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Pneumonia Doença Infecciosa • Desenvolvimento de uma doença infecciosa envolve interações complexas • Depende da suscetibilidade do indivíduo, a forma como o sistema imune dele resposte e o agente etiológico Sistema Respiratório • Destruição de pneumócitos do tipo II como no COVID, causa a diminuição do surfactante (mantém a tensão alveolar) com uma inflamação que gera um edema inundando o alvéolo e o surfactante diminui ainda mais levando ao colabamento do alvéolo • Temos o fluido alveolar produzido dentro dos alvéolos, que possuem imunoglobulinas, fração de complemento pronto para participar da opsonização dos microrganismos para facilitar a fagocitose Fatores que alteram a limpeza da mucosa • Perda ou supressão do reflexo da tosse (etilismo e senilidade) • Lesão do aparelho mucociliar (tabagismo, doenças virais) – metaplasia troca o epitélio ciliado por um sem essa proteção • Interferência com a ação fagocítica ou bactericida dos macrófagos alveolares (álcool, tabagismo, anóxia) • Congestão pulmonar e edema • Acúmulo de secreção (obstrução brônquica) Fatores que alteram a resistência • Doenças crônicas (Impedimento da função mucociliar – retenção de secreções - proliferação bacteriana) • Infecções virais (Necrose epitelial – facilita aderência bacteriana) • Imunossupressão medicamentosa • Imunodeficiências primárias ou adquiridas • Estados leucopênicos Pneumonia • Definição: quadro de Infecção do parênquima pulmonar com expressão clínica característica – inflamação dos pulmões a maioria é devido a infecções • Situações não infecciosa: em algumas doenças pulmonares sistêmicas que liberam vários mediadores químicos de forma intensa e através da circulação podem chegam no parênquima pulmonar causando destruição da barreira alveolar ou a inalação de gás tóxicos (baforar drogas) que gera uma resposta inflamatória devido a destruição da barreira alvéolo capilar • Principal causa de morbidade e mortalidade • Portas de entrada de microrganismos: o Vias aéreas superiores na maioria das vezes o Hematogênica o Translocação bacteriana→ infecção secundária Classificação: (1) Etiologia • Bactérias, vírus, fungos, protozoários (helmintos) • Provocadas por gases tóxicos, agentes microbiológicos, aspiração de conteúdo estomacal ou alimento Obs: Síndrome de Loeffer tem uma classe de helmintos que uma parte do ciclo dele ocorre no pulmão, ele cai na circulação chegando no pulmão em forma de larva que sofre uma maturação, levando a uma resposta inflamatória causando a pneumonia e ao tossir ele engole as larvas chegando no sistema respiratório – ciclo de LOS (2) Situação clínica • Local de origem da pneumonia, onde começou clinicamente • Adquirida na comunidade (mais leve antibióticos comuns resolvem) ou ele vive ou dentro do ambiente hospitalar ou nosocomial (bactérias multirresistente) • Paciente em ventilação mecânica são comuns a desenvolverem pneumonia, podem ter infecção bacteriana que faz biofilme e ocorre o mesmo nos cateteres (3) Patologia (distribuição das lesões) • Pneumonia lobar • Broncopneumonia • Pneumonia intersticial Obs: a classificação é importante para o diagnóstico e consequentemente um melhor tratamento Formas clínicas de Apresentação: • Aguda adquirida na comunidade • Aguda atípica adquirida na comunidade • Aguda nosocomial • Aspirativa • Crônica • Necrotizante • Pneumonias do imunocomprometido Streptococcus pneumoniae • Diplococo Gram-positivo • Cápsula polissacarídica - (90 sorotipos) • 20% indivíduos parte da microbiota • Bactéria Haemophilus influenzae • Bacilos Gram-negativos pleomórficos • Alguns são encapsulados – patogênicos • sorotipos: a, b, c, d, e, f • H. influenzae não encapsulado: colonizam TRS nos primeiros meses de vida - 85% dos adultos • H. influenzae encapsulado (sorotipo I) -5 a 20% indivíduos • Elevada redução da doença após vacinação • Vacina: feita a partir da cápsula de Hib (PRP purificado conjugado a proteínas carreadoras) e eficientes após 2 meses de vida (3 doses: 2º, 4º e 6º mês de vida) Klebsiella pneumoniae • ENTEROBACTERIACEAE – GRAM NEGAITVE • Debilitados, malnutridos, higiene bucal precária, etilista crônico • Aspiração de secreções com microrganismo + álcool (Perda ou supressão do reflexo da tosse e interferência com a ação fagocítica ou bactericida dos macrófagos alveolares) • Polissacarídeo capsular viscoso e abundante: escarro espesso e gelatinoso, dificuldade de expectoração Pneumonia Nosocomial • A pneumonia de origem hospitalar é aquela que: aparece após um período 48 horas de admissão (ANVISA: 72h) não está incubada no momento da hospitalização • 6 a 10 casos/1000 admissões hospitalares • Gram-negative - Enterobacteriaceae • Klebsiella spp., Serratia marcescens, Escherichia coli • Pseudomonas spp. • Staphylococcus aureus normalmente resistentes a penicilina o Crianças e adultos saudáveis: causa importante de pneumonia o bacteriana secundária após infecção viral o Usuários drogas intravenosas: alto risco de desenvolver pneumonia estafilocócica em associação com endocardite Aspectos morfológicos (3) • Pneumonia lobar • Broncopneumonia • Pneumonia intersticial Inflamação Aguda Inflamação Crônica Obs: O tipo de inflamação é definido pelo agente etiológico. • Pneumonia lobar e broncopneumonia: os microrganismos que chegam nos alvéolos e se multiplicam no espaço alveolar possuem alarmina que chamam neutrófilos levando a reposta inflamatória aguda com uma exsudação mais branda com uma expectoração menos intensa • Pneumonia intersticial ou atípica: diferente daqueles que ficam no septo alveolar (interstício) onde temos muitas células causando um padrão de inflamação crônica, esses agentes agressores precisam invadir as células para se multiplicarem (podem ser vírus ou bactérias como clamídia, mycoplasma pneumonie) todo processo inflamatório será direcionado para o local infectados as células e o septo alveolar, levando a uma exsudação purulenta no alvéolo que causa uma tosse progressiva (sai catarro) • Classificação macroscópica Broncopneumonia: • Consolidação esparsa • Esses alvéolos acometidos pelo processo infecioso e inflamatório podem compreender algumas áreas ao longo da arvore brônquica, onde a exsudação pode ir progredindo ao longo dessa arvore. Algumas áreas teremos alvéolos cheios e outras normal, de forma esparsa acomete o parênquima pulmonar Pneumonia lobar • Consolidação total • Processo inflamatório agudo exsudativo que comprometa um lobo pulmonar inteiro – todos os alvéolos desse lobo são afetados Obs: as duas são provocadas por organismos extracelulares (pirogênicos) que causam uma inflamação aguda exsudativa Pneumonia bacteriana: fases 1. Fase: congestiva / edematosa – aumento de permeabilidade extravasamento de líquido para o interstício 2. Fase de hepatização vermelha – saída das células (hemácias, neutrófilos) junto com o líquido ficando com aspecto denso e vermelho igual ao do fígado 3. Fase de hepatização cinzenta – hemólise das hemácias, após alguns dias de inflamação substituindo neutrófilos por macrófagos que irão fagocitar e produzir fator de crescimento levando ao reparo 4. Fase de resolução: cura e fibrose Microscopia: Complicações: • Destruição e Necrose tecidual - Abscesso • Disseminação para cavidade pleural - Empiema • Bronquiectasias: dilatações permanentes dos brônquios • Disseminação bacteriana e sepse Abscesso: • Coleção circunscrita de pus no parênquima pulmonar • Cavitações com materialpurulenta a hemático • Diversas dimensões Empiema: • Coleção purulenta na cavidade pleural • Espessamento pleural (paquipleuris) Bronquiectasias: • Dilatações permanentes dos brônquios, causados por infecção destrutiva da parede