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REVISÃO LABORATORIAIS

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1 Gabrielle Nunes | P3 | 2020.2 
REVISÃO LABORATORIAIS P3 
PNEUMONIAS 
PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS 
O patógeno não é identificado em até 60% dos casos de pneumonia, mas o conhecimento do perfil etiológico das pneumonias 
é indispensável para orientar a terapêutica. 
Vírus são responsáveis pela maioria das PAC, em em torno de 90% até um ano de idade e 50% em escolares. Destaca-se o Vírus 
Sincicial Respiratório, como o de maior incidência. Outros responsáveis em ordem de frequência são: Influenza, Parainfluenza 1 
e 3, Adenovírus, Rinovírus, além de Metapneumovírus e Bocavírus. 
 Os quadros bacterianos são responsáveis por infecções mais graves, com maior comprometimento do estado geral. Desses o 
Estreptococo pneumoniae é o agente mais frequente, de difícil isolamento em hemoculturas e mais facilmente em culturas de 
líquido pleural, 1/3 das pneumonias confirmadas radiologicamenteOutras bactérias: Estreptococos do Grupo A, Estafilococos 
áureos, Hemófilus influenza e Moraxela catarralis,Em 50% dos casos é possível uma coinfecção (vírus e bactérias). 
ETIOLOGIA DAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS DE ACORDO COM A IDADE 
IDADE PATÓGENO (ORDEM DE FREQUêNCIA) 
RN < 3 dias Streptococcus do grupo B, Gram negativo (sobretudo E. coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio); 
Chlamydua trocomathis; 
RN > 3 dias Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Gram negativo 
1 a 3 meses Vírus sincicial respiratório (VSR), Chamydia trachomatis, Ueralyticum, S. aureus, S. epidermidis e gram 
negativos; Haemophylus influenzae (mais raro pela vacina) 
1mês a 2 anos Vírus, STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE, Haemophilus influenzae (tipo b), H. influenzae não tipável, S. aureus 
2 a 5 anos Vírus (VSR, influenza, parainfluenza, Adeno), S. penumoniae, H. influenzae tipo b, H. influenzae não tipável, 
Mycoplasma pneumoniae, Chamydia pneumoniae, S. aureus 
6 a 18 anos Vírus, S. pneumoniae, M. pneumoniae, C. pneumoniae, H. influenzae não tipável. 
Menor incidência dos vírus e do H. influenzae e aumento dos atípicos: M. pneumoniae e C. pneumoniae; 
Bactérias atípicas: RN (Chlamydia trachomatis e Ureoplasma urealyticum); escolares e adolescentes (Mycoplasma pneumoniae 
e Chlamydophila pneumoniae) 
EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS 
HEMOGRAMA 
▪ Leucograma global e frações 
▪ A presença de eosinofilia em quadros de pneumonia afebril pode sugerir infecção por Chamydia trachomatis 
PROTEÍNA C REATIVA 
▪ Pneumonias graves elevam muito a PCR, então os valores são altos, geralmente acima de 50mg/dL no método de 
turbidimetria 
▪ PCR quantitativa: o valor de referência é menos que 10 mg/dL 
VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) 
É utilizado para demonstrar processos infecciosos em fase agudas ou processos inflamatórios crônicos. É um estudo que visa 
analisar o peso da hemácia, em processos inflamatórios as citocinas inflamatórias agregam-se as hemácias tornando-as mais 
pesadas. 
▪ Normal até 10/15mm em uma hora 
▪ Valores considerados pela clínica médica estão acima de 30mm 
▪ Valores acima de 100mm sugerem patologias mais graves como neoplasias, necrose tecidual 
PCT | PROCALCITONINA 
PCT (procalcitonina): Marcador de atividade inflamatória que pode ser detectada por método imunoluminométrico 
monoclonal, considerado menos sensível. É um marcador melhor de gravidade do que a proteína C reativa- CASOS DE SEPSE. 
 
