartimentação e abertura do espaço ou sim- plificar o desenho das circulações, calibrando com mais precisão as relações de distância e proximidade. Seja durante o projeto, ou em uma análise posterior, os diagramas pro- gramáticos auxiliam o arquiteto a verificar a eficiência no uso do espaço, estudando fluxos, permanências e frequências por meio de um levantamento estatístico de dados. Esses estudos podem reverberar a criação de programas híbridos capazes de melhorar a funcionalidade do projeto em adaptações no 3Diagramação funcional espaço construído que reflitam a sensibilidade do arquiteto que atua com consciência sobre as reais conexões estabelecidas entre a forma desenhada e o lugar habitado. Confira exemplos nas Figuras 2 e 3. Figura 2. Diagrama de usos. Fonte: adaptada de Estúdio América (2009). Cobertura da estação de transferência Circulação vertical Térreo do hotel Aparta- mentos Restaurante panorâmico Centro de convenções Apoio do hotel Café RestauranteEstacionamento de vans e automóveis Estacionamento do hotel Estação de transferência Figura 3. Diagrama de fluxos. Fonte: adaptada de Como Projetar (c2018). Diagramação funcional4 Diagramas de representação do contexto/entorno Esse tipo de diagrama apresenta informações coletadas na etapa de levanta- mento, transmitindo por meio de imagens a percepção do arquiteto sobre a situação em que o projeto será inserido e os vínculos desejados em termos de topografia, visuais, medidas, posições e alinhamentos. Esses dados difi- cilmente podem ser apresentados em outro tipo de desenho do projeto, e são suporte para as decisões do arquiteto que ficarão expressas nos desenhos de implantação, situação e localização. Por meio desse tipo de diagrama, o arquiteto pode avaliar algumas questões relativas ao impacto do projeto sobre uma situação física preexistente, além de propor alternativas para lidar com as novas situações espaciais criadas a partir da construção da nova edificação. Por exemplo, uma alteração nos fluxos de pedestres ou de veículos, ou uma alteração nas visuais e no padrão de iluminação e ventilação natural. Diagramas de representação da volumetria e da composição escultórica da edificação Esses diagramas visam estudar e comunicar as estratégias utilizadas em termos de composição da forma, partindo da geometria, muitas vezes, em processos de adição e subtração, ou de um volume definido pelos limites estabelecidos pela preexistência (Figura 4). Ações como cortar, plugar, repetir, multipli- car, separar, perfurar, prolongar, rebater e recuar vêm à tona no momento de trabalhar a volumetria do projeto, e a consciência dessas ações, de seu encadeamento e de sua coesão conceitual, pode ser auxiliada pela criação de desenhos diagramáticos. Abordar os diferentes componentes espaciais de forma particular coloca em evidência uma clara compreensão e identificação dos elementos construtivos; a possibilidade de realizar estudos através de esquemas e diagramas permite tecer outros tipos de considerações projetuais (DEJTIAR, 2017, documento on-line). 5Diagramação funcional Figura 4. Exemplo de diagrama de composição da volumetria. Fonte: Dejtiar (2017). Conforme Massad e Gerrero Yeste (2005, documento on-line): [...] uso o diagrama não como forma, mas como ideia. Tento encontrar algo que funcione como diagrama para gerar algo a partir das condições que não poderia ter previsto anteriormente. A ideia trazida pelas palavras de Eisenman aponta para uma questão impor- tante, uma vez que acabamos de falar sobre diagramas de definição da forma: trata-se de um desenho que tem por função ajudar o arquiteto a visualizar um problema. O diagrama deve trazer um elemento novo ao processo de projeto. Diagramas de representação da materialidade e da estrutura O sistema estrutural e os detalhes construtivos são elementos que se prestam muito bem à representação por diagramas, comunicando de forma bastante didática e simplificada os esquemas de montagem da estrutura, a malha tri- dimensional que organiza a distância entre os elementos, além dos encaixes Diagramação funcional6 e sistemas de montagem que são, muitas vezes, complexos, ou têm escala incompatível com outros desenhos de projeto (Figura 5). Se