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Fisioterapia Pediátrica – Reflexos e reações Instagram: @lorevfisioterapia_ Introdução São movimentos involuntários: Reflexos: movimentos simples, que não elaborados, pensados. Reações: movimentos automáticos (padrões rítmicos, mas que também podem ser aprendidos). Reflexos - Reflexos de busca (pontos cardeais) - Reflexo de sucção - Reflexo de moro (reflexo do susto, é para sair até 4 meses de vida) - Reflexo de preensão palmar e plantar - Reação de anfíbio - Reação de Landau - Reações posturais (equilíbrio, retificação ou endireitamento e proteção) > são reações de balance. DNPM ATÍPICO Características: - Permanência dos reflexos primitivos - Dificuldades nas habilidades motoras (a criança não vai girar ou vai ter dificuldade de colocar o corpo na lateral, na preensão palmar, ou marcha correta) - Alterações no tônus muscular – Hipertonia - Movimentos estereotipados (movimentos na mesma forma, fazem os movimentos na mesma maneira) - Alterações musculoesqueléticas - Falha nas reações posturais Principais causas de atraso motor: - Baixo peso ao nascer: baixas condições socioeconômicas, tempo de internação; - Infecções neonatais: nível educacional dos países precário, ausência de um dos gestores. - Desnutrição: prematuridade e depressão materna. Abordagem efetiva no DNPM Atípico - Considerar o indivíduo, ambiente e tarefa. - Buscar automatização do aprendizado motor - Promover estabilidade postural - Importância da família Centro supra-segmentares - reflexo miotático > sistema facilitador > sistema inibidor. (estes dois sistemas vai controlar o tônus.) - sistema facilitador > facilita o tônus/ gera tônus/ aumento o tônus (eles tendem a uma hipertonia). - sistema inibidor > eles tendem a uma hipotonia - se tem desequilíbrio nestes dois sistemas vai ter-se alteração do tônus. - lesão no sistema inibidor > hipertonia - lesão no sistema facilitador > hipotonia - hipertonia > aumento anormal do tônus muscular/ tônus de base e postural. - tipos da hipertonia: hipertonia piramidal (espasticidade) / hipertonia extra-piramidal (rigidez) . - espasticidade > aumento da resistência ao estiramento passivo do músculo. Características: Sintomas da hipertonia: (postura anormal, padrões de movimentos em blocos, deformidades, músculos fazendo contrações inadequada). Miopatias - São doenças ocasionadas por fatores genéticos, em genes responsáveis pela produção de proteínas específicas do tecido muscular (DISTROFINA) podendo ser transmitidas por heranças autossômicas (dominante x recessiva) ou ligada ao cromossomo X. DISTROFINA MUSCULAR: responsável pela integridade da fibra e pela contração muscular. DISTROFINA MUSCULAR DE DUCHENNE (DMD) - Forma mais frequente e mais grave, ocorre em meninos, fraqueza muscular progressiva a partir dos 5 anos, Sinal de GOWERS (movimento de escala), e miopatia ligada ao cromossomo X. Quadro clínico: - Volume das panturrilhas (pseudohipertrofia) panturrilhas aumentada. - Quedas frequentes, dificuldade para correr, subir escadas, levantar do chão. - Acentuação da lordose lombar. - Marcha anserina (marcha miopática) - Fraqueza muscular simétrica e progressiva (início pelos MMII e depois pelos MMSS) - Pés equinos (adaptação biomecânica). - Desnutrição, descalcificação, osteoporose, (estágio mais avançado). - Perda da capacidade de deambular (9 á 12 anos). - Contraturas e encurtamentos musculares e deformidades ósseas (inatividade, desequilíbrio de forças musculares, e uso excessivo da musculatura parcialmente preservada) - Escoliose 90% dos casos. - Comprometimento cardiorrespiratório. Distrofia muscular de Becker Quadro clínico: - Miopatia ligada ao cromossomo X - Afeta meninos - Sinais e sintomas semelhantes aos de DMD, mas com início mais tardio, e de evolução menos severa e mais lenta (5 á 15 anos). - Morbimortalidade tão graves quanto as da DMD. - Funções permanecem por mais tempo. - Pacientes podem chegar aos 50 anos. - Distrofia parcialmente funcional. Distrofia Muscular do tipo cinturas Quadro clínico: - Acometimento progressivo (cintura escapular e pélvica) - Acomete adultos