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Padrões de herança e genes únicos: herança autossômica

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HERANÇA AUTOSSÔMICA 
VISAO GERAL E CONCEITOS 
• Locus: posição de um 
segmento de DNA no 
cromossomo; 
• Loci: plural de Locus; 
• Alelos: uma das formas 
alternativas de um gene (A e 
a/B e b, por exemplo); 
• Alelos selvagem: alelo predominante, em geral, 
presente em mais da metade dos indivíduos em uma 
população; 
• Alelos mutante: alelo com presença de mutação; 
• Genótipo: constituição genética de um indivíduo, 
mais especificamente, os alelos presentes em um ou 
mais loci; 
• Fenótipo: características fisiológicas, bioquímicas e 
morfológicas de um indivíduo, sendo determinada 
pelo genótipo + ambiente; 
• Homozigoto: indivíduo ou genótipo com alelos 
idênticos para um locus num par de cromossomos 
homólogos; 
• Heterozigoto: indivíduo ou genótipo com alelos 
diferentes para um locus num par de cromossomos 
homólogos; 
• Heterozigoto composto: indivíduo ou genótipo com 
dois alelos mutados diferentes para um locus num 
par de cromossomos homólogos; 
• Hemizigoto: genótipo de um indivíduo com apenas 
um gene em um único cromossomo, não há o seu 
homólogo; 
• Haplótipo: grupo de alelos em loci localizados no 
mesmo cromossomo, estreitamente ligados, 
herdados com unidade; 
• Distúrbios monogênicos: doenças caracterizadas por 
alelos de um único gene (autossômica ou ligada ao 
sexo), cujos genes envolvidos possuem 
características da lei de Mendel; 
• Pleiotropia: cada gene possui efeito primário, a partir 
do qual podem surgir consequências diferentes; ou 
seja, corresponde a um gene com efeitos fenotípicos 
múltiplos. Como exemplo temos a fenilcetonúria 
(efeito primário: deficiência na enzima fenilalanina-
hidroxilase/efeito secundário: deficiência mental, 
pigmentação clara…); 
• Penetrância: % de indivíduos com alelos mutantes e 
que manifesta a doença. 
• Penetrância completa: alelos mutantes vão expressar 
o fenótipo esperado. Ex: mutação no gene FGFR3 
(receptor de hormônio de crescimento de fibroblasto 
3), resulta em acondroplasia. Assim, se a penetrância 
é de 100%, todos os indivíduos com essa mutação 
terão acondroplasia. 
• Penetrância incompleta ou reduzida: ausência de 
sintomas da doença expressão, de forma que apenas 
uma parte dos indivíduos com a mutação terão a 
doença. Ex: Ptose palpebral congênita hereditária 1 
(herança autossômica dominante), neoplasia 
endócrina múltipla (7% até os 10 anos e 100% aos 60 
anos), hemocromatose hereditária. Alguns fatores da 
falta de manifestação são a idade para a 
manifestação ser variável, regulação epigenética, 
modificadores ambientais 
Qual a probabilidade de um indivíduo desencadear 
sintomas de uma doença recessiva (penetrância 70%), a 
partir de progenitores heterozigotos? Primeiramente, a 
chance de progenitores heterozigotos (Aa) terem um 
filho homozigoto recessivo é de 25%, porém, como a 
penetrância é 70%, temos que fazer 70% de 25%, 
chegando a um valor final de 17,5%. 
• Expressividade: grau com que um gene se manifesta 
no fenótipo (leve a mais grave). 
• Penetrância incompleta com expressão variável tem 
como exemplo a polidactilia (AD), cujo grau de 
manifestação varia em número (6 a 7 dedos) e 
tamanho, dependendo do grau de expressão da 
mutação. 
• Penetrância 
completa com 
expressão variável: 
vai ter algum 
sintoma, seja leve 
ou mais grave. A 
exemplo temos a 
neurofibromatose. 
• Heredogramas ou 
genealogias: representação gráfica de árvore familiar, 
usando símbolos padronizados, para determinar o 
padrão de herança de uma doença genética. 
 