2 Gabrielle Nunes | P3 | 2020.2 
Níveis séricos elevados também são vistos em outras doenças pulmonares, como na pneumonite química e na lesão por inalação 
em queimados 
EXAMES ESPECÍFICOS 
HEMOCULTURA 
Exame utilizado para o diagnóstico etiológico dos quadros 
bacterianos e é recomendado a realização da 
hemocultura para todos os casos hospitalizados. Seu baixo 
rendimento (taxa de isolamento média de 10%) talvez 
induza os clínicos a evitar a sua solicitação. Apesar disso, o 
exame é importante, especialmente em serviços de 
referência, pois o conhecimento do padrão de 
resistência/sensibilidade aos antimicrobianos, com 
destaque para o pneumococo, é crucial. 
ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO: 
I. Colher antes da antibioticoterapia, ou antes, da próxima dose de antibiótico. Quando possível, suspender o antibiótico 
por 28-48 horas para realizar a coleta. 
II. Colher preferencialmente no inicio pródromos febris ou da ascensão do pico. Em casos graves, pode ser coletada a 
qualquer momento, não sendo obrigatório o pico febril. 
III. No caso de sepse, pneumonia, meningite, pacientes neutropênicos, colher em seguida duas amostras, em dois locais 
diferentes e iniciar antibioticoterapia. 
PESQUISA DE VÍRUS RESPIRATÓRIOS 
Os vírus podem ser identificados por vários métodos diagnósticos: enzimaimunoensaio, detecção de anticorpos por flourescência 
indireta, reação de cadeia polimerase e cultura do vírus. Utiliza-se mais a detecção de antígeno viral e o isolamento do vírus, 
quanto que testes sorológicos são utilizados quando os métodos de identificação rápida não forem disponíveis. 
SOROLOGIA 
▪ Sorologia para: (1) Mycoplasma pneumoniae (a sorologia é recomendada considerando-se que a IgM se eleva em 7 a 
10 dias após o inicio do processo; (2) Clamydia sp. (pesquisa de IgM ou IgG) 
TESTE DE AGLUTINAÇÃO DE PARTÍCULAS DE LÁTEX 
Pesquisa de agente etiológico. O método é realizado em amostras de urina e de líquido pleural e baseia-se numa reação de 
aglutinação simples, visível a olho nu, entre os anticorpos que compõem o kit e os antígenos capsulares bacterianos. 
▪ Partículas de látex são esferas de poliestireno que podem ser usadas como suportes na absorção de proteína solúvel a 
Ag polissacarídeo. 
Pesquisa de antígenos do pneumococo e do H. influenzae tipo b, inclusive até cerca de 5 dias após o início de antibióticos. 
EXAME CITOBACTERIOLÓGICO DO ESCARRO 
A pesquisa do Gram em escarro e a cultura de escarro não são realizadas rotineiramente por ser de difícil obtenção na criança, 
mas se amostra for de boa qualidade pode ser feito. Sua interpretação é difícil devido á contaminação por germes da 
orofaringe. 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DAS DIARREIAS 
DIARREIAS AGUDAS 
▪ Exame macroscópico das fezes: a observação das fezes já nos indica a presença de sangue, muco, pus e parasita 
▪ Exame parasitológico de fezes: este exame procura identificar a presença de parasitas, protozoários e helmintos que 
podem determinar diarreia 
 Método mais comum: HPJ 
 
3 Gabrielle Nunes | P3 | 2020.2 
▪ A pesquisa de vírus nas fezes pode ser feita de rotina através da técnica de Elisaimunoensaio ou látex para identificar 
rotavírus e adenovírus 
▪ pH fecal e substâncias redutoras- esta determinação irá detectar a intolerância aos carboidratos 
▪ Hemograma- este exame poderá auxiliar nos processos infecciosos acompanhados de invasão da mucosa intestinal, 
quando revela leucocitose e desvio para a esquerda 
▪ Identificação de bactérias enteropatogênicas- através da coprocultura 
DIARREIAS CRÔNICAS 
▪ Técnicas sorológicas: para amebíase e esquistossomose e o PCR para amebíase e giardíase 
▪ Teor de gordura nas fezes (Teste de Sudam III)– utilizado para identificar quantitativamente a perda de gordura pelas 
fezes ou a Esteatorreia 
▪ Colonoscopia 
▪ Testes sorológicos para doenças celíacas (antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase) 
▪ Exames de imagem 
▪ Dosagem de eletrólitos no suor 
▪ Biópsia 
▪ Absorção de triglicerídeos 
▪ Dosagem de alfa-1-antitripsina nas fezes: é empregada nos processos diarreicos de longa duração para detectar a 
perda proteica nas fezes 
▪ Teste de hidrogênio expirado: esse teste detecta o hidrogênio no ar expirado após a fermentação de carboidratos na 
luz intestinal e sua absorção pela mucosa 
▪ Teste de tolerância a carboidratos: ex. teste de tolerância à lactose 
 