anteriormente mencionamos que os diagramas podem ser ferramentas de comunicação para o próprio arquiteto, para o cliente ou para a banca avaliadora de um concurso de arquitetura, no caso dos esquemas estruturais, o público-alvo pode ser também o profissional responsável pela montagem ou construção de um elemento do projeto. Esse profissional é beneficiado pela simplicidade e objetividade geralmente associada a um desenho de diagrama. Figura 5. Exemplo de diagrama estrutural. Fonte: adaptada de Bacco Arquitetos Associados (2015). Venezianas Painel esquadria porta Painel vedação Painel esquadria janela Teto jardim Laje steel deck Laje steel deck Vigas temporárias Shaft Painel vedação Per�l W 200 X 59.0 Per�l W 200 X 13.0 Per�l W 200 X 35.9 Cabo contraventamento L25” X 3/16 Sapata de concreto Estacas Strauss 7Diagramação funcional Diagramas de funcionamento de sistemas Esses diagramas representam os sistemas internos da construção, como as instalações hidráulicas e elétricas. Esses projetos são específicos e, embora intrinsecamente conectados ao projeto arquitetônico, têm um nível considerável de autonomia, podendo ser executados por profissionais independentes. Dessa forma, é muito útil que os diagramas sejam empregados para isolar esses elementos e gerar uma visualização global do funcionamento de cada sistema de modo a prevenir possíveis falhas no momento da execução. Na prática Veja em realidade aumentada um diagrama hidráulico de uma edificação. 1. Acesse a página https://goo.gl/n8XWxM e baixe o aplicativo Sagah Introdução ao Projeto Arquitetônico. 2. Abra o aplicativo e aponte a câmera para a imagem a seguir: Fonte: adaptada de Vai Com Tudo (2013). Se preferir, use o QR code para baixar o aplicativo: https://goo.gl/n8XWxM Diagramação funcional8 Diagramas de clima, ventilação e orientação solar Um estudo solar e de condições climáticas pode ser abordado conve- nientemente através de esquemas, por sua capacidade de mostrar simul- taneamente uma síntese de importantes dados precisos de diferentes aspectos (correntes de ar, posição do sol no verão e inverno, índice de precipitação, etc.) (DEJTIAR, 2017, documento on-line). Grande volume (laje) orientado no eixo Leste-Oeste, reduz superaquecimento ao minimizar a exposição às fachadas Leste e Oeste, que recebem mais calor Telhados ventilados, ventilação natural aproveitando o vento Sudoeste Ventilação cruzada oferecendo mais conforte (resfriamento natural) e saúde (reduz o aparecimento de umidade e mofo) Pisos elevados (80 cm a partir do nível do solo), respostas às chuvas pesadas, prevenção de alagamentos Quartos orientados para Sudoeste para aproveitar os ventos locais Varanda: amortecedor de temperatura para as fachadas Leste e Oeste Absorve o valor, evita que a radiação solar entre na casa, “retardador” térmico, proteção de chuva Casa orientada para aproveitar o vento Sudoeste Telhados e lajes inclinadas para prevenir in�ltração de água Diagrama de insolação e ventilação. Fonte: adaptada de Arquitectura Bioclimática by Raíz Arquitectónica (2015). Modelo de diagrama funcional Diagramas funcionais são aqueles que auxiliam o arquiteto a organizar e tomar decisões a respeito das atividades descritas no programa de necessidades, a pensar sobre as diferentes maneiras como elas podem ser dispostas no espaço. Podemos catalogar rapidamente esse tipo de diagrama de acordo com algumas características descritas a seguir: � Zoneamento de funções (diagrama de bolhas): nesse tipo de desenho, as diferentes funções que o projeto deve atender são representadas em formas ovais,com áreas variáveis em função das dimensões calculadas para cada uma delas. Nesse desenho, o arquiteto estuda relações de proximidade e distanciamento entre as funções representadas, criando possíveis sequências de percurso e espaços de permanência. A forma 9Diagramação funcional ovalada (bolha) pode parecer, inicialmente, estranha, mas seu objetivo é restringir o foco de pensamento para a organização das áreas. Quando esse mesmo diagrama é criado com retângulos, há o risco de o arqui- teto encarar essas áreas como aposentos reais, começando a desenhar paredes em um estágio em que ainda não seria conveniente começar a limitar a forma