de ambos os gêneros. - Rara a perda da marcha. - Marcha anserina. - Acometimento primário: nível inferior. - Início: 10 anos/ segunda a terceira década de vidas. - Pseudo-hipertrofia de panturrilhas e deltoide. - Escápulas aladas. - Dificuldade em elevar os MMSS. - Luxação de ombros e quadris/ incapacidade nas AVDS. Distrofia Muscular Fáscio-escápulo-umeral Quadro clínico: - Forma rara/ forma mais benigna. - Acomete ambos os gêneros/idade entre 10 á 25 anos. - Acometimento dos músculos da face e da cintura escapular (acometimento primário) que pode ocorrer o comprometimento da cintura pélvica. - Comprometimento muscular leve. - Evolução lenta/ herança autossômica dominante. - Face característica: perda dos sulcos/ protrusão labial/ dificuldade para assobiar/ fechar os olhos. - Dificuldade de elevar os MMSS. Distrofia Muscular de Steinert Quadro clínico: - Herança autossômica dominante. - Adultos jovens (ambos os gêneros). - Idade: 15, 25 á 50 anos. - Doenças multissistêmicas: (alteração nos olhos, coração, sistema endócrino, SNC e SNP, pele, ossos e TGI) fraqueza muscular não é intensa. - Principal característica: dificuldade no relaxamento muscular após esforços. - Hipotonia facial/ fala monótona/ boca entreaberta/ retardo mental/ Atrofia dos ECOM/ Sonolência. Distrofia muscular congênita Quadro clínico: - Comprometimento muscular ao nascimento. - Grande maioria não deambula. - Comprometimento respiratório intenso. - Hipotonia, atrofia e fraquezas musculares estacionárias ou com mínima progressão. - Fraquezas musculares: porções proximais dos membros, músculos paravertebrais, cervicais, mastigatórios e faciais. Objetivos TERAPÊUTICOS - Manter e aumentar a ADM. - Estimular as etapas do DNPM típico (gatas e marcha). - Promover fortalecimento muscular (MMSS/ MMII/ FACE). - Prevenir encurtamentos musculares e deformidades. - Melhorar a capacidade respiratória. - Corrigir alinhamento postural/ promover orientações domiciliares. CONDUTAS TERAPÊUTICAS - Alongamentos musculares, exercícios ativos/ ativos-assistidos e resistidos. - Fortalecimento muscular (MMSS/MMII/Abdominais). - Dissociação de cinturas. -Treino de equilíbrio (disco de propriocepção/cama elástica). - Transferência de peso (MMSS/MMII). - Treino de marcha em circuitos. Obs: evitar exercícios com carga e estados de fadiga. ESFORÇO EXCESSIVO PODERÁ AUMENTAR A DESINTEGRAÇÃO MUSCULAR (PROCESSO DEGENERATIVO DA FIBRA MUSCULAR). Artrogripose Múltipla Congênita (AMC) Definição: Má formação congênita estacionária, apresentando deformidades múltiplas, rigidez articular e contraturas de tecidos moles. É uma doença rara, atinge gênero masculino, e quando é associada ao SNC, 50% morrem no primeiro ano de vida. ARTRO: ARTICULAÇÃO, GRIPOSE: CURVADA Instagram: @lorevfisioterapia_ Etiologia - É de herança genética, limitado espaço intrauterino (acinesia fetal), drogas, doenças maternas (DM/EM/miastenia gravis/infecções virais). CLASSIFICAÇÃO: Artrogripose generalizada: quatro membros afetados. Artrogripose distal: mãos, joelhos, e pés afetados. Síndrome de Pterígio: além das contraturas, há uma faixa de pele (membramas – pregas cutâneas) que pode ser localizada ou generalizada. Síndrome das sinostoses: contraturas + alteração dos membros. Quadro clínico: - Articulações no formato cilíndrico, rígidas. - Luxação articular (quadril). - Contraturas (são as mais frequentes). - Atrofia/ausência de grupos musculares. - Deformidades dos pés. - Flacidez global. - Alterações na pele (fina, lisa, menor sudorese e de tecido subcutâneo). - Escoliose. OBJETIVOS TERAPÊUTICOS: -Aumentar a ADM articular, estimular a movimentação ativa, estimular as etapas do DNPM Típico (rolar,puppy). - Estimularlinha média, promover fortalecimento muscular MMSS e MMII. - Promover orientações domiciliares. Condutas terapêuticas: -Adequar tônus muscular, alongamentos musculares, mobilizações articulares, treino das etapas motoras, trabalho na linha média em brinquedos, exercícios ativos, ativos-assistidos e com resistência manual do terapeuta e transferência peso látero-lateral.
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