QUESTÕES 
1. A bilirrubina é formada através da degradação de hemoglobina pelo sistema fagocitário macrofágico. A bilirrubina 
indireta circula ligada à albumina e a direta é uma produção de conjugação aos hepatócitos. Sobreo metabolismo, 
dosagem e significados clínicos da bilirrubina, assinale a alternativa incorreta: * 
a) A bilirrubina total é formada pela soma da bilirrubina indireta (não conjugada) e da bilirrubina direta (conjugada) 
b) Na cirrose ocorre uma piora na excreção biliar, resultando em hiperbilirrubinemia direta 
c) No paciente ictérico, sempre há o predomínio no aumento da bilirrubina indireta 
d) Níveis elevados de bilirrubina total e direta podem ser encontrados em doença hepatocelular ou biliar 
e) Aumento isolado de bilirrubina indireta pode ocorrer quando a taxa de produção excede à de conjugação 
 
2. Quais exames laboratoriais contribuem para o diagnóstico da pneumonia na criança? Quando estão indicados? * 
Paciente apresenta ao resultado do leucograma compatível com quadros infecciosos, sejam eles virais (linfocitose) ou 
bacterianos (leucocitose com tendência de desvio à esquerda); Proteína C reativa; hemocultura; Sorologias específicas p/ o 
agente atípicos e pesquisa viral em swab de nasofaringe. A pesquisa laboratorial não é indicada para pneumonias adquiridas 
em comunidades em tratamento ambulatorial, sendo exames essenciais p/ o tratamento de pacientes em tratamento 
hospitalar. 
 
4 Gabrielle Nunes | P3 | 2020.2 
3. Um homem de 52 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de fraqueza e falta de ar há cinco meses. 
Durante a anamnese médica, relatou perda de apetite e emagrecimento de 10 kg nos últimos quatro meses, e negou 
ocorrência de sangramentos e vícios como tabagismo e etilismo. No exame físico, foi detectada hepatoesplenomegalia 
e, a partir dos sinais e sintomas clínicos, foi necessária a realização de exames laboratoriais, entre eles o hemograma, que 
apresentou leucometria de 120 000 leucócitos/mm³ de sangue, presença de células da linhagem mieloide em vários 
estágios de diferenciação, basofilia, anemia normocítica e normocrômica e trombocitose. Com suspeita de quadro 
leucêmico, foi solicitada urgência na internação hospitalar do paciente e requerido mielograma, que evidenciou 
hiperplasia mieloide acentuada, com relação mieloide: eritroide de 17:1. Exames genéticos e moleculares evidenciaram 
presença do cromossomo Philadelphia e do gene BCR-ABL1. Com base nas informações apresentadas e nos achados 
clínicos e laboratoriais, assinale a opção que apresenta corretamente a patologia correspondente. * 
a) Mieloma múltiplo 
b) Leucemia linfoide crônica. 
c) Leucemia mieloide crônica. 
d) Leucemia mieloide aguda. 
e) Trombocitopenia essencial. 
 
