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Eutanásia e Suicídio Assistido

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Maria Fernanda Portela 
Disciplina: Direito Penal 
 
Eutanásia E 
Suicídio Assistido 
(Artigo 122) 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se 
ou a praticar automutilação ou prestar-lhe 
auxílio material para que o faça: (Redação dada 
pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
(Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de 
suicídio resulta lesão corporal de natureza grave 
ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 
129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído 
pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da 
automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído 
pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, 
torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por 
qualquer causa, a capacidade de resistência. 
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a 
conduta é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou transmitida em 
tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente 
é líder ou coordenador de grupo ou de rede 
virtual. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo 
resulta em lesão corporal de natureza 
gravíssima e é cometido contra menor de 14 
(quatorze) anos ou contra quem, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, 
ou que, por qualquer outra causa, não pode 
oferecer resistência, responde o agente pelo 
crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. 
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo 
é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos 
ou contra quem não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência, responde o agente pelo crime de 
homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. 
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019). 
 
(Infanticídio) 
Artigo 123: Matar, sob a influência do estado 
puerperal, o próprio filho, durante o parto ou 
logo após: 
 Pena – detenção, de 2 a 6 anos. 
 Estado Puerperal: É o período que vai da 
dequitação da placenta á volta do 
organismo materno as condições pré-
gravidicas, que dura cerca de seis a oito 
semanas (todas mulheres passam por 
Maria Fernanda Portela 
Disciplina: Direito Penal 
 
este estado, mas nem todas tem 
alterações psicóticas graves.) 
Trata-se de perturbações, que 
acometem as mulheres, de ordem física 
e psicológica decorrentes do parto. 
Ocorre, por vezes, que a ação física deste 
pode vir a acarretar transtornos de 
ordem mental na mulher, produzindo 
sentimentos de angustia, ódio, desespero, 
vindo ela a eliminar a vida de seu próprio 
filho. 
 Sujeito Ativo: Mulher em estado puerperal 
 Sujeito Passivo: Bebê. Obs: O que conta é 
analisar o dolo da mulher no estado 
puerperal, ou seja, no famoso caso em 
que uma mãe visando matar seu filho 
em decorrência do estado puerperal, e 
acaba matando outro bebê também 
responderá por infanticídio mesmo que 
não seja seu filho, já que a sua intenção 
era mata-lo e na sua percepção ela o fez 
em decorrência do seu estado. 
(Aborto) 
O aborto pode ser natural, acidental, criminoso, 
legal ou permitido. 
O aborto natural não é crime e ocorre quando 
há uma interrupção espontânea da gravidez. O 
acidental, também não é crime, e pode ter por 
origem várias causas, como traumatismos, 
quedas etc. 
O aborto criminoso é aquele vedado pelo 
ordenamento jurídico. 
No Brasil, o aborto é legalizado em 3 situações: 
-Se a gravidez é decorrente de estupro 
-Se a gravidez representar risco de vida à 
mulher 
-Se for caso de anencefalia fetal (não 
formação do cérebro do feto) 
 
Art. 124 Provocar aborto em si mesma ou 
consentir que outrem lho provoque. 
Pena- detenção, de um a três anos. 
 
 É um crime de ação múltipla: descrição 
de mais de uma conduta: provocar 
aborto em si mesma (auto aborto) , 
consentir que alguém o provoque. 
 Crime Próprio: Só podem ser praticados 
por Gestantes 
 É considerado crime de mão própria na 
primeira conduta 
 É considerado o crime menos grave por 
ser um auto aborto e por isso receber a 
menor das penas. 
 
Art. 125 - Provocar aborto, sem o 
consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 A gestante quer ter o filho, mas é 
interrompido por um terceiro sem o seu 
consentimento 
 Qualquer um pode ser sujeito ativo do 
crime 
 
Art. 126 – Provocar aborto com o 
consentimento da gestante: 
Pena – reclusão, de um a quatro anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do 
artigo anterior, se a gestante não é maior 
de quatorze anos, ou é alienada ou débil 
mental, ou se o consentimento é obtido 
Maria Fernanda Portela 
Disciplina: Direito Penal 
 
mediante fraude, grave ameaça ou 
violência 
Pena: reclusão, de um a quatro anos. 
 Provocada por um terceiro, com o 
consentimento da gestante. 
 Quando a intenção do agente era de 
somente lesionar a gestante e em 
consequência há a aceleração de parto 
ou o aborto, 
 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois 
artigos anteriores são aumentadas de 
um terço, se, em consequência do aborto 
ou dos meios empregados para provocá-
lo, a gestante sofre lesão corporal de 
natureza grave; e são duplicadas, se, por 
qualquer dessas causas, lhe sobrevém a 
morte. 
 
Referências Bibliográficas 
 
Anotações feitas durante as aulas.

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