da edificação. � Diagrama de fluxos: esse desenho destina-se ao estudo das circulações entre as funções da edificação. Para produzi-lo, é necessário partir de uma planta básica de layout sobre a qual serão marcadas as circulações discriminadas, geralmente, pelo calibre – circulação principal, secun- dária, terciária, etc. – ou por sua forma, definindo eixos, conexões e desvios. A análise de fluxogramas pode refletir alterações no layout ou adaptações no dimensionamento do espaço. � Diagrama de setorização: em edificações de maior porte, muitas vezes, são usados diagramas em planta baixa, perspectiva ou corte para representar a organização da edificação em grandes setores de atividades afins. Em um edifício de habitação multifamiliar, uma divisão típica de setores delimitaria em planta e em altura as áreas de garagem, base comercial, corpo residencial e lazer com instalações condominiais. No esforço de lançar o projeto de uma praça pública localizada em uma área urbana densamente ocupada, o arquiteto se depara com um momento de impasse: o que fazer? Que tipo de forma implantar? Que direções traçar para os caminhos? Onde posicionar os acessos principais? Para começar a resolver essas questões, o projetista lança mão de uma planta de levantamento do entorno da praça e começa a produzir sobre ela um diagrama com marcações representando os usos e fluxos na parcela construída ao redor da área da praça. Por meio desse desenho esquemático e investigativo, o arquiteto é capaz de definir alinhamentos do projeto criando continuidades com os caminhos do entorno, dispondo as chegadas à praça em zonas de maior afluência de pedestres e definindo um desenho geral da proposta que se relacione com a preexistência por meio da semelhança ou do contraste. Diagramação funcional10 1. Em que aspectos principais o desenho de diagramas difere de outros elementos de representação gráfica de arquitetura? a) Ele não é produzido pelo arquiteto, mas pelo designer responsável pela comunicação visual do projeto. b) Ele envolve elementos diferentes de graficação, fazendo uso de cores e letreiros que visam criar impacto visual. c) Eles são mais complexos e detalhados, sobrepondo informações de vários desenhos de projeto. d) Eles são mais simplificados e objetivos, isolando o tipo de informação no qual se quer focar. e) Eles são sempre anotações informais, que o projetista produz para auxiliar sua própria compreensão acerca de elementos específicos do projeto. 2. Qual alternativa a seguir contém os fatores geralmente analisados em diagramas de conforto ambiental? a) Ângulos e trajeto do sol, ventilação cruzada, posicionamento das aberturas e sombreamentos de fachada. b) Usos do espaço, iluminação, fontes de poluição sonora e circulações. c) Ventilação cruzada, ventilação mecânica e posicionamento de acessos. d) Tipos de aberturas, materiais de fachada, estudo de cores e dimensionamento de mobiliário. e) Vegetação do entorno amplo, circulação de veículos e trajetórias do sol. 3. Em que estágio do projeto se devem produzir esquemas e diagramas? a) Nos primeiros estágios, utilizando-os como ferramentas de criação. b) Juntamente com o dimensionamento, organizando as medidas coletadas. c) Nos estágios finais, utilizando-os como ferramentas de apresentação. d) Em qualquer estágio do projeto, utilizando-os como ferramentas de criação ou de comunicação. e) Juntamente com o projeto executivo, utilizando-os para facilitar a integração com os projetos complementares. 4. Qual é o dado mais fundamental para iniciar a produção de um diagrama de zoneamento? a) A configuração do terreno e as relações com o entorno existente. b) As medidas do espaço e do mobiliário c) O programa de necessidades estabelecido para o projeto. d) A posição dos acessos e circulações dentro da edificação. e) A volumetria geral que orienta a proposta. 