 
Características Mendelianas: 
• Lei da segregação – um alelo por progenitor 
transmitido aleatoriamente para a prole; 
• Lei da distribuição independente – genes de diferentes 
locus são transmitidos de forma independente; 
• Herança dominante e recessividade. 
 
PADRÕES DE HERANÇA GENÉTICA 
Mendelianas (autossômica dominante, autossômica recessiva, ligada ao X 
recessiva, ligada ao X dominante, ligada ao Y) e Não Mendelianas (imprinting, 
mitocondrial, multifatorial, esporádica, síndrome dos genes contíguos). 
Padrões de herança em distúrbios monogênicos 
dependem da localização cromossômica, isso é, se é 
autossômica, sexual ou mitocondrial – mutações no 
cromossomo X são distribuídos de formas diferentes para 
os filhos; pais com mutação no cromossomo X só 
transmitem para filhas; herança mitocondrial foge da 
mendeliana –, e do fenótipo dominante ou recessivo. 
HERANÇA MENDELIANA 
LOCI AUTOSSÔMICO 
• Fenótipo recessivo: expresso em homozigoto 
mutante ou hemizigoto. 
• Fenótipo dominante: expresso em heterozigoto e 
homozigoto, e caracteriza-se por sua expressão 
mediante de apenas um alelo mutante. Dessa 
maneira, temos que um homozigoto (AA, por 
exemplo) é mais grave que um heterozigoto (Aa – 
dominância incompleta). Na acondroplasia, que é o 
nanismo hereditário, a forma heterozigota é menos 
grave. Existe também o caso de codominância, em 
que há a expressão fenotípica de ambos alelos de um 
locus em heterozigose (ex.: sistema ABO). 
LOCI LIGAGOS AO X 
• Fenótipo recessivo ligado ao X: expresso em 
hemizigotos e nunca em heterozigotos; 
• Fenótipo dominante ligado ao X: expresso em 
hemizigotos e em heterozigotos. 
Obs.: gene não é dominante ou recessivo, a herança 
(dominante ou recessiva) é o fenótipo determinado pelos alelos 
mutados. 
HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA 
A doença se expressa apenas em indivíduos com 
dois alelos mutados e o alelo mutante diminui a função 
do produto gênico – perda de função. Além disso, são 
mais raros que as AD (dos 25 mil genes, em média cada 
pessoa carrega de 5 a 8 alelos recessivos) e cruzamentos 
aleatórios diminuem a chance de ocorrência. É fato, 
também, que devemos entender a frequência de algumas 
doenças, pois ela muda de acordo com algumas 
populações específicas (a anemia falciforme é mais 
comum em afro-americanos que em hispânicos). 
Três tipos de união podem resultar em uma prole 
homozigota com alelos mutantes: 
Obs.: aparece igualmente entre homens e 
mulheres, tem transmissão horizontal (possibilidade de 
ter mais de um afetado na mesma geração), há saltos de 
gerações, e geralmente os indivíduos possuem genitores 
normais. 
Distúrbio autossômico recessivo influenciado pelo sexo 
(diferente de ligado ao sexo): a penetrância não é 
completa, sendo então variável e um dos fatores que o 
fazem ser variável é o sexo. 
HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE 
Nesse caso, é necessário apenas uma cópia do 
gene anormal para que o indivíduo seja afetado, assim, 
homens e mulheres podem ser afetados e transmitirem 
para qualquer descendente. Além disso, mais da metade 
de todos os distúrbios mendelianos são de forma AD. 
Na prática médica é muito difícil existirem 
homozigotos dominantes puros para uma doença. Assim, 
das ~3 mil doenças AD, apenas quatro encontraram 
genótipo homozigoto (hipercolesterolemia familial, 
acondroplasia, Doença de Huntington e Distrofia macular 
viteliforme) – a maioria das doenças AD são dominantes 
incompletas e tem expressividade variável e a idade 
paterna avançada pode aumentar a chance de mutações 
esporádicas (o indivíduo tem a doença, mas seus 
genitores não têm os genes da doença). 
O fenótipo geralmente está em todas as gerações 
(transmissão vertical), em que a pessoa afetada tem um 
genitor afetado, e não há saltos de gerações – exceções: 
mutações novas e fenótipos não expressos (não 
penetrante).

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