brônquica ou por defeito de sua formação • Dilatação de até 4 vezes da luz brônquica • Fibrose da parede • Aspecto fusiforme, sacular, tubular • Congênita (difusa) ou adquirida (focal) Pneumonia intersticial • Pneumonias agudas atípicas: ausência ou pouca de exudação alveolar e consolidações • Agentes etiológicos: • Vírus: o SARS-CoV -2 – posteriormente também leva a consolidação do espaço alveolar o Influenzae A, B e C o Vírus sincicial respiratório o Adenovírus o Rinovírus o Varicela • Bactérias intracelulares: o Mycoplasma pneumoniae Mycoplasma pneumoniae • Bactéria sem parede celular • Adesina P1: • Adesão nas cél do hospedeiro o Adesão Neutrófilos e Macrófagos (impedimento Fagocitose) o Ciliostase nas células epiteliais (tosse persistente) o Penetração celular ativa – lesão • “ação superantígeno” • Ativam macrófagos - liberação de citocinas – TNF e IL -1 , IL-6 (necrose celular e estimula migração células inflamatórias) • Mimetismo molecular o Similaridade antigênica com tec do hosp – falha no reconhecimento imunólógico - infecção persistente o Reação imunológica aos Ag micoplasma- rç cruzada AG do hosp. Influenza • RNA vírus • Tipos A, B e C nucleoproteína • Subtipos H1 a H5 – hemaglutinina • N1 e N2 neuraminidase • Acs para HA e NA: impedem futura infecções • Infecção viral - Perda sistema defesa primária- Lesão célula ciliada e secretora de muco • Infecção bacteriana secundária • Quadros graves – Insuficiência respiratória - Dano alveolar difuso Microscopia: Síndrome da angústia Respiratória Aguda Causas: • Infecção: pneumonias, septicemias • Inalação de gases • Aspiração de líquidos • Drogas e produtos químicos • Choque, Trauma • Radiação • Infecção bacteriana secundária Definição: Todas essas causas podem evoluir para síndrome da angústia respiratória onde teremos uma agressão a barreira alvéolo-capilar (BAC) levando a exsudação de líquidos, proteínas e mediadores químicos que chamam mais inflamação enchendo o alvéolo levando a dificuldade da troca gasosa Exemplo SARCOV 2: Ele faz a invasão das células alveolares levando a destruição dos pneumócitos (lesão na barreira) e a liberação de produtos e substâncias químicas que ativam os macrófagos alveolares, os quais começam a produzir mediadores químicos (TNF, interleucinas 1,6) que provocam vasodilatação, alterando a permeabilidade ocasionando no edema, entra água no alvéolo e pode ocorrer a deposição de proteínas vindo do plasma formando uma membrana hialina Membrana hialina: • Essa membrana forra o alvéolo impedindo a troca de gás, levando a uma hipoxemia • Com o edema intersticial e no espeço alveolar enchemos o pulmão com água, alterando o surfactante (que mantem a tensão superficial) e aumentando a tensão levando ao colabamento do alvéolo que acarreta em mais hipoxemia. OBS: no covid esse processo se agrava devido ao bombardeio de mediadores químicos e podem atingir outros órgãos provocando a inflamação em outros órgãos chamados de CRS (síndrome inflamatória de múltiplos órgãos. • Alguns órgãos como trato gastrointestinal, rim, coração tem os mesmos receptores semelhantes aos dos pneumócitos que permite a infecção do vírus Pneumonias fúngicas: • Pneumonia crônicas • Pneumonia do imunocomprometido • Padrão morfológico: inflamação específica granulomatosa Aspergillus fumigatus • Macroscopia: Granulomas e infartos hemorrágicos pulmonares • Microscopia: Hifas não septadas, ramificadas e esporos, com infiltração da parede de vasos – necrose e infarto hemorrágico Criptococcus neoformans • Resíduos do solo e fezes de pombos • Doentes HIV+ e neoplasias hematolinfóides • Granulomas contendo leveduras com halo (reforço) ao redor do fungo Histoplasma capsulatum • Resíduos do solo e fezes de pombos e morcegos • Granuloma semelhante TB • Intracelular macófago • Lesão nodular
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