5. De que maneira um estudante de arquitetura pode tirar partido dos diagramas de estrutura? a) Utilizando-os para especificar e quantificar os elementos estruturais de modo a obter 11Diagramação funcional um dimensionamento estrutural preciso. b) O diagrama estrutural auxilia o estudante a lançar uma modulação de estrutura, investigando possibilidades de compatibilização com outros aspectos da proposta. c) O diagrama estrutural pode ser utilizado para estudar a adaptação da ideia de projeto à linguagem arquitetônica do entorno. d) Utilizando-os para definir elementos ligados à materialidade da construção, sem interferência na volumetria da edificação. e) O diagrama estrutural é útil ao final do projeto, para averiguar a relação entre vedação e estrutura, que pode sofrer alterações de forma flexível. ARQUITECTURA BIOCLIMÁTICA BY RAÍZ ARQUITECTÓNICA. Kente house proceso cons- tructivo y sistemas bioclimáticos. 2015. Disponível em: <http://arquitecturabioclimati- cadesign.blogspot.com.br/2015/08/>. Acesso em: 9 maio 2018. BACCO ARQUITETOS ASSOCIADOS. 5º Lugar no concurso para Moradia Estudantil da Unifesp Osasco: sistema estrutural. 2015. Disponível em: <https://images.adsttc. com/media/images/556d/c116/e58e/ceec/9100/017d/large_jpg/SISTEMA_ESTRU- TURAL_(Custom).jpg?1433256205>. Acesso em: 9 maio 2018. COMO PROJETAR. Diagrama de contexto. c2018. Disponível em: <http://comoprojetar. com.br/wp-content/uploads/2017/06/P40-Site-Context-Diagrams.jpg>. Acesso em: 9 maio 2018. DEJTIAR, F. Esquemas e diagramas: 30 exemplos de como otimizar a organização, análise e comunicação do projeto. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com. br/br/870168/esquemas-e-diagramas-30-exemplos-de-como-otimizar-a-organizacao- analise-e-comunicacao-do-projeto>. Acesso em: 9 maio 2018. ESTÚDIO AMÉRICA. Concurso público nacional Complexo Hotel Paineiras. 2009. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_12/1f4c1b4ab3f5_ diagrama_explodido.jpg>. Acesso em: 9 maio 2018. GHIZZI, E. B. Arquitetura em diagramas : uma análise da presença do raciocínio dedu- tivo- diagramático no processo projetivo em arquitetura. COGNITIO-ESTUDOS: revista eletrônica de filosofia, v. 3, n. 2, jul./dez. 2006. Disponível em: <https://revistas.pucsp. br/index.php/cognitio/article/view/5703/4034>. Acesso em: 9 maio 2018. Diagramação funcional12 HEIDRICH, F. E.; DOMINGUEZ, E. R. Análise contextualizada do partido arquitetônico de projetos acadêmicos. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMETRIA E DESENHO TÉCNICO, 21., 2013, Florianópolis; INTERNACIONAL CONFERENCE ON GRAPHICS ENGINEERING FOR ARTS AND DESIGN, 10., 2013, Florianópolis. Anais... Florianópolis: Editora do CCE/ UFSC, 2013. MASSAD, F.; GUERRERO YESTE, A. Peter Eisenman: entrevista. Vitruvius, ano 6, n. 023.02, jul. 2005. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ entrevista/06.023/3314?page=2>. Acesso em: 9 maio 2018. SAGA FOTOGRAFIA. Biblioteca Paulo Freire. 2014. Disponível em: <https://images.adsttc. com/media/images/5491/0d51/e58e/ced8/d000/0196/large_jpg/01_Esquema_ inser%C3%A7%C3%A3o.jpg?1418792252>. Acesso em: 9 maio 2018. VAI COM TUDO. Planta hidráulica de casa: modelos e como montar. 2013. Dispo- nível em: <http://www.vaicomtudo.com/wp-content/uploads/2013/04/Planta- hidr%C3%A1ulica-2.jpg>. Acesso em: 9 maio 2018. Leituras recomendadas BUXTON, P. Manual do arquiteto: planejamento,dimensionamento e projeto. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017. CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017. EISENMAN, P. Diagram an original scene of writing. In: GARCIA, M. The diagrams of architecture. Chichester, UK: John Wiley & Sons, 2010. p. 93–103. GALOFARO, L. Digital Eisenman: an office of the eletronic era. Basel: Birkhauser, 1999. NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. 18. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013. NEVES, L. P. Adoção do partido na arquitetura. Salvador: EDUFBA, 1989. UNWIN, S. A análise da arquitetura. