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1 Surgimento: surgiu em 1940, através de um fungo, originando a Penicilina G. O uso indiscriminado dessas substâncias, causou resistência bacteriana, principalmente em soldados na primeira guerra mundial. Inibidores da síntese da parede celular: não existe na célula humana a parede celular, garantindo uma maior seletividade nas bactérias, diminuindo riscos de toxicidade. Parede celular: na parede celular formam polímeros cruzados, deixando mais resistentes, porém os inibidores da síntese dessa parede atuam quando formados os polímeros cruzados, rompendo a parede, fazendo o líquido intracelular da bactéria extravasar, fazendo com que ela exploda. A transpeptidase se liga ao anel beta lactâmico, formando um complexo inativo, impedindo a ligação da transpeptidase ao D-Ala. Diferenças estruturais: • Gram-positiva: tem a presença de várias camadas de peptideoglicano, tornando a camada mais lipofílica, facilitando a entrada de muitos antibióticos. • Gram-negativas: para ter eficácia em gram-negativas, os antibióticos precisam passar pelos canais de purinas, pois a parede não é tão hidrofílica, ao contrário da gram- positiva. Micobactérias: tem uma parede celular diferente, sendo mais lipofílica, tendo um crescimento lento da parede celular, não sendo eficiente usar antibióticos beta-lactâmicos, pois vão agir na parede celular. Micoplasma: não tem parede celular, portanto não tem por que o uso de antibióticos beta- lactâmicos. Por exemplo o Mycoplasma pneumoniae. Principais famílias de β-lactâmicos: 2 Ácido clavulônico: é usado como inibidor de beta-lactamase, que é destruidor do anel beta- lactâmico. Os inibidores de Beta-lactamase não tem cadeia lateral, citados ao lado direito na imagem acima. Antibióticos beta-lactâmicos não clássicos: • Carbapanemas: o Tienamicina o Imipeném o Meropenén o Ertapeném • Monobactamas: o Aztreonam • Inibidores de Beta-lactamase: o Ácido Clavulânico o Sulbactam Penicilinas: primeiros antibióticos introduzidos na terapêutica, sendo a penicilina G o primeiro. 3 As proteínas das bactérias são chamadas de D-aminoácidos, no caso o D-Ala, que vai perder o sítio ativo da serina para a penicilina, que vai deixar o local inativo. A penicilina G e a V são usadas na clínica, onde a penicilina V possibilita a administração via oral pela presença do oxigênio. A amida no anel beta-lactâmico não é planar, impossível de ser plana. 4 Degradação da penicilina G em meio ácido e em meio alcalino. Reação de hipersensibilidade: o antibiótico pode reagir com uma proteína formando um antígeno, que vai fazer o corpo entender como corpo estranho. Limitações do uso de penicilina G: • Não pode ser administrada por via oral, devido a sensibilidade a acidez (gástrica) • Susceptibilidade as Beta-lactamases. • Espectro de ação apenas para gram +. • Baixo tempo de meia vida, curto. A partir dessas limitações, foi retirada a cadeia lateral da penicilina, mudando-a para tentar mudar as ações das penicilinas, como por exemplo resistência a beta-lactamases, administração por via oral e diversas outras vantagens. Penicilina V: aumentando a biodisponibilidade VO, alterando a cadeia lateral e adição de um oxigênio na cadeia principal. Beta-lactamase: quebra anel da penicilina e da cefalosporinas, é uma enzima gorda e grande, para impedir a ação dessa enzima foram adicionados grupos volumosos na cadeia lateral, pois como a enzima é grande não vai conseguir chegar ao anel beta-lactâmico, ao contrário da transpeptidase, que é menor e mesmo com cadeias laterais grandes vai chegar. As betas lactamases aumentam seu espectro com a resistência, devido ao mal uso de diversos antibióticos pela população. Ação gram+ da penicilina G: pela sua grande hidrofobicidade atua em gram+, pois a parede celular é muito lipofílica, diferente das gram-, que os antibióticos precisam passar pelos canais de purinas. Para aumentar a ação em gram-, precisa ser adicionado grupamentos hidrofílicos na cadeia lateral, para facilitar a passagem pelos canais de porinas. 5 A estratégia para aumentar a absorção de diversos antibióticos, são gerados pró-fármacos, que são fármacos na sua forma inativa, que após a biotransformação se tornam ativos. • Para formas injetáveis como a penicilina G, são formados sais, em que quando administrados formam alguns cristais para serem excretados, por exemplo a benzatina. Interação medicamentosa: por exemplo a probenecida, que compete com a penicilina pelas proteínas plasmáticas, liberando mais molécula de penicilina, aumentando o tempo de meia vida. Incompatibilidade: se for associado ao mesmo tempo e no mesmo local uma penicilina com um aminoglicosídeo, eles vão reagir no local formando um composto inativo.