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se um humor infamante, divertem-se e comovem-se sem se transformar ideologicamente, persistem na rebeldia política ao cabo de uma impressionante despolitização, vivificam, a seu modo, a cotidianidade e as tradições, convertendo carências em técnica identificatória. •Ex: Mulheres em bairros pobres: uma interpelação do político a partir do cotidiano, uma integração das diversas dimensões da vida “normalmente” separadas, compartimentadas, e um questionamento de dimensões inéditas da opressão. •Processos de reconhecimento como “lugares” de constituição das identidades (bairros). •Criatividade estética popular na cidade: grafites (tatuando o protesto na pele da cidade), pichações, decoração de ônibus, fachadas, vitrines. •Reelaboração musical pelo abandono do autêntico, e a deformação profanatória, a mestiçagem. O folclórico se faz popular. •Novos conflitos: lutas contra as formas de poder que perpassam, discriminando ou reprimindo, a vida cotidiana e as lutas pela apropriação de bens e serviços. Debate sobre a identidade: •Nacionalismo populista buscando o resgate de raízes e as massas urbanas como contaminação e negação do popular X progressismo iluminista que continua a ver no povo o obstáculo para o desenvolvimento (cultura como disciplina, distância, demarcação x necessidades imediatas) = razão dualista. •A identidade latino-americana resulta do convívio de tradições •A identidade latino-americana resulta do convívio de tradições que ainda permanecem vivas com o processo de modernização. •O convívio de diferentes tempos e matrizes culturais permite que se pense em romper com a razão dualista que, de um lado defende o resgate das raízes, e do outro acredita que o povo é um obstáculo para o desenvolvimento. •Considera-se a importância das culturas regionais e locais na formação das identidades, e a possibilidade dessas identidades serem construídas ou reafirmadas através dos meios de comunicação. •A perspectiva que afirma: é a comunicação que deve ser tratada no cenário da cultura, que na AL encontra eco na sua formação híbrida, que propicia múltiplas mediações naformação híbrida, que propicia múltiplas mediações na recepção das mensagens. Estatuto transdisciplinar do estudo da comunicação: •Os meios passaram a constituir o público, a mediar na produção de imaginários que de algum modo integram a desgarrada experiência urbana • Seja substituindo a teatralidade de rua da política pela sua espetacularização televisa •Seja desmaterializando a cultura, e a retirando da história, •Seja desmaterializando a cultura, e a retirando da história, mediante tecnologias que, como as redes telemáticas ou os vídeos-game, propõem a hiperrealidade e a descontinuidade como hábitos perceptivos dominantes. Referência: MARTIN_BARBERO, J. Ofício de cartógrafo. SP: Loyola, 2004 •A comunicação em processo. •Espaço de reflexão sobre o consumo como prática cotidiana: lugar de interiorização muda da desigualdade social. •O consumo não é apenas reprodução de forças, mas também produção de sentidos: luta que não se restringe à posse dos objetos, pois passa pelos usos que lhes dão forma social e nos quais se inscrevem demandas e dispositivos de ação nos quais se inscrevem demandas e dispositivos de ação provenientes de diversas competências culturais. •Novos conflitos: lutas contra as formas de poder que perpassam, discriminando ou reprimindo, a vida cotidiana e as lutas pela apropriação de bens e serviços. Néstor García Canclini (1998) Culturas híbridas •A hibridização é vista como processo criativo do contato entre antigos e novos padrões, resultando desse contato algo genuinamente novo. •O popular não deve ser visto como espaço de manutenção de uma memória passadista e sim como local de constante elaboração, visto que o importante não é o que se extingue, mas elaboração, visto que o importante não é o que se extingue, mas o que é possível criar e transformar tendo por referencial antigos padrões. •O que surge dessas reflexões é a noção do espaço popular como instância capaz de criar, de se apropriar e produzir significados com base em experiências individuais, que carregam as marcas dos grupos do qual fazem parte, do local onde vivem. •O popular não é o que o povo tem, e sim tudo aquilo a que ele pode ter acesso, que chama sua atenção e quer ou pode usar. •Um produto midiático, por exemplo, torna-se popular ou não a partir dos usos, respondendo às necessidades de um grupo ou de parte dele. •A hibridização ocorre como consequência de diversos fatores , tais como internacionalização econômica, aumento do fluxo migratório e turístico, transnacionalização dos meios de comunicação. • “Trama majoritariamente urbana, em que se dispõe de uma oferta simbólica heterogênea, renovada por uma constante interação do local com redes nacionais e transnacionais de comunicação”.transnacionais de comunicação”. •O processo de hibridização coloca no mesmo plano as diversas manifestações da cultura e rompe as fronteiras estabelecidas pela modernidade, em que o culto deveria estar nas galerias ou em grandes museus e o popular nas feiras e mercados. Referência: CANCLINI< Néstor Garcia. Culturas Híbridas. Ed. UNESP.