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 13Diagramação funcional Conteúdo: DICA DO PROFESSOR O diagrama é uma ferramenta explicativa por excelência. Sua aplicação varia de acordo com a pessoa para quem o projeto está sendo explicado. No caso dos diagramas de projeto, o arquiteto usa esquemas gráficos, mais do que qualquer coisa, para definir com mais clareza o problema abordado para si mesmo, de modo a poder, partindo dessa compreensão, começar a propor soluções para os problemas da forma e da função. Nesta Dica do Professor, você vai estudar os tipos de diagramas e as funções desse tipo de informação. Além disso, você vai saber para quem o arquiteto desenha seus esquemas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Em que aspectos principais o desenho de diagramas difere de outros elementos de representação gráfica de arquitetura? A) Ele não é produzido pelo arquiteto, mas sim pelo designer responsável pela comunicação visual do projeto. B) Ele envolve elementos diferentes de graficação, fazendo uso de cores e letreiros que visam criar impacto visual. C) Ele é mais complexo e detalhado, sobrepondo informações de vários desenhos de projeto. D) Ele é mais simplificado e objetivo, isolando o tipo de informação em que se quer focar. E) Ele é sempre uma anotação informal que o projetista produz para auxiliar sua própria compreensão acerca de elementos específicos do projeto. 2) Que alternativa a seguir contém apenas fatores normalmente analisados em diagramas de conforto ambiental? A) Ângulos e trajeto do sol, ventilação cruzada, posicionamento das aberturas e sombreamentos de fachada. B) Usos do espaço, iluminação, fontes de poluição sonora e circulações. C) Ventilação cruzada, ventilação mecânica e posicionamento de acessos. D) Tipos de aberturas, materiais de fachada, estudo de cores e dimensionamento de mobiliário. E) Vegetação do entorno amplo, circulação de veículos e trajetórias do sol. 3) Em que estágio do projeto se devem produzir esquemas e diagramas? A) Nos primeiros estágios, utilizando-os como ferramentas de criação. B) Juntamente com o dimensionamento, organizando as medidas coletadas. C) Nos estágios finais, utilizando-os como ferramentas de apresentação. D) Em qualquer estágio do projeto, utilizando-os como ferramentas de criação ou de comunicação. E) Juntamente com o projeto executivo, utilizando-os para facilitar a integração com os projetos complementares. Qual é o dado mais fundamental para iniciar a produção de um diagrama de 4) zoneamento? A) A configuração do terreno e as relações com o entorno existente. B) As medidas do espaço e do mobiliário. C) O programa de necessidades estabelecido para o projeto. D) A posição dos acessos e circulações dentro da edificação. E) A volumetria geral que orienta a proposta. 5) De que maneira um estudante de arquitetura pode tirar partido dos diagramas de estrutura? A) Utilizando-os para especificar e quantificar os elementos estruturais de modo a obter um dimensionamento estrutural preciso. B) O diagrama estrutural auxilia o estudante a lançar uma modulação de estrutura, investigando possibilidades de compatibilização com outros aspectos da proposta. C) O diagrama estrutural pode ser utilizado para estudar a adaptação da ideia de projeto à linguagem arquitetônica do entorno. D) Utilizando-os para definir elementos ligados à materialidade da construção, sem interferência na volumetria da edificação. E) O diagrama estrutural é útil no final do projeto, para averiguar a relação entre vedação e estrutura, a qual pode então sofrer alterações de forma flexível. NA PRÁTICA Desenhar diagramas é, para os arquitetos, uma atividade muito próxima da ação de "pensar", de investigar e buscar uma solução por meio de um processo investigativo. Diante disso, veja, a seguir, exemplos de composição da forma aplicados em projetos desenvolvidos por eles. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Diagramas de partido arquitetônico: um estudo comparativo entre concursos estudantis de arquitetura e trabalhos finais de graduação Confira, no link a seguir, o artigo científico sobre diagramas de arquitetura, para aprender sobre o modo de representar graficamente a etapa da conceituação inicial do projeto. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Modelos de diagramas Para ampliar seus conhecimentos, veja a seguir exemplos de bons diagramas de vários tipos para se inspirar e aplicar em projetos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Conforto térmico – ventilação cruzada Neste vídeo, você vai aprender que conforto térmico e a ventilação cruzada são elementos fundamentais de projeto e se prestam muito bem a estudos diagramáticos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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