4. A leucemia é originada na medula óssea, local onde as células sanguíneas são produzidas. Os glóbulos brancos 
(leucócitos) são as células acometidas e se reproduzem de forma descontrolada, gerando os sinais e sintomas da doença. 
De acordo com a célula envolvida, divide-se em mieloide e linfoide. O que diferencia uma leucemia da outra? * 
a) Mieloide deriva da célula-tronco madura e linfoide, dos linfócitos. 
b) Mieloide deriva dos leucócitos granulosos e linfoides dos leucócitos não-granulosos. 
c) Mieloide pode ser o granulócito ou o basófilo e linfoide o linfócito e o monócito. 
d) Mieloide deriva da célula-tronco mieloide e pode ser o granulócito, eosinófilo, basófilo, monócito ou eritrócito e na 
linfoide, o linfoide é a célula doente 
e) Na mieloide, apenas a célula mieloide eosinófilo é a célula doente e, na linfoide, a célula doente é o linfócito 
derivado da célula-tronco linfoide. 
5. Em relação à sífilis, é INCORRETO afirmar que: * 
a) O VDRL pode permanecer em títulos baixos após o tratamento, caracterizando uma cicatriz sorológica. 
b) O FTA-abs deve ser utilizado como teste de triagem em vista sua melhor especificidade 
c) A sífilis terciária deve ser tratada com penicilina cristalina intravenosa. 
d) o fenômeno pró-zona decorre da relação desproporcional entre as quantidades de antígenos e anticorpos 
presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso-negativos 
e) A diferença principal entre os testes treponêmicos e não treponêmicos é que os testes não treponêmicos detectam 
anticorpos que não são específicos contra Treponema pallidum, e os testes treponêmicos detectam anticorpos 
específicos para antígenos de T. pallidum. 
O efeito prozona é um fenômeno que ocorre quando existe excesso de anticorpos no soro testado, o qual interfere na formação 
do complexo antígeno-anticorpo necessário para que aconteça a reação de floculação. 
6. No Brasil a doença falciforme constitui um grupo de doenças e agravos relevantes, exigindo cuidadoso processo de 
diagnóstico e acompanhamento. Acerca dessa doença, assinale a afirmativa correta. * 
a) Para que o filho herde a doença falciforme, um dos genitores deve apresentar a doença falciforme 
b) A hemoglobina S tem uma característica química especial que, em situações de aumento da disponibilidade de 
oxigênio, provoca a sua polimerização. 
c) As doenças falciformes mais frequentes são a anemia falciforme (ou Hb SS), a S beta talassemia e as duplas heterozigoses 
Hb SC e Hb SD. 
d) A confirmação diagnóstica da doença falciforme é realizada pela detecção de drepanócitos no hemograma. 
e) O padrão ouro para confirmação diagnóstica da doença falciforme é a realização do teste de falcização 
 
7. Norte-americanos em viagem para países em desenvolvimento, e passageiros em aeronaves e navios de turismo onde 
ocorram erros na preparação dos alimentos estão em grande risco de sofrer de diarreia infecciosa aguda. Qual o agente 
infeccioso mais comum na diarreia dos viajantes? * 
a) Shigella. 
b) Rotavírus. 
c) Adenovírus. 
 
5 Gabrielle Nunes | P3 | 2020.2 
d) C. difficile. 
e) E. coli enterotóxica. 
8. Nas Leucemias ___________ observamos paciente com clínica de ___________, febre por _________ e ________ de mucosas 
por _________. * 
a) Agudas , tosse , astenia, sangramento , plaquetopenia 
b) Agudas , anemia , infecção, sangramento , plaquetopenia 
c) Agudas, anemia, infecção, sangramento, deficiências de fatores da coagulação 
d) Crônicas, astenia, infecção, palidez, deficiência de fatores da coagulação 
e) Crônicas, astenia, infecção, sangramento e plaquetocitose 
 
 
9. Ao iniciar o pré-natal, uma gestante teve prescrição de suplementação de ferro e ácido fólico, a ocorrer durante toda a 
gestação.Essa é uma recomendação do Ministério da Saúde como parte do cuidado no pré-natal, que tem como um dos 
objetivos: * 
a) suprir uma eventual deficiência nutricional da gestante; 
b) reduzir o risco de baixo peso da criança ao nascer; 
c) prevenir a incidência de anemia falciforme neonatal; 
d) evitar que uma anemia evolua para leucemia gestacional; 
e) reduzir o risco de má-formação congênita.

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